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quarta-feira, 16 de março de 2016

Dialogos edificantes do "monarca" do parlamentarismo petista - Gravacoes telefonicas

Equipe da Lava Jato 'tem que ter medo', diz Lula em áudio


O ex-presidente Lula afirma em uma ligação telefônica interceptada pela Polícia Federal que os deputados do PT precisam "achincalhar" o juiz Sérgio Moro e a equipe da Operação Lava Jato porque eles "têm que ter medo" e "preocupação".
A conversa é com o deputado petista Wadih Damous (RJ). Nela, Lula combina estratégias de ofensiva contra a Lava Jato. As informações foram transcritas pela Polícia Federal e enviadas ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
"Eu tô botando muita fé de que se a nossa bancada tiver animada ela pode fazer a diferença nesse processo com o Moro, com Lava Jato, com qualquer coisa, sabe?", disse Lula.
E em seguida completa: "Eu acho que eles têm que ter em conta o seguinte, bicho, eles têm que ter medo".
Wadih concorda e Lula continua.
"Eles têm que ter preocupação... um filho da puta desses qualquer que fala merda, ele tem que dormir sabendo que no dia seguinte vai ter dez deputados na casa dele enchendo o saco, no escritório dele enchendo o saco, vai ter uma representação no Supremo Tribunal Federal, vai ter qualquer coisa", diz Lula na conversa.
O ex-presidente diz ainda: "porque a gente não pode achincalhar?".
Segundo a Polícia Federal, a conversa ocorreu em 28 de fevereiro. Veja a transcrição na íntegra:
Lula: O senhor sabe, Wadih, que eu tô, eu já marquei com o Quaquá e o Fabiano.
Wadih: Aham.
Lula: Pra eles virem aqui em São Paulo pra gente ter uma conversa.
Wadih: Aham.
Lula: E.. e.. e eu tô botando muita fé de que se a nossa bancada tiver animada ela pode fazer a diferença nesse processo com o Moro, com Lava Jato, com qualquer coisa, sabe?
Wadih: A bancada tá outra bancada.
Lula: Eu acho que eles têm que ter em conta o seguinte, bixo, eles têm que ter medo.
Wadih: Aham.
Lula: Eles têm que ter preocupação. Um filho da p. desses qualquer que fala merda, ele tem que dormir sabendo que no dia seguinte vai ter dez deputados na casa dele enchendo o saco, no escritório dele enchendo o saco, vai ter uma representação no Supremo Tribunal Federal, vai ter qualquer coisa.
Wadih: Aham.
Lula: Vai ter dez discursos na câmara contra ele, vai citar o nome dele, sabe? Se não parar com esse negócio de que eles tão acima do bem e do mal.
Wadih: É isso mesmo.
Lula: Sabe? Se um filho da p. desses qualquer pode pegar [ininteligível] sabe? E achincalhar, porque a gente não pode achincalhar.
Wadih: É verdade.
Lula: Sabe? Que história que é essa?
Wadih: É verdade. A bancada tá com um perfil bem melhor, presidente.
Lula: Sabe? Eu tô muito otimista, bixo.
Wadih: Não, eu também.
Lula: Eu tô convencido que a bancada poderá ser a redenção do PT, viu?
Wadih: Aham.
Lula: Sabe?
Wadih: E nesse sentido pode contar comigo

terça-feira, 3 de março de 2015

Renuncia de Dilma, em lugar de impeachment, para permitir a volta do chefe da quadrilha

Parece que o debate, nas hostes petistas, está saindo do terreno da defesa política da soberana para uma pressão por sua renúncia, de maneira a permitir o retorno do demiurgo.
Pelo menos é assim que interpreto o longo artigo, com longas citações, desse aliado fundamental do lulo-petismo no jornal do chamada chefe da quadrilha, mas que é apenas o subchefe, e que eu chamo de Stalin Sem Gulag (ainda bem, do contrário eu não estaria aqui escrevendo para vocês, mas em algum Gulag tropical).
Enfim, tudo isso tem a ver com o pavor dos petralhas de serem conduzidos à Papuda, e de soçobrar no pântano que eles mesmos criaram, por quadrilheiros, mafiosos, ladravazes.
A renúncia abriria a possibilidade de volta triunfal daquele que já foi chamado de Grande Apedeuta, e que é na verdade o capo di tutti i capi.
Assim vamos, de surpresa em surpresa.
Não deixa de ser interessante...
Paulo Roberto de Almeida 

