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terça-feira, 4 de julho de 2023

Relações internacionais, política externa do Brasil e carreira diplomática: reflexões de um diplomata não convencional - Paulo Roberto de Almeida

Relações internacionais, política externa do Brasil e carreira diplomática: reflexões de um diplomata não convencional

 

Paulo Roberto de Almeida

Notas para aula inaugural no quadro do curso do Ibmec Global Affairs, em 20/08/2021, 19hs.

 

Agradecimentos pelo convite.

Como sempre faço, tomo notas do que gostaria de expor, mas como também sempre acontece, fica muito grande, e por isso acabo não lendo, mas colocando à disposição de todos as minhas reflexões do momento, para que todos possam ler com mais calma, do que numa exposição ex-catedra, que teria virtudes dormitivas.

Comecei pelo assunto do momento, a retirada dos Estados Unidos do Afeganistão e o reflexo disso para as relações internacionais e para a posição dos EUA, e para isso me vali de um interessante artigo na revista The New Yorker, da colunista Robin Wright, Does the Great Retreat from Afghanistan Mark the End of the American Era?” (16/08/2021; que coloquei à disposição de todos em uma postagem no meu blog Diplomatizzando: “A Grande Retirada do Afeganistão marca o fim da Era Americana?”).

Faço uma série de considerações sobre a questão dos Impérios, um pouco com base na conhecida obra de Arnold Toynbee, Estudo da História, mas também recomendo um livro que estou lendo atualmente: Empires in World History, de Jane Burbank e Frederich Cooper, que downloadei no meu Kindle (Princeton, 2010). É um livro diferente das histórias convencionais, pois que justamente trata das questões de poder, desde a antiga Roma e a China até o fim do sistema imperial, o que não está perto de ocorrer. Não vou retomar aqui tudo o que escrevi sobre os variados impérios, com destaque para o americano, em aparente declínio, até a irresistível ascensão da China e a sua volta ao seu antigo status imperial. Apenas me refiro ao fato de que o moderno sistema de relações internacionais, baseado numa representação supostamente igualitária dos Estados nacionais, têm no máximo 75 anos, ou seja, pouco mais de três gerações. O próprio sistema de Estados nacionais, se sistema existe, têm aproximadamente quatro ou cinco séculos, mas isso de uma perspectiva ocidental, pois que outros impérios e civilizações existiram, coexistiram se combateram e se suplantaram durante muitos séculos antes, e em várias outras regiões do mundo.

O império chinês, que existiu por meio de mais de duas dezenas de dinastias, através dos séculos, por mais forte e inovador que tenha sido, não pode evitar sua conquista por povos de fora de suas muralhas supostamente inexpugnáveis: os mongóis, no século XII, e os manchus, no século XVII. O império romano do Ocidente, com sua capital em Roma, existiu durante mais de quatro séculos, até ser submerso pelos povos germânicos ou eslavos que viviam na sua periferia, no século V despois de Cristo. O império romano no Oriente, com sua capital em Constantinopla, ou Bizâncio, sobreviveu durante mil anos, aproximadamente, até ser conquistado pelos otomanos, que mantiveram, por sua vez, o seu império por mais de 600 anos.

Mais próximo de nós, o império britânico, o maior do mundo entre o final do século XIX e o início do XX, dominou o comércio internacional, pagamentos e financiamentos durante décadas, até o seu declínio, a partir da Grande Guerra e finalmente em Suez. Foi a partir de 1917 que tem início a era do império americano, começando pelo lado financeiro para depois se traduzir num domínio econômico e estratégico claramente preeminente, pelo resto do século XX: o século americano parecia predestinado a durar mais um século inteiro, todo o século XXI. A China recém emergia dos anos destruidores de maoísmo demencial – depois do fracasso mortífero do Grande Salto para a Frente e dos anos turbulentos da Revolução Cultural – e não parecia estar minimamente em condições de desafiar a superpotência americana.

O que assistimos, nos últimos trinta anos, desde os anos 1990, quando começa, verdadeiramente, a fulgurante ascensão da China, foi algo absolutamente excepcional na história econômica mundial, jamais visto nos registros de crescimento econômico e de capacitação tecnológica e de construção de poderio militar.

O mundo está próximo, agora, de ver a China conquistar o primeiro lugar na formação do PIB global, como já é o caso em grande parte do comércio internacional e será certamente o caso dos investimentos diretos e dos financiamentos em mais alguns anos. Os chineses, não alcançarão, provavelmente, o PIB per capita dos americanos no corrente século ou em qualquer tempo, mas existem outros elementos que sinalizam a mudança de cenário.

Três observações podem ser feitas a esse respeito. Em primeiro lugar, a ascensão da China não significa, inevitavelmente, o declínio, mesmo relativo, do poderio científico e tecnológico ocidental, ou seja, americano, europeu, japonês (e de alguns outros membros do clube das nações avançadas). Em segundo lugar, o impulso excepcional da China pode não ser tão irresistível quanto parece atualmente, sobretudo em vista de tremores geopolíticos na Ásia Pacífico ou no próprio Império do Meio, Em terceiro lugar, não se pode conceber que, após essa “era americana” – que ainda não terminou, cabe esclarecer – virá uma “era chinesa”, o que está longe de ser admitida universalmente ou consensualmente.

A China também foi humilhada ao longo de sua história, duas vezes por invasores que não se intimidaram com o seu tamanho e desprezaram solenemente a Grande Muralha, e mais algumas outras vezes pelas potências ocidentais, nas guerras do ópio e na destruição do Palácio de Verão, em meados do século XIX,

Os impérios que humilharam a China já não poderão voltar a fazê-lo novamente, e os impérios que ainda restam já não podem ignorar solenemente os Estados nacionais, como frequentemente fizeram no passado. O mundo mudou, mas veleidades imperiais permanecem presentes, assim como as mesmas paixões e instintos que deslancharam a guerra de Troia permanecem invariavelmente humanas, mesmo a uma distância de milhares de anos.

Como se situa o Brasil no presente contexto de uma incerta multipolaridade?

Nos trinta anos precedentes, o Brasil e o Itamaraty construíram as bases conceituais de suas relações exteriores e os instrumentos operacionais de uma diplomacia autônoma e soberana, identificadas, ambas, com os grandes interesses do desenvolvimento nacional, em todos os planos: bilateral, regional e multilateral.

A política externa, a gestão ambiental, a condução da cultura e a da educação nunca corresponderam, no atual governo, a padrões compatíveis com o que se espera de uma administração normal, dotada de um programa qualquer que pudesse garantir estabilidade macroeconômica e programas setoriais voltados para o crescimento, o emprego e ganhos de produtividade necessários para enfrentar a competição econômica num mundo globalizado.

