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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Relações internacionais, política externa do Brasil e carreira diplomática, Aula Inaugural 2021, Paulo Roberto de Almeida

Relações internacionais, política externa do Brasil e carreira diplomática

Paulo Roberto de Almeida

Notas para aula inaugural no quadro do curso do Ibmec Global Affairs, em 20/08/2021.

      Residente que fui nos Estados Unidos, por duas vezes, ademais de diversas outras viagens de trabalho, acadêmicas ou de simples lazer naquele país continente, que atravessei duas vezes costa a costa, do Atlântico ao Pacífico, e várias outras vezes no sentido Norte-Sul ou em diagonal, percorrendo a quase totalidade dos seus estados federados – faltou o Dakota do Norte, no território continental, o Alaska e o Havaí, no Pacífico, e o estado associado de Porto Rico, para completar toda a nação – posso dizer que conheço razoavelmente aquela grande nação.

 (...)

Pois, num dos boletins eletrônicos que recebo regularmente, este, da New Yorker, a irreverente revista mensal de uma das melhores cidades do mundo, trazia a seguinte manchete provocadora: “Does the Great Retreat from Afghanistan Mark the End of the American Era?”, (16/08/2021; link para a minha postagem no blog Diplomatizzando: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/08/does-great-retreat-from-afghanistan.html), por Robin Wright, uma das melhores colunistas da revista desde 1988. Repito, em português: “A Grande Retirada do Afeganistão marca o fim da Era Americana?”, interrogação, pois o colunista tem dúvidas sobre se isso representa uma fatalidade ou um processo reversível. Vamos, pois, examinar os dados da questão, e depois tentar ver como se situa o Brasil e a nossa política externa em face dessas questões. Finalmente, tratarei muito brevemente sobre os impactos disso tudo sobre a minha profissão e sobre a de muitos dos que me leem ou assistem minha exposição.

(...)

Ler a íntegra desta aula inagural neste link.

 

 


sábado, 21 de setembro de 2024

Carreira diplomática: respostas a questões de candidatos - Paulo Roberto de Almeida

 Ao longo da carreira, diplomática e acadêmica, tenho respondido a dezenas, centenas de perguntas de alunos, de candidatos à carreira diplomática, assim como de jornalistas ou simples curiosos. A todas as questões tenho procurado responder da maneira mais honesta possível, ainda que não da maneira mais ortodoxa, como talvez recomendariam certos cânones do corpo diplomático profissional.

Algumas dessas respostas foram condensadas numa relação que pode satisfazer a curiosidade dos curiosos, se tiverem paciência de ler:

4331) Lista de trabalhos sobre a carreira diplomatica e a diplomacia (2023)

    https://diplomatizzando.blogspot.com/2023/03/lista-de-trabalhos-sobre-carreira.html

Mais recentemente recebi mais algumas perguntas, cujas respostas seguem abaixo,

Paulo Roberto de Almeida

Brasilia, 21 de setembro de 2024


Perguntas formuladas por candidatos à carreira diplomática

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor. 

 

1) Qual o primeiro passo você indicaria para quem gostaria de seguir a carreira diplomática no Brasil atualmente?

PRA: Antes do primeiro passo, que é obviamente o planejamento da preparação, uma reflexão sincera sobre quais suas reais motivações: muitos fazem o concurso do Itamaraty à procura de um bom emprego, com muitas viagens ao exterior, estadas em países avançados – e outras em países muito piores do que o Brasil – e uma vida que se imagina de charme, beleza e, sobretudo, para alguns, estabilidade garantida pela maior parte da vida adulta. Outros respondem a conceito mais subjetivo de “ calling”, ou vocação, que é o interesse e o fascínio concreto por coisas internacionais, pela cultura, conhecimento, experiências diversas que nunca serão obtidas numa profissão do setor privado ou na burocracia interna do Estado.

Creio que essa primeira reflexão sobre suas reais propensões, não exatamente de um emprego, mas de vida, de dedicação a causas outras do que o egotismo pessoal, de busca de uma elevação ainda maior na satisfação pessoal, de empatia a tudo o que é diferente do vivido no ambiente local, e qualquer ambiente estrangeiro desperta reflexões e reações, nem todas as melhores possíveis, mas por vezes com desafios realmente relevantes, inclusive do ponto de vista familiar, quando não se tem o conforto e ajuda dos pais, amigos, vizinhos.

Feita essa reflexão, que não significa a simples preparação concurseira, cabe então iniciar o planejamento da preparação para os exames. A primeiríssima coisa, uma vez consultado o Edital e os requerimentos das provas, fazer uma tabela, um balanço, avaliação, descrição detalhada de todas as suas “fortalezas” e fraquezas, isto é, quem é bom em Português e Inglês (que são requisitos essenciais), em história e relações internacionais, e quem é fraco em economia, direito e nas demais provas. Feito esse quadro, é preciso planejar meticulosamente uma dedicação intensa aos estudos, não apenas acadêmicos, baseados nos text books, nos livros de referencias, nos grandes manuais de cada matéria, mas sobretudo práticos, com base naquilo que o Brasil fez, vem fazendo, pretende fazer, no plano regional, bilateral, multilateral, dos condicionamentos domésticos (constitucionais e infra) e do registro efetivo da experiência brasileira em cada um dos desafios externos.

Como regra geral, o conhecimento perfeito das posições brasileiras em cada um dos itens da agenda externa – e eles são milhares – é um elemento estratégico em qualquer prova que se tenha de fazer; por isso um seguimento das matérias postadas pelo Itamaraty, pela presidência, e por alguns outros órgãos do executivo federal, é quase tão importante, talvez até mais, do que o conhecimento das teorias e dos livros conceituais em cada área. Na preparação das provas do ano não entram apenas professores versados nas matérias com base em conceitos abstratos e posições principistas, mas também diplomatas enfronhados nos assuntos que escolhem para perguntas, com perguntas cabeludas, algumas até maldosas, pois que representam pegadinhas por uma palavra estranha embutida num argumento ate correto, mas inviabilizado justamente por uma adversativa que não é válida, a não ser por que cuida do assunto na ONU, na OMC, no Mercosul, etc.

Eu considero esse detalhismo exacerbado em determinadas questões algo impróprio e até injusto com candidatos que não acompanham em minúcias determinados posicionamentos da diplomacia brasileira, que podem até mudar de um governo a outro (pois o que era correto, globalista, numa fase, passa a ser impróprio, neoliberal, em outra). Daí a necessidade de seguir com atenção todos os pronunciamentos e informações emanados do Itamaraty.

Resumo. Primeiro passo, identificar seus pontos fortes e fracos e depois dividir o tempo entre reforço e revisão de questões relevantes. Uma consulta às provas já feitas nos últimos anos pode ajudar a medir o grau de dificuldade intrínseca a todas as questões.

 

2) Se o Dr. fosse ingressar na carreira diplomática hoje, como se prepararia? E, ao ingressar, qual rumo pensa que tomaria dentro do Itamaraty, tendo em vista a diversidade de funções que compreende a carreira?

PRA: Já descarto a segunda questão, pois muitas vezes o recém ingressado já se defronta com escolhas determinadas pelas necessidades do serviço exterior, não pelas suas preferencias intelectuais. Eu tenho preferencia por questões de desenvolvimento econômico, mas não foi isso que me foi sempre “ oferecido”  no trabalho. Ao longo da carreira, o diplomata vai construindo suas afinidades eletivas de acordo a suas possibilidades concretas e no contato com as chefias da Casa, que podem fazer convite para os “ especialistas”  num determinado ramo; eu por exemplo, tinha poucas afinidades com Direito ou Administração e nunca trabalhei nessas áreas, mas assumi também funções consulares, o que nunca tinha sido objeto de minhas primeiras preferências de área.