Renúncia de Dilma, melhor que impeachment

Correio do Brasil, 2/3/2015 15:00
Por Celso Lungaretti, de São Paulo

Colunista comenta a hipótese de uma renúncia da presidenta Dilma seguida de novas eleições
Colunista comenta a hipótese de uma renúncia da presidenta Dilma seguida de novas eleições
A situação política brasileira assumiu feições de crise grave, no fim-de-semana, com a denúncia do advogado Modesto Carvalhosa, de que a presidenta Dilma e seu governo tentam proteger as empreiteiras envolvidas na corrupção e delitos revelados pela Operação Lava Jato. Quase ao mesmo tempo, o ex-secretário de imprensa durante a presidência de Lula, o jornalista Ricardo Kotscho no seu blog, num texto virulento pergunta se o governo Dilma está no fundo do poço ou se esse poço é sem fundo, depois de já ter escrito estar o governo Dilma caminhando para a autodestruição. 
Diante desse clima que se deteriora, agravado pela tendência da bancada petista de rejeitar os ajustes fiscais propostos pela presidenta, o sociólogo Demétrio Magnoli se pronuncia contra o impeachment, prejudicial para a imagem do Brasil, e defende uma renúncia da presidenta e do vice-presidente para serem realizadas novas eleições. Seria a oportunidade do retorno de Lula, mesmo porque na atual situação ninguém pode imaginar como se chegará até 2018.
Seguem as apreciações do colunista Celso Lungaretti, do Direto da Redação, o Editor.
Dilma seria levada a renunciar como Jânio?
Dilma seria levada a renunciar como Jânio?
Muito perdem os internautas ditos de esquerda ao desqualificarem, com intolerância extrema, personagens como o jornalista e sociólogo Demétrio Magnoli, que está longe de ser “um dos novos trombones da direita” (como o qualificou a revista IstoÉ), embora defenda posições questionáveis sobre o movimento estudantil e sobre as cotas raciais, por exemplo.
Exigir que todos se verguem a um pensamento único é coisa dos tempos de Stalin e de Hitler. Magnoli também dá estocadas contra a direita, e algumas delas são certeiras. Por que, simplesmente, não refletirmos sobre cada uma de suas posições, aceitando algumas e divergindo das outras?
Seu artigo A hora e a história é um interessante meio-termo entre a pregação direitista do impeachment de Dilma Rousseff e a defesa incondicional de um governo que, salta aos olhos, perdeu o controle da situação e está condenado (condenando-nos) a uma lenta agonia, ou coisa pior.
Ele rechaça o impedimento (“para não transformar o Brasil num imenso Paraguai”, retrocedendo “do estatuto de moderna democracia de massas ao de uma democracia oligárquica latino-americana”, e também porque “na nossa democracia, a hipótese de impeachment só se aplica quando há culpa e dolo”), mas, assim como eu, percebe os perigos que corremos, sendo golpe de estado o maior deles, caso continuemos submetidos ao “dilmismo, essa mistura exótica de arrogância ideológica, incompetência e inoperância”, que “o país não suportará mais quatro anos”.
Como alternativa, Magnoli propõe que, ao invés de pregarem o impeachment, os descontentes lancem a Dilma o repto “Governe para todos — ou renuncie”:
No atual estágio de deterioração de seu governo, a saída realista para Dilma é extrair as consequências do fracasso, desligando-se do lulopetismo e convidando a parcela responsável do Congresso a compor um governo transitório de união nacional. O Brasil precisa enfrentar a crise econômica, definir a moldura de regras para um novo ciclo de investimentos, restaurar a credibilidade da Petrobras, resgatar a administração pública das quadrilhas político-empresariais que a sequestraram. É um programa e tanto, mas também a plataforma de um consenso possível…
…Se a presidente, cega e surda, prefere persistir no erro, resta apontar-lhe, e a seu vice, a alternativa da renúncia, o que abriria as portas à antecipação das eleições.
DILMA-2 ESTÁ SENDO “CENÁRIO DE TERRA ARRASADA”,
AVALIA RICARDO KOTSCHO
Um dos maiores jornalistas brasileiros das últimas décadas, quatro vezes vencedor do Prêmio Esso, Ricardo Kotscho sempre foi identificadíssimo com o PT e com Lula, a quem serviu como secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República.
O jornalista Ricardo Kotscho é amigo de Lula e conhece os bastidores da política
O jornalista Ricardo Kotscho é amigo de Lula e conhece os bastidores da política
Então, só um quadro político de extrema gravidade o levaria a escrever um artigo tão contundente como o que postou no seu blogue neste sábado, 28, vindo ao encontro dos meus alertas no mesmo sentido: desde a redemocratização, o Brasil nunca esteve tão ameaçado de uma volta ao totalitarismo. Leiam e reflitam.
PARA ONDE VAMOS, DILMA: 
FUNDO DO POÇO OU POÇO SEM FUNDO? 
Um clima de fim de feira varre o país de ponta a ponta apenas dois meses após a posse da presidente Dilma Rousseff para o seu segundo mandato. Feirantes e fregueses estão igualmente insatisfeitos e cabisbaixos, alternando sentimentos de revolta e desesperança.
Esta é a realidade. Não adianta desligar a televisão e deixar de ler jornais nem ficar blasfemando pelas redes sociais. Estamos todos no mesmo barco e temos que continuar remando para pagar nossas contas e botar comida na mesa.