Examinei, em quatro livros digitais, fase de demolição completa dos fundamentos conceituais e de sua substância operacional nos dois anos e três meses em que perduraram os desatinos e loucuras perpetrados por quem chamei de “chanceler acidental”, sendo que os efeitos da virtual derrocada de nossa credibilidade no exterior não foram ainda totalmente superados, uma vez que a política externa continua a ser marcada pela mesma autoridade incompetente. Esses livros receberam os significativos nomes de Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (2019), O Itamaraty num labirinto de sombras: ensaios de política externa e de diplomacia brasileira e Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da diplomacia brasileira (ambos de 2020) e O Itamaraty Sequestrado: a destruição da diplomacia pelo bolsolavismo, 2018-2021, o mais recente. A esses, se seguirá um novo livro, Apogeu e demolição da política externa: itinerários da diplomacia brasileira (em versão impressa, pela Editora Appris).

Não pretendo refazer aqui todas as críticas e comentários que já formulei a propósito da miséria da nossa atual política externa e dos descompassos de nossa diplomacia – no momento felizmente liberta das loucuras alucinadas e alucinantes do ex-chanceler acidental –, tanto porque já disso tudo o que poderia ser dito nesses cinco livros mencionados acima. Mas cabem algumas palavras de alento aos que pensam em seguir a carreira diplomática e que se preparam seriamente para tal.

Como diz o famoso bordão: não há bem que nunca acabe, e não há mal que sempre dure. O Itamaraty e a política externa passaram por turbulências inéditas em nossa história independente, mas uma recuperação está em curso, e ela se completará no próximo governo.

A carreira diplomática é uma das mais atraentes na burocracia federal, pelo menos para aqueles que não estão apenas à procura de um emprego público, mas que, sim, tenham a vocação internacionalista, possuam um bom preparo intelectual e se sintam totalmente à vontade numa vida nômade, feita de postos excelentes, muitos médios e algumas situações de dificuldades materiais no vasto mundo da periferia do capitalismo global.

 “Dez Regras Modernas de Diplomacia” (Chicago, 22 de julho de 2001; 19/08/2021: link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/08/regras-modernas-e-sensatas-de.html).

Se ouso concluir, seria por uma nota de otimismo. No Brasil, depois de surpresas e frustrações, retomaremos nosso inevitável processo de crescimento econômico, visando um grau maior de desenvolvimento social, o que virá, no devido tempo, e reconstruiremos também a nossa política externa e a diplomacia de qualidade, uma vez afastados os novos bárbaros do poder. É uma questão de persistência, de resiliência, de insistência no caminho iniciado 200 anos atrás, que construiu uma das melhores diplomacias entre novas nações saídas do colonialismo e uma política externa das mais respeitadas entre países em desenvolvimento.

De minha parte, continuarei me exercendo em minhas vantagens comparativas relativas, que estão na pesquisa, no estudo, na reflexão e na escrita e publicação de materiais diversos atinentes às relações internacionais do Brasil, à sua política externa e à sua diplomacia, cujo itinerário estou concluindo com plena satisfação intelectual e um registro de boas obras realizadas, no plano profissional e no acadêmico.

Muito obrigado.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 3960, resumo: 19 agosto 2021, 14 p.

domingo, 2 de julho de 2023

Oswaldo Aranha: textos e fotobiografia sobre sua vida e carreira diplomática e política

 


Oswaldo Aranha: Fotobiografia e dois volumes de seus mais importantes textos sobre diplomacia e política externa do Brasil.

Pedro Corrêa do Lago, Oswaldo Aranha: uma fotobiografia (Rio de Janeiro: Capivara, 2017), e a coletânea Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro (Brasília: Funag, 2017, 2 vols.). 


        Montagem audiovisual com fotos variadas de Oswaldo Aranha, em diversas fases de sua carreira política e diplomática, com frases retiradas de seus discursos ou declarações, com um fundo de música brasileira. Serviu de simples ilustração de fundo quando do lançamento de dois livros sobre o ele: a fotobiografia de Pedro Corrêa do Lago e os dois volumes dos mais importantes discursos e textos de Oswaldo Aranha sobre temas de relações internacionais e política externa do Brasil.

Lançamento dos livros no Itamaraty, em 2017.

https://youtu.be/nG7pPEVpL0I

Pedro Corrêa do Lago é o autor de Oswaldo Aranha: uma fotobiografia (Rio de Janeiro: Capivara, 2017). Junto com os editores da coletânea Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro (Brasília: Funag, 2017), ele apresentou, com a participação do embaixador Rubens Barbosa, ex-embaixador em Washington, e do diretor do IPRI-Funag, Paulo Roberto de Almeida, as duas obras, focadas na personalidade e na ação do famoso político gaúcho, um dos líderes da Revolução liberal de 1930, ministro da Justiça e da Fazenda no governo provisório de Getúlio Vargas (1931-34), embaixador em Washington (1934-37), chanceler do Brasil (1938-44), no período mais decisivo do século XX, e novamente ministro da Fazenda no governo constitucional de Vargas (1953-54). 

A fotobiografia tem mais de 600 imagens e 500 depoimentos, ao passo que a obra da Funag, em dois volumes, coleta tudo o que de mais importante Aranha escreveu ou falou entre 1930 e 1959. 


sexta-feira, 3 de março de 2023

Lista de trabalhos sobre a carreira diplomática e a diplomacia - Paulo Roberto de Almeida

 Lista de trabalhos sobre a carreira diplomática e a diplomacia

 

Paulo Roberto de Almeida

(www.pralmeida.orghttp://diplomatizzando.blogspot.com)

Relação de trabalhos, palestras, entrevistas, questionários respondidos, com base numa seleção feita exclusivamente a partir do conceito de “carreira” (diplomática).  [Objetivo: consolidar trabalhos numa única lista]

Atualizado em 3/03/2023

 

 

Lista de trabalhos, sob o concento de “carreira”, em ordem cronológica: 

 

339. “A Rotinização do Diplomata”, Brasília: 3 maio 1993, 4 p. Artigo sobre os problemas da carreira diplomática, com ênfase na crítica dos pequenos ganhos corporativos e nas deformações do fluxo ascensional. Destinado ao Boletim da Associação dos Diplomatas Brasileiros, mas reconsiderado por seu conteúdo crítico. Inédito.

 

475. “O Serviço Exterior Francês: História, Estrutura e Recrutamento”, Paris, 15 fevereiro 1995, 15 p. Elaboração da história e situação atual do serviço exterior francês, com vias de acesso à carreira, estrutura interna e fluxos ascensionais. Destinado ao Boletim ADB, revisto e resumido devido à extensão. Inédito. Disponibilizado na plataforma Academia.edu (28/05/2020; link: https://www.academia.edu/43192012/O_Servico_Exterior_Frances_Historia_Estrutura_e_Recrutamento_1995_); anunciado no blog Diplomatizzando (28/05/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/05/o-servico-exterior-frances-historia.html).

 

514. “Uma proposta modesta: a institucionalização da carreira diplomática”, Brasília, 22 fevereiro 1996, 3 p. Propostas para reforma da carreira, atendendo a solicitação de sugestões do Ministro de Estado e em previsão de seminário sobre o tema no Clube das Nações em 09/03/96. Texto revisto em 07.03.96, distribuído em primeira mão no seminário da ADB no Clube das Nações.

