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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Diplomacia e academia - Funag e Unifor em Fortaleza, Ceara'


Unifor debate temas da política externa
Diário do Nordeste, 01.12.2012

Encontro foi o primeiro realizado pela Funag em uma universidade fora do eixo Brasília - Rio de Janeiro

As Perspectivas de Multipolaridade, Meio Ambiente e Caminhos da Cooperação Academia-Diplomacia foram os temas discutidos, ontem, no segundo e último dia da Conferência sobre Relações Exteriores (Core), realizada na Universidade de Fortaleza (Unifor). O evento, que reuniu diplomatas, representantes governamentais e acadêmicos teve como objetivo debater os principais temas da política externa brasileira em 2012.

Entre os assuntos em discussão estiveram os megaeventos esportivos, a situação econômica internacional, os desafios da paz e segurança internacional, reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Na ocasião, foi apresentado o painel sobre os caminhos da cooperação da academia e diplomacia.

Conforme o coordenador do Núcleo de Estudos Internacionais da Unifor, professor Walber Muniz, o evento foi realizado com a ideia de aproximar os diplomatas das universidades visando uma melhor relação para o pensamento mais dinâmico nas questões que envolvem interesse nacional no trato da política externa brasileira.

Parceria
De acordo com ele, o evento foi organizado com muita seriedade e competência pela Fundação Edson Queiroz e Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), sendo a primeira conferência de relações exteriores realizada pela Funag em uma universidade de fora do eixo Brasília - Rio de Janeiro. "A Universidade de Fortaleza é pioneira nesse sentido. É uma experiência para que outras universidades sigam o exemplo e contribuam com esse novo pensamento do MRE (Ministério das Relações Exteriores) no aprofundamento de discussões sobre a política externa do Brasil nos tempos atuais", destacou.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Repertório da Prática Brasileira do Direito Internacional Público - Antônio Augusto Cançado Trindade

Recebo com extrema satisfação a informação abaixo, uma vez que fui um dos primeiros a resenhar esta obra importante, multivolume, e multi-períodos, composta pelo meu amigo e grande jurista, Antonio Augusto Cançado Trindade.
O anúncio da segunda edição -- com um novo prefácio do seu autor e organizador -- e sua disponibilização online é uma grande notícia para todos os pesquisadores e estudiosos da diplomacia brasileira, pois o DIPúblico brasileiro é essencialmente, ou quase exclusivamente diplomático.
Usei quase todos os volumes no curso destas décadas, com ênfase na primeira fase republicana, para escrever meus trabalhos, embora selecionando os textos de conteúdo mais econômico ou político, e não necessariamente jurídico. Mas, num último trabalho sobre a doutrina brasileira da não intervenção ainda compulsei vários volumes, para poder ter uma ideia abrangente da atitude brasileira ao longo do tempo.
Devo dizer que o trabalho do jurista AACT é da mais alta qualidade, e me permito transcrever, depois da nota da Funag, uma resenha que preparei, em duas etapas, sobre os vários volumes desse Repertório (que não estava completo, ainda, quando fiz a resenha).
Paulo Roberto de Almeida 



FUNAG - Reedição do "Repertório da Prática Brasileira do Direito Internacional Público"
No contexto do 40º aniversário de sua criação, a Fundação Alexandre de Gusmão lançará brevemente segunda edição do “Repertório da Prática Brasileira do Direito Internacional Público”, elaborada pelo Professor, hoje Juiz da Corte Internacional de Justiça, Antônio Cançado Trindade.

Originalmente publicados entre 1984 e 1988, os cinco volumes e o índice analítico que compõem a obra abrangem manifestações brasileiras relativas a questões de direito internacional de 1889 a 1981. A segunda edição, que conta com um novo prefácio do Juiz Cançado Trindade, estará também disponível na biblioteca virtual da FUNAG.

Em encontro na FUNAG, o Juiz Cançado Trindade e o Presidente da Fundação celebraram a nova edição e discutiram como levar adiante a atualização do repertório até períodos mais recentes.


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DIREITO INTERNACIONAL

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 20 dezembro 1986, 5 pp.
Publicada na seção “Crítica” da revista Humanidades
(Brasília, Ano IV, nº 12, fevereiro-abril 1987, pp. 119-120).
Relação de Trabalhos n° 076. Publicados nº 035.