Nunca antes na história da humanidade um governo se desmanchou tão rápido antes mesmo de ter começado. Para onde vamos, Dilma? Cada vez mais gente acha que já chegamos ao fundo do poço, mas tenho minhas dúvidas se este poço tem fundo.
“O que já está ruim sempre pode piorar”, escrevi aqui mesmo no dia 5 de fevereiro, uma quinta-feira, às 10 horas da manhã, na abertura do texto “Governo Dilma-2 caminha para a autodestruição”.
dilma chateada“Pelo ranger da carruagem desgovernada, a oposição nem precisa perder muito tempo com CPIs e pareceres para detonar o impeachment da presidente da República, que continua recolhida e calada em seus palácios, sem mostrar qualquer reação. O governo Dilma-2 está se acabando sozinho num inimaginável processo de autodestruição”.
Pelas bobagens que tem falado nas suas raras aparições públicas, completamente sem noção do que se passa no país, melhor faria a presidente se continuasse em silêncio, já que não tem mais nada para dizer.
Três semanas somente se passaram e os fatos, infelizmente, confirmaram minhas piores previsões. Profetas de boteco ou sabichões acadêmicos, qualquer um poderia prever que a tendência era tudo só piorar ainda mais.
Basta ver algumas manchetes deste último dia de fevereiro para constatar o descalabro econômico em que nos metemos. Cada uma delas já seria preocupante, mas o conjunto da obra chega a ser assustador:
“Dilma sobe tributo em 150% e empresas preveem demissões”.
“País elimina 82 mil empregos em janeiro, pior resultado desde 2009″.
“Conta da Eletropaulo sobe 40% em março”.
“Bloqueio de caminheiros deixa animais sem ração — Na região sul, aves são sacrificadas em granjas, porcos ficam sem alimento e preço do leite deve subir”.
“Indicadores do ano apontam todos para a recessão”.
“Estudo da indústria calcula impacto de racionamento no PIB — Queda de 10% no abastecimento de gás, energia e água levaria à perda de R$ 28,8 bi”.
 As imagens mostram estradas que continuam bloqueadas por caminheiros, depois de mais de uma semana de protestos, agentes da Força Nacional armados até os dentes avançando sobre os manifestantes, produtores despejando nas ruas toneladas de latões de leite que ficaram sem transporte. O que ainda falta?
Enquanto isso, parece que as principais lideranças políticas do país ainda não se deram conta da gravidade do momento que vivemos, com a ameaça de uma ruptura institucional.
De um lado, o ex-presidente Lula, convoca o “exército do Stédile” e é atacado pelo Clube Militar por “incitar o confronto”; de outro, os principais caciques tucanos, FHC à frente, fazem gracinhas e se divertem no Facebook. Estão todos brincando com fogo sentados sobre um barril de pólvora. É difícil saber o que é pior: o governo ou a oposição. Não temos para onde correr.
A esta altura, só os mais celerados oposicionistas defendem o impeachment de Dilma e pregam abertamente o golpe paraguaio, ainda defendido por alguns dos seus aliados na mídia, que teria um final imprevisível.
O governo Dilma-2 está cavando a sua própria cova desde que resolveu esnobar o PMDB, e não adianta Lula ficar pensando em 2018 porque, do jeito que vamos, o país não aguenta até 2018.
Nem Dilma, em seus piores pesadelos, poderia imaginar este cenário de terra arrasada — ou não teria se candidatado à reeleição, da qual já deve estar profundamente arrependida.
DILMA PROTETORA DAS EMPREITEIRAS?
O advogado Modesto Carvalhosa, 82 anos, esteve sempre ao lado das boas causas, a ponto de haver sido preso três vezes pela ditadura no período 1969/71, como “membro auxiliar” da ALN e VPR.
O advogado Modesto Carvalhosa, 82 anos, militou contra a ditadura militar e foi preso como mem bro da resistência
O advogado Modesto Carvalhosa, 82 anos, militou contra a ditadura militar e foi preso como membro da resistência
Também se destacava por suas posturas e atitudes constestatórias, na linha da contracultura; liderou a primeira greve de professores e funcionários do ensino superior contra o regime militar, em 1977; teve participação destacada nas lutas pela anistia e pela preservação da natureza; e foi o organizador e coordenador d’O livro negro da corrupção (Paz e Terra, 1995 – leia o e-book aqui).
Então, é chocante a acusação frontal que, como especialista em Direito Econômico e mercado de capitais, faz à presidenta Dilma Rousseff, de estar querendo “proteger as empreiteiras” corruptoras cujos delitos vêm sendo devassados pela Operação Lava-Jato.
Quando leio coisas deste tipo, lembro-me da campanha simplista que outrora era feita contra brinquedos inspirados em filmes de bangue-bangue: “Hoje mocinho, amanhã bandido”. Pior ainda, na minha opinião, seria “hoje guerrilheira, amanhã amiguinha das empreiteiras”.
Celso Lungaretti, jornalista e escritor, foi resistente à ditadura militar ainda secundarista e participou da Vanguarda Popular Revolucionária. Preso e processado, escreveu o livro Náufrago da Utopia. Tem um ativo blog com esse mesmo título.
Direto da Redação é um fórum de debates editado pelo jornalista Rui Martins.
 