 

517. “Seminário da Associação dos Diplomatas Brasileiros sobre a reforma da carreira diplomática”, Brasília, 10 março 1996, 4 p. Nota de informação sobre o seminário realizado no Clube das Nações em 9 de março, onde foi apresentado o trabalho n° 514 e debatidas diversas outras propostas. Circulada entre alguns participantes para revisão e correção, distribuída pela ADB.

 

839. “Macro e microeconomia da diplomacia”, Washington 14 dez. 2001, 3 p.; série “Cousas Diplomáticas, n. 4. Artigo introdutório, semicômico, de “interpretação econômica” da política externa, cobrindo questões diversas da carreira e das atividades diplomáticas, vistas sob a ótica da economia política (continuidade no trabalho n. 1061). Publicado em Espaço Acadêmico (Maringá: UEM, a. I, n. 8, jan. de 2002; link: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/35903 ; pdf: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/35903/20992). Relação de Publicados n. 308.

 

848. “Entrevista Internews Unisul”, Orlando, 11 jan. 2002, 9 p. Respostas a questões colocadas pelo Centro Acadêmico Paulo Roberto de Almeida, do Curso de Relações Internacionais da Unisul para o Boletim Internews. Publicado no site da Unisul: http://www.unisul.br/. Relação de publicados n. 310. Publicado no blog Diplomatizzando(20/08/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/uma-entrevista-sobre-carreira-de.html).

 

885. “As relações internacionais do Brasil e a profissionalização da carreira”, Washington, 29 mar. 2002, 17 p. Palestra proferida no UniCeub, em 2/04/2002, e na Universidade Católica de Brasília, em 3/04/2002, elaborada com base em partes do livro Os primeiros anos do século XXI.

 

915. “Profissionalização em relações internacionais: exigências e possibilidades”, Washington, 26 jun. 2002, 6 p. Trecho retirado das “Leituras complementares”, do capítulo 11: “A diplomacia econômica brasileira no século XX: grandes linhas evolutivas” do livro Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas(p. 244-248). Para divulgação no website do Centro de Serviços de Carreiras do Curso de Relações internacionais da PUC-Minas. Postado no blog Diplomatizzando (20/08/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/profissionalizacao-em-relacoes.html).

 

1062. “Macro e microeconomia aplicadas à diplomacia: a questão da produtividade diplomática”, Washington, 15 jun. 2003, 3 p. Continuidade do exercício anterior (Trabalho n. 839), de fazer uma economia política da carreira diplomática, em tom semi-jocoso, enfocando questões de desempenho funcional e de comportamento pessoal do diplomata. Para o livro Cousas Diplomáticas.

 

1181. “A formação e a carreira do diplomata: uma preparação de longo curso e uma vida nômade”, Brasília, 14 jan. 2004, 3 p. Reelaboração ampliada do trabalho 1156 para o jornal acadêmico da Faculdade de Direito da PUC-Campinas. Postado no blog Diplomatizzando (27/05/2016; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/preparacao-para-carreira-diplomatica.html).

 

1481. “Recomendações Bibliográficas para o concurso do Itamaraty”, Brasília, 13 out. 2005, 6 p. Indicações resumidas a partir do Guia de Estudos do Concurso de Admissão à Carreira Diplomática, versão 2005, para atender às demandas de candidatos à carreira diplomática. Circulada em listas de estudos internacionais. 

 

1563. “As relações internacionais como oportunidade profissional”, Brasília, 23 março 2006, 9 p. Respostas a algumas das questões mais colocadas pelos jovens que se voltam para as carreiras de relações internacionais. Contribuição a matéria da FSP, suplemento Folhateen, matéria “Os internacionalistas”, por Leandro Fortino (Folha de São Paulo, 27 março 2006, p. 6-8; divulgado no blog Diplomaticas, link: http://diplomaticas.blogspot.com/2006/03/303-os-novos-internacionalistas.html#links); divulgado em sua integralidade no boletim de relações internacionais Relnet e, em cinco partes, no blog Cousas Diplomáticas, do post 282 ao 286 (link inicial: http://diplomaticas.blogspot.com/2006/03/282-as-relaes-internacionais-como.html#links). Publicado, sob o título de “As relações internacionais como oportunidade profissional: Respostas a algumas das questões mais colocadas pelos jovens que se voltam para as carreiras de relações internacionais”, no boletim Meridiano 47 – Boletim de Análise da Conjuntura em Relações Internacionais (Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, ISSN 1518-1219, nº 67, fevereiro 2006, p. 5-10). Reformatado e publicado no boletim Via Política (27.05.2007). Publicado no site MundoRI; disponível no blog Diplomatizzando (24/03/2013; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2013/03/as-relacoes-internacionais-como.html). Relação de Publicados n. 627. 

 

1670. “Dez obras fundamentais para um diplomata”, Brasília, 29 setembro 2006, 2 p. Lista elaborada a pedido de aluno interessado na carreira diplomática: obras de Heródoto, Maquiavel, Tocqueville, Pierre Renouvin, Henry Kissinger, Manuel de Oliveira Lima, Pandiá Calógeras, Delgado de Carvalho, Marcelo de Paiva Abreu e Paulo Roberto de Almeida, para uma boa cultura clássica e instrumental, no plano do conhecimento geral e especializado. Colocada no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2006/09/625-dez-obras-fundamentais-para-um.html). Revisto e ampliado, com explicações e links para cada uma das obras, em 14 de outubro de 2006 (6 p.) e publicado em Via Política em 15/10/2006 (link descontinuado). Relação de Publicados n. 709.

 

1704. “Um autodidata na carreira diplomática”, Brasília, 26 dezembro 2006, 4 p. Respostas a questões colocadas por jovem candidato à carreira diplomática. Colocada no blog Diplomatizzando; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2006/12/667-um-autodidata-na-carreira.html#links.

 

1705. “Carreira Diplomática: dicas e argumentos sobre uma profissão desafiadora”, Brasília, 27 dezembro 2006, 6 p. Consolidação e compilação de meus trabalhos relativos à carreira diplomática e à profissão de internacionalista, para atender às muitas consultas que me são feitas nesta época. Colocada no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2006/12/669-carreira-diplomatica-dicas.html) e incorporada ao site pessoal, seção “Carreira Diplomática”. 

 

1739. “Carreira diplomática: uma trajetória”, Brasília, 27 março 2007, 5 p. Respostas a perguntas colocadas pela Carta Forense, para caderno especial sobre concursos, sobre diplomacia. Publicado, sob o título “Minha trajetória como concursando”, na revista Carta Forense (ano 5, n. 47, abril 2007, Caderno de Concursos, p. C2-C3; link: www.cartaforense.com.br). Postado no blog Diplomatizzando (12.07.2010; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/07/como-no-caso-de-textos-anteriores-que.html).

 

1780. “Aspectos da carreira diplomática: algumas considerações pessoais”, Brasília, 10 de agosto de 2007, 1 p. Palestra feita em Brasília, no curso preparatório à carreira diplomática O Diplomata em 11.08.07, com links para sites e blogs de informação. Exposição desenvolvida oralmente em torno dos seguintes pontos, depois ilustrados com remessa a textos meus, em meus blogs, e a outros blogs de preparação à carreira: 1. O ingresso: estudos preparatórios e exames de entrada; 2. Estrutura da carreira e fluxos da mobilidade ascensional; 3. Trabalho na SERE e nos postos do exterior: nomadismo vertical e horizontal; 4. Gostosuras e travessuras: os bônus e malus da carreira diplomática; 5. Uma experiência pessoal: combinando diplomacia e academia.

