segunda-feira, 29 de outubro de 2007

792) Churchillianas: pausa para um pouco de humor

RESPOSTAS DE CHURCHILL

Quando Churchill fez 80 anos um repórter de menos de 30 foi fotografá-lo e disse:
"- Sir Winston, espero fotografá-lo novamente nos seus 90 anos!"
Resposta de Churchill:"
- Por que não? Você me parece bastante saudável..."

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Telegramas trocados entre Bernard Shaw (maior dramaturgo inglês do século 20) e Churchill (maior líder inglês do século 20):
Convite de Bernard Shaw para Churchill:
"Tenho o prazer e a honra de convidar digno primeiro-ministro para primeira apresentação minha peça Pigmaleão. Venha e traga um amigo, se tiver. Bernard Shaw"
Resposta de Churchill para Bernard Shaw:
"Agradeço ilustre escritor honroso convite. Infelizmente não poderei comparecer primeira apresentação. Irei à segunda, se houver.
Winston Churchill"

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O General Montgomery estava sendo homenageado, pois venceu Rommel na batalha da África, na IIª Guerra Mundial.
Discurso do General Montgomery:
"- Não fumo, não bebo, não prevarico e sou herói!"
Churchill ouviu o discurso e com ciúme, retrucou:
"- Eu fumo, bebo, prevarico e sou chefe dele..."

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Bate-boca no Parlamento inglês. Aconteceu num dos discursos de Churchill em que estava uma deputada oposicionista, que pediu um aparte.
Todos sabiam que Churchill não gostava que interrompessem os seus discursos. Mas foi dada a palavra à deputada e ela disse em alto e bom tom:
"- Sr Ministro, se V. Exª fosse meu marido, eu colocava veneno no seu café!"
Churchill, com muita calma, tirou os óculos e, naquele silêncio em que todos estavam aguardando a resposta, exclamou:
"- Se eu fosse o seu marido, eu tomava esse café!"
[Variante: "Se eu fosse seu marido tomaria o café com muito prazer". (ver abaixo)]

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

791) Fechamento do Centro de Estudos Brasileiros em Oxford

Esta nota foi publicada no jornal O Estado de São Paulo em 26/10/2007:

Sônia Racy - PT vence em Oxford?
O Estado de S. Paulo
26/10/2007

Muita gente não entendeu, no início do ano, quando a Universidade de Oxford fechou o Centro de Estudos do Brasil - um dos raros institutos dessa natureza na Europa. Agora, parece que a luz se fez. O motivo teria sido - é a voz corrente entre acadêmicos e diplomatas brasileiros - um ataque de birra ideológica do governo Lula.
O centro, criado no governo FHC, era financiado em parte pelo Itamaraty e pela Petrobrás, mas Brasília o considerava um foco de atividades tucanas. E seu diretor, o professor inglês Lesley Bethel, teria assinado sua sentença de morte ao recusar uma vaga para o historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira, pensador assumidamente de esquerda, grande amigo do secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães.
Encontrado ontem, Bethel, que está no Rio de Janeiro, não nega que o episódio com Bandeira aconteceu. Mas avisa que houve outras razões este fechamento. Entre elas, a de que já existe em Oxford um Centro de Estudos Latino-Americanos. "Ridículo", classifica Bethel, o pretexto de se cortar a mesada por causa do episódio Moniz Bandeira. Oxford "jamais abrigaria um centro comprometido ideologicamente com qualquer governo", diz ele. E mais. Afirma que Bandeira não foi recusado: "Ele
pleiteou uma vaga num momento em que não tínhamos um cargo adequado, com salário. E não aceitou a oferta de uma visiting fellowship sem verba."
As broncas do PT deixam o professor indignado. Ele diz que tem excelentes relações com tucanos e petistas, que é amigo pessoal de Lula e de FHC.
Aposentado desde o início do mês, o professor batalha por novos apoios para reabrir o centro. Sem Oxford, os estudos sobre o Brasil na Europa se limitam agora à Sorbonne, onde está o historiador Luiz Felipe Alencastro, e centros menores na Espanha. Ao expirar, o centro de Oxford tinha, além de Bethel, cinco ou seis outras pessoas e entre 15 e 20 bolsistas brasileiros.

