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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Identificado o "gabinete da raiva" do Palacio do Planalto: STF vai investigar

STF vai investigar assessor de Bolsonaro por declaração sobre vídeo das hienas

Filipe Martins será alvo de inquérito que apura fake news e ameaças contra ministros

O STF (Supremo Tribunal Federal) vai abrir uma investigação contra Filipe Martins, assessor internacional da Presidência da República, no inquérito criado para apurar fake news e ameaças contra integrantes da corte. O motivo é uma publicação em que ele defende a mensagem de um vídeo que comparou o tribunal a hienas.
Jair Bolsonaro compartilhou na segunda-feira (28) um material em que partidos políticos, a imprensa e o STF são retratados como animais atacam um leão, retratado como o próprio presidente. Ele apagou a publicação e pediu desculpas no dia seguinte, mas Martins reforçou seu conteúdo.
"O establishment não gosta de se ver retratado, mas ele é o que ele é: um punhado de hienas que ataca qualquer um que ameace o esquema de poder que lhe garante benefícios e privilégios às custas do povo brasileiro. Isso só mudará quando o Brasil se tornar uma nação de leões", escreveu o assessor no Twitter na terça (29).
O Supremo discutiu o envio de um pedido de explicações para Bolsonaro com base no episódio, mas desistiu depois que o presidente se desculpou. Como Martins não fez o mesmo, ele será investigado.
"Me desculpo publicamente ao STF, a quem porventura ficou ofendido. Foi uma injustiça, sim, corrigimos e vamos publicar uma matéria que leva para esse lado das desculpas. Erramos e haverá retratação", disse Bolsonaro ao jornal O Estado de S. Paulo na terça (29).
O chamado inquérito das fake news é alvo de críticas pesadas de apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais. O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, escreveu em março que medidas tomadas na investigação se assemelhavam às de uma ditadura.
O caso também produziu controvérsia por ter sido aberto no STF sem consulta e participação do Ministério Público. A então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, buscou arquivar a investigação em diversas ocasiões.
O novo procurador-geral, entretanto, adotou comportamento diferente. Augusto Aras, indicado ao cargo em setembro por Bolsonaro, disse que não há inconstitucionalidade no inquérito.
A AGU (Advocacia-Geral da União), que representa o governo, também tem dado pareceres favoráveis à continuidade do inquérito, cuja constitucionalidade é questionada em ações no próprio Supremo e na Justiça Federal de primeiro grau em Brasília.
Martins também foi convocado para prestar esclarecimentos na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) das fake news em funcionamento no Congresso.
Além de Martins, também foram chamados o chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), Fabio Wajngarten, e assessores que compõem um grupo batizado no Planalto de "gabinete da raiva" —Tercio Arnaud Tomaz, José Matheus Salles Gomes e Mateus Matos Diniz.

O Império se inquieta e indica seus atuais "inimigos" - Novo podcast do Belfer Center da Harvard University

Quando um império sente que entrou em decadência – que é o que ocorre atualmente com os Estados Unidos, processo acelerado pela gestão extraordinariamente desastrosa do governo Trump – suas elites começam a ficar paranoicas, e passam a ver inimigos mesmo onde eles não existem, ou mesmo que existem, quando eles não têm (por enquanto) nenhuma condição de enfrentar a supremacia estratégica do império até aqui dominante.
Parece ser o caso dos representantes do mais brilhante establishment de pensamento estratégico (junto com Yale e alguns think tanks de Washington, notadamente o CSIS), o Belfer Center da Universidade de Harvard.
Ele já identificaram os seus inimigos do momento: Rússia, China e Irã.
Não creio que qualquer um desses Estados, duas grandes potências e uma potência média, queira enfrentar o império americano, mas o problema é que o império PRECISA de inimigos, do contrário como viveriam os seus militares paranoicos do Pentágono e agora, também, os novos paranoicos da academia.
Em todo caso, vamos ouvi-los.
Paulo Roberto de Almeida
São Paulo, 31/10/2019

Dear Friends:
We are pleased to announce a new podcast by International Security, a quarterly journal edited and sponsored by the Belfer Center for Science and International Affairs at Harvard Kennedy School, and published by the MIT Press.
The podcast, IS: Off the Page,” will discuss recent research published in International Security, and more importantly, go beyond each article’s findings to engage in contemporary policy debate. To help move the conversation forward, each episode will feature the author of a recent IS article and 1-2 guests from the broader policy community.
This podcast, which I’m privileged to host, seeks to bridge the gap between policy-relevant academic research and the policy world itself.
We invite you to listen to our inaugural episode titled, “Weaponized Interdependence,” featuring guests Abraham Newman (Georgetown University) and Elizabeth Rosenberg (Center for a New American Security). How do sanctions work in a globalized world? When do private companies comply with state-imposed sanctions? Will American economic coercion against Russia, China, and Iran backfire? Listen to find out!
In the coming weeks, the podcast will explore issues related to Chinese policy in the South China Sea, the future of NATO, and the liberal international order. Future episodes will be released on a rolling basis and we encourage you to follow along.
Please join International Security in going “off the page”!
Sincerely,
Morgan L. Kaplan
Executive Editor, International Security
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IS: Off the Page