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terça-feira, 16 de setembro de 2014

A frase da semana: Marina Silva, sobre o chefe da mafia...

Marina rebate Lula: "Nao vou debater com auxiliares de Dilma"

Em um de seus discursos mais longos e inflamados nesta campanha, a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, falou grosso contra a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) e seu padrinho político, o ex-presidente Lula, nesta segunda-feira em São Paulo.

 Questionada sobre nova crítica do ex-presidente Lula, que disse que a neo-socialista pode perder seu programa de governo em razão de sua suposta instabilidade, Marina respondeu provocando: “Estou fazendo debate com Dilma e Aécio. Não vou fazer embate nem com eles, nem com seus auxiliares”, disparou num encontro com artistas.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

O Stalin sem Gulag volta ao Comite Central: da Papuda para o mundo...

Esses 2.000 reais mensais que o advogado amigão vai pagar ao chefe da quadrilha não são bem uma despesa, eles são mais um investimento com retorno garantido, algo assim como uma debênture da firma semi-clandestina e de menu variado, mais conhecida como Patifarias Ilimitadas, mas se trata, obviamente de uma modalidade de negócios sob a forma de Companhia Limitada (embora o escopo seja realmente ilimitado).
Paulo Roberto de Almeida 

Mensalão

O novo escritório de Dirceu fora da cadeia

Ex-chefe do mensalão deixará a prisão pela primeira vez desde novembro do ano passado para trabalhar em um escritório de advocacia em Brasília

Laryssa Borges, de Brasília
Veja.com, 2/07/2014
O ex-ministro José Dirceu no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) em Brasília, nesta quarta-feira (02)
NOVA ROTINA – O ex-ministro José Dirceu é transferido para o Centro de Progressão Penitenciária (CPP) em Brasília, nesta quarta-feira (2) (Ed Ferreira/Estadão Conteúdo)
Nesta quinta-feira, às 8 horas, o detento 95.413 deverá deixar o Centro de Progressão Penitenciária (CPP), no Distrito Federal, pela primeira vez para trabalhar do lado de fora do presídio desde que se entregou no dia 15 de novembro de 2013. O ex-ministro José Dirceucomeçará a prestar serviço no escritório do advogado e amigo José Gerardo Grossi, em Brasília. No local, ficará em uma sala isolada dos demais advogados e visitantes, sem acesso à internet nem telefonemas. Foram essas as garantias que Grossi deu à Justiça para empregar o chefe do mensalão como auxiliar administrativo e salário de 2.100 reais mensais.

"Não é possível ele ter acesso à internet porque ele não pode. Telefonemas livres também não estão autorizados. Nada disso pode", disse Grossi ao site de VEJA. "Se um deputado, um senador ou um ministro quiser visitar, peça à juíza da Vara de Execução para fazer essa visita, e a juíza dá ou não dá. Se alguém aparecer sem autorização, não vai ser recebida."
Na véspera da chegada de Dirceu, Grossi diz que já está tudo pronto para recebê-lo e afasta a tese do ex-relator do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, segundo quem o emprego ao petista é uma mera "action de complaisance entre copains" – uma camaradagem entre velhos companheiros.
Com vista para o prédio do Banco Central, Dirceu terá uma sala própria, com piso de madeira e janela ampla no escritório, localizado no nono andar de um edifício no Setor Bancário Sul, na região central de Brasília. Segundo Grossi, sua tarefa será colocar em ordem o fichário – ainda não digitalizado – do criminalista e fará uma espécie de inventário do acervo de cerca de 2.000 livros. As tarefas ainda não estão completamente definidas. “Vou conversar com ele e ver o que é mais prático para fazer”, disse Grossi.
“Temos livros espalhados em várias salas. Não há uma biblioteca, mas várias prateleiras de livros em vários lugares. Ele vai ter que conferir. Quando chegar um livro, ele vai pegar um fichário que eu tenho, que ainda é manual, e fazer uma conferência sobre se o que está catalogado no fichário corresponde à realidade de todos os livros do escritório. Depois deve colocar no sistema de computação”, afirmou Grossi. 
Autointitulado “amigo há mais de 20 anos” do petista, Grossi visitou Dirceu na prisão no começo do ano para lhe oferecer emprego. Antes, o ex-ministro havia apresentado uma proposta de trabalho para ganhar 20.000 reais mensais como gerente de um hotel em Brasília – desistiu, depois da revelação que o hotel estava em nome de um laranja. Dirceu aceitou a proposta de Grossi. Além de passar pelo menos oito horas longe da cela de segunda a sexta-feira, poderá abater um dia de pena a cada três de trabalho, conforme determina a Lei de Execução Penal. Mas esbarrava, até a semana passada, na resistência do então relator do mensalão e presidente do Supremo,. Joaquim Barbosa, que deixou o caso neste mês. Com a saída de Barbosa da relatoria, o caso foi analisado pelo plenário da corte, que decidiu autorizar os condenados em regime semiaberto, como Dirceu, a trabalhar antes de cumprir um sexto da pena.
Advogado há cerca de 60 anos, o novo patrão de Dirceu afirma que a atuação do mensaleiro como auxiliar no escritório deverá ser “discreta, discretíssima”. “Não é a minha ideia deixar livre acesso a todos no escritório. Pretendo que seja uma coisa muito discreta”, afirmou. “Pelo menos agora eu prefiro que ele não se intrometa em nada que diga respeito diretamente ao exercício da advocacia. Somos cinco advogados aqui e isso basta. Ele vai atuar na área administrativa."
Grossi participou de palestras na Vara de Execuções Penais (VEP) sobre como empregar um condenado e já avisou que Dirceu terá de se revezar com os demais integrantes do escritório nas duas horas disponíveis para almoço. O mensaleiro deixará o Centro de Progressão Penitenciária (CPP), para onde foi transferido nesta quarta-feira, pouco antes das 8 horas da manhã e retornará para dormir na cadeia após o fim do expediente, às 18 horas.
No início do ano, o analista judiciário e psicólogo Vicente Moragas e o assistente social Alexandre Pereira fizeram uma vistoria, a pedido da Vara de Execuções Penais, no escritório de Grossi. Observaram as salas no nono andar do prédio, mas não houve questionamentos sobre a segurança do edifício. Em sua cela na prisão, Dirceu recebeu diversas visitas de políticos e petistas. A romaria foi classificada como privilégio pelo Ministério Público. Nesta quarta-feira, Grossi foi assertivo sobre o tema: "Se uma pessoa for ao escritório falar com o Dirceu, qualquer pessoa do escritório está orientada a dizer ‘não, peça autorização para a juíza da Vara para vir aqui e ter essa conversa’". É o que a Justiça espera.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Gerente de Hotel ou "Bibliotecario", tudo requer especializacao, nao noramo quadrilheiro...