Quanto à primeira questão, confesso que não tenho uma mínima ideia, pois jamais fiz vestibular para o Rio Branco e nunca cursei o instituto. Entrei por um direto, exigências maiores, provas orais e discursivas, com mais liberdade ao meu estilo próprio de exames. Se eu tivesse de concorrer atualmente, provavelmente não seria aprovado, pois o formato das provas é infinitamente mais complicado do que discorrer sobre assuntos nos quais você pode expressar seu pensamento com maior latitude. Hoje em dia se exige precisão absoluta nas respostas, o que requer um amplo conhecimento das menores questões da agenda.

Como no caso da questão anterior, o “primeiro passo”, os concursos do Itamaraty requerem uma longa e exigente preparação, com estudos se estendendo durante tempo mais largo do que os 12 meses de um ano. Persistência e empenho no estudo duro são necessários, o que não foi o meu caso no concurso direto. Mas, cabe registrar que eu sempre fui um rato de biblioteca e já tinha passado longos anos em bibliotecas, lendo jornais, sabendo muito sobre uma enorme variedade de assuntos de meu interesse: eu já estava preparado, sem nenhum estudo prévio, para praticamente todas as provas, com exceção de Direito e Inglês.

 

3) Nota-se que o senhor faz uso de lições históricas para analisar as crises contemporâneas, aprecio muito isso. Há erros históricos da diplomacia brasileira que o senhor acredita que poderíamos evitar no cenário atual, especialmente frente aos desafios globais mais recentes, como a questão da Palestina?

PRA: Com oito anos eu já estava lendo história, e assim fiz durante toda a minha vida, assim que me é fácil recorrer aos ensinamentos do passado ao discorrer sobre o presente (embora eu seja contra o uso de analogias históricas, que são quase todas sempre falsas).

A diplomacia brasileira tem uma parte boa, que é a excelente preparação intelectual dos diplomatas – o que não quer dizer que eles sejam isentos de preconceitos e de desvios de formação, dadas as características da educação brasileira, deficiente em várias áreas, sobretudo história econômica e política econômica tout court – e uma parte que pode ser muito ruim, que é sua dependência de lideranças políticas que podem ser medíocres ou tisnadas ou comprometidas com posições ideológicas e partidárias bastante nefastas para fazer as boas escolhas nas alianças externas e na adoção de políticas voltadas para os mais relevantes interesses da nação como um todo.

O caso da Palestina nem é o mais grave, ainda que preocupante, pois a tragédia dos enfrentamentos na região é um problema para TODOS os serviços diplomáticos, dada a complexidade dos vários imbróglios com todos aqueles povos, vítimas do colonialismo e dos seus próprios erros políticos e deficiências culturais, educacionais, religiosas. O mais grave, na verdade, é que já poderíamos ser um país, não digo avançado, mas mais desenvolvido, e só perdemos oportunidades nas últimas décadas, dada a incompetência e mediocridade das lideranças políticas, oligarquias extratoras e um mandarinato estatal comprometido apenas com o seu próprio bem-estar. Digo isto, porque em 1960 a Coreia do Sul tinha exatamente a metade da nossa renda per capita e hoje está quatro ou cinco vezes acima; ou seja, algo, ou várias coisas, eles fizeram de correto e nós erramos muito, exageradamente, em políticas macro e setoriais, na parte fiscal, na introversão nacionalisteira, na não-educação. A diplomacia carrega uma parte das responsabilidades por esse atraso, por aderir acriticamente ao receituário desenvolvimentista e estatizante, o que nos deixou isolados das melhores tendências em matéria de políticas econômicas, como é o padrão OCDE de políticas.

Leia, por exemplo, este meu texto: “O outro lado da glória: o reverso da medalha da diplomacia brasileira (17/10/2020: link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/10/o-outro-lado-da-gloria-o-reverso-da.html), que remete ao integral:

Sumário: 

1. Tropeços na independência e durante o império

2. Os fracassos da primeira diplomacia republicana

3. A difícil construção de uma diplomacia autônoma, e consciente de sê-lo

4. A diplomacia profissional, como base da diplomacia presidencial

5. A deformação da política externa sob a diplomacia bolsolavista

Referências bibliográficas

Texto integral disponível na plataforma Academia.edu: link: https://www.academia.edu/44317668/3772_O_outro_lado_da_gloria_o_reverso_da_medalha_da_diplomacia_brasileira_2020_).

 

4) Com essa aderência à nova ordem global e a aproximação aos regimes ditatoriais, quais são as principais habilidades diplomáticas que um jovem aspirante a diplomata deveria desenvolver para lidar com um cenário como esse? Me parece que é distintivo a necessidade de raciocínio lógico-crítico, claro, mas um tanto de sangue frio, por assim dizer, parece ser preciso conciliar a posição do Brasil pela neutralidade e diálogo a todo custo.

PRA: Confesso que me é difícil de responder, pois já ingressei no serviço diplomático com 27 anos, sem ter sido domado, ou socializado, pelo IRBr, nunca respeitei os dogmas sacrossantos da carreira – hierarquia e disciplina, mais próprio para soldados do que para nós, diplomatas – e sempre me guiei pela minha consciência e discernimento, pouco por ordens superiores. Mas não recomendo a ninguém ser um “anarco-diplomata” como eu fui, pois pode-se pagar um alto preço por isso. Por exemplo, eu fiquei 13,5 anos sem nenhum cargo na Secretaria de Estado durante toda a vigência do reinado companheiro no poder, isso por ter escrito artigos críticos à diplomacia partidária lulopetista. Isso inviabilizou minha promoção e desempenho em certos cargos no Itamaraty, o que não me angustiou muito, pois sempre valorizei bem mais minha produção acadêmica do que o trabalho certinho na burocracia bem comportada do Itamaraty.

Mais concretamente, considero a diplomacia companheira de amizade  e conluio com ditaduras execráveis um horror e um desprestígio para a diplomacia e para o próprio Brasil, e nunca me eximi de expressar minha opinião, tendo sofrido retaliações a partir do alto. Um diplomata que não queira prejudicar sua carreira precisa engolir em seco e “ seguir as instruções” que vêm de cima, procurando não se angustiar muito com o besteirol de certos pronunciamentos oficiais e com os evidentes equívocos diplomáticos dos amadores. 

 

5) Durante sua carreira, houve alguma situação em que você precisou tomar uma decisão difícil ou controversa em uma negociação diplomática? Como você lidou com isso? Quais habilidades interpessoais você considera mais importantes para um diplomata no ambiente atual, e como um jovem aspirante pode aprimorá-las?

PRA: Sim, ocorreu diversas vezes, sobretudo nas negociações comerciais da Rodada Uruguai em Genebra, quando insistíamos na postura tipicamente desenvolvimentista, ou seja, introvertida e mercantilista, quando os asiáticos e outros (o Chile, por exemplo) já estavam caminhando por outras sendas globalizantes e interdependente (estilo OCDE, por exemplo). Mas isso ocorreu quando eu tinha de me guiar por instruções de Brasília, e sabia que as posições restritivas do Brasil seriam derrotadas na prática, ou seja, ficaríamos atrasados, como de hábito. Numa conferência diplomática eu me revoltei contra as instruções medíocres de Brasília e fui excluído da delegação: como sempre faço, fui ler e me informar melhor sobre os assuntos, e me certifiquei que o Brasil, como dizia Roberto Campos, não perde uma oportunidade de perder oportunidades. Acho que tem raízes similares nosso atraso, que não é tanto material, quanto intelectual.

O jovem diplomata pode se conformar com esse tipo de situação, e conviver com ela, ou procurar estudar mais o assunto para responder com argumentos mais elaborados para uma posição que ele possa encontrar como equivocada, mas tendo fundamentos para isso.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4739, 21 setembro 2024, 5 p.

 

Addendum

Uma carreira muito exigente:

Diplomatas trabalham o tempo todo, pois requerimentos de reuniões internacionais impõem viagens de fins de semana, reuniões sem hora para terminar, o que pode causar stress no plano familiar e geralmente dificulta a carreira para mulheres.

Desde o Instituto Rio Branco, os jovens são apresentados aos dois dogmas da profissão: hierarquia e disciplina.