Current Episode

01. "Weaponized Interdependence – Economic Networks, Sanctions, and State Coercion"

Contrary to traditional arguments that globalization and economic interdependence will lead to increasing international cooperation, this episode discusses how states can weaponize their position in global economic networks to engage in coercion.
How do sanctions work in a globalized world? When do private companies comply with state-imposed sanctions? Will American economic coercion against Russia, China, and Iran backfire? Listen to find out!
Guests:
Abraham Newman is a professor in the Edmund A. Walsh School of Foreign Service and Government Department at Georgetown University. He currently serves as the Director of the Mortara Center for International Studies.
Elizabeth Rosenberg is a Senior Fellow and Director of the Energy, Economics, and Security Program at the Center for a New American Security.
International Security Article:
This episode is based on, Henry Farrell and Abraham L. Newman, “Weaponized Interdependence: How Global Economic Networks Shape State Coercion,” Vol. 44, No. 1 (Summer 2019), pp. 42-79.
Additional Related Readings:
Originally aired on October 30, 2019

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Argentina: a um passo da dolarização? - Mac Margolis (Bloomberg)

Economics

Could Dollarization Be Argentina’s Salvation?

After eight defaults, it needs a currency that it can’t print, game or otherwise defile.
In dollars they trust.
In dollars they trust. Photographer: Marcos Brindicci/Getty Images South America
Peronist leader Alberto Fernandez and his deputy, former president Cristina Fernandez de Kirchner, won a commanding victory over center-right incumbent Mauricio Macri in Sunday’s poll. But for a nation that has defaulted eight times on its debt and spent a third of the last seven decades in recession, the path forward is unclear.
Voters clearly said no to another mandate for Macri, who promised foundational reforms through managerial nous, and delivered sacrifice and half-measures instead. Nor will Argentinians or the financial markets, upon whose good graces this nation of 45 million depends, abide a return to the interventionism that marred Fernandez de Kirchner’s 2007-2015 government – one reason perhaps that she took second chair to her more conciliatory namesake. (They are unrelated.)
If there is any consensus, it’s that more of the same will not do. But here is where the conversation could get interesting. To a growing number of respected economists, the only path to a fresh start for Argentina involves embracing the U.S. dollar.
The details of dollarization are vexing: Who will be the lender of last resort? How to manage the vagaries of trade and the business cycle when you can’t set interest rates or calibrate the exchange rate? Yet the argument for the greenback is straightforward.  When a nation has lost its grip, its currency tumbles, credit risk spikes and bonds fall. If conventional monetary and fiscal policy fails to stabilize the economy, the crisis returns again and again. Better to ditch the iffy peso for the greenback, that reliable Latin American mattress-stuffer, which native authorities cannot print, game or otherwise defile.
Yes, dollarization is the monetary nuclear option. That may be why by 2002 only some 35 countries worldwide, most of them small, had officially given up their own currencies for the dollar. Ecuador is the largest of the three Latin American dollarizers (alongside El Salvador and Panama) and its gross domestic product is just one-fifth that of Argentina.
The reasons for reticence are understandable. Latin Americans still regard the national currency as a badge of sovereignty and independence. Giving up one’s coin is seen as bending the knee to a foreign power. So much the worse if that overlord is the United States. Increasingly, however, Argentinians seem willing to shed that inhibition. Even with its own currency, Argentina has been in and out of economic emergency for decades. Johns Hopkins University professor of applied economics Steve Hanke recently tallied 12 separate crises leading to the collapse of the Argentine peso since 1876. Tellingly, most of them dated since 1935, the year the Central Bank of the Republic of Argentina was founded.
Serial bouts of hyperinflation, overspending and foreign indebtedness have taken their toll. Each crisis has caused the peso (one of this year’s worst-performingcurrencies) to collapse, destroyed trust in policymakers (who’ve now returned the favor by tightening capital controls), and made the country a perennial pariah in the credit markets (Argentine bonds slumped again on Monday). Tellingly, lenders took heart in the narrower-than-expected Peronist victory, a sign perhaps that Argentinians want stability, not adventure.