Antonio Augusto Cançado Trindade:
Repertório da Prática Brasileira do Direito Internacional Público
(Brasília, Fundação Alexandre de Gusmão, 1984 a 1986, para os diferentes volumes cobrindo quatro períodos, de 1899 a 1981).

A América Latina tem, reconhecidamente, uma longa tradição em matéria de Direito Internacional Público. Mesmo os não especialistas saberiam reconhecer a importância da contribuição continental nesse terreno bastando, por exemplo, fazer referência ao  princípio do uti possidetis, à cláusula Calvo, à doutrina Drago (ambas, aliás, suscitadas por um problema cruelmente atual, o da dívida externa dos países latino-americanos), ao instituto do asilo diplomático ou ao conceito de mar patrimonial. O Brasil, por sua vez, possui longa prática diplomática, alicerçada em sólida e igualmente longa tradição jurídico-legal, o que tornou sua política externa respeitada internacionalmente e merecedora da confiança dos demais membros do sistema interestatal contemporâneo.
A codificação da tradição internacionalista latino-americana deveria, assim, representar um subsídio indispensável ao processo de elaboração do Direito Internacional Público, ramo do direito em constante evolução e transformação. Em que pese, porém, a existência de alguns bons manuais de Direito Internacional Público elaborados no contexto latino-americano – dentre os quais destacaríamos o do brasileiro Hildebrando Accioly e o do chileno Fernando Gamboa Serazzi – e dedicados à evolução doutrinária e jurisprudencial do chamado jus gentium, os especialistas e observadores da já referida tradição ressentiam-se da falta de codificação similar para a prática dos Estados no campo das relações diplomáticas e do Direito Internacional Público. Essa lacuna, pelo menos no que concerne o Brasil, vem sendo preenchida pelo extraordinário labor solitário do eminente internacionalista Antonio Augusto Cançado Trindade, professor de Direito Internacional Público da Universidade de Brasília e do Instituto Rio Branco e Consultor Jurídico do Ministério das Relações Exteriores.
A obra que ora se apresenta sob os auspícios da Fundação Alexandre de Gusmão, do Itamaraty, vem completar uma série de três outros volumes dedicados ao tema da prática diplomática brasileira, cobrindo respectivamente os períodos de 1961-1981, 1941-1960 e 1919-1940 (publicados nessa ordem). Autor de vasta produção especializada no campo do Direito Internacional Público, incluindo, além de numerosos artigos e monografias publicados nos principais periódicos do mundo, dois outros volumes editados pela Universidade de Brasília – Princípios do Direito Internacional Contemporâneo (1981 ) e O Esgotamento de Recursos Internos no Direito Internacional (1984, cuja versão original foi agraciada com o Premio Yorke, da Universidade de Cambridge) – o Professor Cançado Trindade realizou, com os quatro livros editados, um esforço altamente meritório e rigorosamente inédito não apenas nos anais do Direito Internacional brasileiro, como na história jurídica da América Latina e do Terceiro Mundo.
Com efeito, apesar da existência de Relatórios de Chancelarias, bem como de Coleções de Atos Internacionais publicados por diversos Governos do continente, não havia, até o presente momento, um Repertório, organizado de forma lógica e sistemática, da prática diplomática corrente de algum Estado latino-americano. O Brasil junta-se, assim, aos poucos países do hemisfério norte que coletam em seus Digests ou Repértoires anuais os elementos mais significativos de suas práticas nacionais respectivas em matéria de Direito Internacional Público e de relações diplomáticas.
A importância do trabalho do Professor Cançado Trindade para o Brasil e para as demais nações do continente é tanto maior que a divulgação sistemática e selecionada da prática diplomática brasileira contribui para projetar num âmbito mais amplo os interesses econômicos, políticos e diplomáticos propriamente nacionais ou regionais, sobretudo aquelas posições de princípio ligadas à lenta elaboração de uma nova ordem econômica internacional (de que a Convenção sobre o Direito do Mar é um marcante exemp1o) .