A competição por promoções, postos e funções pode ser extenuante, ocorrendo o pistolão, o “ quem indica” e outros expedientes, mas o trabalho competente é em geral reconhecido.

 

Uma trajetória refletida nos livros e trabalhos publicados:

Trajetória de Paulo Roberto de Almeida nas relações internacionais (2024)

Paulo Roberto de Almeida: capitulos em obras coletivas, 1987-2024

4655) Lista de trabalhos sobre Mercosul, integracao e processos correlatos (2024)

4538) Relação de livros de Paulo Roberto de Almeida, linkados (1993 a 2023)

    4421) BRIC-BRICS: da pré-história à situação atual (2023)


 

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Relações internacionais, política externa do Brasil e carreira diplomática: reflexões de um diplomata não convencional - Paulo Roberto de Almeida

 

Relações internacionais, política externa do Brasil e carreira diplomática: reflexões de um diplomata não convencional

 

Paulo Roberto de Almeida

Notas para aula inaugural no quadro do curso do Ibmec Global Affairs, em 20/08/2021, 19hs.

 

Agradecimentos pelo convite.

Como sempre faço, tomo notas do que gostaria de expor, mas como também sempre acontece, fica muito grande, e por isso acabo não lendo, mas colocando à disposição de todos as minhas reflexões do momento, para que todos possam ler com mais calma, do que numa exposição ex-catedra, que teria virtudes dormitivas.

Comecei pelo assunto do momento, a retirada dos Estados Unidos do Afeganistão e o reflexo disso para as relações internacionais e para a posição dos EUA, e para isso me vali de um interessante artigo na revista The New Yorker, da colunista Robin Wright, Does the Great Retreat from Afghanistan Mark the End of the American Era?” (16/08/2021; que coloquei à disposição de todos em uma postagem no meu blog Diplomatizzando: “A Grande Retirada do Afeganistão marca o fim da Era Americana?”).

Faço uma série de considerações sobre a questão dos Impérios, um pouco com base na conhecida obra de Arnold Toynbee, Estudo da História, mas também recomendo um livro que estou lendo atualmente: Empires in World History, de Jane Burbank e Frederich Cooper, que downloadei no meu Kindle (Princeton, 2010). É um livro diferente das histórias convencionais, pois que justamente trata das questões de poder, desde a antiga Roma e a China até o fim do sistema imperial, o que não está perto de ocorrer. Não vou retomar aqui tudo o que escrevi sobre os variados impérios, com destaque para o americano, em aparente declínio, até a irresistível ascensão da China e a sua volta ao seu antigo status imperial. Apenas me refiro ao fato de que o moderno sistema de relações internacionais, baseado numa representação supostamente igualitária dos Estados nacionais, têm no máximo 75 anos, ou seja, pouco mais de três gerações. O próprio sistema de Estados nacionais, se sistema existe, têm aproximadamente quatro ou cinco séculos, mas isso de uma perspectiva ocidental, pois que outros impérios e civilizações existiram, coexistiram se combateram e se suplantaram durante muitos séculos antes, e em várias outras regiões do mundo.

O império chinês, que existiu por meio de mais de duas dezenas de dinastias, através dos séculos, por mais forte e inovador que tenha sido, não pode evitar sua conquista por povos de fora de suas muralhas supostamente inexpugnáveis: os mongóis, no século XII, e os manchus, no século XVII. O império romano do Ocidente, com sua capital em Roma, existiu durante mais de quatro séculos, até ser submerso pelos povos germânicos ou eslavos que viviam na sua periferia, no século V despois de Cristo. O império romano no Oriente, com sua capital em Constantinopla, ou Bizâncio, sobreviveu durante mil anos, aproximadamente, até ser conquistado pelos otomanos, que mantiveram, por sua vez, o seu império por mais de 600 anos.

Mais próximo de nós, o império britânico, o maior do mundo entre o final do século XIX e o início do XX, dominou o comércio internacional, pagamentos e financiamentos durante décadas, até o seu declínio, a partir da Grande Guerra e finalmente em Suez. Foi a partir de 1917 que tem início a era do império americano, começando pelo lado financeiro para depois se traduzir num domínio econômico e estratégico claramente preeminente, pelo resto do século XX: o século americano parecia predestinado a durar mais um século inteiro, todo o século XXI. A China recém emergia dos anos destruidores de maoísmo demencial – depois do fracasso mortífero do Grande Salto para a Frente e dos anos turbulentos da Revolução Cultural – e não parecia estar minimamente em condições de desafiar a superpotência americana.

O que assistimos, nos últimos trinta anos, desde os anos 1990, quando começa, verdadeiramente, a fulgurante ascensão da China, foi algo absolutamente excepcional na história econômica mundial, jamais visto nos registros de crescimento econômico e de capacitação tecnológica e de construção de poderio militar.

O mundo está próximo, agora, de ver a China conquistar o primeiro lugar na formação do PIB global, como já é o caso em grande parte do comércio internacional e será certamente o caso dos investimentos diretos e dos financiamentos em mais alguns anos. Os chineses, não alcançarão, provavelmente, o PIB per capita dos americanos no corrente século ou em qualquer tempo, mas existem outros elementos que sinalizam a mudança de cenário.

Três observações podem ser feitas a esse respeito. Em primeiro lugar, a ascensão da China não significa, inevitavelmente, o declínio, mesmo relativo, do poderio científico e tecnológico ocidental, ou seja, americano, europeu, japonês (e de alguns outros membros do clube das nações avançadas). Em segundo lugar, o impulso excepcional da China pode não ser tão irresistível quanto parece atualmente, sobretudo em vista de tremores geopolíticos na Ásia Pacífico ou no próprio Império do Meio, Em terceiro lugar, não se pode conceber que, após essa “era americana” – que ainda não terminou, cabe esclarecer – virá uma “era chinesa”, o que está longe de ser admitida universalmente ou consensualmente.

A China também foi humilhada ao longo de sua história, duas vezes por invasores que não se intimidaram com o seu tamanho e desprezaram solenemente a Grande Muralha, e mais algumas outras vezes pelas potências ocidentais, nas guerras do ópio e na destruição do Palácio de Verão, em meados do século XIX,

Os impérios que humilharam a China já não poderão voltar a fazê-lo novamente, e os impérios que ainda restam já não podem ignorar solenemente os Estados nacionais, como frequentemente fizeram no passado. O mundo mudou, mas veleidades imperiais permanecem presentes, assim como as mesmas paixões e instintos que deslancharam a guerra de Troia permanecem invariavelmente humanas, mesmo a uma distância de milhares de anos.

Como se situa o Brasil no presente contexto de uma incerta multipolaridade?

Nos trinta anos precedentes, o Brasil e o Itamaraty construíram as bases conceituais de suas relações exteriores e os instrumentos operacionais de uma diplomacia autônoma e soberana, identificadas, ambas, com os grandes interesses do desenvolvimento nacional, em todos os planos: bilateral, regional e multilateral.

A política externa, a gestão ambiental, a condução da cultura e a da educação nunca corresponderam, no atual governo, a padrões compatíveis com o que se espera de uma administração normal, dotada de um programa qualquer que pudesse garantir estabilidade macroeconômica e programas setoriais voltados para o crescimento, o emprego e ganhos de produtividade necessários para enfrentar a competição econômica num mundo globalizado.

Examinei, em quatro livros digitais, fase de demolição completa dos fundamentos conceituais e de sua substância operacional nos dois anos e três meses em que perduraram os desatinos e loucuras perpetrados por quem chamei de “chanceler acidental”, sendo que os efeitos da virtual derrocada de nossa credibilidade no exterior não foram ainda totalmente superados, uma vez que a política externa continua a ser marcada pela mesma autoridade incompetente. Esses livros receberam os significativos nomes de Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (2019), O Itamaraty num labirinto de sombras: ensaios de política externa e de diplomacia brasileira e Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da diplomacia brasileira (ambos de 2020) e O Itamaraty Sequestrado: a destruição da diplomacia pelo bolsolavismo, 2018-2021, o mais recente. A esses, se seguirá um novo livro, Apogeu e demolição da política externa: itinerários da diplomacia brasileira (em versão impressa, pela Editora Appris).