 

1812. “Academia e diplomacia: um questionário sobre a formação e a carreira”, Brasília, 1 outubro 2007, 5 p. Respostas a questionário colocado por Marina Poli, da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Postado no blog Diplomatizzando (10.07.2010; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/07/academia-e-diplomacia-um-questionario.html).

 

1837. “Cartas a um Jovem Diplomata: conselhos a quem já se iniciou na carreira e dicas para quem pretende ser um dia”, Brasília, 17 novembro 2007, 1 p. Esquema de um novo livro, sobre a base do trabalho 800 (Novas Regras de Diplomacia). Nunca desenvolvido. Postado no blog Diplomatizzando (19/08/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/cartas-um-jovem-diplomata-como-seria-se.html).

 

1885. “Questionário sobre a carreira diplomática”, Brasília, 10 maio 2008, 5 p. Respostas a questões colocadas por estudante de administração, sobre a carreira diplomática. Postado no Blog DiplomataZ (2.07.2009; link: http://diplomataz.blogspot.com/2009/07/19-mais-um-questionario-sobre-carreira.html#links).

 

1901. “Questionário sobre a carreira diplomática”, Brasília, 25 junho 2008, 3 p. Respostas a questionário submetido por candidata à carreira diplomática. Postado no Blog DiplomataZ (2.07.2009; link: http://diplomataz.blogspot.com/2009/07/16-questionario-sobre-carreira.html#links). Postado no Blog Diplomatizzando (28.05.2011; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/05/um-questionario-sobre-carreira.html).

 

1937. “Gênero e Carreira Diplomática”, Brasília, 11 outubro 2008, 3 p. Entrevista concedida a estudante graduação em Direito Unigranrio-RJ, para pesquisa sobre igualdade de gêneros na diplomacia brasileira. Postado no blog Diplomatizando (29/05/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/05/genero-e-carreira-diplomatica-2008.html).

 

2007. “Carreira Diplomática: respondendo a um questionário”, Brasília, 21 maio 2009, 8 p. Respostas a questões colocadas por graduanda em administração na UFSC. Postado no blog Diplomatizzando (21.05.2009; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2009/05/1112-carreira-diplomatica-respondendo.html). Reproduzido no blog MondoPost (27.05.2009, link: http://www.mondopost.com.br/2009/05/27/carreira-diplomatica-respondendo-a-um-questionario/). Postado novamente no blog Diplomatizzando em 8/01/2016 (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/01/um-questionario-sobre-carreira.html).

 

2102. “Carreira Diplomática: Geral ou Especializada? Respondendo a dúvidas legítimas”, Brasília, 16 janeiro 2010, 4 p. Respostas a questões colocadas por uma candidata à carreira diplomática. Postado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/01/1700-carreira-diplomatica.html).

 

2126. “Carreira Diplomática: um questionário acadêmico”, Florença (Itália), 28 março 2010, 3 p. Respostas a perguntas de alunos de curso de Relações Internacionais da USP. Postado no blog Diplomatizzando (3.04.2010; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/04/1016-carreira-diplomatica-um.html).

 

2136. “Entrevista sobre Minha Carreira Diplomática”, Shanghai, 25 abril 2010, 5 p. Respondendo a um aluno do curso médio. Postado no blog Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/04/2076-mais-uma-entrevista-sobre-carreira.html).

 

2187. “Memória e diplomacia: o verso e o reverso”, Shanghai, 23 setembro 2010, 4 p. Notas sobre memórias e memorialistas da carreira. Postado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/09/memorias-diplomaticas-paulo-r-de.html). Publicado em Boletim Mundorama (n. 37, setembro 2010, 23.09.2010; link: http://mundorama.net/2010/09/23/memoria-e-diplomacia-o-verso-e-o-reverso-por-paulo-roberto-de-almeida/#more-6474). Postado no Facebook (19/08/2017; link: https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1627713110625466). Relação de Publicados n. 992.

 

2222. “Respondendo a questões sobre a carreira diplomática”, Shanghai, 5 novembro 2010, 32 p. Introdução a compilação de respostas a questões colocadas por leitores do blog sobre a carreira diplomática, estudos preparatórios e o concurso de ingresso. Postado no blog Diplomatizzando (5/11/2010; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/11/carreira-diplomatica-respondendo.html), inclusive com as questões e comentários submetidos a seguir.

 

2328. “Carreira Diplomática e Carreira Acadêmica: vidas paralelas ou linhas que não se tocam?”, Brasília, 9 outubro 2011, 4 p. Respostas a questionário; postado no blog Diplomatizzando(http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/10/carreira-diplomatica-e-carreira.html).

 

2382. “Questionário sobre a carreira diplomática”, Paris, 10 abril 2012, 2 p. Respostas para trabalho universitário. Blog Diplomatizzando (19/08/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/questionario-sobre-carreira-diplomatica.html).

 

2409. “Grande estratégia e idiossincrasias corporativas: uma reflexão baseada em George Kennan”, Brasília, 14 julho 2012, 7 p. Considerações sobre posturas na carreira diplomática, com base em trecho da biografia do diplomata e historiador americano por John Lewis Gaddis: George F. Kennan: Não American Life (New York: The Penguin Press, 2011), lida na edição Kindle. Postado no blog Diplomatizzando(http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2012/07/uma-reflexao-baseada-em-george-kennan.html). Postado novamente no Diplomatizzando em 4/01/2016 (link: http://www.diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/01/george-kennan-era-um-contrarianista.html).

 

2608. “Carreira diplomática e formação”, Hartford, 19 maio 2014, 9 p. Respostas a questões colocadas por aluna de RI do IESB, com base em trabalhos anteriores sobre o mesmo assunto. Postado no blog Diplomatizzando em 15/08/2015 (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/08/carreira-diplomatica-e-formacao-do.html).

 

2829. “Entre o internacionalismo e a diplomacia: questões de carreira e de vocação”, Brasília, 28 maio; Anápolis, 30 maio 2015, 10 p. Respostas a questionário colocado por estudante de RI da Universidade do Sagrado Coração. Postado no Blog Diplomatizzando, 20/08/2016 (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/08/internacionalista-sou-um-ou-apenas-um.html).

 

2977. “O Itamaraty e a diplomacia profissional brasileira em tempos não convencionais”, Brasília, 15 maio 2016, 10 p. Entrevista concedida por escrito a graduando na Faculdade de Direito da USP, e animador do blog Jornal Arcadasum jornal independente totalmente produzido por estudantes do Largo de São Francisco (http://www.jornalarcadas.com.br/), sobre aspectos da carreira e do funcionamento do Itamaraty na fase recente. Publicado, sob o título de “Entrevista: a crise e o anarco-diplomata”, no blog Jornal Arcadas (15/05/2016; link: http://www.jornalarcadas.com.br/acriseeoanarcodiplomata/); reproduzido no Diplomatizando (http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/um-anarco-diplomata-fala-sobre.html) e disseminado no Facebook (link: https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1154258514637597). Relação de Publicados n. 1220.