Dollarization has its discontents. Not everyone agrees that the best way to restore economic integrity and trustworthiness is to take away policy command and control. Argentinians experimented with dollarization in the 1990s through a policy called convertibility: Each peso was legally backed by a dollar in reserves at a fixed one-to-one exchange. It worked for a while, but there was leakage. Provinces found loopholes to federally mandated austerity, fiscal profligacy continued and even with the dollar anchor, the central bank kept tinkering, therefore undermining convertibility and setting up the country for its seventh debt default since 1827.
Populist temptations can also wreak economic havoc, even under the dollar straitjacket.  Look no further than Ecuador. Squeezed by rising U.S. interest rates, spendthrift former President Rafael Correa found a workaround to the dollar by raiding hard currency reserves and leaning on the Central Bank to jack up government lending for wages and social programs. The result was a fiscal sinkhole that entrapped Correa’s successor Lenin Moreno in penury ever since and nearly unseated him last month when his austerity measures provoked a backlash.
And yet at some point, governments exhaust their quota of mistakes. Alberto Ramos of Goldman Sachs is no fan of dollarization, but he allows that dire circumstances call for extreme measures. “If you continue to go from crisis to crisis, you have to let go and dollarize,” he told me. By now, Argentina may well have erased the ifs.
Discarding dollarization because it ties a nation’s hands and deprives a government of instruments to manage exchange rates and business cycles sounds sensible, but ultimately rests on a conceit that ignores events on the ground in Argentina. Economist Nicolas Cachanosky, of the Metropolitan State University of Denver, calls this the nirvana fallacy.  “Argentine economists tend to confuse the possible with the probable. They imagine a well-functioning central bank that carefully considers and implements policy. But experience suggests something far less desirable will result,” Cachanosky recently wrote.
What’s not in dispute is that Argentina long ago breached the threshold of economic normalcy. “Argentina lacks credit in the broadest sense; it is a zero-trust country,” writes Johns Hopkins University economist Jorge C. Avila, who along with Cachanosky is one of the few Argentine enthusiasts of dollarization.
In a study earlier this year Avila argued that dollarizing could work as long as Argentina opens its air-gapped economy (exports and imports amount to only about 30% of gross domestic product). “Dollarizing with financial integration and free-trade agreements with superpowers will bring a degree of monetary and financial stability not seen by this country in a century,” he wrote.
That may sound overly optimistic. Indeed, going all the way and scuttling a national currency is a dire recourse, and likely unthinkable for the new Peronist management, whose standard bearers spent much of the campaign blaming Macri for turning Argentina into a vassal of the International Monetary Fund. “Dollarization is a one-way street, you don’t go back,” said Monica de Bolle, a senior fellow at the Peterson Institute for International Economics.
As it happens, de Bolle added, Argentinians are way ahead of their political establishment. Each crisis has led them to dump pesos for the greenback, the only medium of exchange that counts for real estateand other big-ticket transactions. Argentinians have squirreled away up to $150 billion in cash and hold an estimated $500 billion in assets abroad. “Argentinians think in dollars, plan in dollars, dream in dollars and have nightmares in dollars,” said Ramos.
What the Peronists need to say is, if Argentina doesn’t dollarize, then what? The options are all but spent.
    This column does not necessarily reflect the opinion of the editorial board or Bloomberg LP and its owners.
    To contact the author of this story:
    Mac Margolis at mmargolis14@bloomberg.net
    To contact the editor responsible for this story:
    James Gibney at jgibney5@bloomberg.net
    Mac Margolis is a Bloomberg Opinion columnist covering Latin and South America. He was a reporter for Newsweek and is the author of “The Last New World: The Conquest of the Amazon Frontier.”

    Brasil-OCDE: os bloqueios - Vicente Nunes (CB)



    Expectativa grande com vinda de técnicos da OCDE ao Brasil

    Correio Braziliense, Economia

    ROSANA HESSEL

    A partir de novembro, vários técnicos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estarão a caminho do Brasil para levantamentos de dados dos relatórios anuais. Uma das missões confirmadas para o mês que vem é a que trabalha no combate à corrupção, uma vez que a entidade tem demonstrado preocupação com a piora do país nesse tema. As datas ainda não foram definidas, segundo a assessoria do órgão, mas a expectativa é grande dentro e fora do governo com a visita. 