Não pretendo refazer aqui todas as críticas e comentários que já formulei a propósito da miséria da nossa atual política externa e dos descompassos de nossa diplomacia – no momento felizmente liberta das loucuras alucinadas e alucinantes do ex-chanceler acidental –, tanto porque já disso tudo o que poderia ser dito nesses cinco livros mencionados acima. Mas cabem algumas palavras de alento aos que pensam em seguir a carreira diplomática e que se preparam seriamente para tal.

Como diz o famoso bordão: não há bem que nunca acabe, e não há mal que sempre dure. O Itamaraty e a política externa passaram por turbulências inéditas em nossa história independente, mas uma recuperação está em curso, e ela se completará no próximo governo.

A carreira diplomática é uma das mais atraentes na burocracia federal, pelo menos para aqueles que não estão apenas à procura de um emprego público, mas que, sim, tenham a vocação internacionalista, possuam um bom preparo intelectual e se sintam totalmente à vontade numa vida nômade, feita de postos excelentes, muitos médios e algumas situações de dificuldades materiais no vasto mundo da periferia do capitalismo global.

 “Dez Regras Modernas de Diplomacia” (Chicago, 22 de julho de 2001; 19/08/2021: link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/08/regras-modernas-e-sensatas-de.html).

Se ouso concluir, seria por uma nota de otimismo. No Brasil, depois de surpresas e frustrações, retomaremos nosso inevitável processo de crescimento econômico, visando um grau maior de desenvolvimento social, o que virá, no devido tempo, e reconstruiremos também a nossa política externa e a diplomacia de qualidade, uma vez afastados os novos bárbaros do poder. É uma questão de persistência, de resiliência, de insistência no caminho iniciado 200 anos atrás, que construiu uma das melhores diplomacias entre novas nações saídas do colonialismo e uma política externa das mais respeitadas entre países em desenvolvimento.

De minha parte, continuarei me exercendo em minhas vantagens comparativas relativas, que estão na pesquisa, no estudo, na reflexão e na escrita e publicação de materiais diversos atinentes às relações internacionais do Brasil, à sua política externa e à sua diplomacia, cujo itinerário estou concluindo com plena satisfação intelectual e um registro de boas obras realizadas, no plano profissional e no acadêmico.

Muito obrigado.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 3960, resumo: 19 agosto 2021, 14 p.

terça-feira, 4 de julho de 2023

Relações internacionais, política externa do Brasil e carreira diplomática: reflexões de um diplomata não convencional - Paulo Roberto de Almeida

Relações internacionais, política externa do Brasil e carreira diplomática: reflexões de um diplomata não convencional

 

Paulo Roberto de Almeida

Notas para aula inaugural no quadro do curso do Ibmec Global Affairs, em 20/08/2021, 19hs.

 

Agradecimentos pelo convite.

Como sempre faço, tomo notas do que gostaria de expor, mas como também sempre acontece, fica muito grande, e por isso acabo não lendo, mas colocando à disposição de todos as minhas reflexões do momento, para que todos possam ler com mais calma, do que numa exposição ex-catedra, que teria virtudes dormitivas.

Comecei pelo assunto do momento, a retirada dos Estados Unidos do Afeganistão e o reflexo disso para as relações internacionais e para a posição dos EUA, e para isso me vali de um interessante artigo na revista The New Yorker, da colunista Robin Wright, Does the Great Retreat from Afghanistan Mark the End of the American Era?” (16/08/2021; que coloquei à disposição de todos em uma postagem no meu blog Diplomatizzando: “A Grande Retirada do Afeganistão marca o fim da Era Americana?”).

Faço uma série de considerações sobre a questão dos Impérios, um pouco com base na conhecida obra de Arnold Toynbee, Estudo da História, mas também recomendo um livro que estou lendo atualmente: Empires in World History, de Jane Burbank e Frederich Cooper, que downloadei no meu Kindle (Princeton, 2010). É um livro diferente das histórias convencionais, pois que justamente trata das questões de poder, desde a antiga Roma e a China até o fim do sistema imperial, o que não está perto de ocorrer. Não vou retomar aqui tudo o que escrevi sobre os variados impérios, com destaque para o americano, em aparente declínio, até a irresistível ascensão da China e a sua volta ao seu antigo status imperial. Apenas me refiro ao fato de que o moderno sistema de relações internacionais, baseado numa representação supostamente igualitária dos Estados nacionais, têm no máximo 75 anos, ou seja, pouco mais de três gerações. O próprio sistema de Estados nacionais, se sistema existe, têm aproximadamente quatro ou cinco séculos, mas isso de uma perspectiva ocidental, pois que outros impérios e civilizações existiram, coexistiram se combateram e se suplantaram durante muitos séculos antes, e em várias outras regiões do mundo.

O império chinês, que existiu por meio de mais de duas dezenas de dinastias, através dos séculos, por mais forte e inovador que tenha sido, não pode evitar sua conquista por povos de fora de suas muralhas supostamente inexpugnáveis: os mongóis, no século XII, e os manchus, no século XVII. O império romano do Ocidente, com sua capital em Roma, existiu durante mais de quatro séculos, até ser submerso pelos povos germânicos ou eslavos que viviam na sua periferia, no século V despois de Cristo. O império romano no Oriente, com sua capital em Constantinopla, ou Bizâncio, sobreviveu durante mil anos, aproximadamente, até ser conquistado pelos otomanos, que mantiveram, por sua vez, o seu império por mais de 600 anos.

Mais próximo de nós, o império britânico, o maior do mundo entre o final do século XIX e o início do XX, dominou o comércio internacional, pagamentos e financiamentos durante décadas, até o seu declínio, a partir da Grande Guerra e finalmente em Suez. Foi a partir de 1917 que tem início a era do império americano, começando pelo lado financeiro para depois se traduzir num domínio econômico e estratégico claramente preeminente, pelo resto do século XX: o século americano parecia predestinado a durar mais um século inteiro, todo o século XXI. A China recém emergia dos anos destruidores de maoísmo demencial – depois do fracasso mortífero do Grande Salto para a Frente e dos anos turbulentos da Revolução Cultural – e não parecia estar minimamente em condições de desafiar a superpotência americana.

O que assistimos, nos últimos trinta anos, desde os anos 1990, quando começa, verdadeiramente, a fulgurante ascensão da China, foi algo absolutamente excepcional na história econômica mundial, jamais visto nos registros de crescimento econômico e de capacitação tecnológica e de construção de poderio militar.

O mundo está próximo, agora, de ver a China conquistar o primeiro lugar na formação do PIB global, como já é o caso em grande parte do comércio internacional e será certamente o caso dos investimentos diretos e dos financiamentos em mais alguns anos. Os chineses, não alcançarão, provavelmente, o PIB per capita dos americanos no corrente século ou em qualquer tempo, mas existem outros elementos que sinalizam a mudança de cenário.

Três observações podem ser feitas a esse respeito. Em primeiro lugar, a ascensão da China não significa, inevitavelmente, o declínio, mesmo relativo, do poderio científico e tecnológico ocidental, ou seja, americano, europeu, japonês (e de alguns outros membros do clube das nações avançadas). Em segundo lugar, o impulso excepcional da China pode não ser tão irresistível quanto parece atualmente, sobretudo em vista de tremores geopolíticos na Ásia Pacífico ou no próprio Império do Meio, Em terceiro lugar, não se pode conceber que, após essa “era americana” – que ainda não terminou, cabe esclarecer – virá uma “era chinesa”, o que está longe de ser admitida universalmente ou consensualmente.

