quarta-feira, 28 de junho de 2006

528) Gosta de apostar no futuro? Eu tambem, mas quao longe no futuro?

Se você é um futurista, gosta de fazer predições sobre coisas que ainda vão acontecer. Mas até onde você está disposto a ir no futuro? COmputadores, aviões sem piloto, fim da expansão do universo?
Gostaria de ganhar dinheiro com isso?
Pois agora você já pode.
Tente este site, leia as previsões dos outros e faça as suas próprias predições...

http://www.longbets.org/bets

Eu, por exemplo, sou capaz de apostar metade da minha biblioteca em que não serei capaz de ler metade da minha biblioteca em minha vida útil. Estou disposto a apostar comigo mesmo, ai eu posso pelo menos tentar ganhar a metade da biblioteca que certamente não conseguirei ler. O problema é que eu não saberei qual é essa metade...

527) Mapeando o seu futuro

Não, não sou eu quem vou fazer.
Me ofereceram tudo isso:

"Um relatório de 90 paginas sobre os dez próximos anos de sua vida
Ano por ano até 2015.
Mês por mês até 2008
Um relatório de 60 paginas sobre suas compatibilidades, afinidades com seu par.
Um relatório de 20 paginas sobre seus números da sorte
Uma Análise de 15 paginas sobre 8 nomes ou expressões ou nome do seu estabelecimento de trabalho, e direi o que melhor convêm com sua numerologia
Uma surpresa de 5 paginas que se chama "Diamond Chart"
Também posso analisar seu numero de telefone e seu endereço"

Acha pouco? Acho que está bem.
Mas, sempre tem um mas: tudo isso não vem de graça.
Custaria a módica soma de R$ 19.95.

O pessoal é eclético e adaptado à globalização (o inglês é capenga):
"We can also do your Numerology in Spanish, Portuguese and French.
Podemos também fazer seu estudo numerológico em Português.
Podemos también hacer su estudio numerológico en Español.
Nous pouvons également faire votre étude graphologique en Français."

Não me perguntem como ou onde, pois eu não faço publicidade gratuita para magos, cartomantes, adivinhos, políticos...

terça-feira, 27 de junho de 2006

526) Debate sobre a politica externa (SP, 3/07/2006)

O BRASIL EM DEBATE
Política externa inaugura série de ´Debates Carta Maior´


Primeiro encontro de uma série de debates mensais será realizado segunda (3), em SP, e abordará os desafios da política externa brasileira. José Luís Fiori, Luiz Gonzaga Belluzzo, Samuel Pinheiro Guimarães, Emir Sader e Paulo Nogueira Batista Jr. participam da discussão, com transmissão ao vivo pela TV Carta Maior.
Redação - Carta Maior

SÃO PAULO - Os desafios da política externa brasileira serão tema do “Debates Carta Maior”, na próxima segunda-feira, 3 de julho. Este será o primeiro de uma série de debates mensais, sempre na primeira semana de cada mês, que a Carta Maior organiza em parceria com a Fundação Perseu Abramo, até o final deste ano. O evento será realizado no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, a partir das 19 horas, e será aberto ao público.

Estão confirmadas as participações do secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiros Guimarães, do sociólogo Emir Sader, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, do cientista político José Luís Fiori, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e dos economistas Paulo Nogueira Batista Jr., da Fundação Getúlio Vargas, e Luiz Gonzaga Belluzzo, da Universidade de Campinas (Unicamp). A TV Carta Maior fará a transmissão ao vivo do encontro através da internet, com conexão no Universo On Line (UOL). O hotel Maksoud Plaza está localizada na alameda Campinas, 150, em Cerqueira César.

A idéia geral do debate é localizar os desafios econômicos e políticos da política externa brasileira no contexto da atual conjuntura internacional. Cada um dos debatedores terá cerca de 20 minutos para fazer sua exposição inicial e depois será aberto o debate com a mediação de Flavio Aguiar.