Mas, em que consiste exatamente o Repertório da Prática Brasileira do Direito Internacional Público – este “ciclópico trabalho” – segundo a feliz caracterização empregada pelo Embaixador João Hermes Pereira de Araújo – que cobre o conjunto das relações internacionais do Brasil entre 1899 e 1981? A estrutura dos quatro volumes é basicamente idêntica, com pequenas variações em função do período tratado, consistindo de nove partes articuladas em torno das seguintes rubricas:
l) Fundamentos do Direito Internacional, destacando-se, nos princípios que regem as relações amistosas entre os Estados, a “soberania permanente sobre recursos naturais”, de introdução mais recente; 2) Atos Internacionais, cobrindo a ampla processualística dos tratados entre Estados e organizações; 3) Condição dos Estados, envolvendo reconhecimento, jurisdição, imunidades, responsabilidade internacional e sucessão de Estados; 4) Regulamentação dos Espaços, territorial, marítimo, aéreo e espacial; 5) Organizações Internacionais; 6) Condição dos Indivíduos, compreendendo direitos humanos e direito de asilo; 7) Solução Pacífica de Controvérsias e Desarmamento, inclusive, para o período recente, um capítulo para a questão do terrorismo; 8) Conflitos Armados e Neutralidade; 9) miscelânea, abrigando, entre outros temas, cláusula da Nação-Mais-Favorecida e, em acordo com os novos tempos, Multinacionais e Segurança Econômica Coletiva.
Em cada um desses grandes blocos de problemas do Direito Internacional Público abriga-se um manancial extraordinário de informações e documentos de referência sobre a prática brasileira nos quatro períodos delineados.
A periodização adotada por Cançado Trindade para cobrir esses 82 anos (de 1899 a 1981) de prática brasileira do Direito Internacional Público, se parece atender mais a critérios de conveniência do que propriamente razões de ordem metodológica, tem pelo menos o mérito de sublinhar a notável continuidade demonstrada pela prática diplomática do Brasil, a despeito mesmo de rupturas na ordem política e constitucional em alguns momentos (1930, 1937, 1964) de nosso itinerário republicano. Fica aliás a sugestão, para um ulterior volume de interpretação e de comentários sobre a prática diplomática agora repertoriada, de proceder-se a uma análise diacrônica comparativa sobre as posições adotadas pelo Brasil em face de desafios similares em momentos diversos de nossa história.
Estabelecida a divisão temática, vejamos com que tipo de “matéria-prima” trabalhou Cançado Trindade na monumental compilação que agora esta chegando a seu termo. O simples enunciado dos diversos tipos de fontes documentais dá uma ideia da grandiosidade do esforço empreendido pelo brilhante internacionalista: a maior parte dos textos selecionados é proveniente de material impresso oficial do Itamaraty, consistindo de relatórios anuais encaminhados à Presidência da República, pareceres jurídicos dos Consultores do Itamaraty, correspondência e expedientes de serviço (notas trocadas com outras Chancelarias, declarações de beligerância, documentos internos ostensivos, memoranda não publicados etc.), discursos e pronunciamentos do Ministro das Relações Exteriores, intervenções de delegados brasileiros em conferências especializadas ou em sessões de organizações internacionais e demais declarações oficiais do Governo brasileiro sobre temas de relações internacionais, incluindo-se declarações conjuntas de natureza bilateral. Figuram ainda, neste vasto e completo repertório, discursos pronunciados por parlamentares nos plenários do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, bem como exposições e debates realizados em suas respectivas Comissões de Relações Exteriores por ocasião do comparecimento do Chanceler brasileiro.
Imagine-se as dificuldades do trabalho engajado por Cançado Trindade: não bastasse o critério de escolha e seleção da documentação disponível – tarefa por si só angustiante para o honnête homme e quase um tormento para o scholar consciencioso, que trabalha sobre uma verdadeira mina de preciosidades documentais – deve-se levar em conta a verdadeira multiplicidade de vias para o acesso às fontes e o caráter frequentemente confidencial dos documentos compulsados. Ainda que a maior parte da documentação reunida estivesse sob forma impressa, o distanciamento em relação a nossa época a torna quase que inédita, entregue que estava, nas últimas décadas, a um outro tipo de “crítica roedora”.