A China também foi humilhada ao longo de sua história, duas vezes por invasores que não se intimidaram com o seu tamanho e desprezaram solenemente a Grande Muralha, e mais algumas outras vezes pelas potências ocidentais, nas guerras do ópio e na destruição do Palácio de Verão, em meados do século XIX,

Os impérios que humilharam a China já não poderão voltar a fazê-lo novamente, e os impérios que ainda restam já não podem ignorar solenemente os Estados nacionais, como frequentemente fizeram no passado. O mundo mudou, mas veleidades imperiais permanecem presentes, assim como as mesmas paixões e instintos que deslancharam a guerra de Troia permanecem invariavelmente humanas, mesmo a uma distância de milhares de anos.

Como se situa o Brasil no presente contexto de uma incerta multipolaridade?

Nos trinta anos precedentes, o Brasil e o Itamaraty construíram as bases conceituais de suas relações exteriores e os instrumentos operacionais de uma diplomacia autônoma e soberana, identificadas, ambas, com os grandes interesses do desenvolvimento nacional, em todos os planos: bilateral, regional e multilateral.

A política externa, a gestão ambiental, a condução da cultura e a da educação nunca corresponderam, no atual governo, a padrões compatíveis com o que se espera de uma administração normal, dotada de um programa qualquer que pudesse garantir estabilidade macroeconômica e programas setoriais voltados para o crescimento, o emprego e ganhos de produtividade necessários para enfrentar a competição econômica num mundo globalizado.

Examinei, em quatro livros digitais, fase de demolição completa dos fundamentos conceituais e de sua substância operacional nos dois anos e três meses em que perduraram os desatinos e loucuras perpetrados por quem chamei de “chanceler acidental”, sendo que os efeitos da virtual derrocada de nossa credibilidade no exterior não foram ainda totalmente superados, uma vez que a política externa continua a ser marcada pela mesma autoridade incompetente. Esses livros receberam os significativos nomes de Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (2019), O Itamaraty num labirinto de sombras: ensaios de política externa e de diplomacia brasileira e Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da diplomacia brasileira (ambos de 2020) e O Itamaraty Sequestrado: a destruição da diplomacia pelo bolsolavismo, 2018-2021, o mais recente. A esses, se seguirá um novo livro, Apogeu e demolição da política externa: itinerários da diplomacia brasileira (em versão impressa, pela Editora Appris).

Não pretendo refazer aqui todas as críticas e comentários que já formulei a propósito da miséria da nossa atual política externa e dos descompassos de nossa diplomacia – no momento felizmente liberta das loucuras alucinadas e alucinantes do ex-chanceler acidental –, tanto porque já disso tudo o que poderia ser dito nesses cinco livros mencionados acima. Mas cabem algumas palavras de alento aos que pensam em seguir a carreira diplomática e que se preparam seriamente para tal.

Como diz o famoso bordão: não há bem que nunca acabe, e não há mal que sempre dure. O Itamaraty e a política externa passaram por turbulências inéditas em nossa história independente, mas uma recuperação está em curso, e ela se completará no próximo governo.

A carreira diplomática é uma das mais atraentes na burocracia federal, pelo menos para aqueles que não estão apenas à procura de um emprego público, mas que, sim, tenham a vocação internacionalista, possuam um bom preparo intelectual e se sintam totalmente à vontade numa vida nômade, feita de postos excelentes, muitos médios e algumas situações de dificuldades materiais no vasto mundo da periferia do capitalismo global.

 “Dez Regras Modernas de Diplomacia” (Chicago, 22 de julho de 2001; 19/08/2021: link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/08/regras-modernas-e-sensatas-de.html).

Se ouso concluir, seria por uma nota de otimismo. No Brasil, depois de surpresas e frustrações, retomaremos nosso inevitável processo de crescimento econômico, visando um grau maior de desenvolvimento social, o que virá, no devido tempo, e reconstruiremos também a nossa política externa e a diplomacia de qualidade, uma vez afastados os novos bárbaros do poder. É uma questão de persistência, de resiliência, de insistência no caminho iniciado 200 anos atrás, que construiu uma das melhores diplomacias entre novas nações saídas do colonialismo e uma política externa das mais respeitadas entre países em desenvolvimento.

De minha parte, continuarei me exercendo em minhas vantagens comparativas relativas, que estão na pesquisa, no estudo, na reflexão e na escrita e publicação de materiais diversos atinentes às relações internacionais do Brasil, à sua política externa e à sua diplomacia, cujo itinerário estou concluindo com plena satisfação intelectual e um registro de boas obras realizadas, no plano profissional e no acadêmico.

Muito obrigado.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 3960, resumo: 19 agosto 2021, 14 p.

domingo, 2 de julho de 2023

Oswaldo Aranha: textos e fotobiografia sobre sua vida e carreira diplomática e política

 


Oswaldo Aranha: Fotobiografia e dois volumes de seus mais importantes textos sobre diplomacia e política externa do Brasil.

Pedro Corrêa do Lago, Oswaldo Aranha: uma fotobiografia (Rio de Janeiro: Capivara, 2017), e a coletânea Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro (Brasília: Funag, 2017, 2 vols.). 


        Montagem audiovisual com fotos variadas de Oswaldo Aranha, em diversas fases de sua carreira política e diplomática, com frases retiradas de seus discursos ou declarações, com um fundo de música brasileira. Serviu de simples ilustração de fundo quando do lançamento de dois livros sobre o ele: a fotobiografia de Pedro Corrêa do Lago e os dois volumes dos mais importantes discursos e textos de Oswaldo Aranha sobre temas de relações internacionais e política externa do Brasil.

Lançamento dos livros no Itamaraty, em 2017.

https://youtu.be/nG7pPEVpL0I

Pedro Corrêa do Lago é o autor de Oswaldo Aranha: uma fotobiografia (Rio de Janeiro: Capivara, 2017). Junto com os editores da coletânea Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro (Brasília: Funag, 2017), ele apresentou, com a participação do embaixador Rubens Barbosa, ex-embaixador em Washington, e do diretor do IPRI-Funag, Paulo Roberto de Almeida, as duas obras, focadas na personalidade e na ação do famoso político gaúcho, um dos líderes da Revolução liberal de 1930, ministro da Justiça e da Fazenda no governo provisório de Getúlio Vargas (1931-34), embaixador em Washington (1934-37), chanceler do Brasil (1938-44), no período mais decisivo do século XX, e novamente ministro da Fazenda no governo constitucional de Vargas (1953-54). 

A fotobiografia tem mais de 600 imagens e 500 depoimentos, ao passo que a obra da Funag, em dois volumes, coleta tudo o que de mais importante Aranha escreveu ou falou entre 1930 e 1959. 


sexta-feira, 3 de março de 2023

Lista de trabalhos sobre a carreira diplomática e a diplomacia - Paulo Roberto de Almeida

 Lista de trabalhos sobre a carreira diplomática e a diplomacia

 

Paulo Roberto de Almeida

(www.pralmeida.orghttp://diplomatizzando.blogspot.com)

Relação de trabalhos, palestras, entrevistas, questionários respondidos, com base numa seleção feita exclusivamente a partir do conceito de “carreira” (diplomática).  [Objetivo: consolidar trabalhos numa única lista]

Atualizado em 3/03/2023

 

 

Lista de trabalhos, sob o concento de “carreira”, em ordem cronológica: 

 

339. “A Rotinização do Diplomata”, Brasília: 3 maio 1993, 4 p. Artigo sobre os problemas da carreira diplomática, com ênfase na crítica dos pequenos ganhos corporativos e nas deformações do fluxo ascensional. Destinado ao Boletim da Associação dos Diplomatas Brasileiros, mas reconsiderado por seu conteúdo crítico. Inédito.

 

475. “O Serviço Exterior Francês: História, Estrutura e Recrutamento”, Paris, 15 fevereiro 1995, 15 p. Elaboração da história e situação atual do serviço exterior francês, com vias de acesso à carreira, estrutura interna e fluxos ascensionais. Destinado ao Boletim ADB, revisto e resumido devido à extensão. Inédito. Disponibilizado na plataforma Academia.edu (28/05/2020; link: https://www.academia.edu/43192012/O_Servico_Exterior_Frances_Historia_Estrutura_e_Recrutamento_1995_); anunciado no blog Diplomatizzando (28/05/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/05/o-servico-exterior-frances-historia.html).