 

2984. “Uma carreira diplomática: Paulo Roberto de Almeida”, Brasília, 11-27 maio 2016, 16 p. Entrevista redigida para o site “Diplowife, Diplolife”. Respostas ampliadas e revistas na sequência, com links para os trabalhos mais importantes nessa categoria. Postada no site “Diplowife-Diplolife” (link: http://diplowife-diplolife.blogspot.com.br/2016/05/entrevista-com-paulo-roberto-de-almeida.html). Transcrito no blog Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/entrevista-sobre-carreira-atividades.html) e no Facebook (https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1162371277159654). Relação de Publicados n. 1226.

 

3153. “A carreira diplomática: questionário pessoal e consolidação de trabalhos produzidos por Paulo Roberto de Almeida”, Brasília, 19-20 agosto 2017, 22 p. Respostas a questionário submetido por grupo de alunos de Relações Internacionais do IESB, acompanhadas de listagem de trabalhos identificados sob a rubrica da diplomacia em minha produção entre 2001 e 2016, para entrevista audiovisual (efetuada em 31/08/2017). Postado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/34279860/A_carreira_diplomatica_questionario_pessoal_e_consolidacao_de_trabalhos_produzidos_por_Paulo_Roberto_de_Almeida), e em Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/319184080_A_carreira_diplomatica_questionario_pessoal_e_consolidacao_de_trabalhos_produzidos_por_Paulo_Roberto_de_Almeida) e no Twitter (https://shar.es/1S2F5K). Trabalho aproveitado para palestra sobre “Opções de Mercado para o Profissional de RI”, na Semana de Relações Internacionais organizada pelo Diretório Acadêmico do UniCEUB, em 21 de agosto de 2017, no campus de Taguatinga pela manhã, e no campus da Asa Norte pela noite. Feita nova informação em 31/08/2017 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/carreira-diplomatica-questionario-e.html).

3154. “Carreira diplomática: lista seletiva de trabalhos de Paulo Roberto de Almeida”, Brasília, 22 agosto 2017, 6 p. Revisão e correção do apêndice do trabalho 3153, para divulgação independente. Postado no blog Diplomatizzando (22/08/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/carreira-diplomatica-lista-seletiva-de.html); disseminado no Facebook (https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1630553210341456). Feita nova informação em 31/08/2017 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/carreira-diplomatica-questionario-e.html).

 

3213. “Diplomatas ganham o seu sindicato próprio: farão bom uso?”, Brasília, 19 dezembro 2017, 2 p. Comentários e transcrições, do Visconde do Rio Branco, e de Ribeiro Couto. Postado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/12/diplomatas-ganham-o-seu-sindicato.html).

 

3292. “Duas pedras no meio do caminho... (a propósito de uma promoção tardia)”, Estoril, 26 junho 2018, 4 p. Esclarecimento a propósito de minha promoção tardia na carreira. Postado no blog Diplomatizzando (26/06/2018; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2018/06/duas-pedras-no-meio-do-caminho-paulo.html), disseminado no Facebook (link: https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1965174040212703).

 

3304. “Carreira na diplomacia: ingresso, requerimentos, desempenho”, Brasília, 20 julho 2018, 8 p. Listagem dos trabalhos relativos à carreira diplomática, para divulgação ampla. Divulgado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/37089699/Carreira_na_diplomacia_ingresso_requerimentos_desempenho); Blog Diplomatizzando (https://diplomatizzando.blogspot.com/2018/07/carreira-na-diplomacia-ingresso.html); Facebook (https://www.facebook.com/paulobooks/posts/2006592702737503).

 

3543. “Pesquisa sobre carreira diplomática”, Brasília, 25 novembro 2019, 3 p. Resposta a questionário sobre a carreira diplomática, encaminhada por formulário online. Divulgado no blog Diplomatizzando (29/05/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/05/pesquisa-sobre-carreira-diplomatica.html). 

 

3564. “Cronologia diplomática em tempos não convencionais: trajetória de Paulo Roberto de Almeida, 2003-2020”, Brasília, 11 janeiro 2020, 4 p. Relato sintético sobre percalços na carreira ao longo das duas últimas décadas, sobretudo nas últimas semanas. Encaminhado a diversos interlocutores. Revisto em 18/01/2020. 

 

3683. “Preparação para a carreira diplomática: uma conversa com candidatos”, Brasília, 29 maio 2020, 2020, 6 p. Conversa online com candidatos à carreira diplomática, coordenada por Amanda do “Keep it blue podcast”, sobre as seguintes questões: 1) O que fez o senhor decidir ser diplomata?; 2) Como foi sua jornada para passar o CACD?; 3) Quais são os diferenciais para passar o concurso?; 4) Como o candidato deve abordar as atualidades em seus estudos?; 5) Como deveria ser o mindset para o estudo dos idiomas?; 6) Como foi o Instituto Rio Branco?; 7) O que se aprende por lá?; 8) Como é a vida no exterior?; 9) Como muda em relação a Brasília? Elaborada lista de 37 trabalhos que se encaixam nos critérios solicitados. Divulgado no blog Diplomatizando (29/05/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/05/preparacao-para-carreira-diplomatica.html); disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/43192887/Preparacao_para_a_carreira_diplomatica_uma_conversa_com_candidatos_2020_).

 

3684. “Um diplomata desvio padrão: podcast para candidatos à carreira”, Brasília, 29 maio 2020, Audio Mpeg da Apple 1:31:13, 37, 2MB. Podcast gravado sobre os pontos enunciados no trabalho n. 3683. Disponível no Dropbox (link: https://www.dropbox.com/s/0kd91ucpgmlkhgn/3684DiplomataDesvioPadraoPodcast.m4a?dl=0); anunciado no blog Diplomatizzando (30/05/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/05/uma-conversa-com-candidatos-carreira.html).

 

3691. “Uma carreira na diplomacia para jovens estudantes”, Brasília, 8 junho 2020, 4 p. Respostas a questões colocada por coordenadores do programa Explica ENEM (https://www.instagram.com/explicaenem/). Disponível no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/06/uma-carreira-na-diplomacia-para-jovens.html) e na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/43292605/Uma_carreira_na_diplomacia_para_jovens_estudantes_2020_).

 

3725. “A carreira diplomática e a diplomacia brasileira”, Brasília, 26 julho 2020, 3 p. Respostas a questões de alunos de RI da Unesp-Franca-SP; Gravação de podcast; Pod-RI; alunos de RI da Unesp Franca; (https://www.facebook.com/podcastRI/ ), na quarta-feira, dia 5/08, 18hs]. Gravação de entrevista, disponível no Facebook (https://www.facebook.com/107203960975709/posts/161249412237830/), no Instagram (https://www.instagram.com/p/CD15Rc_DSNT/?igshid=l0v8zq3suh7) e no Spotfy (https://open.spotify.com/episode/1W8FWd9dKConYOOH6Zfa6X). Disponível no blog Diplomatizzando (13/08/2020; https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/a-carreira-diplomatica-e-diplomacia.html).