Como bem disse o Embaixador Jose Sette Câmara, Cançado Trindade “conseguiu condensar uma imensa área de informação que estava dispersa e perdida na poeira dos arquivos do Itamaraty”. Mesmo que nosso reconhecimento de pesquisadores não se esgote neste aspecto específico do garimpo documental, somos todos gratos a Cançado Trindade por esse longo convívio com “traças literárias” de diversas épocas, dispensando-nos de igual frequentação. No caso deste ultimo volume, que cobre, inter alia, a gestão do Barão do Rio Branco, alguns documentos são efetivamente inéditos, pois que entre 1903 e 1911 não foi publicado o Relatório do MRE.
No que se refere à substância mesma do material selecionado, os documentos escolhidos são altamente significativos e esclarecedores da posição oficial brasileira sobre os grandes temas do Direito Internacional Público, permitindo igualmente ao historiador uma visão evolutiva da política externa brasileira em diversas questões cruciais de nosso relacionamento internacional. A título de exemplo, comparecem nos diversos volumes problemas tão diversos como um “excerto do Relatório do Itamaraty... sobre o Reconhecimento pelo Brasil do Governo Provisório da Rússia, em 9 de Abril de 1917” (1899-19l8), o “Parecer do Consultor Jurídico do MRE, Clovis Beviláqua, sobre... a Retirada do Brasil da Liga das Nações” (1919-1940), telegrama enviado por Giraud e de Gaulle a Getúlio Vargas a propósito do “Reconhecimento pelo Brasil do Comitê Francês de Libertação Nacional, em 1943” (1941-1960), ou a “Nota de Denúncia do Acordo de Assistência Militar Brasil-Estados Unidos, de 11 de março de 1977” (1961-1981).
Como se não bastasse tal riqueza documental, Cançado Trindade ainda brinda-nos, em cada um dos respectivos capítulos introdutivos aos volumes editados, com quatro excelentes análises descritivas e críticas sobre o estudo das práticas nacionais de Direito Internacional Público e o papel dos repertórios sistemáticos no processo de codificação progressiva nesse campo, que dão testemunho, por elas mesmas, da excepcional erudição, saber jurídico e aggiornamento bibliográfico do jovem Consultor Jurídico do Itamaraty.
Esses textos, que mereceriam uma eventual unificação metodológica e publicação independente, são, nominalmente, os seguintes: “Os Repertórios Nacionais do Direito Internacional e a Sistematização da Prática dos Estados” (1961-1981), “A Expansão da Prática do Direito Internacional” (1941-1960), “A Emergência da Prática do Direito Internacional” (1919-1940) e “Necessidade, Sentido e Método do Estudo da Prática dos Estados em Matéria de Direito Internacional” (1899-1918). Particularmente o primeiro e o ultimo texto introdutório justificariam uma outra resenha crítica, que não caberia contudo nos limites deste trabalho de apresentação; eles constituem, ademais, um registro atualizado e sintético da experiência de outros países em matéria de repertórios de prática diplomática, permitindo uma visão global da diversidade metodológica e conceitual ainda vigente nos registros nacionais de Direito Internacional Público.
Estes quatro volumes (editados entre julho de 1983 e agosto de 1986) serão seguidos, brevemente, de um Índice analítico, absolutamente indispensável ao pesquisador sistemático, bem como de uma 2a. edição do primeiro volume publicado, estendendo o período coberto até 1986. Fica desde já a sugestão ao Ministério das Relações Exteriores, através da Fundação Alexandre de Gusmão, para que inscreva em seu programa de trabalho a atualização periódica do Repertório iniciado pelo Professor Cançado Trindade. É também digna de reter a recomendação do Professor Alexandre Charles Kiss, autor do Repértoire francês, no sentido de que seja providenciada uma edição em francês e em inglês do Index e do sumário dos volumes editados, ao que eu acrescentaria a sugestão de uma apresentação especial da prática brasileira ao público estrangeiro por parte do Professor Cançado Trindade. Nossa prática diplomática, inclusive a que está presentemente sendo escrita por ele mesmo na Consultoria Jurídica do Itamaraty, merece, sem dúvida alguma, ser melhor conhecida no âmbito internacional. Sejamos, literalmente, internacionalistas assumidos!