    “Temos muitas pessoas trabalhando nas missões ao Brasil. Estamos, por exemplo, negociando nas próximas semanas ou meses como parte de pesquisas e reuniões para o futuro da economia brasileira, sobre o progresso do país na transformação digital e no setor de telecomunicações e transmissões”, destacou a nota da OCDE. 
    O processo de adesão do Brasil na OCDE, iniciado em 2017, promete ser longo, uma vez que redução da corrupção é uma das medidas que o Brasil precisa cumprir para ser aceito como membro da organização composta atualmente por 36 países, e está andando para trás. 
    Os Estados Unidos, por exemplo, não incluíram o país na lista apoiada pela Casa Branca neste ano, mas demonstraram apoio ao Brasil no processo de adesão. Apenas Argentina, que passa por uma crise financeira grave, e Romênia, foram indicados pelos norte-americanos, para a frustração da equipe econômica liderada pelo ministro Paulo Guedes, que esperava “furar a fila”. No momento, existem seis países em processo de adesão da entidade considerada o clube dos países ricos.  Para receber o apoio dos EUA, o governo brasileiro concordou em abrir mão do status especial de país em desenvolvimento na Organização Mundial de Comércio (OMC), exigência que Washington não impôs a outros emergentes, como México.
    O cientista político norte-americano David Fleischer, professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), também demonstra preocupação com o que os técnicos da OCDE vão encontrar quando chegarem. Para ele, haverá um retrocesso no combate à corrupção com a Lei do Abuso de Autoridade e a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Antonio Dias Toffoli, interromper as investigações e processos criminais com base em informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sem autorização judicial. 
    “A lei do abuso não deixa mais ninguém investigar nada”, criticou o acadêmico, lembrando que a imagem do país lá fora tem piorado com o novo governo, principalmente, devido ao “sucateamento” do Ministério das Relações Exteriores, comando por Ernesto Araújo. “O serviço diplomático foi sucateado duramente e isso tem piorado a imagem do país lá fora. Antigamente, os outros países elogiavam a competência dos representantes nas articulações nas embaixadas e nos órgãos internacionais, como ONU (Organização das Nações Unidas) e OEA (Organização dos Estados Americanos)”, lamentou Fleischer.
    Aproveitando a vinda dos técnicos da OCDE, Comissão de Relações Exteriores (CRE) aprovou um requerimento do senador Marcos do Val (Podemos-ES) para que o colegiado receba os representantes da OCDE em audiência pública. “A comissão da OCDE sugere que a capacidade de investigação nos casos referidos está seriamente ameaçada. O atual governo elegeu-se prometendo combater a corrupção. Retrocesso nesta área será comprometedor tanto interna quanto externamente”, destacou o senador, conforme informações da Agência Senado nesta quarta-feira (24/10). 
    Vale lembrar que, recentemente, a Transparência Internacional no Brasil divulgou um estudo apontando aumento na percepção de que o combate à corrupção no país está diminuindo, corroborando com o aumento das preocupações da OCDE.

    Governo Bolsonaro: a hipocrisia como política externa - Jamil Chade

    A hipocrisia como política externa

    Numa política externa dogmática, uma ditadura de esquerda é uma ditadura de esquerda. Já uma ditadura de direita é um aliado e um parceiro comercial

    Jamil Chade -

    A coerência de um líder é, provavelmente, uma de suas maiores virtudes para conquistar credibilidade internacional e respeito. Questionar uma ideologia, sempre que dentro da lei, é legítimo. Preferir um certo caminho econômico, desde que não retire direito fundamentais de seus cidadão, é sempre uma opção.

    O que não é uma opção é a hipocrisia. Desde que assumiu o Governo, Jair Bolsonaro colocou Nicolas Maduro e Havana como seus maiores inimigos no hemisfério. Para questionar e tirar qualquer tipo de legitimidade do Governo de Caracas, ele e seu chanceler, Ernesto Araújo, fizeram questão de denunciar o caráter autoritário do regime venezuelano.

    Cuba é também uma obsessão do atual Coverno. Com pouca relevância hoje no mundo, a ilha caribenha mereceu espaço nobre no discurso do presidente na Assembleia Geral da ONU. Poucos dias depois, de próprio punho, Araújo mandou instruções a seus diplomatas para que usassem uma reunião das Nações Unidas para atacar Havana. Uma embaixadora chegou a alertar que aquele ataque era desnecessário. Mas ordens são ordens.

    Brasília está errada em denunciar as violações em Cuba e Venezuela? Não necessariamente. A própria ONU, desprezada por Bolsonaro, acusa o governo de Maduro de ter montado uma verdadeira máquina de repressão. Antes mesmo da intensificação da crise, a cúpula das Nações Unidas já alertava para o fato de que a democracia estava ameaçada em Caracas.

    Mas o problema é quando se opta por chamar Maduro de ditador e os cubanos de ameaça, enquanto fecha-se os olhos para afirmar, com orgulho, que temos “afinidades” com um príncipe saudita acusado das piores atrocidades.

    Ao desembarcar num dos regimes mais repressores do mundo, a Arábia Saudita, o chanceler publicou comentários nas redes sociais contra o novo governo argentino. Um dos argumentos de seu ataque era de que Alberto Fernandez estaria apoiando ditaduras.

    Riad e sua opressão contra a liberdade de imprensa pareciam não constranger os membros do Governo brasileiro. Tampouco parecia ser um problema o papel secundário que se dá à mulher. Ápice da falta de coerência foi ainda o comentário do presidente de que as mulheres desejariam passar uma tarde como o príncipe saudita, como ele fez.