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No relatorio dos dez anos do Centro, recentemente divulgado, uma
nota final diz o seguinte:

"During the state visit of Preside Luiz Inacio Lula da Silva to UK in March 2006 CAPES, the Ministry of Education and the Instituto Rio Branco, Ministry of Foreign Relations, agreed to fund an annual Rio Branco Visiting Professorship in International Relations at the Centre, but no appointment was made in 2006-7."

As indicacoes disponíveis são as de que o IRBr e o Ministério como um todo estão dirigindo todos os esforços de cooperação e intercambio a outros paises em desenvolvimento, preferencialmente os da América do Sul e o chamado IBAS, formado por Brasil, Africa do Sul e India.
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Paulo Roberto de Almeida

790) Encontro de estudiosos europeus do Brasil

I Encontro de Estudiosos do Brasil na Europa
Fonte: Embaixada em Madri, 25 de outubro de 2007

Foi realizado na Casa de América, nos dias 22 e 23 de outubro corrente, o I Encontro de Estudiosos do Brasil na Europa, idealizado pela Embaixada do Brasil em Madri, em coordenação com a Assessoria Internacional do Ministério da Educação e a Fundação
Cultural Hispano-Brasileira.
O Ministro da Educação, Fernando Haddad, abriu o encontro, que foi coordenado pelo professor Renato Janine Ribeiro, Diretor de Avaliação e Presidente Substituto da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Estiveram representados a Universidade de Colônia, o Instituto de Estudos Brasileiros de Hamburgo, a Universidade de Innsbruck, a Universidade Católica de Louvaine, o Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Salamanca, a Universidade de Comillas de Madri, a Universidade Complutense de Madri, o Centro de Estudos Brasileiros do Instituto Universitário Ortega y Gasset, a Casa do Brasil em Madri, a Universidade Autônoma de Madri, a Universidade de La Laguna, a Universidade de Santiago de
Compostela, a Universidade Autônoma de Barcelona, o Centro de Estudos Brasileiros de Barcelona, a Universidade de Barcelona, a Universidade de Sevilha, a Universidade de Valladolid, a Fundação para as Relações Internacionais e o Diálogo Exterior de Madri, o Centro de Pesquisa sobre o Brasil Contemporâneo da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris, a Universidade de Paris X (Nanterre), a Universidade de Leiden, a Universidade de Roma, a Universidade de Bolonha, o Centro de Estudos Brasileiros da Universidade do Porto, o Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de Coimbra e o King's College da Universidade de Londres.
Também participaram representantes da Direção-Geral EuropeAid da
Comissão Européia, do Programa Marie-Curie da Comissão Européia, do escritório espanhol do programa Erasmus Mundus da Comissão Européia, da Fundação Carolina, da Agência Espanhola de Cooperação Internacional, da Secretaria-Geral Ibero-Americana e
do Programa Universia do Grupo Santander.
Os participantes do Encontro coincidiram em apoiar a criação de uma rede de estudos brasileiros na Europa, com o objetivo de reforçar a cooperação entre as diferentes unidades acadêmicas dedicadas ao Brasil nos países europeus mediante, entre outros
instrumentos, a ampliação da mobilidade de professores e alunos, o desenvolvimento de linhas de pesquisa conjuntas, a preparação de programas editoriais comuns e o estabelecimento de um banco de dados e documentos.
Como resultados concretos, foram acordadas (a) a criação de um sítio eletrônico a ser mantido pela Fundação Cultural Hispano-Brasileira - com o duplo objetivo de facilitar a continuidade do diálogo entre centros e instituições iniciado no Encontro de Madri e de reunir informações, estudos e documentos de interesse comum; e (b) a convocação de um congresso multidisciplinar a ser realizado em Salamanca no segundo semestre
de 2008.
Os participantes do encontro reconheceram a relevância para a futura rede do entendimento alcançado entre o Governo brasileiro e a Comunidade Européia, por ocasião da Reunião de Cúpula Brasil-União Européia realizada em Lisboa em 4 de julho de 2007, no sentido de favorecer passos como a disseminação de centros de estudos brasileiros em universidades européias e a adoção de programas de bolsas com vistas a um maior conhecimento mútuo.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

789) A Venezuela no Mercosul

Do boletim diario da lideranca do PT na CD, em 25 de outubro de 2007:

Comissão aprova adesão da Venezuela ao Mercosul

A Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou ontem o parecer do deputado Dr. Rosinha (PT-PR) à Mensagem 82/07, do Executivo, que ratifica o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul, assinado em julho do ano passado. O PSDB e o DEM entraram em obstrução e os parlamentares dessas legendas, apesar de presentes à reunião, não votaram. A matéria foi aprovada pela comissão após cinco horas e meia de debates e várias tentativas da oposição de retirar o texto de pauta ou adiar a votação. O texto aprovado deverá ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e pelo plenário.