PAULO ROBERTO DE ALMEIDA
Universidade de Brasília e Instituto Rio Branco.
 [29.12.1986; n° 142]

quinta-feira, 1 de março de 2012

Seminario de relacoes economicas internacionais no Itamaraty

Recebido da Funag-MRE:


Com o intuito de dar seguimento à reflexão sobre a conjuntura e as tendências das relações econômicas internacionais e os desafios e oportunidades que se apresentam ao Brasil, e com base nas pesquisas e trabalhos conduzidos em 2011 em algumas das principais instituições de pesquisa brasileiras, o Ministério das Relações Exteriores (MRE), em parceria com a Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), tem o prazer de convidar Vossa Senhoria para o “IV Seminário sobre Pesquisas em Relações Econômicas Internacionais” (vide programa no corpo de e-mail), que será realizado nos dias 28 de março (das 14 às 18h00 horas) e 29 de março (das 9h30 às 13h00) de 2012, na Sala San Tiago Dantas, do Palácio Itamaraty, em Brasília.    
As inscrições serão gratuitas, mas a participação se dará sem custos para o Ministério das Relações Exteriores. Caso tenha interesse em participar, agradeceríamos enviar, até 16 de março de 2012, para tiago.nunes@itamaraty.gov.br, com cópia para aurelio.avelino@itamaraty.gov.br, nome completo, cargo, instituição, e-mail e telefones para contato.

Programação:
IV Seminário sobre Pesquisas em Relações Econômicas Internacionais
Data: 28 e 29 de março de 2012
Local: Sala San Tiago Dantas, Palácio Itamaraty, Brasília – DF
Organização: DEC/FUNAG

Programa
28/03/12 – Tarde
14h00 – 14h30 – Credenciamento
14h30 – 15h00 – Abertura
15h00 – 16h25 – Painel I: China
- A Concorrência de Produtos Brasileiros e Chineses em Terceiros Mercados
Autora/Palestrante: Lia Valls Pereira (FGV-RJ)

- Relações Comerciais entre o Brasil e a China: a Concorrência em Terceiros Mercados e os Desafios para a Indústria Brasileira
Autores/Palestrantes: Ariane Danielle Baraúna da Silva e Álvaro Barrantes Hidalgo (UFPE)

- O Intercâmbio Comercial Brasil-China: o Caso das Regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste
Autores: Paulo Ricardo Feistel (UFSM), Álvaro Barrantes Hidalgo (UFPE) e Uacauan Bonilha (UFSM)
Palestrante: Paulo Ricardo Feistel (UFSM)

- Discussão/Debate
16h25 – 16h40 – “Coffee Break”

16h40 – 18h05 – Painel II: África e BRICS
- A África na Agenda Econômica do Brasil: Comércio, Investimentos e Cooperação.
Autores: Pesquisadores do CINDES
Palestrante: Pedro da Motta Veiga (CINDES)

- O Papel das Instituições Formais e Informais para o Crescimento Econômico: Brasil, Rússia, Índia e China em Perspectiva Comparada
Autores: José Alexandre Ferreira e Thales Castro (UNICAP)
Palestrante: José Alexandre Ferreira (UNICAP)

- Análise das Relações Bilaterais entre o Brasil e a Índia pós-Década de 1990
Autores/Palestrantes: Jacqueline A. H. Haffner (UFRGS) e Marcel Jaroski Barbosa (ULBRA)
-Discussão/Debate

29/03/12 – Manhã
09h30 – 10h55 - Painel III: Estudos sobre Exportações Brasileiras e MERCOSUL
- Estimativas dos Índices de Restritividade das Exportações Brasileiras de Manufaturados
Autores: Honório Kume e Guida Piani (IPEA)
Palestrante: Honório Kume (IPEA)

- Análise da Comercialização do Óleo Essencial de Tangerina: um Enfoque das Relações Comerciais entre Brasil e Europa
Autores: Andrea Cristina Doerr, Rúbia Strassburger, Aline Zulian, Jaqueline Carla Guse, Maykell Leite da Costa (UFSM)
Palestrante: Andrea Cristina Doerr (UFSM)

- O Âmbito Político-Institucional do MERCOSUL: a Política Externa Brasileira e o Desenvolvimento Institucional do Bloco
Autores/Palestrantes: Luiz Augusto E. Faria e Giulia R. Barão (UFRGS)
- Discussão/Debate

10h55 – 11h10 – “Coffee Break”

11h10 – 13h00 - Painel IV: EUA, NAFTA e G-20 
- Hegemonia em Tempos de Crise: Lições da Reação dos EUA às Crises e Contestações dos Anos 1970
Autores/Palestrantes: Filipe Almeida do Prado Mendonça e Carlos Eduardo Carvalho (UNESP, UNICAMP, PUC-SP)