    Em junho, estive com Hatice Cengiz, a noiva de Jamal Khashoggi, jornalista saudita morto dentro de um consulado saudita. Ela apelava para que Bolsonaro cobrasse o príncipe Mohamed Bin Salmam pela morte do crítico ao regime. Os elogios do brasileiro ao herdeiro do trono soaram com um solene ato de chancela e um recado: esse assunto não nos incomoda.

    Tudo tinha um preço. Ao final do encontro, o Governo anunciou investimentos de 10 bilhões de dólares por parte dos sauditas no Brasil. O silêncio cúmplice sobre mortes, abusos e golpes sobre a dignidade compensavam. Se a oposição simplesmente não tem o direito de existir, talvez essa conversa fique para uma outra ocasião.

    Essa não foi a única vez em que o Governo Bolsonaro traçou uma linha para diferenciar entre ditaduras. Há poucas semanas, num comunicado, Brasília criticou o fato de o governo Maduro ter sido eleito para o Conselho de Direitos Humanos da ONU. Mas mandou parabenizar regimes como o da Mauritânia, Sudão e outros, também eleitos.

    Agora, a turnê de Bolsonaro pelo Oriente Médio reforça necessidade de esclarecimentos urgentes. Para além de suas afinidades com um príncipe acusado de repressão, Bolsonaro precisa explicar o que entende exatamente por “democracia” ou “ditadura”.

    Sem uma explicação, temos duas hipóteses.

    Na melhor delas, sabemos que somos governados por hipócritas. Um aliado de Donald Trump que seja uma ditadura é um amigo. Uma ditadura que seja adversária da Casa Branca é um governo ilegítimo e que merece nosso desprezo. Numa política externa dogmática, uma ditadura de esquerda é uma ditadura de esquerda. Já uma ditadura de direita é um aliado e um parceiro comercial.

    Na pior das hipóteses, porém, o temor é de que tenhamos um chefe-de-estado que considere que, em algumas situações, abolir o estado de direito, os direitos humanos e a democracia sejam atos legítimos.

    Numa política externa que supostamente defende valores democráticos e de liberdades individuais, o comportamento do Governo na Arábia Saudita é a comprovação de que a diplomacia nacional é guiada pela hipocrisia típica das ideologias. Hipocrisia essa, porém, incapaz de abafar o insuportável grito das vítimas e de uma dor que não conhece ideologia.

    Jamil Chade é correspondente na Europa desde 2000, mestre em relações internacionais pelo Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra e autor do romance O Caminho de Abraão (Planeta) e outros cinco livros.

    As promessas quebradas de JB - Deutsche Welle

    Bolsonaro's broken promises
    One year ago, right-wing populist Jair Bolsonaro was elected Brazil's president. But he has failed to fulfil many of the promises that helped bring him to power.
    DeutscheWelle, 29/10/2019

    "Our country became incredibly polarized in October 2018," says Brazilian political scientist Jairo Nicolau of Rio de Janeiro's Fundacao Getulio Vargas (FGV) university. "Families would fight over politics." But he now has the impression that things have calmed down somewhat. Sociologist Demetrio Magnoli tells DW that while debate "on social media is still pretty heated," in society at large, "tensions have abated somewhat and social polarization has declined as well, in step with [President Jair] Bolsonaro's popularity ratings."
    According to the latest figures from Brazilian pollster Ibope, Bolsonaro's approval ratings have dropped from 49% when he took office in January to 31% in September. About a third of respondents said they were disappointed with the president's record so far – up from just 11% in January. Magnoli describes the loss as "dramatic." But the president counters this trend with ever more biting comments on social networks: "The government ramps up its rhetoric the more it loses in popularity," Magnoli says. "That is not a particularly good strategy." 

    A weak president

    Magnoli says the Brazilian government has achieved very little. The executive appears surprisingly feeble. After all, it was Congress and not Bolsonaro's government that came up with the recently passed pension reform. Magnoli says the government isn't driving economic policy-making either. He says that the parliament will probably devise the next economic reforms as well — even though, technically speaking, the Brazilian president holds a uniquely powerful position in the country. Magnoli, therefore, believes that "today we no longer have a presidential system but a semiparliamentary one."  
    Bolsonaro is almost powerless against the parliament's strength. During the election campaign, he pledged to rid state schools of ideologies, make abortion laws stricter and allow all citizens to buy guns. Minorities, in particular, were scared of losing their rights. But very little has come of this, as parliament has blocked most of the president's plan