 

514. “Uma proposta modesta: a institucionalização da carreira diplomática”, Brasília, 22 fevereiro 1996, 3 p. Propostas para reforma da carreira, atendendo a solicitação de sugestões do Ministro de Estado e em previsão de seminário sobre o tema no Clube das Nações em 09/03/96. Texto revisto em 07.03.96, distribuído em primeira mão no seminário da ADB no Clube das Nações.

 

517. “Seminário da Associação dos Diplomatas Brasileiros sobre a reforma da carreira diplomática”, Brasília, 10 março 1996, 4 p. Nota de informação sobre o seminário realizado no Clube das Nações em 9 de março, onde foi apresentado o trabalho n° 514 e debatidas diversas outras propostas. Circulada entre alguns participantes para revisão e correção, distribuída pela ADB.

 

839. “Macro e microeconomia da diplomacia”, Washington 14 dez. 2001, 3 p.; série “Cousas Diplomáticas, n. 4. Artigo introdutório, semicômico, de “interpretação econômica” da política externa, cobrindo questões diversas da carreira e das atividades diplomáticas, vistas sob a ótica da economia política (continuidade no trabalho n. 1061). Publicado em Espaço Acadêmico (Maringá: UEM, a. I, n. 8, jan. de 2002; link: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/35903 ; pdf: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/35903/20992). Relação de Publicados n. 308.

 

848. “Entrevista Internews Unisul”, Orlando, 11 jan. 2002, 9 p. Respostas a questões colocadas pelo Centro Acadêmico Paulo Roberto de Almeida, do Curso de Relações Internacionais da Unisul para o Boletim Internews. Publicado no site da Unisul: http://www.unisul.br/. Relação de publicados n. 310. Publicado no blog Diplomatizzando(20/08/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/uma-entrevista-sobre-carreira-de.html).

 

885. “As relações internacionais do Brasil e a profissionalização da carreira”, Washington, 29 mar. 2002, 17 p. Palestra proferida no UniCeub, em 2/04/2002, e na Universidade Católica de Brasília, em 3/04/2002, elaborada com base em partes do livro Os primeiros anos do século XXI.

 

915. “Profissionalização em relações internacionais: exigências e possibilidades”, Washington, 26 jun. 2002, 6 p. Trecho retirado das “Leituras complementares”, do capítulo 11: “A diplomacia econômica brasileira no século XX: grandes linhas evolutivas” do livro Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas(p. 244-248). Para divulgação no website do Centro de Serviços de Carreiras do Curso de Relações internacionais da PUC-Minas. Postado no blog Diplomatizzando (20/08/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/profissionalizacao-em-relacoes.html).

 

1062. “Macro e microeconomia aplicadas à diplomacia: a questão da produtividade diplomática”, Washington, 15 jun. 2003, 3 p. Continuidade do exercício anterior (Trabalho n. 839), de fazer uma economia política da carreira diplomática, em tom semi-jocoso, enfocando questões de desempenho funcional e de comportamento pessoal do diplomata. Para o livro Cousas Diplomáticas.

 

1181. “A formação e a carreira do diplomata: uma preparação de longo curso e uma vida nômade”, Brasília, 14 jan. 2004, 3 p. Reelaboração ampliada do trabalho 1156 para o jornal acadêmico da Faculdade de Direito da PUC-Campinas. Postado no blog Diplomatizzando (27/05/2016; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/preparacao-para-carreira-diplomatica.html).

 

1481. “Recomendações Bibliográficas para o concurso do Itamaraty”, Brasília, 13 out. 2005, 6 p. Indicações resumidas a partir do Guia de Estudos do Concurso de Admissão à Carreira Diplomática, versão 2005, para atender às demandas de candidatos à carreira diplomática. Circulada em listas de estudos internacionais. 

 

1563. “As relações internacionais como oportunidade profissional”, Brasília, 23 março 2006, 9 p. Respostas a algumas das questões mais colocadas pelos jovens que se voltam para as carreiras de relações internacionais. Contribuição a matéria da FSP, suplemento Folhateen, matéria “Os internacionalistas”, por Leandro Fortino (Folha de São Paulo, 27 março 2006, p. 6-8; divulgado no blog Diplomaticas, link: http://diplomaticas.blogspot.com/2006/03/303-os-novos-internacionalistas.html#links); divulgado em sua integralidade no boletim de relações internacionais Relnet e, em cinco partes, no blog Cousas Diplomáticas, do post 282 ao 286 (link inicial: http://diplomaticas.blogspot.com/2006/03/282-as-relaes-internacionais-como.html#links). Publicado, sob o título de “As relações internacionais como oportunidade profissional: Respostas a algumas das questões mais colocadas pelos jovens que se voltam para as carreiras de relações internacionais”, no boletim Meridiano 47 – Boletim de Análise da Conjuntura em Relações Internacionais (Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, ISSN 1518-1219, nº 67, fevereiro 2006, p. 5-10). Reformatado e publicado no boletim Via Política (27.05.2007). Publicado no site MundoRI; disponível no blog Diplomatizzando (24/03/2013; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2013/03/as-relacoes-internacionais-como.html). Relação de Publicados n. 627. 

 

1670. “Dez obras fundamentais para um diplomata”, Brasília, 29 setembro 2006, 2 p. Lista elaborada a pedido de aluno interessado na carreira diplomática: obras de Heródoto, Maquiavel, Tocqueville, Pierre Renouvin, Henry Kissinger, Manuel de Oliveira Lima, Pandiá Calógeras, Delgado de Carvalho, Marcelo de Paiva Abreu e Paulo Roberto de Almeida, para uma boa cultura clássica e instrumental, no plano do conhecimento geral e especializado. Colocada no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2006/09/625-dez-obras-fundamentais-para-um.html). Revisto e ampliado, com explicações e links para cada uma das obras, em 14 de outubro de 2006 (6 p.) e publicado em Via Política em 15/10/2006 (link descontinuado). Relação de Publicados n. 709.

 

1704. “Um autodidata na carreira diplomática”, Brasília, 26 dezembro 2006, 4 p. Respostas a questões colocadas por jovem candidato à carreira diplomática. Colocada no blog Diplomatizzando; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2006/12/667-um-autodidata-na-carreira.html#links.

 

1705. “Carreira Diplomática: dicas e argumentos sobre uma profissão desafiadora”, Brasília, 27 dezembro 2006, 6 p. Consolidação e compilação de meus trabalhos relativos à carreira diplomática e à profissão de internacionalista, para atender às muitas consultas que me são feitas nesta época. Colocada no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2006/12/669-carreira-diplomatica-dicas.html) e incorporada ao site pessoal, seção “Carreira Diplomática”. 

 

1739. “Carreira diplomática: uma trajetória”, Brasília, 27 março 2007, 5 p. Respostas a perguntas colocadas pela Carta Forense, para caderno especial sobre concursos, sobre diplomacia. Publicado, sob o título “Minha trajetória como concursando”, na revista Carta Forense (ano 5, n. 47, abril 2007, Caderno de Concursos, p. C2-C3; link: www.cartaforense.com.br). Postado no blog Diplomatizzando (12.07.2010; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/07/como-no-caso-de-textos-anteriores-que.html).

 

1780. “Aspectos da carreira diplomática: algumas considerações pessoais”, Brasília, 10 de agosto de 2007, 1 p. Palestra feita em Brasília, no curso preparatório à carreira diplomática O Diplomata em 11.08.07, com links para sites e blogs de informação. Exposição desenvolvida oralmente em torno dos seguintes pontos, depois ilustrados com remessa a textos meus, em meus blogs, e a outros blogs de preparação à carreira: 1. O ingresso: estudos preparatórios e exames de entrada; 2. Estrutura da carreira e fluxos da mobilidade ascensional; 3. Trabalho na SERE e nos postos do exterior: nomadismo vertical e horizontal; 4. Gostosuras e travessuras: os bônus e malus da carreira diplomática; 5. Uma experiência pessoal: combinando diplomacia e academia.