- A Crise Financeira dos EUA e suas Prováveis Repercussões na Economia Global e na América Latina: uma Abordagem pós-Minskyana  
Autor/Palestrante: David Ferreira Carvalho (UFPA)
Participação: Flávio Augusto Sidrim Nassar (UFPA)  

- O NAFTA e as Assimetrias: o Caso do México
Autores: Luiz M. de Niemeyer e Mayla Pereira da Costa (PUC-SP) 
Palestrante: Luiz M. de Niemeyer (PUC-SP)

- Estimando o Desalinhamento Cambial para o G-20 e em Alguns Países Selecionados utilizando Análise baseada em Fundamentos
Autor/Palestrante: Emerson Marçal (EESP-FGV)

-Discussão/Debate

13h00 – Encerramento

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Fundacao Alexandre de Gusmao - MRE: 40 anos

FUNAG - 40 Anos

A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) acaba de completar 40 anos. Criada pela Lei nº 5.717, de 26 de outubro de 1971, a Fundação tem como patrono o jurista e diplomata Alexandre de Gusmão (1695-1753), considerado o “avô da diplomacia brasileira” pela negociação do Tratado de Madri (1750), marco importante para a configuração das linhas gerais do atual território brasileiro. A íntegra do texto comemorativo dos 40 anos da FUNAG encontra-se disponível na página http://www.funag.gov.br.

FUNAG 40 Anos


"A FUNAG é a vanguarda da diplomacia brasileira."
Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães

Hoje, 26 de outubro de 2011, a Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG)completa 40 anos. Criada pela Lei n. 5.717 de 26/10/1971, a FUNAG atua como “braço acadêmico do Itamaraty”, no dizer de um de um de seus ex-presidentes, o Embaixador João Clemente Baena Soares. A Fundação leva o nome do jurista e diplomata Alexandre de Gusmão (1695-1753), considerado o “avô da diplomacia brasileira”,pela negociaçãodo Tratado de Madri (1750), marco importante para a solução das disputas territoriais entre Portugal e Espanha e para a configuraçãodas linhas gerais do atual território brasileiro. Inspirados nesse exemplo, ao longo dessas décadas, funcionários e servidores da FUNAG têm se esforçado para superar desafios e cumprir integralmente os objetivos de divulgar a política externa brasileira e contribuir para a formação de uma opinião pública sensível a problemas internacionais, realizando, para tanto, atividades culturais e pedagógicas no campo das relações internacionais e promovendo estudos e pesquisas sobre o tema.
O primeiro estatuto da Fundação foi aprovado por decreto em junho de 1972. Contudo, a FUNAG só iniciou efetivamente suas atividades em 1981, quando foi nomeado seu primeiro presidente, o Embaixador Wladimir do Amaral Murtinho, falecido em 2003. Imbuído de espírito público genuíno, o Embaixador Wladimir Murtinho deu início à construção desta instituição numa época em que o Brasil passava pela transição do governo autoritário para a democracia. Segundo o Embaixador Gelson Fonseca Júnior, presidente da FUNAG de 1992 a 1995, a iniciativa de abertura de um novo canal de diálogo com a sociedade civil representou uma ação política do Estado brasileiro em favor da democracia. Ao ampliar o debate com a sociedadesobre o rumo da política externa brasileira, gesto que conferiu maior legitimidadeà atuação do Itamaraty, a FUNAG contribuiu para o enraizamento das estruturas da democracia no país.
Ao longo dessas últimas décadas, por meio de convênios, seminários, publicações, prêmios e atividades de fomento a pesquisa, a FUNAG veio formando uma sólida rede de parcerias com outras instituições governamentais, universidades, faculdades, centros de pesquisa e colaboradores individuais, nacionais e estrangeiros. Ao final da primeira década do século XXI, a FUNAG pode exibir um alentado catálogo com mais de 500 publicações, dentre as quais destacam-se teses defendidas por diplomatas no Curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco (IRBr) e textos apresentados em palestras por renomados estudiosos dos mais diversos temas da política externa e internacional. Centenas de alunos passaram por seus cursos e milhares de estudantes puderam se beneficiar de congressos e palestras gratuitos. Eles são os cidadãos que compõem o público altamente qualificado de antigos,atuais e futuros profissionais envolvidos com a atuação internacional do Brasil.São eles que criarão o ambiente adequado para difusão livre e debate crítico das diretrizes governamentais que informam a atuação do país no cenário internacional.
Dois órgãos específicos da atual estrutura organizacional da FUNAG contribuem para a realização de sua missão: o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) e o Centro de História e Documentação Diplomática (CHDD). Criado em 1985, o IPRI visa consolidar a interação do Itamaraty com a Academia por meio de: promoção e divulgação de estudos e pesquisas sobre relações internacionais; coleta e sistematização de dados; intercâmbio científico e colaboração com instituições nacionais e estrangeiras e realização de cursos, conferências e seminários. O CHDD, por sua vez, foi criado em 2001, com sede no Palácio Itamaraty do Rio de Janeiro, onde está localizado o mais rico acervo sobre a história diplomática do Brasil. Com o objetivo de estimular estudos sobre a história das relações internacionais e diplomáticas do Brasil, o CHDD atua em várias frentes, como a criação e difusão de instrumentos de pesquisa, a edição de livros e documentos e a realização de exposições sobre esses temas. A Agência Brasileira de Cooperação (ABC), responsável por coordenar a cooperação técnica internacional do Brasil, fez parte da estrutura da FUNAG de 1987 a 1996.
Parabéns a todos funcionários da FUNAG! Que venham muitas outras décadas de trabalho sério, dedicado a contribuir da melhor forma para enriquecer e ampliar o debate junto à sociedade sobre a condução da política externa brasileira.
 assinatura
Gilberto Vergne Saboia
Presidente da Fundação Alexandre de Gusmão