    Brazil's left-wing opposition remains paralyzed

    But during this time, Brazil's opposition has not been particularly strong. Philosopher Vladimir Safatle says the "political left has collapsed, which is unprecedented in the history of Brazil." He says the reason for this is that they never managed to get over their electoral defeat and have been unable to make a fresh start.
    Between 2003 and 2016, Brazil had been governed by the left-wing Workers' Party (PT) — longer than any party in the country's history. But when protests broke out in 2013, the PT lacked an adequate response to them. It was blamed for the economic crisis, and found itself mired in corruption scandals. In 2016, it was voted out of power. But the party never conducted a post-mortem, says Safatle: "They love to tell everyone they failed because of their virtues, not because of their mistakes." But, he says, Brazilian ex-President Luiz Inacio Lula da Silva — or Lula for short — had created a power structure replete with internal contradictions that ultimately led to its implosion. Safatle says "the political left has since then struggled to formulate a new agenda."
    The opposition's paralysis means Bolsonaro can keep governing, even though his popularity is waning. "Bolsonaro is supported by only 30% of the population, a minority," Safatle says. "But it is better to have the backing of a small organized group than that of a large,
    Bolsonaro had promised the Brazilian people a conservative revolution. In Safatle's view, it was one that would "turn the clocks back 100 years in Brazil, which would have catastrophic consequences, among other things for environmental policies." He says the Bolsonaro government has refused to draw lessons from the recent ecological catastrophes, such as the mass deforestation of the rain forest, the hugely destructive Amazon fires and the oil spill in the country's north. 
    Safatle says that Bolsonaro is also creating a social order that will lead to "further income concentration." He says that these are the kinds of policies that are causing Chile's current unrest. "And they will also lead to a real explosion here, though it will take longer for this to happen," he predicts. He also points out that Bolsonaro has cultivated an "extremely authoritarian and militant atmosphere," something that manifests itself in growing police brutality, among other things.

    What's next for Brazil?

    So, what will Brazil's future look like? Magnoli believes that if ex-President .Lula is released from jail sometime soon, this could "shake up Brazil's political landscape." But he thinks "Lula's release could even ironically play into the government's hands, as Bolsonaro's support derives largely from people's rejection of Lula and the PT".
    But political scientist Jairo Nicolau is certain that the Brazilian people will grow more accepting of the PT, in part because of revelations indicating that the trial against Lula was possibly manipulated, but also because Bolsonaro has so far delivered little of what he promised before taking office. Nicolau explains that "people wanted a change, but when that change does not materialize, people may reconsider; Lula will probably be seen in a more positive light today than he was a year ago."
    For this reason, sociologist Magnoli gives a mixed assessment one year after Bolsonaro's election: "There is certainly hope that Brazil's economy will get back on track — but the government may also continue to grow more and more unpopular."

    PS: Com meus agradecimentos ao Pedro Luiz Rodrigues pela seleção da matéria.

    Como se reconhece um cretino? - Ricardo Bergamini

    Entorno de um sociopata nada pode brilhar além dele (Ricardo Bergamini).

    Como se reconhece um cretino?
    Ricardo Bergamini
    1 – Quando por falta de argumentos, critica a imprensa ao exercer o seu sagrado e legítimo direito de opinião e expressão. 
    Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados.... Frase de Millôr Fernandes.
    2 – Quando contrariado em suas neuróticas paixões políticas, critica a saudável e aparente desorganização da democracia, que lhe concede o direito de pregar o seu amor pela escuridão e o silêncio da ditadura, mas que o inverso jamais seria possível.
    3 – Cria desilusão com as instituições para fortalecer o seu poder: esse é um caminho perigoso, o de colocar pessoas acima das instituições.
    Numa ditadura, não daria para fazer uma passeata pela democracia. Na democracia, você pode fazer uma passeata pedindo a ditadura.... Frase de Mário Sergio Cortella. 
    Que Deus tenha piedade dos cretinos, e nos mantenha afastados deles (Ricardo Bergamini).
    Na política, os extremos são exatamente iguais (Ricardo Bergamini).

    LULA, O DEGRADADOR DE INSTITUIÇÕES

    Reinaldo Azevedo, fevereiro de 2010

    O papel de um governante, de um chefe de estado, não é lamentar que as instituições sejam assim ou assado: a ele cabe seguir as leis e tomar a iniciativa, se achar conveniente, de propor mudanças. Há caminhos para isso.