 

3960. “Relações internacionais, política externa do Brasil e carreira diplomática: reflexões de um diplomata não convencional”, Brasília, 17-19 agosto 2021, 15 p. Notas para aula inaugural no quadro do novo curso do Ibmec Global Affairs, em 20/08/2021, 19hs (Sala Virtual Teams: https://bit.ly/3szvGzn). Divulgado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/50940045/3960_Relacoes_internacionais_politica_externa_do_Brasil_e_carreira_diplomatica_Reflexoes_de_um_diplomata_nao_convencional_2021_) e anunciado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/08/relacoes-internacionais-politica_19.html). Resumo para exposição oral, colocado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/08/relacoes-internacionais-politica_20.html). 

 

3997. “Mini-reflexão sobre a condição de professor”, Brasília, 15 outubro 2021, 5 p. Considerações pessoais sobre minha vocação acadêmica e ao magistério, ao lado da carreira diplomática. Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/10/mini-reflexao-sobre-condicao-de.html). 

 

4126. “Livros de diplomatas e de terceiros sobre temas da diplomacia brasileira”, Curitiba, 5 abril 2022, 6 p. Relação de meus livros que compilam resenhas dos livros de diplomatas e não diplomatas sobre política externa e diplomacia brasileira, com uma lista suplementar de meus livros sobre os mesmos temas. Oferecida a candidatos à carreira diplomática. 

 

4149. “Bibliografia seletiva sobre política externa e diplomacia do Brasil”, Brasília, 6 maio 2022, 4 p. Para informação de alunos e candidatos à carreira. 

 

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4331, 3 março 2023, 10 p. Divulgado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/97876189/4331_Lista_de_trabalhos_sobre_a_carreira_diplomatica_e_a_diplomacia_2023_).


 

quarta-feira, 11 de maio de 2022

O fim da carreira na França e o futuro da diplomacia no Brasil - Pedro de Abreu e Lima Florêncio (Revista Interesse Nacional)

 O fim da carreira na França e o futuro da diplomacia no Brasil


Por Pedro de Abreu e Lima Florêncio*

Revista Interesse Nacional, maio 2022


Decisão de Macron de extinguir formação específica do corpo diplomático francês a fim de dar mais dinamismo à atuação externa do país abre questionamento sobre o ainda importante lugar dos diplomatas, mas não deve ser replicada em países como o Brasil

Em abril, antes das eleições presidenciais, Emmanuel Macron, como parte de sua reforma administrativa, extinguiu a carreira diplomática na França. Isso significa que, desde então, não se exige mais formação específica para o corpo diplomático francês, que passará a ser composto por funcionários de diversos ministérios e admitirá a possibilidade, inclusive, de funcionários recrutados do setor privado.

A decisão, que teve parca repercussão na mídia tradicional na França, contou com fortes reações no Ministério das Relações Exteriores. Diversos diplomatas prontamente reagiram com críticas contundentes. O receio maior seria a perda de excelência no serviço prestado pelos prestigiosos funcionários franceses. Macron quis, com a decisão, dar mais dinamismo à atuação externa do país, e ter a possibilidade de contar com corpo de funcionários com leque de expertise em diversos ramos do conhecimento e com histórico profissional mais amplo e variado em termos de atribuições. Esse objetivo, no entanto, para a maior parte dos críticos, causará prejuízo incomensurável no desempenho específico da função diplomática, que requer, para eles, profundos e dedicados anos de especialização.

Críticos dizem que medida causará prejuízo no desempenho específico da função diplomática, que requer profundos e dedicados anos de especialização

Será que não seria importante para o diplomata contar com formação e carreira específicas par o seu ofício? O que pode prenunciar essa decisão do governo francês?

Não se sabe ao certo quando exatamente surgiram os primeiros diplomatas, mas pode-se inferir com razoável grau de precisão que a função está intimamente vinculada com a premência de se evitar guerras. Os primeiros relatos de algum nível de especialização datam da necessidade do estabelecimento de regras mínimas para o envio de mensagens entre reinos e povoados distintos. Imprescindível preservar a segurança dos mensageiros para garantir que a mensagem chegaria. Com o tempo, os embaixadores passam a ser os próprios mensageiros, normalmente emissários de um rei específico com propostas de paz, de aliança, e quiçá algum matrimônio entre príncipes para consolidá-los. Normalmente esses funcionários eram pessoas de alta confiança dos mandatários e detinham ocupações prestigiosas nas cortes.

Com o maior intercâmbio entre países ocorre progressiva especialização do ofício diplomático e, na primeira metade do século XX, o Brasil e diversos outros países já passam a contar com carreira específica, com método de seleção meritocrático e curso de aperfeiçoamento próprio. Em 1945 cria-se o Instituto Rio Branco com a dupla missão de formar, promover o aperfeiçoamento dos diplomatas brasileiros e de constituir núcleo de estudos sobre a diplomacia e relações internacionais.

Em função da excelente formação de nossos diplomatas e do rigoroso processo seletivo, esses funcionários rapidamente destacam-se no seio da administração pública e no exterior. Nos anos 1980 e 1990, um giro rápido nos gabinetes dos altos escalões da esplanada dos ministérios em Brasília era garantia certa de encontro com embaixadores, ministros de segunda classe e conselheiros. Nos fóruns internacionais, da ONU à OMC, imperavam absolutos representando com competência, desenvoltura, independência e altivez os interesses nacionais. Nossa diplomacia era razão de orgulho, ilha de excelência da administração pública e reflexo da política acertada de investimento em carreiras típicas de Estado bem desenhadas, meritocraticamente selecionadas e com formação de qualidade.

Felizmente a carreira diplomática manteve a excelência, mas deixou de ser ilha, e o modelo foi replicado. Ao longo dos anos 1990, surgem diversas carreiras específicas em inúmeros ministérios. Carreiras bem estruturadas, em funções típicas de Estado, selecionadas por intermédio de competitivos concursos públicos e com programas de formação e aperfeiçoamento. O quadro da administração pública federal passa a progressivamente contar com servidores muito bem qualificados e formados, muitos com excelentes conhecimentos em línguas, e mestrado e doutorado em prestigiosas instituições no Brasil e no mundo.

Como resultado, hoje há menos diplomatas, em termos proporcionais, nos gabinetes de alto escalão da esplanada. Hoje eles concorrem nessas funções com analistas de comércio exterior, especialistas em políticas públicas e gestão governamental, analistas de planejamento e orçamento, funcionários do Banco Central e do Tesouro Nacional. No exterior, por sua vez, cada vez menos a performance do Brasil em fóruns internacionais depende do diplomata, cada vez menos necessário que ele avalie em profundidade o mérito dos assuntos, o conteúdo. Hoje é comum vermos em reuniões internacionais diversos funcionários do governo brasileiro comunicarem-se com desenvoltura e precisão sobre temas técnicos específicos da área de suas respectivas carreiras.