Bibliotecários criticam novo ‘trabalho’ de Dirceu

Josias de Souza

Mesmo preso, José Dirceu continua colecionando desafetos. Acaba de comprar briga com os bibliotecários. Açulou a corporação ao aceitar a oferta de “trabalho” do amigo e advogado José Gerardo Grossi. Dono de uma das mais respeitadas bancas advocatícias de Brasília, Grossi convidou Dirceu para organizar a biblioteca jurídica do seu escritório em troca de um salário mensal de R$ 2.100.
Presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia, Regina Céli de Souza expediu uma nota. “Informamos que o exercício da profissão de bibliotecário é privativo do bacharel em biblioteconomia, conforme a legislação vigente determina. Cabe ao conselhos estaduais e federal de biblioteconomia legislar, registrar e fiscalizar a profissão”, escreveu.
Regina insinuou que pode tomar providências judiciais: “As infrações à legislação são passíveis de autuação, procedimentos administrativos e criminais, quando necessários, com aplicação das devidas penas.
Como se trata de profissão regulamentada, aos leigos que venham a atuar na área serão aplicadas penalidades, devido ao exercício ilegal da profissão.”
A opinião de Regina é ecoada por Antônio Afonso, presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª Região, que inclui Minas Gerais e Espírito Santo. Segundo ele, o exercício da função de bibliotecário “não significa apenas ficar colocando livros em prateleiras.”
Para Antônio Afonso, a necessidade de qualificação é ainda mais evidente num escritório de advocacia. “O funcionário qualificado para a função deve cuidar de atualizar todo o acervo da biblioteca, com as mais recentes jurisprudências, por exemplo, e, dependendo do assunto, até mesmo oferecer um relatório que possa embasar o trabalho dos advogados.”
Dirceu cumpre no presídio da Papuda, em Brasília, o pedaço de sua pena insuscetível de recursos judiciais —7 anos e 11 meses pelo crime de corrupção ativa, em regime semiaberto. Nesse regime, os presos deveriam trabalhar em colônias penais agrícolas ou industrais.
Como tais colônias não existem na quantidade necessária, a Justiça costuma autorizar os detentos a deixar a cadeia durante o dia para trabalhar. Dirceu já formalizou o novo pedido na Vara de Execuções Penais de Brasília. Se depender dos bibliotecários, a solicitação sera indeferida.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

"Po, mas os caras ja estao sabendo de tudo! Que m.... de servico deinteligencia e' esse?" - o chefe da quadrilha, himself...