A adesão da Venezuela ao Mercosul já foi aprovada pelo Uruguai, Argentina e pela própria Venezuela. Falta apenas a aprovação pelo Brasil e pelo Paraguai. Caso seja mantido o texto do protocolo, os produtos originários da Argentina e do Brasil - países mais desenvolvidos do Mercosul - deverão entrar sem tarifas e restrições no mercado venezuelano até 1º de janeiro de 2012, excetuando os denominados produtos sensíveis, para os quais o prazo poderá estender-se até 1º de janeiro de 2014.

Os países de menor desenvolvimento (Paraguai e Uruguai) terão, entretanto, tratamento diferenciado. Embora o prazo limite geral para o ingresso sem restrições dos bens oriundos desses países no mercado da Venezuela seja também 1º de janeiro de 2012, os principais produtos da pauta exportadora do Paraguai e do Uruguai poderão ingressar no mercado venezuelano com tarifa zero logo após a entrada em vigor do Protocolo de Adesão.

O líder da bancada do PT, Luiz Sérgio (RJ), disse que o ingresso da Venezuela fortalece o Mercosul do ponto de vista econômico e político. "Ninguém pode ser contrário ao fortalecimento da integração regional". Ele lembrou que nenhum líder do bloco dita as normas de funcionamento, que são definidas de forma democrática em diferentes instâncias, como o Parlamento do Mercosul, onde as divergências são discutidas.

Sobre críticas de que a Venezuela não teria se adequado em termos de legislação, o líder observou que os processos de integração são continuamente aperfeiçoados. "A União Européia, iniciada há 50 anos, até hoje enfrenta problemas", disse.

Obstrução - De outro lado, os bens produzidos na Venezuela deverão entrar sem restrições nos mercados da Argentina e do Brasil até 1º de janeiro de 2010, excetuando os produtos considerados sensíveis, para os quais o prazo se estende até 1º de janeiro de 2014.

Na avaliação do deputado Dr. Rosinha "o PSDB e DEM, com a obstrução da votação, deram a entender que são contra a entrada da Venezuela no Mercosul". Essa obstrução, segundo o deputado, revela uma "cegueira política". "Não conseguir enxergar que a adesão da Venezuela significa um aporte econômico extraordinário e que faz do Mercosul um dos principais blocos do mundo é uma cegueira política. Um bloco com essa capacidade consegue melhores condições políticas e de inserção em negociações na economia mundial", destacou.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) ressaltou o fortalecimento do Mercosul com a adesão da Venezuela e também criticou os discursos ideológicos da oposição. "Não estamos discutindo a entrada do governo da Venezuela no bloco. Estamos discutindo a entrada do Estado da Venezuela no Mercosul. Isso representa uma série de vantagens para a América Latina, que sai muito mais fortalecida", afirmou.

O deputado Geraldo Magela (PT-DF) lembrou que um dos compromissos do presidente Lula é o de promover a integração e o fortalecimento da América Latina. Magela disse que "não tem simpatia" com o governo Hugo Chávez, mas disse que é preciso "separar as coisas". "O debate não é reconhecermos ou não a democracia venezuelana. O debate que temos que fazer é sobre a lógica das relações comerciais entre os país do Mercosul. Temos total interesse que a Venezuela faça parte dos acordos entre os membros do bloco", disse.

Apoio - A comissão recebeu uma série de ofícios de autoridades de diversos estados brasileiros pedindo a adesão da Venezuela ao bloco. Entre eles, ofícios dos governos da Bahia, Piauí, Acre e Maranhão. Diversas entidades empresariais e comerciais também encaminharam mensagem em favor do ingresso da Venezuela ao bloco.