 

1812. “Academia e diplomacia: um questionário sobre a formação e a carreira”, Brasília, 1 outubro 2007, 5 p. Respostas a questionário colocado por Marina Poli, da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Postado no blog Diplomatizzando (10.07.2010; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/07/academia-e-diplomacia-um-questionario.html).

 

1837. “Cartas a um Jovem Diplomata: conselhos a quem já se iniciou na carreira e dicas para quem pretende ser um dia”, Brasília, 17 novembro 2007, 1 p. Esquema de um novo livro, sobre a base do trabalho 800 (Novas Regras de Diplomacia). Nunca desenvolvido. Postado no blog Diplomatizzando (19/08/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/cartas-um-jovem-diplomata-como-seria-se.html).

 

1885. “Questionário sobre a carreira diplomática”, Brasília, 10 maio 2008, 5 p. Respostas a questões colocadas por estudante de administração, sobre a carreira diplomática. Postado no Blog DiplomataZ (2.07.2009; link: http://diplomataz.blogspot.com/2009/07/19-mais-um-questionario-sobre-carreira.html#links).

 

1901. “Questionário sobre a carreira diplomática”, Brasília, 25 junho 2008, 3 p. Respostas a questionário submetido por candidata à carreira diplomática. Postado no Blog DiplomataZ (2.07.2009; link: http://diplomataz.blogspot.com/2009/07/16-questionario-sobre-carreira.html#links). Postado no Blog Diplomatizzando (28.05.2011; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/05/um-questionario-sobre-carreira.html).

 

1937. “Gênero e Carreira Diplomática”, Brasília, 11 outubro 2008, 3 p. Entrevista concedida a estudante graduação em Direito Unigranrio-RJ, para pesquisa sobre igualdade de gêneros na diplomacia brasileira. Postado no blog Diplomatizando (29/05/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/05/genero-e-carreira-diplomatica-2008.html).

 

2007. “Carreira Diplomática: respondendo a um questionário”, Brasília, 21 maio 2009, 8 p. Respostas a questões colocadas por graduanda em administração na UFSC. Postado no blog Diplomatizzando (21.05.2009; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2009/05/1112-carreira-diplomatica-respondendo.html). Reproduzido no blog MondoPost (27.05.2009, link: http://www.mondopost.com.br/2009/05/27/carreira-diplomatica-respondendo-a-um-questionario/). Postado novamente no blog Diplomatizzando em 8/01/2016 (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/01/um-questionario-sobre-carreira.html).

 

2102. “Carreira Diplomática: Geral ou Especializada? Respondendo a dúvidas legítimas”, Brasília, 16 janeiro 2010, 4 p. Respostas a questões colocadas por uma candidata à carreira diplomática. Postado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/01/1700-carreira-diplomatica.html).

 

2126. “Carreira Diplomática: um questionário acadêmico”, Florença (Itália), 28 março 2010, 3 p. Respostas a perguntas de alunos de curso de Relações Internacionais da USP. Postado no blog Diplomatizzando (3.04.2010; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/04/1016-carreira-diplomatica-um.html).

 

2136. “Entrevista sobre Minha Carreira Diplomática”, Shanghai, 25 abril 2010, 5 p. Respondendo a um aluno do curso médio. Postado no blog Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/04/2076-mais-uma-entrevista-sobre-carreira.html).

 

2187. “Memória e diplomacia: o verso e o reverso”, Shanghai, 23 setembro 2010, 4 p. Notas sobre memórias e memorialistas da carreira. Postado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/09/memorias-diplomaticas-paulo-r-de.html). Publicado em Boletim Mundorama (n. 37, setembro 2010, 23.09.2010; link: http://mundorama.net/2010/09/23/memoria-e-diplomacia-o-verso-e-o-reverso-por-paulo-roberto-de-almeida/#more-6474). Postado no Facebook (19/08/2017; link: https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1627713110625466). Relação de Publicados n. 992.

 

2222. “Respondendo a questões sobre a carreira diplomática”, Shanghai, 5 novembro 2010, 32 p. Introdução a compilação de respostas a questões colocadas por leitores do blog sobre a carreira diplomática, estudos preparatórios e o concurso de ingresso. Postado no blog Diplomatizzando (5/11/2010; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/11/carreira-diplomatica-respondendo.html), inclusive com as questões e comentários submetidos a seguir.

 

2328. “Carreira Diplomática e Carreira Acadêmica: vidas paralelas ou linhas que não se tocam?”, Brasília, 9 outubro 2011, 4 p. Respostas a questionário; postado no blog Diplomatizzando(http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/10/carreira-diplomatica-e-carreira.html).

 

2382. “Questionário sobre a carreira diplomática”, Paris, 10 abril 2012, 2 p. Respostas para trabalho universitário. Blog Diplomatizzando (19/08/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/questionario-sobre-carreira-diplomatica.html).

 

2409. “Grande estratégia e idiossincrasias corporativas: uma reflexão baseada em George Kennan”, Brasília, 14 julho 2012, 7 p. Considerações sobre posturas na carreira diplomática, com base em trecho da biografia do diplomata e historiador americano por John Lewis Gaddis: George F. Kennan: Não American Life (New York: The Penguin Press, 2011), lida na edição Kindle. Postado no blog Diplomatizzando(http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2012/07/uma-reflexao-baseada-em-george-kennan.html). Postado novamente no Diplomatizzando em 4/01/2016 (link: http://www.diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/01/george-kennan-era-um-contrarianista.html).

 

2608. “Carreira diplomática e formação”, Hartford, 19 maio 2014, 9 p. Respostas a questões colocadas por aluna de RI do IESB, com base em trabalhos anteriores sobre o mesmo assunto. Postado no blog Diplomatizzando em 15/08/2015 (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/08/carreira-diplomatica-e-formacao-do.html).

 

2829. “Entre o internacionalismo e a diplomacia: questões de carreira e de vocação”, Brasília, 28 maio; Anápolis, 30 maio 2015, 10 p. Respostas a questionário colocado por estudante de RI da Universidade do Sagrado Coração. Postado no Blog Diplomatizzando, 20/08/2016 (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/08/internacionalista-sou-um-ou-apenas-um.html).

 

2977. “O Itamaraty e a diplomacia profissional brasileira em tempos não convencionais”, Brasília, 15 maio 2016, 10 p. Entrevista concedida por escrito a graduando na Faculdade de Direito da USP, e animador do blog Jornal Arcadasum jornal independente totalmente produzido por estudantes do Largo de São Francisco (http://www.jornalarcadas.com.br/), sobre aspectos da carreira e do funcionamento do Itamaraty na fase recente. Publicado, sob o título de “Entrevista: a crise e o anarco-diplomata”, no blog Jornal Arcadas (15/05/2016; link: http://www.jornalarcadas.com.br/acriseeoanarcodiplomata/); reproduzido no Diplomatizando (http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/um-anarco-diplomata-fala-sobre.html) e disseminado no Facebook (link: https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1154258514637597). Relação de Publicados n. 1220.

 

2984. “Uma carreira diplomática: Paulo Roberto de Almeida”, Brasília, 11-27 maio 2016, 16 p. Entrevista redigida para o site “Diplowife, Diplolife”. Respostas ampliadas e revistas na sequência, com links para os trabalhos mais importantes nessa categoria. Postada no site “Diplowife-Diplolife” (link: http://diplowife-diplolife.blogspot.com.br/2016/05/entrevista-com-paulo-roberto-de-almeida.html). Transcrito no blog Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/entrevista-sobre-carreira-atividades.html) e no Facebook (https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1162371277159654). Relação de Publicados n. 1226.

