Minha visão do mundo na passagem de um ano a outro
Existem três grandes potências no mundo.
A maior, supostamente hegemônica, está atualmente sob a condução de um débil mental, subordinado ao líder da segunda maior potência bélica, que é um criminoso de guerra, e um reles tirano querendo imitar Ivan o Terrível, Hitler e Stalin ao mesmo tempo.
A terceira grande potência, a caminho de se tornar de novo um império economicamente preeminente, como já o foi no passado, tem à sua frente um imperador tecnocrático que voltou a centralizar o poder excessivamente, o que pode prejudicar o dinamismo inventivo de seu povo, enérgico no trabalho, sob a condução de novos mandarins bem instruídos.
Tem ainda uma meia potência, formada atualmente por 27 países razoavelmente desenvolvidos, mas que ainda constitui um mosaico de povos nem sempre convergentes em seus propósitos democráticos e compatíveis com a afirmação da força do Direito sobre o direito da Força.
E temos um grande país que ocupa metade de um continente, dotado de grandes vantagens comparativas, naturais e adquiridas, mas que avança muito lentamente em seu processo de desenvolvimento econômico e social, tolhido, como geralmente sempre foi, por elites medíocres, que preferem acumular riquezas de forma egoísta e mesquinha em lugar de cuidar da educação do povo. Vai demorar, ao que parece, para encontrar sua vocação própria, mantendo a ilusão de que deve escolher alguma grande potência para apoiar, em lugar de construir um espaço de potências médias interessadas em preservar a primazia do Direito Internacional e das liberdades democráticas, numa transição entre novos equilíbrios internacionais.
Meus votos para que a racionalidade prevaleça num momento de novas escolhas em eleições democráticas.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 31/12/2025