788) Uma iniciativa global contra os subsidios

The Global Subsidies Initiative
Uma iniciativa certamente meritoria de quem está preocupado com os estimulos errados que os subsidios representam na atividade economica.

The International Institute for Sustainable Development’s Global Subsidies Initiative (GSI) is a project designed to put the spotlight on subsidies and the corrosive effects they can have on environmental quality, economic development and governance.

Recomendo a consulta ao site: http://www.globalsubsidies.org/

Dois relatorios recentes:
Biofuels — At What Cost?
Government Support for Ethanol and Biodiesel in Selected OECD Countries
This report provides an overview and analysis of subsidies to biofuels in Australia, Canada, the European Union, Switzerland and the United States. Read more.

Biofuels At What Cost?
Government Support for Ethanol and Biodiesel in the European Union

Total annual support for biofuels provided by EU governments reached € 3.7 billion in 2006. Considering that many subsidies are difficult to track down, this is probably an under-estimate. Read more.

About the Global Subsidies Initiative
The Global Subsidies Initiative (GSI) is the next stage of the Van Lennep Program, named after Emile van Lennep, the distinguished Dutch economist and Minister, and former Secretary-General of the Organization for Economic Cooperation and Development. A collaborative effort of International Institute for Sustainable Development and the Earth Council, the Van Lennep Program focused on four sectors in its initial phase: energy, road transport, water and agriculture. Following a detailed review of subsidies applied in these sectors, its report, Subsidizing Unsustainable Development: Undermining the Earth with Public Funds, offered a dramatic demonstration of how subsidies serve as disincentives to sustainable development.

In December 2005 the GSI was launched to put a spotlight on subsidies—transfers of public money to private interests—and how they undermine efforts to put the world economy on a path toward sustainable development. Subsidies are powerful instruments. They can play a legitimate role in securing public goods that would otherwise remain beyond reach. But they can also be easily subverted. The interests of lobbyists and the electoral ambitions of office-holders can hijack public policy. Therefore, the GSI starts from the premise that full transparency and public accountability for the stated aims of public expenditure must be the cornerstones of any subsidy program.

But the case for scrutiny goes further. Even when subsidies are legitimate instruments of public policy, their efficacy—their fitness for purpose—must still be demonstrated. All too often, the unintended and unforeseen consequences of poorly designed subsidies overwhelm the benefits claimed for these programs. Meanwhile, the citizens who foot the bills remain in the dark.

When subsidies are the principal cause of the perpetuation of a fundamentally unfair trading system, and lie at the root of serious environmental degradation, the questions have to be asked: Is this how taxpayers want their money spent? And should they, through their taxes, support such counterproductive outcomes?

Eliminating harmful subsidies would free up scarce funds to support more worthy causes. The GSI's challenge to those who advocate creating or maintaining particular subsidies is that they should be able to demonstrate that the subsidies are environmentally, socially and economically sustainable—and that they do not undermine the development chances of some of the poorest producers in the world.

To encourage this, the GSI, in cooperation with a growing international network of research and media partners, seeks to lay bare just what good or harm public subsidies are doing; to encourage public debate and awareness of the options that are available; and to help provide policy-makers with the tools they need to secure sustainable outcomes for our societies and our planet.

Funding
The GSI receives core funding from three governments: the Government of The Netherlands, the Government of New Zealand, and the Government of Sweden. The William and Flora Hewlett Foundation also provides funding that supports the GSI’s research and communications activities.

domingo, 21 de outubro de 2007

787) Um seminario sobre integracao sul-americana, na USP (em tres dias)

INTERNACIONAL: OS DESAFIOS PARA A INTEGRAÇÃO POLÍTICA E ECONÔMICA DA AMÉRICA DO SUL
Fonte: Portal do IEA
De 23 a 25 de outubro, acontece no IEA o seminário internacional "Integração Política e Econômica da América do Sul, com a participação de pesquisadores brasileiros, chilenos e franceses. Serão 34 expositores, divididos em cinco sessões temáticas: "Espaços de Integração", "Energia e Comércio", "Aspectos Jurídicos e Políticos", "Sociedade Civil e Relações Internacionais" e "Perspectivas de Integração" (leia programa abaixo).