Presidentes da FUNAG:
  1. Wladimir do Amaral Murtinho (1981 a 1984)
  2. Marcos Castrioto de Azambuja (1985 a 1987)
  3. Paulo Tarso Flecha de Lima (1987 a 1992)
  4. Synesio Sampaio Goes Filho (1992)
  5. Gelson Fonseca Júnior (1992 a 1995)
  6. João Clemente Baena Soares (1995 a 1998)
  7. Álvaro da Costa Franco Filho (1998 a 2000)
  8. Maria Lucy Gurgel Valente de Seixas Corrêa (1999 a 2001)
  9. André Mattoso Maia Machado (2001)
  10. Thereza Maria Machado Quintella (2001 a 2005)
  11. Maria Stela Pompeu Brasil Frota (2005 a 2006)
  12. José Jeronimo Moscardo de Souza (2006 a 2010)
  13. Gilberto Vergne Saboia (2011 até hoje)

sábado, 27 de agosto de 2011

San Tiago Dantas: seminario em sua homenagem - Itamaraty, 30/08/2011

FUNAG - Seminário - San Tiago Dantas e a Política Externa Independente
A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), seu Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) e seu Centro de História e Documentação Diplomática (CHDD) promoverão o Seminário “O Centenário de San Tiago Dantas e a Política Externa Independente”, a ser realizado na Sala San Tiago Dantas, no Palácio Itamaraty, em Brasília, no dia 30 de agosto, das 10h às 13h.

As inscrições serão realizadas pelo correio eletrônico debates.funag@gmail.com, no período de 16 a 19 de agosto de 2011, e a programação está disponível na página www.funag.gov.br, na internet.

O Centenário de San Tiago Dantas e a Política Externa Independente
Brasília, 30 de agosto de 2011
Programa

10h00 – 11h00 Abertura
• Embaixador Antonio de Aguiar Patriota, Ministro das Relações Exteriores
• Embaixador Gilberto Vergne Saboia, Presidente da Fundação Alexandre de Gusmão
• Doutor Luís Inácio Lucena Adams, Advogado-Geral da União
• Doutor Adacir Reis, Presidente do Instituto San Tiago Dantas

11h00 – 11h15 Intervalo

11h15 – 12h15 San Tiago Dantas e a Política Externa Independente
Palestrantes:
• Embaixador Marcílio Marques Moreira
• Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães
• Embaixador Gelson Fonseca
• Doutor Adacir Reis, Presidente do Instituto San Tiago Dantas
12h15 – 13h00 Debate
13h00 – 13h15 Encerramento