    O papel de um governante, de um chefe de estado, não é lamentar que as instituições sejam assim ou assado: a ele cabe seguir as leis e tomar a iniciativa, se achar conveniente, de propor mudanças. Há caminhos para isso. Costumo afirmar aqui, e fiz isso ainda hoje no seminário de que participei, que aquele que transgride as leis para “fazer  justiça” ou para “promover a igualdade” acaba provocando novas injustiças e mais desigualdade. Sempre aparece alguém para dizer: “Pô, mas a sociedade caminharia para a paralisia; não mudaria nunca!” Quem disse que não? Há os instrumentos próprios para mudar as instituições. Um dos Poderes da República, o Legislativo, tem esse papel. O Executivo também pode encaminhar suas demandas ao Congresso.
    Mais: um presidente da República é uma liderança política fortíssima. Torna-se o centro agregador de partidos e bancadas setoriais; tem um poder imenso. Se acredita que algo tem de ser mudado na legislação, seu papel é buscar os caminhos institucionais para fazê-lo.
    O que é inaceitável? Justamente o que Lula tem feito: a crítica sistemática aos mecanismos de controle existentes na sociedade, especialmente aqueles destinados a pôr freios no Poder Executivo, sem que tenha, até agora, proposto mudança nenhuma — nem ele próprio nem o seu partido. O INCONFORMISMO DE LULA COM AS LEIS E COM A CONFORMAÇÃO DO ESTADO SERVE AO PROSELITISMO BARATO, à crítica ligeira, às desculpas esfarrapadas. Ao boquejar contra o Tribunal de Contas da União, por exemplo, ele degrada o padrão institucional brasileiro sem propor nada no lugar.
    Agora que discorri sobre a questão de princípio, ao fato. 
    O Babalorixá de Banânia foi a Fortaleza, onde participou da cerimônia que comemorou os cinco anos do AgroAmigo, um programa de crédito rural ligado à agricultura familiar do Nordeste — ele está inaugurando até qüinqüênios…
    E meteu o dedo no gatilho:
    “Somos nós, os deputados, os senadores, que vamos fazendo lei, lei, lei, lei. E uma lei vai atropelando a outra, e vai atropelando a outra, e quando a gente tem que xingar alguém, xinga a gente mesmo, que é a gente que vai criando as leis, e vai gerando dificuldade.
    (…)
    Você tinha um exército de execução falido, mal-remunerado e desmotivado, e você tinha uma baita de uma máquina de fiscalização, bem remunerada. É só ver quanto ganha um engenheiro no Tribunal de Contas [da União] e ver quanto ganha um engenheiro numa obra aqui no Ceará (…) E quando a gente pensa que está tudo pronto, a gente visita uma obra, a oposição fala: é política.”
    É isso aí. Ainda que a crítica de Lula fosse procedente, tal realidade não pertence à árvore da vida; é uma construção, uma escolha, que pode ser mudada. O que ele fez para mudar? Ele se contenta em atropelar a ordem legal, como bem sabe o Tribunal Superior Eleitoral. E notem a nada sutil inferência de que a culpa pelas obras emperradas de seu governo é da tal “máquina”; antes, é óbvio, a responsabilidade cabia a
    os governantes.
    Não, esse, definitivamente, não é um bom caminho, pouco importa se a economia cresce 0,1%, 6% ou 11%. Não é um bom caminho porque se trata de uma agressão à própria democracia. A um governante, num regime democrático, não cabe reclamar das leis. Contente ou descontente com elas, ele tem de segui-las. Se contente, deixa-as como estão; se descontente, propõe mudanças segundo o molde institucional dado.
    O resto é vigarice intelectual, é proselitismo que degrada as instituições.

    terça-feira, 29 de outubro de 2019

    Falta um chanceler ao Brasil - Josias de Souza

    Eu sempre chamei o chantecler de "chanceler acidental", e isso a duplo título: ele improvisou um artigo esquizofrênico sobre como Trump iria "salvar o Ocidente", isso para contentar os trumpistas fundamentalistas que cercavam o capitão candidato e sobretudo o guru da seita aloprado, e o presidente eleito o escolheu sem jamais saber qualquer coisa ou ler qualquer artigo do afoito diplomata, apenas confiando na indicação do Rasputin de subúrbio e do Bolsokid 02, que pretendia ele mesmo controlar o improvisado chanceler. 
    Deu no que deu: o chanceler acidental se esforça para agradar a Bolsofamiglia e exacerba as grandes bobagens diplomáticas que o capitão e seus acólitos não cessam de cometer.
    Não hesito em dizer, é aliás o subtítulo de meu livro: a destruição da inteligência no Itamaraty.
    Josias de Souza reflete alguns desses impasses no artigo abaixo. Eu tenho dezenas de outros exemplo da nossa atual Miséria da Diplomacia, o título de meu livro, livremente disponível em meu blog.
    Paulo Roberto de Almeida