O seminário é uma realização do IEA, do Centro de Pesquisa e Documentação sobre a América Latina (Credal) — vinculado ao CNRS e à Universidade de Paris 3 — e da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) da USP. Os coordenadores são: Wanderley Messias da Costa, professor do Departamento de Geografia da FFLCH/USP e coordenador da CCS/USP; Hervé Théry, professor visitante da Cátedra Pierre Monbeig do Departamento de Geografia da FFLCH/USP e pesquisador do Credal; e Christian Girault, diretor de pesquisa do Credal.

O encontro será realizado no Auditório Alberto Carvalho da Silva, sede do IEA, Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, 374, Cidade Universitária, São Paulo. Haverá transmissão ao vivo pela internet em www.iea.usp.br/aovivo. As exposições serão feitas em português, espanhol e francês e não haverá serviço de tradução.

Informações: com Cláudia Regina (clauregi@usp.br), telefone 11) 3091-1686 .

PROGRAMA
Dia 23 de outubro, terça-feira
9h-9h45 Abertura: com Hernan Chaimovich (vice-diretor do IEA) e Christophe de Beauvais (representante do CNRS, França)

SESSÃO "ESPAÇOS DE INTEGRAÇÃO"
Moderador: Wanderley Messias da Costa (FFLCH e CCS/USP)
9h45-10h15 Wanderley Messias da Costa (FFLCH e CCS/USP) e Hervé Théry (Credal/CNRS e Cátedra Pierre Monbeig/FFLCH/USP)
10h15-10h45 Raúl González Meyer (Academia de Humanismo Cristão, Chile)
10h45-11h Intervalo
11h-11h30 Paulo Roberto de Almeida (UniCEUB)
11h30-12h Claudio Jedlicki (CNRS, França)
12h-12h30 Debate

SESSÃO "ENERGIA E COMÉRCIO"
Moderador: Paulo Roberto de Almeida (UniCEUB)
14h-14h30 Aude Sztulman e Marta Menéndez (Universidade de Paris-Dauphine, França)
14h30-15h Sébastien Velut (Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento, Chile)
15h15h30 Claudio Egler (UFRJ)
15h30-15h45 Intervalo
16h-16h30 Philippe Barbet (Universidade de Paris 13) e Marta dos Reis Castilho (UFF)
16h30-17h Claudio Lara (Universidade de Artes e Ciências Sociais, Chile)
17h-17h30 Jean-Marc Siroën (Universidade de Paris-Dauphine) e Alexandrine Brami-Celentano (Instituto de Estudos Políticos de Paris)
17h30-18h Debate

Dia 24, quarta-feira

SESSÃO "ASPECTOS JURÍDICOS E POLÍTICOS"
Moderador: Gilberto Dupas (GACint/IRI/USP e IEEI)
9h-9h30 Fernando Dias Menezes de Almeida (Fadusp)
9h30-10h Ricardo Gamboa Valenzuela (Universidade do Chile)
10h-10h30 Deisy Ventura (Unisinos e Cepedisa/USP)
10h30-11h Intervalo
11h-11h30 Guy Mazet (CNRS, França)
11h30-12h Luiz Fernando Martins Castro (Associação dos Advogados de São Paulo)
12h-12h30 Debate

SESSÃO "SOCIEDADE CIVIL E RELAÇÕES INTERNACIONAIS"
Moderadores: Celso Lafer (Fapesp e Fadusp) e Manuel Antonio Garretón (Universidade do Chile)
14h-14h30 Cécile Blatix (Universidade de Paris 13)
14h30-15h Manuel Antonio Garretón (Universidade do Chile)
15h-15h30 Renée Fregosi (Universidade de Paris 3)
15h30-15h45 Intervalo
15h45-16h30 Gilberto Dupas (GACint/IRI/USP e IEEI)
16h30-17h Christian Girault (Credal/CNRS, França)
17h-17h30 Debate