Vejamos:
1) o "Pô" é uma expressão corriqueira, de surpresa, estranhamento, ou descontentamento, aliás, compreensível, com todos esses vazamentos ocorrendo de uma hora para outra, aos trambolhões;
2) os "caras" são os jornalistas profissionais, do PIG, ou mesmo independentes ou puramente focados na matéria, sem ser vendidos, comprados, simpáticos à causa, ou simplesmente parte da imensa legião de adesistas anônimos, mercenários a soldo, legionários do partido totalitário e outros sabujos e serviçais do poder ou do dinheiro, que só publicam o que a quadrilha deseja;
3) "sabendo de tudo"? Nada! Isso é apenas uma pequena parte, e nem a mais importante, do imenso cipoal de roubos, rapinagens, ladroagens, falcatruas, assaltos, peculatos, extorsões, desvios, e outros crimes inqualificáveis (talvez até dois ou três assassinatos encomendados); vai ser difícil saber tudo, pois os mafiosos costumam levar para o túmulo (aliás merecido) o que sabem;
4) "Que m....!" é outra expressão corriqueira, mas que não fica elegante reproduzir por inteiro num blog recatado, refinado e educado como este; deixemos a expressão para que combina com ela, o guia genial dos povos, por exemplo;
5) o "serviço de inteligência" é o da ilha, onde o chefe da quadrilha aprendeu todas as suas técnicas, mas acontece que: (a) o chefe anda destreinado, tenso, descuidado; (b) a ilha já não é mais o que era, com essa falta terrível de recursos, que os companheiros procuram remediar, fazendo tráficos de algumas coisas, por exemplo, se der até gente; (c) depois que o chefe-consultor resolveu ganhar dinheiro, em lugar de retribuir o que devia, houve, como dizer?, certo abandono de antigos cuidados; afinal de contas todo aquele investimento serviu durante muito pouco tempo, pois o apressadinho começou a fazer c......
Bem, acho que isso explica a frase acima.
Paulo Roberto de Almeida 

Dirceu abriu filial de "consultoria" no endereço de dona de hotel no Panamá

O ex-presidente do PT, ex-chefe da Casa Civil de Lula e "companheiro de armas" de Dilma Roussef, possui uma filial da sua "consultoria" no Panamá, segundo informa neste domingo o jornal O Estado de S. Paulo. No Panamá, empresários de toda a América instalam empresas-laranjas e lavanderias. A filial de Zé Dirceu fica no mesmo endereço da empresa que controla o Hotel St. Peter, o mesmo que ofereceu emprego para ele. A rede se fecha. Leia tudo:

A JD registrou empresa no local da Truston, dona do St. Peter, que ofereceu ao ex-ministro emprego de R$ 20 mil; processo foi feito no escritório que oferece ‘laranjas’ para firmas estrangeiras

Andreza Matais e Fábio Fabrini

BRASÍLIA - José Dirceu abriu no Panamá uma filial de sua empresa de consultoria. Ela fica no mesmo endereço da Truston International, dona do hotel que ofereceu a ele emprego de R$ 20 mil no mês passado. A JD Assessoria e Consultoria registrou a filial em 2008, três anos depois de Dirceu ser apeado do governo em meio ao escândalo do mensalão, no escritório da Morgan & Morgan, que disponibiliza testas de ferro para milhares de firmas estrangeiras, como a Truston, no conhecido paraíso fiscal da América Central.

Na ocasião, Dirceu informou a um cartório brasileiro a constituição da filial, com endereço no 16.º andar da Torre MMG, na Cidade do Panamá, onde funciona a Morgan & Morgan. 

CLIQUE AQUI para saber mais. 
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Oposição quer detalhes de empresa de Dirceu no Panamá

Ex-ministro abriu filial de consultoria no mesmo endereço de empresa proprietária do Hotel St. Peter, que ofereceu emprego a ele

José Dirceu se entrega na sede da Polícia Federal, em São Paulo
José Dirceu se entrega na sede da Polícia Federal, em São Paulo (Ivan Pacheco)
O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), defendeu, em nota, investigação oficial sobre a consultoria do ex-ministro José Dirceu aberta no Panamá. Conforme revelou o jornal O Estado de S.Paulo neste domingo, o ex-ministro abriu, em 2008, uma filial da JD Assessoria e Consultoria no Panamá no mesmo endereço da Truston International, empresa dona do Hotel St. Peter.
O hotel ofereceu vaga de gerente administrativo para Dirceu, com salário de 20.000 reais, dez dias após ele ter sido preso pela condenação no esquema do mensalão. Dirceu cumpre pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
"As novas informações divulgadas sobre este condenado do mensalão deixam latente que ele operou de todas as formas e que ainda pode estar operando para sustentar aquele que é o maior escândalo desta República", disse Bueno. "Percebe-se que a cada dia surge uma nova descoberta daquilo que seria um grande 'laranjal' arquitetado em torno do mensalão. Isto é gravíssimo, o que exige das instituições, como Ministério Público, Polícia Federal, Receita Federal e Banco Central que se faça ampla investigação."
O hotel e a consultoria foram abertos no endereço onde está instalado o escritório de advocacia panamenho Morgan & Morgan, que oferece testas de ferro para a abertura das empresas no paraíso fiscal. O St. Peter, por exemplo, por um auxiliar administrativo e uma secretária do escritório que têm mais de 30.000 empresas registradas em seus nomes naquele país, conforme levantamento no Registro Público do Panamá.
Após o Jornal Nacional, da TV Globo, revelar a ligação do Morgan & Morgan com o hotel St. Peter, Dirceu desistiu do emprego. Segundo a assessoria do ex-ministro, a consultoria foi aberta, mas não prospectou nenhum negócio no Panamá.
A assessoria de Dirceu confirmou a abertura da filial no Panamá, mas afirmou que, apesar do registro formal, a iniciativa não prosperou, porque a JD Assessoria não teria prospectado negócios naquele país. Assim, nenhum serviço foi prestado por lá. Ainda segundo a assessoria do ex-ministro, a filial panamenha não tem nenhuma relação com esta empresa, sócia majoritária do hotel Saint Peter.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Um quadrilheiro distinguido, no Brasil e no Panama: Papuda Inc, consulting behind the bars...