A proposta do debate sobre a política externa brasileira inclui os seguintes temas: os objetivos e os principais desafios da política externa brasileira; a política externa brasileira no atual contexto geopolítico internacional; o projeto de integração da América do Sul e seus condicionantes econômicos; a importância do projeto de integração da América do Sul para a construção de um novo modelo de desenvolvimento.

Um dos objetivos centrais da série de debates Carta Maior é tentar conectar o que normalmente é apresentado de modo fragmentado. No caso da política externa brasileira, a idéia é abordá-la do ponto de vista econômico, no contexto da construção de um projeto nacional de desenvolvimento e segundo a atual configuração geopolítica internacional.

Estarão em pauta também alguns eventos recentes, como o episódio da nacionalização do gás e do petróleo na Bolívia e os problemas envolvendo os países do Mercosul. Será uma oportunidade também para dialogar com as críticas à atual política externa brasileira, especialmente aquelas que “denunciam” um suposto desejo nostálgico de retorno ao terceiro-mundismo, o que seria uma demonstração de anacronismo, segundo elas.

525) E por falar em futebol, tem para todos os gostos e todas as tendências...

Eu nunca tinha ouvido falar, mas se já existe uma Associação Internacional de Futebol para Gays e Lésbicas, é porque a iniciativa é um sucesso.
Esperemos que os machistas não provoquem conflitos na saída do estádio...

Por um futebol menos machista e homofóbico
De Buenos Aires
jornal Valor Econômico, 27/06/2006

Buenos Aires venceu a disputa com o Rio de Janeiro e Lima e será a sede, entre 23 e 29 de setembro do ano que vem, da quarta edição do torneio mundial promovido pela Associação Internacional de Futebol para Gays e Lésbicas (IGLFA, na sigla em inglês).
Será a primeira vez que um país da América Latina organizará a chamada Copa do Mundo gay. As edições anteriores do torneio aconteceram nas cidades de Londres, Sydney e Boston. A escolha da capital portenha como sede do evento foi anunciada em maio pela IGLFA.
Hernán Lombardi, responsável pelo marketing do hotel Axel em Buenos Aires, será um dos organizadores do evento portenho e espera que a competição traga turistas e atletas de todo o mundo à cidade. Antes, entre 9 e 19 de novembro deste ano, a capital argentina também será sede de um festival de cinema e vídeo com obras de temática homossexual.
A equipe que representará a Argentina na Copa do Mundo gay chama-se DAG Amerika, e segundo o jornal argentino "Clarín", já participou de torneios anteriores. A competição será aberta a equipes de homens e mulheres, e haverá times de 11 e 7 integrantes.
Cesar Cigliutti, ativista pró-direitos dos homossexuais, afirmou que a realização do campeonato é "um grande passo" para a comunidade local. Segundo disse ao portal SentidoG, o evento é especialmente importante por acontecer em um país onde "o futebol ainda é um esporte machista e homofóbico".(PB)

524) Uma desistencia compreensivel: a fadiga da atividade parlamentar

Peço licença, e desculpas, aos meus leitores, para escapar do meu temário habitual -- relações internacionais, política externa, questões culturais em geral, livros em particular, neste blog e nos auxiliares -- para reproduzir uma carta de um agrônomo, doublé de político, que desiste de continuar na atividade parlamentar.
Lamento, sinceramente, mas apoio a atitude no Xico Graziano, pois ele deve estar decepcionado com muita coisa na vida política e no cenário nacional. Eu também estou.
Por isso mesmo, apenas transcrevo sua carta de "desistência" -- mas que é ao mesmo tempo um chamado a continuar a luta, por outros meios --, sem aduzir maiores comentários ao seu gesto.
Apenas minha solidariedade.