Dia 25, quinta-feira

SESSÃO "PERSPECTIVAS DA INTEGRAÇÃO"
Moderador: Carlos Henrique Cardim (Ipri/Ministério das Relações Exteriores)
14h-14h30 André Roberto Martins (FFLCH/USP) e Hervé Théry (Credal/CNRS e Cátedra Pierre Monbeig/FFLCH/USP) [Síntese]
14h30-15h Eliézer Rizzo de Oliveira (Memorial de América Latina)
15h-15h30 Patrick Séchet (Ministério do Exterior, França) e Miriam Cué (Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento, França)
15h30-15h45 Intervalo
15h45-16h15 Carlos Henrique Cardim (Ipri/Ministério das Relações Exteriores)
16h15-16h45 Edgar Vieira Posada (Pontifícia Universidade Javeriana, Colômbia)
16h45-17h15 Roberto Pizarro (Universidade de Artes e Ciências, Chile)
17h15-17h30 Christian Girault (Cradal/CNRS, França) [Encerramento

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

786) Relatorio sobre o Desenvolvimento Mundial 2008 do Banco Mundial

RELATÓRIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO MUNDIAL
Banco Mundial, 2008 (neste link)

AMÉRICA LATINA: SUBSÍDIOS DOS PAÍSES
RICOS SÃO OBSTÁCULO PARA O DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA
O agronegócio e os biocombustíveis estão transformando o setor

WASHINGTON, DC, 19 de outubro de 2007 – Embora os subsídios dos países da OCDE representem um obstáculo para as exportações agrícolas da América Latina, o setor tem demonstrado grande sucesso no desenvolvimento de agronegócios e biocombustíveis, segundo o Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial 2008 “Agricultura para o Desenvolvimento”, lançado hoje. Além disso, na última década a agricultura para o desenvolvimento teve pouco impacto na redução da pobreza na região.
Embora a agricultura represente uma pequena parcela do crescimento econômico da América Latina e Caribe – 7% entre 1993 e 2005 –, diversos subsetores com grandes vantagens comparativas tiveram crescimento espetacular – por exemplo, soja nos países do Cone Sul, biocombustíveis no Brasil, frutas e salmão no Chile, verduras na Guatemala e Peru, flores na Colômbia e Equador e bananas no Equador – e os serviços de agronegócios e alimentos têm grande representação nos PIBs nacionais.
Exportações tradicionais permanecem relevantes e respondem por 80% das exportações agrícolas da região, oferecendo novos mercados à medida que se livram crescentemente da dependência das commodities para ajustar-se a demandas de consumo diferenciadas, como por exemplo, café orgânico e Comércio Justo.
Exportações de alto valor têm se expandido rapidamente, com pequenos proprietários entrando em nichos de mercado, tais como a produção especializada de verduras e orgânicos na América Central.
A agricultura na América Latina e Caribe emprega 30% da população produtiva e gera 7% do crescimento do PIB.

Igualando as condições de competição
“Houve importantes resultados obtidos pelas reformas no comércio agrícola”, declarou Pamela Cox, Vice-Presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe. “Contudo, esses resultados são distribuídos de forma desigual entre as diversas commodities e países. É urgente que a Rodada de Doha de negociações comerciais leve à remoção das políticas mais distorcivas que prejudicam os países pobres”. Igualar as condições de competição no comércio agrícola internacional na América Latina e Caribe, diz Pamela Cox, é crítico pois a proteção e os subsídios permanecem em patamares muito altos nos países desenvolvidos.
Houve relativamente pouco progresso na reforma das políticas agrícolas dos países desenvolvidos. A proteção e os subsídios aos produtores nos países da OCDE diminuiu de 37% do valor bruto da renda agrícola em 1986 a 1988 para 30% em 2003 a 2005. Embora essa diminuição de 7 pontos percentuais seja um progresso, o volume do apoio cresceu de US$242 bilhões por ano para US$273 bilhões no mesmo período.
Os países latino americanos, como o Brasil, teriam os maiores ganhos em crescimento estimado de produção em uma potencial liberalização agrícola.

Pesquisa e desenvolvimento trazem retornos aos investimentos
Os retornos aos investimentos em pesquisa e desenvolvimento em agricultura são altos na América Latina e Caribe. Os altos ganhos frente ao custo de capital também sugerem que a pesquisa agrícola está em grande parte sub-financiada, segundo o novo relatório. Os países latino americanos e do caribe investiram mais em pesquisa e desenvolvimento agrícola do que todas as outras regiões excetuada a Ásia e os países da OCDE. O Brasil aumentou rapidamente os investimentos em pesquisa e desenvolvimento nas ultimas duas décadas e desenvolveu conhecimento de ponta no setor.