‘Ninguém melhor do que o diplomata para divulgar e representar o país perante nações amigas com pleno conhecimento de causa’

Isso significa que o ocorrido na França é um possível prenúncio de desdobramentos semelhantes no Brasil?

Provavelmente não. As dificuldades para eventual decisão nesse sentido são diversas. Em primeiro lugar, há determinadas tarefas específicas e particulares de negociação e de representação do país que dependem muito de conhecimento e formação especializada, e a burocracia brasileira tem ciência e valoriza isso. No auge de uma negociação de acordo regional de suma importância, por exemplo, logicamente que, munido da informação técnica de áreas específicas, caberá ao embaixador desenhar e implementar a estratégia mais efetiva para os interesses nacionais. Por outro lado, ninguém melhor do que o diplomata para divulgar e representar o país perante nações amigas com pleno conhecimento de causa.

Além disso, a retirada da formação direcionada e a possibilidade de nomeações de outros funcionários públicos pode dar margem a excessiva politização de uma carreira que prima pela excelência profissional. Outra dificuldade é de como ensejar racionais e eficazes mecanismos de progressão funcional para um corpo técnico que pode ter origens muito díspares.

Mas a resposta à questão formulada, acima, também vai depender muito de como os interesses e os embates das carreiras de Estado ocorrerão. Inevitável, por um lado, que as carreiras mais novas, empoderadas e com cada vez mais domínio e proeminência sobre áreas de conhecimento técnicas especializadas projetem-se ao exterior. Por outro lado, não se espera, tampouco, que os excelentes quadros do Itamaraty se contentem a cada vez menos se debruçar sobre o mérito de assuntos de suma importância para os interesses nacionais.

A situação, caso não resolvida, pode gerar constrangedores impasses. Suponhamos, hipoteticamente, o seguinte caso: Deve o Brasil, por exemplo, baixar suas tarifas de bens de capital, se isso gera maior eficiência a toda cadeia produtiva nacional? Um gestor federal ou analista de comércio exterior poderia dizer que sim, munido por análise técnica de impacto na economia nacional. Um diplomata, premido pela lógica da estratégia e do poder de barganha em negociações internacionais, pode alegar que a medida é precipitada, uma vez que o país se encontra em diversos fóruns de negociação. Não deveríamos, portanto, “ceder” sem antes de obtermos algo em troca. Logicamente que ambas “rationales” têm sua validade nos seus devidos ofícios e na lógica de pensamento própria das formações especificas.

O problema é justamente como acomodar essas lógicas distintas. A solução perpassa, como na maioria das situações concretas do dia-a-dia, por algum nível de contemporização. A acomodação racional e menos traumática demanda, por uma lado, que as novas carreiras de Estado, valorizem e respeitem o ofício da representatividade tradicional, estratégica e especializada, essencial, sem sombra de dúvida. Por outro lado, fundamental também que os diplomatas aceitem que na complexidade do mundo globalizado e interdependente de hoje, cada vez mais ele depende do conhecimento técnico específico de qualidade, que não pode dominar na íntegra.

Lógico que atualmente não há nenhuma perspectiva de mudança no Brasil da carreira que, de acordo com Raymond Aron, congrega as funções públicas por excelência, junto com os militares. Além das razões acima, o prestígio e a tradição também são fatores preponderantes. Vale, no entanto, manter acompanhamento constante dos resultados da reforma francesa, que podem trazer louváveis ensinamentos, no futuro, para o Brasil.

________________________________________

*Pedro  de Abreu e Lima Florêncio é especialista em políticas públicas e gestão governamental do Ministério da Economia, atualmente em exercício no CADE. Formado em economia pela Universidade de São Paulo (USP), e em direito pelo Centro Universitário de Brasília (Uniceub). Possui mestrado em direito econômico internacional pela Universidade de Warwick, no Reino Unido, e doutorado em direito, com ênfase em regulação e direito econômico, pela mesma instituição.


sábado, 12 de março de 2022

Ubique, curso gratuito de preparação aos concursos para a carreira diplomática

 Apenas retransmitindo: eu não pertenço a esta bela iniciativa:

Que tal um curso gratuito nesta reta final até a 1ª fase do CACD?

Se você se considera um candidato intermediário ou avançado, ou seja, que já bateu o edital, precisa neste momento se dedicar à prática intensiva de resolução de questões e revisão dos temas mais recorrentes e relevantes do concurso.

Vamos ajudá-lo nessa tarefa: organizamos um minicurso de aulas gratuitas sobre os temas relevantes de Português, História Geral e do Brasil, Geografia, Economia, Política Internacional, Direito e Inglês com alta probabilidade de serem cobrados na primeira fase do concurso, com base na experiência do corpo docente do Ubique e nas estatísticas de provas anteriores.

Você terá aulas com Rômulo Neves, Helio Silva Filho, Marcelo Rosenthal, Claudine Cesar Pinheiro Machado, Pedro Soares, Diogo Roriz, Thales Castro, Paulo Fernando Pinheiro Machado e Marcílio Falcão. 

O curso terá a carga-horária aproximada de 40–50 horas e é inacreditavelmente gratuito. 

E para começar, amanhã, [HOJE] sábado, às 10h, teremos uma aula ao vivo com o diplomata Rômulo Neves que tratará dos aspectos mais atuais dos temas do edital trabalhados no curso dele. 

As aulas das demais matérias serão liberadas gradualmente, obedecendo ao cronograma que será divulgado na plataforma do curso.

Para fazer a matrícula GRATUITA no curso de reta final para o CACD 2022 do Grupo Ubique, clique no link: https://www.grupoubique.com.br/offers/LnT2zLp4/checkout

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Uma carreira na diplomacia para jovens estudantes - Paulo Roberto de Almeida

Uma carreira na diplomacia para jovens estudantes


Paulo Roberto de Almeida
(www.pralmeida.me; diplomatizzando.blogspot.com)
Respostas a questões colocadas por organizadores do ExplicaENEM.


Apresentação do convidado

Indicar os principais títulos e atuações profissionais a serem mencionados.
PRA: Doutor em Ciências Sociais, mestre em desenvolvimento econômico; diplomata de carreira desde 1977l; professor nos programas de mestrado e doutorado em Direito do Uniceub. Outras informações em minha página (www.pralmeida.org).

Como surgiu o interesse em ingressar na carreira diplomática e qual foi o caminho traçado para chegar ao Ministérios das Relações Exteriores?

Formação prévia, preparação para o concurso, quanto tempo de preparação. 
PRA: Minha trajetória para a diplomacia é provavelmente inédito; nunca pensei em ser diplomata até ver um anúncio no jornal abrindo inscrições para os exames de ingresso; minha intenção era apenas a de ser um acadêmico como milhares de outros, mas sem ver concursos abertos, quando retornei de um logo período no exterior, na Europa, de 1970 a 1977 – quando fiz graduação, mestrado e iniciei o doutoramento –, decidi tentar os exames do Itamaraty, mas não exatamente como estudante do Instituto Rio Branco, mas um concurso direto para ingressar imediatamente na carreira, o que foi excepcional no período de 70 anos no Instituto Rio Branco: entre 1975 e 1979 se fizeram concursos diretos, ao lado dos vestibulares do IRBr. Não houve praticamente preparação nenhuma; fiz os exames com as leituras acumuladas ao longo da vida.