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Leia a seguir a carta endereçada pelo Xico Graziano ao PSDB/SP, abdicando de sua candidatura a Deputado Federal. Nela você encontrará as razões que motivaram esse gesto.
Agrobrasil

Venho, respeitosamente, comunicar ao PSDB a decisão de não me candidatar nas próximas eleições. Honra-me muito ser Deputado Federal pelo PSDB, mandato que ostento por duas legislaturas. Julgo que participar da política é obrigação daqueles que, como eu, desejam melhorar o país. E o caminho proposto pela social-democracia, o das mudanças consentidas, sempre me pareceu o mais correto para buscar a justiça social. Sou daqueles que militam na esquerda desde a juventude sem jamais abandonar os valores democráticos, o respeito à liberdade individual. Odeio o autoritarismo, seja de direita ou de esquerda.
Aprendi com Franco Montoro que o exercício da cidadania exige a participação. Confesso, entretanto, que o momento político não tem sido estimulante para a atividade parlamentar. O Congresso Nacional, sabidamente, nunca gozou de muito prestígio, o que é péssimo para a democracia. Recentemente porém, após a ascensão do PT ao poder, a desilusão fez aumentar o descrédito. O "mensalão" comandado pela quadrilha instalada no Planalto arrasou a imagem da Câmara dos Deputados. Por sua vez, esta não soube dar respostas à altura da cobrança popular. Inexiste agenda parlamentar em Brasília. Nada se discute, nem se vota. Uma pasmaceira total.
O sistema eleitoral brasileiro, infelizmente, não fortalece os partidos políticos nem promove a boa prática partidária. O voto individual nos candidatos torna adversário justamente os melhores companheiros de partido. Isso tem sido terrível na carreira política de cada um de nós. A cada eleição, o jogo do poder constitui uma espécie de mercado de votos, consumindo farta energia e, claro, exigindo muito dinheiro, dos candidatos proporcionais. O ambiente eleitoral favorece os poderosos e os demagogos, que se impõem iludindo o povo, carente e sempre esperançoso. A lista partidária, a fidelidade e o voto distrital misto poderiam, tal como nos países desenvolvidos, sanar esse terrível problema da democracia representativa no Brasil. Aí, venceriam as melhores idéias e propostas, haveria maior identidade dos partidos políticos. Mas a tão falada reforma política tarda a sair do papel. Um dia ela virá.
Deixo a vida parlamentar mas não abandonarei, de forma nenhuma, a política, nem mesmo a vida partidária. Continuarei me dedicando à formação doutrinária e à formulação das propostas do PSDB, militando na organização da agenda de debates da social-democracia, através do ITV, em Brasília, trabalho que estimula minha pedagogia. O trabalho de conscientização dos jovens será fundamental para o futuro da democracia brasileira.
O enorme desgaste da política rouba credibilidade daqueles que mantém outras atividades profissionais. Sempre temi depender da política para viver, cedendo às suas tentações vis. Minha história é a de professor, com carreira na Unesp. Minha luta, uma verdadeira proposta de vida, liga-se à valorização do campo. Criado numa fazenda, defendo o fortalecimento da agropecuária. Agrônomo, entendo que a terra é o berço fundamental da riqueza da sociedade. Aprendiz de comunicador, descobri que o preconceito contra o campo somente se vencerá pela batalha da informação.
Na sociedade de massas, agora globalizada, o grande desafio dos agrupamentos sociais reside na sua capacidade de expressão e comunicação. Nada tem sido mais dramático para os agricultores brasileiros que seu isolamento da opinião pública. O Brasil despreza a força de sua agricultura. E ninguém valoriza o que desconhece. Isso precisa mudar.
Na televisão, nos jornais, no rádio, nas conferências públicas e nas aulas da Academia, no marketing agrícola, estarei sempre defendendo as mesmas idéias que me levaram à Câmara dos Deputados. Muda a forma, mas permanece o conteúdo.
Solicito a compreensão de meus amigos e correligionários, a quem agradeço por tudo. Não é uma decisão fácil. Preocupa-me o vazio de liderança, lamento perder a representação daqueles que sempre acreditaram em meu trabalho. Talvez seja uma passagem, um tempo na busca de amadurecimento humano e político.
O PSDB apresenta excelentes candidatos para a Câmara dos Deputados. A alguns terei condições, modestamente, de ajudar na árdua jornada eleitoral. Em São Paulo, farei o que estiver ao meu alcance para eleger José Serra, o mais preparado dos políticos nacionais. No Brasil, a moralização da vida pública recebe a candidatura de Geraldo Alckmin. O povo decidirá sobre seu futuro.
Manterei comigo, sempre, os valores que trago do berço familiar: a honradez e a simplicidade. Mais que qualquer coisa, o traço do caráter me levou a admirar dois políticos extraordinários, com quem aprendi boas lições: Mário Covas e Fernando Henrique. Nutro-me do exemplo de outro grande homem, Sérgio Mota, para manter-me obstinado, cultivando meu idealismo, uma vontade de ajudar a construir uma grande Nação, mais justa e fraterna.
Nós conseguiremos, tenho certeza.