Biocombustíveis: Promessas e riscos para a América Latina e Caribe
Com os preços do petróleo próximos de seu recorde histórico e com poucos combustíveis alternativos para o transporte, o Brasil Peru e outros países da região estão apoiando ativamente a produção de biocombustíveis agrícolas líquidos – normalmente milho ou cana de açúcar para o etanol, e diversas oleaginosas para o biodiesel. Possíveis benefícios ambientais e sociais, inclusive a redução das mudanças climáticas, e a contribuição à segurança energética, são mencionados como as principais razões para o apoio do setor público à indústria de biocombustíveis, em rápido crescimento.
No debate mais amplo sobre os efeitos econômicos, ambientais e sociais dos biocombustíveis, será necessário avaliá-los cuidadosamente – segundo o relatório – antes de estender apoio público a programas de biocombustíveis em grande escala. Estratégias nacionais de biocombustíveis precisam estar fundamentadas sobre uma análise sólida dessas oportunidades e custos.

A agenda latino americana
“Somos responsáveis por tornar a agricultura mais compatível com o meio ambiente e fazer com que exista uma alocação mais eficiente de despesas na região”, disse Laura Tuck, Diretora do banco Mundial para Desenvolvimento Sustentável. “O desmatamento está intimamente ligado à agricultura na América Latina e Caribe. Já vimos os efeitos disso em outras regiões, como a Ásia, e em países como a China, e há possíveis lições para a América Latina”.
O relatório aponta que, em média, 54% dos subsídios vão para o setor privado. Assim, um movimento em direção ao investimento público em agricultura, ou uma abordagem equilibrada, é necessária nos países da América Latina e Caribe. Além disso, os países da região gastam aproximadamente 4% do PIB ao passo que na China esse número é de 8%, o que sugere que a região pode e deve usar melhor seus recursos para a agricultura.
O consumo doméstico é a maior fonte de demanda para a agricultura, absorvendo três quartos da produção e com 60% das vendas domésticas realizadas pelas redes de supermercados. Uma transformação da agricultura tradicional, de baixa produtividade, para uma agricultura moderna e comercial seria necessária para criar crescimento e empregos. Aumentar a competitividade dos pequenos proprietários de terras nos dinâmicos mercados domésticos de alimentos requer abordar especialmente as profundas desigualdades em acesso a mercados, serviços públicos e instituições de apoio.
Segundo o relatório, a maior parte dos paises da América Latina e Caribe são considerados urbanizados, contudo a América Central e o Paraguai se caracterizam como agrícolas. O México tem estados com características agrícolas, e o Brasil tem o atributo único na região de estados que são tanto urbanos quanto altamente dependentes em agricultura para o seu crescimento.
Nas regiões urbanizadas, a agricultura contribui com apenas 5% ao crescimento do PIB em média. Contudo, as áreas rurais ainda abrigam 45% dos pobres, e o agronegócio e serviços alimentícios respondem por até um terço do PIB. A meta geral seria fazer a conexão entre os pequenos proprietários e os modernos mercados de alimentos e oferecer empregos remunerados nas áreas rurais.
“As economias em transformação rápida devem ir além da revolução verde e enfocar a nova agricultura de alto valor – com a renda urbana em crescimento acelerado e demanda por produtos de alto valor na cidades se tornando o impulso do crescimento agrícola e da redução da pobreza”, disse Alain de Janvry, co-autor do relatório.

Mudança climática e agricultura
As mudanças climáticas terão grandes conseqüência na agricultura que afetarão os pobres de maneira desproporcional, diz o relatório. Um número maior de perdas agrícolas e pecuárias já impõe prejuízos econômicos e reduz a segurança alimentar. O custo de modificar a esquemas de irrigação, especialmente os que dependem do degelo glacial no Andes, poderia custar milhões ou mesmo bilhões de dólares.
O apoio do Banco Mundial à agricultura e desenvolvimento rural no ano fiscal 2007 chega a $1,8 bilhão, com um total de 42 projetos na região.
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O relatório e os materiais relacionados estarão disponíveis na imediatamente
após o embargo na seguinte página:: http://www.worldbank.org/wdr2008

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...