Como ingressar na carreira diplomática?

Como funciona o CACD: frequência de realização do concurso; eixos de conhecimento necessários para realização da prova.
PRA: Todas as informações sobre o concurso de admissão à carreira diplomática estão disponíveis na página do IRBr: http://www.institutoriobranco.itamaraty.gov.br/ ; mais especificamente neste link: http://www.institutoriobranco.itamaraty.gov.br/concurso-de-admissao-a-carreira-de-diplomata; a prova é anual, e as vagas são determinadas pela existência de cargos não preenchidos na fase inicial da carreira, ou seja, terceiro-secretário, de um total de seis graus até ministro de primeira classe. As provas são as conhecidas: primeira fase, com teste eliminatório nas matérias de língua portuguesa; língua inglesa; história do Brasil; história mundial; política internacional; geografia; economia; e direito e direito internacional público; segunda fase com provas classificatórias e eliminatórias, escritas, de: língua portuguesa; língua inglesa; história do Brasil; geografia; política internacional; economia; direito e direito internacional público; e língua espanhola e língua francesa.

Quem pode fazer a prova?
PRA: Os requerimentos constam do edital: acima de 18 anos, estar em ordem com os requisitos formais de concursos públicos, curso superior completo, etc.

Existe algum curso superior que favoreça a realização da prova?
PRA: Certamente, aqueles que espelham, grosso modo, as matérias exigidas, ou seja, humanidades de forma geral, e ciências sociais aplicadas; o que significa, por puro bom senso, cursos de RI, mas também Direito, Economia, Ciências Sociais, etc. 

Como funciona na prática a carreira diplomática?

Quanto ganha um diplomata em início de carreira hoje?
PRA: O salário bruto é de pouco mais de R$ 19 mil, sobre o qual se aplicam os descontos de praxe (Imposto de Renda, etc.). Informações estão disponíveis neste link: http://www.institutoriobranco.itamaraty.gov.br/perguntas-frequentes.

Como é a formação de Diplomatas no Instituto Rio Branco?
PRA: Repete um pouco as matérias do concurso de ingresso, mas existe reforço nas línguas e novas matérias de caráter profissionalizante: consular, etc.
Quais os cargos e principais exigências para a promoção na carreira diplomática.
PRA: Antiguidade, ter servido no exterior, e cursos intermediários; CAD, para segundos secretários, e CAE, para conselheiros; estar no Quadro de Acesso (que representa 25% da classe; para o qual se vota horizontalmente e verticalmente).
Como funciona a política de remoção do MRE?
PRA: As vagas são publicadas, as pessoas se candidatam e se procura atender demandas pessoais em acordo com os interesses da Administração; existe rotatividade entre os postos no exterior, de A para B, C, D ou E, segundo a qualidade do posto.
Diplomatas podem trabalhar no Brasil?
PRA: Não no setor privado, a menos que seja no magistério. Existe uma legislação sobre conflito de interesses, o que dificulta exercício de outras atividades.

Quais as principais vantagens existentes em ser um Diplomata?

PRA: Para quem é nômade, ou gosta de novidades, as oportunidades são imensas: a cada 3 anos aproximadamente, se está mudando de país, alternando os mais diversos horizontes geográficos e linguísticos, culturas e horizontes políticos. Ou seja, o diplomata nunca vai se aborrecer fazendo o mesmo trabalho anos seguidos. A variedade pode até ser mais rápida na Secretaria de Estado, pois pode-se negociar um trabalho na área política, econômica, consular, jurídica, multilateral, regional, bilateral, científica, etc. O aprendizado de novas línguas é quase natural: os filhos podem ser trilíngues ou mais; se adquire um enorme conhecimento do mundo, e das relações entre povos. 

Quais desafios o Sr. enxerga atualmente para quem quer ingressar na carreira diplomática?

PRA: A concorrência é enorme, daí que apenas os melhor preparados conseguem, o que explica a elevação da idade média de ingresso na carreira, de 24 anos, duas décadas atrás, para aproximadamente 29 atualmente. Mas tudo depende da preparação do candidato, o que não é o resultado de um cursinho rapidamente feito, e sim uma trajetória de estudos dedicados ao longo de anos. 

Algumas dicas para quem quer seguir a carreira diplomática

PRA: Em primeiro lugar, é preciso ter vocação, e não apenas o desejo de fazer concurso público para ter estabilidade na carreira; existem muitos desafios na carreira, como a de servir em postos de sacrifício, não apenas pessoal, mas familiar. Em segundo lugar, estar disposto a trocar uma vida calma, na graduação, por uma preparação árdua, complexa, verdadeiramente exigente. É preciso ter em mente que se vai viver quase dois terços da vida profissional no exterior, em diversos postos, e para isso é preciso uma predisposição para aceitar todo tipo de desafios, e não só pessoais, para a família também, que será obrigada a seguir o diplomata para onde ele for. 
Pessoalmente já respondi esse tipo de questão dezenas de vezes, ao longo das últimas duas ou três décadas, ainda recentemente. Organizei meus trabalhos a esse respeito num trabalho que também remete a todos os meus outros textos sobre aspectos diversos da carreira, ingresso, desenvolvimento, exigências, peculiaridades, etc., neste link: 
3683. “Preparação para a carreira diplomática: uma conversa com candidatos”, Brasília, 29 maio 2020, 2020, 6 p. Conversa online com candidatos à carreira diplomática, sobre as seguintes questões: 1) O que fez o senhor decidir ser diplomata?; 2) Como foi sua jornada para passar o CACD?; 3) Quais são os diferenciais para passar o concurso?; 4) Como o candidato deve abordar as atualidades em seus estudos?;  5) Como deveria ser o mindset para o estudo dos idiomas?; 6) Como foi o Instituto Rio Branco?; 7) O que se aprende por lá?; 8) Como é a vida no exterior?; 9) Como muda em relação a Brasília? Elaborada lista de trabalhos que se encaixam nos critérios solicitados. Divulgado no blog Diplomatizando (29/05/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/05/preparacao-para-carreira-diplomatica.html); disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/43192887/Preparacao_para_a_carreira_diplomatica_uma_conversa_com_candidatos_2020_).

Depois desse trabalho, respondi às questões em podcast, aqui registrado: 

3684. “Um diplomata desvio padrão: podcast para candidatos à carreira”, Brasília, 29 maio 2020, Audio Mpeg da Apple 1:31:13, 37, 2MB. Podcast gravado sobre os pontos enunciados no trabalho n. 3683. Disponível no Dropbox (link: https://www.dropbox.com/s/0kd91ucpgmlkhgn/3684DiplomataDesvioPadraoPodcast.m4a?dl=0); anunciado no blog Diplomatizzando (30/05/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/05/uma-conversa-com-candidatos-carreira.html).

Convido todos a lerem alguns dos trabalhos ali compilados.

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 8 de junho de 2020
Disponível no blog Diplomatizzando (link: ).