Receba os cumprimentos do
Xico Graziano

523) Os economistas e a matematica...

Trecho da trajetoria intelectual de Lord Skidelsky (neste link):

[T]he chief source of authority in economics is mathematics. Mathematics is hailed as critical to the process of discovery, but its main use, it seems to me, is to establish the the intellectual authority of economists. (I say this with some feeling because my maths was never nearly good enough for economics. I did try to improve it, but that is another story, best told by my wife.) Economists use mathematics in an attempt to make precise what is necessarily vague. Keynes famously said, ‘It is better to be vaguely right than precisely wrong’. Most economists would disagree. They might agree that it is better to be precisely right than precisely wrong, but better to be precisely wrong than vaguely right, because only a precise hypthesis can give rise to a precise (testable) counter-hypothesis. Progress is assured if each successive hypothesis is only marginally less wrong than its predecessor. This is fine if one forgets that economics is a policy-machine, and that immense damage can be done by applying policies which are ‘precisely wrong’ rather than ‘vaguely right’.

Most economists I know suffer from ‘mathematics anxiety’, the fear that their maths is not up to scratch. Most of their time is spent acquiring and then maintaining their mathematical techniques in competitive readiness. This has a doubly crippling effect on their creativity: they have little time to think about much else and they are forced to repress any intuitions that are not mathematically tractable. All writing for newspapers carries a risk to academic reputation, but academic economists have virtually stopped addressing the public, since they dare not to think outside their mathematical boxes.

522) Embaixadinha? Nao, nao se trata de uma embaixada pequena

Do site No Minimo: por Sérgio Rodrigues

Embaixadinha (26.06.2006)

O amigo botafoguense se empolga com a nota sobre o “Olé” e pergunta, talvez esperando que eu encontre mais uma vez em João Saldanha a explicação para o mistério: e a embaixadinha, de onde vem? Talvez saiba que o chute é indefensável e o gol, certo. Nunca se chegou a um acordo sobre a origem dessa acepção futebolística de “embaixada”, provavelmente mais usada no diminutivo, “embaixadinha” – aquele exercício de foca em que se controla a bola com pés, coxas, cabeça e até ombros, sem permitir que ela toque no chão.

Em seu livro “A origem curiosa das palavras” (José Olympio), Márcio Bueno não toma partido de nenhuma das duas teses que dividem os estudiosos do futebol. Limita-se a registrá-las e deixar que o leitor escolha. Uma é rebuscada e luxuosa: a palavra viria do fato de a embaixadinha ser considerada uma jogada de gala, digna de black tie e outros salamaleques exigidos em recepções diplomáticas – hipérbole típica de locutor esportivo. A segunda tese é simples e prosaica: sem qualquer relação com a diplomacia, “embaixada” viria apenas do advérbio “embaixo”, que é onde se precisa tocar na bola para mantê-la no ar.

Embaixo + ada, sufixo de coletivo. Muitas vezes embaixo, um festival de toques embaixo da bola. Não soa bem? Provavelmente nunca saberemos ao certo, mas que a simplicidade dessa explicação lhe dá um jeitão de verdadeira, dá.

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Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...