Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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sexta-feira, 5 de junho de 2020
Mini-reflexão sobre a falta de reflexões - Paulo Roberto de Almeida
Quais são as nossas verdadeiras ameaças? - Paulo Roberto de Almeida
Uma das tragédias da nossa época, da nossa conjuntura histórica, não é exatamente o fato de estarmos enfrentando uma pandemia que vai provavelmente causar mais perdas econômicas, mais miséria e pobreza, do que propriamente perda de vidas humanas, certamente não na proporção da Peste Negra do século XIV, ou na da “gripe espanhola” (americana), com seus milhões de mortos, logo ao final da Grande Guerra.
A Grande Depressão que ela pode ainda causar, a retração da globalização e o desemprego já evidente talvez sejam maiores do que a “mãe de todas as crises”, a Grande Depressão dos anos 1930.
Mas estas perdas, em vidas humanas, e os retrocessos econômicos, talvez não sejam os piores desafios dos nossos tempos, que algumas mentes tresloucadas querem ver como sendo a “decadência do Ocidente”, elegendo então uma cavalgadura como o Trump como o suposto “salvador do Ocidente”, o que é uma impostura monumental, e não apenas teórica, ou histórica, mas também simplesmente factual.
Uma das nossas maiores tragédias é o fato que essa hipotética decadência — se ela existe, de fato — não é causada por nenhuma preeminência agressiva” da China ou de outros alegados competidores desse Ocidente supostamente em declínio, por causa de uma imaginária “concorrência desleal” ou de outras práticas maliciosas dessas potências ascendentes.
As verdadeiras causas residem na estagnação dos impulsos produtivos, dos esforços inovadores, de um estadismo esclarecido, na opção por um retorno sobre si mesmos, em uma reversão mercantilista, instintos protecionistas, mas sobretudo na volta de velhas tendências nacionalistas, nos extremismos medíocres consolidados sob a forma de demagogia política e de populismo econômico, tanto de esquerda, quanto de direita, em especial de extrema-direita.
Acresce que os novos líderes surgidos dessa nova “revolta das massas” são, via de regra, extremamente ignorantes e, com poucas exceções, singularmente estúpidos, como é o caso dos dois presidentes dos maiores países do hemisfério ocidental (além de estúpidos, mesquinhos e perversos, nestes casos).
À diferença das animosidades entre os impérios centrais e o confronto com as democracias ocidentais, que causaram a Grande Guerra, e em contraste com o expansionismo militarista dos Estados fascistas, que precipitou o mundo na voragem da Segunda Guerra Mundial, o atual processo de declínio — muito relativo — das potências ocidentais, em face do gigante asiático, por elas considerado como um “desafiante estratégico”, não tem nada a ver com qualquer “ocupação de espaços” antes exclusivamente ocidentais, no comércio, nas finanças, na tecnologia, nos investimentos, na influência política ou ideológica, soft power ou qualquer outro desafio desse tipo.
Nem haverá uma alegada repetição da última fantasmagoria de acadêmicos liberais das melhores universidades americanas convertidos à paranoia dos generais do Pentágono, a tão temida (talvez até desejada) “armadilha de Tucídides”, como não se cansa de repetir Graham Allison, o autor do mais celebrado “The Essence of Decision”, sobre a crise dos mísseis soviéticos em Cuba, que quase levou as duas superpotências “to the brink”.
A decadência “ocidental” — se ela existe, o que eu não acredito — é auto-infligida, made at home, e deriva justamente da burrice nacionalista dos seus dirigentes.
Os Estados Unidos de Trump mergulharam nessa espiral do declínio, provavelmente o Brasil de Bolsonaro também, assim como uma meia dúzia de outros países que fizeram a bobagem de votar por demagogos ignorantes e populistas totalmente despreparados para enfrentar os desafios da (e contrários à) globalização. Esses países vão recuar, absoluta ou relativamente, até que surjam estadistas capazes de libertá-los da “armadilha da burrice” à qual foram conduzidos por eleitores ignorantes e suscetíveis de se deixarem enganar por demagogos e gurus tresloucados.
quinta-feira, 4 de junho de 2020
Academia.edu: acesso a textos PRA de julho de 2018 a junho de 2019
Os textos mais acessados em Academia.edu em 1 mês - Paulo Roberto de Almeida
vou colocar agora os acessos a minha página em Academia.edu no período de um ano, mas apenas como disponibilizado pelo Analytics, que se refere tão somente ao período de meados de 2018 a meados de 2019, não refletindo, portanto os acessos do ano decorrido desde agora para os últimos 12 meses.
Acessos em um ano: de 1/07/2018 a 30/06/2019
17.862 Unique Visitors
6.223 Downloads
32.988 Views
142 Countries
2.613 Cities
872 Universities
11.548 Research Fields
150.548 Pages Read
Principais países:
Brazil | 13.977 |
United States | 891 |
Portugal | 453 |
Angola | 202 |
Moçambique | 198
137 mais
|
Principais universidades:
Universidade de Brasília - UnB | 274 |
Universidade de São Paulo | 211 |
Universidade Fed. do RJ (UFRJ) | 129 |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul | 111 |
UFF- Federal Fluminense | 68 |
Principais textos:
A Ordem do Progresso, Marcelo | 26.844 |
O Moderno Príncipe: Maquiavel | 8.302 |
Política externa brasileira | 4.612 |
Relações Brasil-Estados Unidos | 3.847 |
A Política Externa Brasileira | 3.667
748 outros
|
Research Fields:
Economic Diplomacy | 633 |
Política Externa brasileira Brazilian Political Economy | 612 590 |
Political Development | 547 |
International Relations | 453
95 mais
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Os textos mais acessados em Academia.edu em 1 mês - Paulo Roberto de Almeida
Academia.edu: acesso a postagens Paulo R. Almeida
Hoje, 4/04/2020, 76 anos do desembarque na Normandia, que começou a libertar a Europa ocidental da dominação nazista, fui verificar.
Caiu um pouco o percentual de acessos, mas os números absolutos permanecem em patamares elevados:
Acessos em um mês: de 5/05/2020 a 4/06/2020
2,888 Unique Visitors
1,662 Downloads
5,252 Views
82 Countries
785 Cities
362 Universities
4,392 Research Fields
17,073 Pages Read
Principais países:
Brazil | 2249 |
United States | 121 |
Portugal | 88 |
Unknown | 69 |
France | 33
77 mais
|
Principais universidades:
Universidade de Brasília - UnB | 78 |
Universidade de São Paulo | 34 |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) | 32 |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul | 19 |
Centro Universitario de Brasilia - UniCEUB | 16 |
Principais textos:
Research Fields:
Politica Externa brasileira no governo lula | 190 |
Economic Diplomacy | 180 |
Brazilian Political Economy | 179 |
Political Development | 168 |
History of Brazilian Foreign Relations | 154
95 mais
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430 - 8%
4,822 - 25%
2,888 - 18%
sexta-feira, 29 de maio de 2020
Pesquisa sobre a carreira diplomática (2019) - Paulo Roberto de Almeida
Pesquisa aplicada a diplomatas brasileiros
A pesquisa, baseada nas obras de Cristina Moura e Hannah Souza, busca entender a socialização dos novos diplomatas e, posteriormente, suas redes sociais dentro do Ministério das Relações Exteriores. O formulário será respondido de forma anônima, mas após o término da pesquisa, o Sr. (a) receberá uma cópia do trabalho finalizado, a fim de que esteja ciente dos rumos tomados.