FUNAG
- 40 Anos
A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) acaba de
completar 40 anos. Criada pela Lei nº 5.717, de 26 de outubro de 1971, a Fundação tem como
patrono o jurista e diplomata Alexandre de Gusmão (1695-1753), considerado o
“avô da diplomacia brasileira” pela negociação do Tratado de Madri
(1750), marco importante para a configuração das linhas gerais do atual
território brasileiro. A íntegra do texto comemorativo dos 40 anos da FUNAG
encontra-se disponível na página http://www.funag.gov.br.
"A FUNAG é a vanguarda da diplomacia brasileira."
Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães
Hoje,
26 de outubro de 2011, a Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG)completa
40 anos. Criada pela Lei n. 5.717 de 26/10/1971, a FUNAG atua como
“braço acadêmico do Itamaraty”, no dizer de um de um de seus
ex-presidentes, o Embaixador João Clemente Baena Soares. A Fundação leva
o nome do jurista e diplomata Alexandre de Gusmão (1695-1753),
considerado o “avô da diplomacia brasileira”,pela negociaçãodo Tratado
de Madri (1750), marco importante para a solução das disputas
territoriais entre Portugal e Espanha e para a configuraçãodas linhas
gerais do atual território brasileiro. Inspirados nesse exemplo, ao
longo dessas décadas, funcionários e servidores da FUNAG têm se
esforçado para superar desafios e cumprir integralmente os objetivos de
divulgar a política externa brasileira e contribuir para a formação de
uma opinião pública sensível a problemas internacionais, realizando,
para tanto, atividades culturais e pedagógicas no campo das relações
internacionais e promovendo estudos e pesquisas sobre o tema.
O
primeiro estatuto da Fundação foi aprovado por decreto em junho de
1972. Contudo, a FUNAG só iniciou efetivamente suas atividades em 1981,
quando foi nomeado seu primeiro presidente, o Embaixador Wladimir do
Amaral Murtinho, falecido em 2003. Imbuído de espírito público genuíno, o
Embaixador Wladimir Murtinho deu início à construção desta instituição
numa época em que o Brasil passava pela transição do governo autoritário
para a democracia. Segundo o Embaixador Gelson Fonseca Júnior,
presidente da FUNAG de 1992 a 1995, a iniciativa de abertura de um novo
canal de diálogo com a sociedade civil representou uma ação política do
Estado brasileiro em favor da democracia. Ao ampliar o debate com a
sociedadesobre o rumo da política externa brasileira, gesto que conferiu
maior legitimidadeà atuação do Itamaraty, a FUNAG contribuiu para o
enraizamento das estruturas da democracia no país.
Ao
longo dessas últimas décadas, por meio de convênios, seminários,
publicações, prêmios e atividades de fomento a pesquisa, a FUNAG veio
formando uma sólida rede de parcerias com outras instituições
governamentais, universidades, faculdades, centros de pesquisa e
colaboradores individuais, nacionais e estrangeiros. Ao final da
primeira década do século XXI, a FUNAG pode exibir um alentado catálogo
com mais de 500 publicações, dentre as quais destacam-se teses
defendidas por diplomatas no Curso de Altos Estudos do Instituto Rio
Branco (IRBr) e textos apresentados em palestras por renomados
estudiosos dos mais diversos temas da política externa e internacional.
Centenas de alunos passaram por seus cursos e milhares de estudantes
puderam se beneficiar de congressos e palestras gratuitos. Eles são os
cidadãos que compõem o público altamente qualificado de antigos,atuais e
futuros profissionais envolvidos com a atuação internacional do
Brasil.São eles que criarão o ambiente adequado para difusão livre e
debate crítico das diretrizes governamentais que informam a atuação do
país no cenário internacional.
Dois
órgãos específicos da atual estrutura organizacional da FUNAG
contribuem para a realização de sua missão: o Instituto de Pesquisa de
Relações Internacionais (IPRI) e o Centro de História e Documentação
Diplomática (CHDD). Criado em 1985, o IPRI visa consolidar a interação
do Itamaraty com a Academia por meio de: promoção e divulgação de
estudos e pesquisas sobre relações internacionais; coleta e
sistematização de dados; intercâmbio científico e colaboração com
instituições nacionais e estrangeiras e realização de cursos,
conferências e seminários. O CHDD, por sua vez, foi criado em 2001, com
sede no Palácio Itamaraty do Rio de Janeiro, onde está localizado o mais
rico acervo sobre a história diplomática do Brasil. Com o objetivo de
estimular estudos sobre a história das relações internacionais e
diplomáticas do Brasil, o CHDD atua em várias frentes, como a criação e
difusão de instrumentos de pesquisa, a edição de livros e documentos e a
realização de exposições sobre esses temas. A Agência Brasileira de
Cooperação (ABC), responsável por coordenar a cooperação técnica
internacional do Brasil, fez parte da estrutura da FUNAG de 1987 a 1996.
Parabéns
a todos funcionários da FUNAG! Que venham muitas outras décadas de
trabalho sério, dedicado a contribuir da melhor forma para enriquecer e
ampliar o debate junto à sociedade sobre a condução da política externa
brasileira.
Gilberto Vergne Saboia
Presidente da Fundação Alexandre de Gusmão
Presidentes da FUNAG:
- Wladimir do Amaral Murtinho (1981 a 1984)
- Marcos Castrioto de Azambuja (1985 a 1987)
- Paulo Tarso Flecha de Lima (1987 a 1992)
- Synesio Sampaio Goes Filho (1992)
- Gelson Fonseca Júnior (1992 a 1995)
- João Clemente Baena Soares (1995 a 1998)
- Álvaro da Costa Franco Filho (1998 a 2000)
- Maria Lucy Gurgel Valente de Seixas Corrêa (1999 a 2001)
- André Mattoso Maia Machado (2001)
- Thereza Maria Machado Quintella (2001 a 2005)
- Maria Stela Pompeu Brasil Frota (2005 a 2006)
- José Jeronimo Moscardo de Souza (2006 a 2010)
- Gilberto Vergne Saboia (2011 até hoje)
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