 

3153. “A carreira diplomática: questionário pessoal e consolidação de trabalhos produzidos por Paulo Roberto de Almeida”, Brasília, 19-20 agosto 2017, 22 p. Respostas a questionário submetido por grupo de alunos de Relações Internacionais do IESB, acompanhadas de listagem de trabalhos identificados sob a rubrica da diplomacia em minha produção entre 2001 e 2016, para entrevista audiovisual (efetuada em 31/08/2017). Postado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/34279860/A_carreira_diplomatica_questionario_pessoal_e_consolidacao_de_trabalhos_produzidos_por_Paulo_Roberto_de_Almeida), e em Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/319184080_A_carreira_diplomatica_questionario_pessoal_e_consolidacao_de_trabalhos_produzidos_por_Paulo_Roberto_de_Almeida) e no Twitter (https://shar.es/1S2F5K). Trabalho aproveitado para palestra sobre “Opções de Mercado para o Profissional de RI”, na Semana de Relações Internacionais organizada pelo Diretório Acadêmico do UniCEUB, em 21 de agosto de 2017, no campus de Taguatinga pela manhã, e no campus da Asa Norte pela noite. Feita nova informação em 31/08/2017 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/carreira-diplomatica-questionario-e.html).

3154. “Carreira diplomática: lista seletiva de trabalhos de Paulo Roberto de Almeida”, Brasília, 22 agosto 2017, 6 p. Revisão e correção do apêndice do trabalho 3153, para divulgação independente. Postado no blog Diplomatizzando (22/08/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/carreira-diplomatica-lista-seletiva-de.html); disseminado no Facebook (https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1630553210341456). Feita nova informação em 31/08/2017 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/carreira-diplomatica-questionario-e.html).

 

3213. “Diplomatas ganham o seu sindicato próprio: farão bom uso?”, Brasília, 19 dezembro 2017, 2 p. Comentários e transcrições, do Visconde do Rio Branco, e de Ribeiro Couto. Postado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/12/diplomatas-ganham-o-seu-sindicato.html).

 

3292. “Duas pedras no meio do caminho... (a propósito de uma promoção tardia)”, Estoril, 26 junho 2018, 4 p. Esclarecimento a propósito de minha promoção tardia na carreira. Postado no blog Diplomatizzando (26/06/2018; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2018/06/duas-pedras-no-meio-do-caminho-paulo.html), disseminado no Facebook (link: https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1965174040212703).

 

3304. “Carreira na diplomacia: ingresso, requerimentos, desempenho”, Brasília, 20 julho 2018, 8 p. Listagem dos trabalhos relativos à carreira diplomática, para divulgação ampla. Divulgado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/37089699/Carreira_na_diplomacia_ingresso_requerimentos_desempenho); Blog Diplomatizzando (https://diplomatizzando.blogspot.com/2018/07/carreira-na-diplomacia-ingresso.html); Facebook (https://www.facebook.com/paulobooks/posts/2006592702737503).

 

3543. “Pesquisa sobre carreira diplomática”, Brasília, 25 novembro 2019, 3 p. Resposta a questionário sobre a carreira diplomática, encaminhada por formulário online. Divulgado no blog Diplomatizzando (29/05/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/05/pesquisa-sobre-carreira-diplomatica.html). 

 

3564. “Cronologia diplomática em tempos não convencionais: trajetória de Paulo Roberto de Almeida, 2003-2020”, Brasília, 11 janeiro 2020, 4 p. Relato sintético sobre percalços na carreira ao longo das duas últimas décadas, sobretudo nas últimas semanas. Encaminhado a diversos interlocutores. Revisto em 18/01/2020. 

 

3683. “Preparação para a carreira diplomática: uma conversa com candidatos”, Brasília, 29 maio 2020, 2020, 6 p. Conversa online com candidatos à carreira diplomática, coordenada por Amanda do “Keep it blue podcast”, sobre as seguintes questões: 1) O que fez o senhor decidir ser diplomata?; 2) Como foi sua jornada para passar o CACD?; 3) Quais são os diferenciais para passar o concurso?; 4) Como o candidato deve abordar as atualidades em seus estudos?; 5) Como deveria ser o mindset para o estudo dos idiomas?; 6) Como foi o Instituto Rio Branco?; 7) O que se aprende por lá?; 8) Como é a vida no exterior?; 9) Como muda em relação a Brasília? Elaborada lista de 37 trabalhos que se encaixam nos critérios solicitados. Divulgado no blog Diplomatizando (29/05/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/05/preparacao-para-carreira-diplomatica.html); disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/43192887/Preparacao_para_a_carreira_diplomatica_uma_conversa_com_candidatos_2020_).

 

3684. “Um diplomata desvio padrão: podcast para candidatos à carreira”, Brasília, 29 maio 2020, Audio Mpeg da Apple 1:31:13, 37, 2MB. Podcast gravado sobre os pontos enunciados no trabalho n. 3683. Disponível no Dropbox (link: https://www.dropbox.com/s/0kd91ucpgmlkhgn/3684DiplomataDesvioPadraoPodcast.m4a?dl=0); anunciado no blog Diplomatizzando (30/05/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/05/uma-conversa-com-candidatos-carreira.html).

 

3691. “Uma carreira na diplomacia para jovens estudantes”, Brasília, 8 junho 2020, 4 p. Respostas a questões colocada por coordenadores do programa Explica ENEM (https://www.instagram.com/explicaenem/). Disponível no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/06/uma-carreira-na-diplomacia-para-jovens.html) e na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/43292605/Uma_carreira_na_diplomacia_para_jovens_estudantes_2020_).

 

3725. “A carreira diplomática e a diplomacia brasileira”, Brasília, 26 julho 2020, 3 p. Respostas a questões de alunos de RI da Unesp-Franca-SP; Gravação de podcast; Pod-RI; alunos de RI da Unesp Franca; (https://www.facebook.com/podcastRI/ ), na quarta-feira, dia 5/08, 18hs]. Gravação de entrevista, disponível no Facebook (https://www.facebook.com/107203960975709/posts/161249412237830/), no Instagram (https://www.instagram.com/p/CD15Rc_DSNT/?igshid=l0v8zq3suh7) e no Spotfy (https://open.spotify.com/episode/1W8FWd9dKConYOOH6Zfa6X). Disponível no blog Diplomatizzando (13/08/2020; https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/a-carreira-diplomatica-e-diplomacia.html).

 

3960. “Relações internacionais, política externa do Brasil e carreira diplomática: reflexões de um diplomata não convencional”, Brasília, 17-19 agosto 2021, 15 p. Notas para aula inaugural no quadro do novo curso do Ibmec Global Affairs, em 20/08/2021, 19hs (Sala Virtual Teams: https://bit.ly/3szvGzn). Divulgado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/50940045/3960_Relacoes_internacionais_politica_externa_do_Brasil_e_carreira_diplomatica_Reflexoes_de_um_diplomata_nao_convencional_2021_) e anunciado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/08/relacoes-internacionais-politica_19.html). Resumo para exposição oral, colocado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/08/relacoes-internacionais-politica_20.html). 

 

3997. “Mini-reflexão sobre a condição de professor”, Brasília, 15 outubro 2021, 5 p. Considerações pessoais sobre minha vocação acadêmica e ao magistério, ao lado da carreira diplomática. Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/10/mini-reflexao-sobre-condicao-de.html). 

 

4126. “Livros de diplomatas e de terceiros sobre temas da diplomacia brasileira”, Curitiba, 5 abril 2022, 6 p. Relação de meus livros que compilam resenhas dos livros de diplomatas e não diplomatas sobre política externa e diplomacia brasileira, com uma lista suplementar de meus livros sobre os mesmos temas. Oferecida a candidatos à carreira diplomática. 

 

4149. “Bibliografia seletiva sobre política externa e diplomacia do Brasil”, Brasília, 6 maio 2022, 4 p. Para informação de alunos e candidatos à carreira. 

 

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4331, 3 março 2023, 10 p. Divulgado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/97876189/4331_Lista_de_trabalhos_sobre_a_carreira_diplomatica_e_a_diplomacia_2023_).