Mensalao

Dirceu abriu filial de consultoria no endereço de dona de hotel no Panamá

A JD registrou empresa no local da Truston, dona do St. Peter, que ofereceu ao ex-ministro emprego de R$ 20 mil; processo foi feito no escritório que oferece ‘laranjas’ para firmas estrangeiras

O Estado de S.Paulo, 21 de dezembro de 2013 | 17h 22

Andreza Matais e Fábio Fabrini
BRASÍLIA - José Dirceu abriu no Panamá uma filial de sua empresa de consultoria. Ela fica no mesmo endereço da Truston International, dona do hotel que ofereceu a ele emprego de R$ 20 mil no mês passado. A JD Assessoria e Consultoria registrou a filial em 2008, três anos depois de Dirceu ser apeado do governo em meio ao escândalo do mensalão, no escritório da Morgan & Morgan, que disponibiliza testas de ferro para milhares de firmas estrangeiras, como a Truston, no conhecido paraíso fiscal da América Central.
Fachada do St. Peter, que ofereceu emprego de R$ 20 mil a Dirceu - Ed Ferreira/Estadão
Ed Ferreira/Estadão
Fachada do St. Peter, que ofereceu emprego de R$ 20 mil a Dirceu
Na ocasião, Dirceu informou a um cartório brasileiro a constituição da filial, com endereço no 16.º andar da Torre MMG, na Cidade do Panamá, onde funciona a Morgan & Morgan. Conforme os registros, ao abrir a filial no Panamá, o ex-ministro fez um aporte em dinheiro vivo e aumentou o capital da JD de R$ 5 mil para R$ 100 mil. Metade desse capital foi destacado para a filial panamenha, cujo objetivo seria "o mesmo desenvolvido pela matriz", criada em 1998, em São Paulo.
A Truston - dona do hotel St. Peter - foi aberta no Panamá apenas três meses depois dessa operação conduzida pelo ex-minsitro, também declarando o endereço da Morgan & Morgan e tendo um "laranja" como seu presidente. José Eugenio Silva Ritter, auxiliar administrativo do Morgan & Morgan, e outros dois representantes do escritório panamenho constam como donos de nada menos que 30 mil empresas no paraíso fiscal.
No Brasil, o St. Peter é administrado pelo empresário e ex-deputado Paulo Masci de Abreu, amigo de Dirceu. Ele é irmão do ex-deputado José Masci de Abreu, presidente nacional do PTN, partido aliado do governo petista. Os irmãos Masci detêm várias concessões de rádio e TV concedidas pela União.
A revelação de que o dono da Truston era na verdade um "laranja", feita pela TV Globo, levou o ex-ministro da Casa Civil, preso em Brasília por comandar o mensalão durante o primeiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva, a desistir de trabalhar no hotel.
Trâmites. A sucursal da empresa de Dirceu no Panamá existiu para os órgãos públicos brasileiros por ao menos um ano. Em abril de 2009, numa alteração contratual, o ex-ministro decidiu "tornar sem efeito" a abertura da filial no Panamá. Segundo um delegado da Polícia Federal, um servidor do alto escalão da Receita Federal e um advogado especialista em direito empresarial ouvidos pelo Estado, o registro, no entanto, só tem valor no Brasil e não impede que a JD prossiga com eventuais negócios no paraíso fiscal.
A mudança contratual, na opinião desses especialistas, serviria para "apagar" o rastro da existência da filial da empresa de Dirceu em bancos de dados públicos no Brasil, como cartórios e juntas comerciais, sem a que produzisse efeito no Panamá.
A Morgan & Morgan, alegando sigilo, não informou a atual situação da JD no paraíso fiscal. Segundo a legislação local, empresas podem ser registradas em nomes de "laranjas" e estampar nomes fantasia que não guardam relação com a empresa original.
O contrato social da empresa de Dirceu lista diversas atividades, entre elas facilitar negócios de particulares com o poder público não só no Brasil.
Cabe à consultoria, por exemplo, trabalhar por "parcerias empresariais com os países do Mercosul" e viabilizar o "relacionamento institucional de particulares com os mais variados setores da administração pública".
Com a condenação e a prisão de Dirceu, em novembro, o imóvel da JD em São Paulo foi posto à venda. A empresa passará a funcionar com estrutura menor, sob o comando de Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão do petista.
Para lembrar
R$ 20 mil de salário no hotel

Dez dias depois de ser preso, o ex-ministro José Dirceu recebeu uma oferta de trabalho do hotel Saint Peter, em Brasília, para ser gerente administrativo com salário de R$ 20 mil, enquanto a gerente-geral do hotel recebia na carteira R$ 1.800. O hotel tem como sócio majoritário a Truston International, empresa aberta no Panamá pelo escritório Morgan & Morgan em nome de um laranja, e o empresário Paulo Abreu, sócio de emissoras de rádio e TV.
Após o Jornal Nacional revelar o elo da Morgan & Morgan com o hotel, os advogados de Dirceu anunciaram que ele desistiu do emprego. Na quinta-feira passada, Dirceu obteve nova proposta de emprego, desta vez no escritório de advocacia do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Gerardo Grossi. Vai receber, caso a Justiça o autorize a trabalhar, salário de R$ 2,1 mil para organizar a biblioteca do escritório.
José Dirceu cumpre inicialmente sua pena no regime semiaberto no presídio da Papuda, em Brasília. O ex-ministro da Casa Civil foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal acusado de ser o chefe do esquema do mensalão.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

"Querida: encolheram o meu salario!" - Chefe da quadrilha tem de darcalote nas cinco ex-mulheres...