    Bolsonaro briga com a lógica e o povo argentino

    Josias de Souza, 29/10/2019

    Ao dizer que não parabenizará Alberto Fernández por ter prevalecido nas urnas, Jair Bolsonaro imaginou que estivesse apenas mantendo acesa sua briga com o adversário do seu preferido Mauricio Macri. Engano. O presidente brasileiro se desentende com a lógica e ofende o eleitorado da Argentina. Diverge da lógica porque sua retórica é ruim para os negócios. Insulta o eleitor argentino porque desrespeita a própria democracia do vizinho.
    Bolsonaro alega que o presidente eleito da Argentina afrontou o Brasil e seu sistema judiciário ao aderir ao "Lula Livre". Tem toda razão. Lula está preso porque é um corrupto de terceira instância. Condenado em duas jurisdições, teve a sentença confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça, que inclusive reduziu a sua pena. Mas Bolsonaro poderia ter apontado a insensatez alheia sem engrossar o desatino.
    Assim como Fernández não foi eleito para cuidar do sistema prisional brasileiro, Bolsonaro não foi enviado ao Planalto para se meter nos assuntos internos da Argentina, subvertendo um dos princípios mais elementares da política externa. Tendo cometido o erro de apoiar Mauricio Macri, o capitão precisa agora retirar a raiva do pudim. A Argentina é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, principal destino de manufaturados brasileiros.
    Dias atrás, Bolsonaro ameaçou retirar o Brasil do Mercosul. Depois, cogitou juntar-se ao Paraguai e Uruguai, para expurgar a Argentina. Sabe que não fará nem uma coisa nem outra. Às voltas com a consolidação do acordo celebrado com a União Europeia, o Mercosul precisa ser fortalecido, não torpedeado por seus líderes.
    Cedo ou tarde, o personalismo dará lugar ao pragmatismo na diplomacia brasileira. A ficha demora a cair porque falta um chanceler ao Brasil. No momento, o pior tipo de solidão para Bolsonaro é a companhia de Ernesto Araújo, o antidiplomata que o polemista Olavo de Carvalho colocou na poltrona de ministro das Relações Exteriores.

    Bolsodiplomacia: ganhe perdendo

    <<Jogo "Diplomacia Deus Vult">>

    Quer dar uma de Trump e bancar embaixada do Brasil em Jerusalém; não consegue e ainda irrita os árabes

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    Atacar os deputados do PSL que visitaram a China "comunista"

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    Tentar derrubar Maduro e não conseguir

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    Assinar acordo Mercosul-UE azeitado pela diplomacia do governo Temer

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    Deixar o fogo comer solto na Amazônia e demitir diretor do INPE [😬Mercosul-UE]

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    Mandar Angela Merkel enfiar a verba de ajuda à Amazônia no... nas florestas da Alemanha [😬Mercosul-UE]

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    Mandar Noruega usar verba de ajuda à Amazônia para reflorestar Alemanha [😬Mercosul-UE]

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    Cancelar reunião com chanceler francês pra cortar cabelo [😬Mercosul-UE]

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    Brigar com Macron e xingar a mulher dele [💣Mercosul-UE]

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    Agredir a memória do pai de Michelle Bachelet [😬ONU 💣Chile]

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     Fazer discurso virulento e anacrônico na ONU [ 💣ONU]

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    Tentar tornar filho chapeiro diplomata nos EUA

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    EUA recomendam Argentina e Romênia pra OCDE, sequer mencionam Brasil [😫]

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    Filho chapeiro, Chancelouco e Robespirralho vão até Trump pra tentar reverter decisão sobre OCDE, saem da reunião com cara de bosta

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    Filho chapeiro sem chances de ser diplomata nos EUA

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    "Irmão" Netanyahu não consegue formar governo em Israel

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    Visitar China, que não é mais "comunista"

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    Em Abu Dhabi, agora os árabes são "irmãos"; levou até Hélio Negão na comitiva, só não levou diplomata tradutor de árabe

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    Esnobar jantar oferecido pelo imperador japonês, diz por aí que prefere comer Miojo

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    Seu "amigo" Piñera está em maus lençóis no Chile [😬Guedes]

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    Ameaça isolar a Argentina no Mercosul se Fernandéz vencer

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    Reclama da vitória de Fernandéz na Argentina e diz que não vai cumprimentá-lo

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    EUA dizem estar dispostos a trabalhar com Fernández, e que têm uma relação longa com a Argentina, "marcada pelo respeito mútuo" [🙈]

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    Resultado:  120⬆ e 420⬇ = 300⬇

    Dia Nacional do Livro (esses maltratados): 29 de outubro

    Passei a manhã na Livraria Cultura, lendo um livro sobre a literatura universal...

    No dia 29 de outubro é celebrado o Dia Nacional do Livro. A data foi escolhida por fazer alusão à Biblioteca Nacional do Livro, primeira biblioteca brasileira, fundada em 1810 no Rio de Janeiro pela coroa portuguesa. Os livros são, há milhares de anos, um dos principais meios de comunicação e propagação do conhecimento da sociedade. 
    Atualmente, com o mundo digital, os livros mudaram de formato, mas não perderam a importância nem a majestade. Os livros online ou e-books ganharam grande adesão nos últimos anos, tornando o acesso à leitura mais democrático. É bom lembrar que os livros tradicionais, com aquele cheirinho de novo e capas detalhadas ou os antigos e cheios de anotações nunca deixarão de existir. 
    Não importa o formato, os livros sempre serão a ponte para um novo e mágico mundo, no qual todas as possibilidades existem, onde há drama, romance, comédia ou qualquer que seja seu gênero preferido. 
    Leia mais, leia sempre!