Pois é: com toda essa perseguição do politicamente correto, mesmo entre juízes complacentes (e coniventes), não vai dar para pagar todas as ex-mulheres, mais vinhos, charutos, advogados, hoteis-resorts, enfim, essas coisas simples da vida.
Ser perseguido deve ser terrível, sobretudo para quem tem vocação de Stalin...
Mas se ele for bom bibliotecário, posso pensar em contratá-lo para organizar os meus livros, que estão uma bagunça. Não tenho nada dele, mas alguns marxistas, isso tenho.
Paulo Roberto de Almeida 

Mensalão

Dirceu receberá R$ 2.100 para trabalhar em escritório 

O mensaleiro será responsável pela organização e manutenção de biblioteca jurídica. Pedido de emprego ainda será analisado pela Justiça

O ex-ministro José Dirceu em 2012
O ex-ministro José Dirceu em 2012 ( Lúcio Tavora/A Tarde/AE)
José Dirceu tem uma nova proposta de trabalho. O ex-ministro da Casa Civil, apontado comolíder do esquema do mensalão, recebeu proposta de trabalho, e aceitou. Dessa vez o empregador de Dirceu será o escritório José Gerardo Grossi de Advocacia. O salário oferecido dessa vez será de 2.100 reais, quase dez vezes menos do que a proposta anterior oferecida ao mensaleiro pelo Saint Peter Hotel, em Brasília, que era de 20.000 reais mensais.
A oferta de emprego foi apresentada por escrito pelo próprio Grossi, em carta ao criminalista José Luís Oliveira Lima, advogado de Dirceu. Grossi, de 81 anos, informa na proposta de trabalho que o ex-ministro "se encarregará da organização e manutenção da biblioteca jurídica, da eventual pesquisa de jurisprudência e de colaboração na parte administrativa". O horário de trabalho é das 8 às 18 horas. A oferta de emprego foi entregue à Vara de Execuções Penais nesta quinta-feira.
Caso a Justiça aprove o pedido, Dirceu dará expediente no Setor Bancário Sul em Brasília. A correspondência de Grossi foi anexada à petição que Oliveira Lima entregou à Justiça, por meio da qual requer "autorização para exercício de trabalho externo" em favor de Dirceu. No requerimento, Oliveira Lima e Dall'Acqua, advogados que defendem o mensaleiro, pedem que seja concedida prioridade no trâmite da execução penal do ex-ministro.
Clientes e amigos - O escritório de advocacia que ofereceu trabalho ao mensaleiro não o afastará do convívio com os antigos colegas e amigos do governo. Entre os clientes atendidos pelo escritório estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Semiaberto - O argumento de Oliveira Lima e de seu colega, Rodrigo Dall'Acqua, que defendem o ex-ministro, é que ele cumpre pena de 7 anos e 11 meses pelo crime de corrupção ativa. Essa pena garantiria ao réu regime semiaberto e a possibilidade de realizar trabalhos externos ao presídio da Papuda, onde ele está encarcerado. A outra acusação que pesa contra Dirceu, pelo crime de quadrilha, é alvo de recurso ainda pendente de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal que deverá ser julgado apenas no segundo semestre de 2014.
Concierge barrado - A proposta para que Dirceu exercesse a função de gerente administrativo no Saint Peter naufragou no dia 5 de dezembro, depois de uma série de denúncias veiculadas na imprensa sobre a existência de um laranja residente no Panamá na constituição societária do hotel. A defesa anunciou a desistência "tendo em vista o linchamento midiático instalado contra José Dirceu".

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Chefe da quadrilha esta acima de qualquer poder (ou pensa que esta)

O Stalin sem Gulag continua zombando do STF e dos brasileiros.
Paulo Roberto de Almeida

Mensalão

Mensaleiros voltam a receber visitas na Papuda

José Dirceu e Jacinto Lamas receberam visitas nesta sexta-feira, apesar de decisão contrária da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal

Gabriel Castro, de Brasília
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Simone Vasconcelos e Kátia Rabelo (de chapéu claro) andam no 19 do Batalhão da Polícia Militar do DF, que é parte do complexo do presídio da Papuda
Simone Vasconcelos e Kátia Rabelo (de chapéu claro) andam no 19 do Batalhão da Polícia Militar do DF, que é parte do complexo do presídio da Papuda - Daniel Vorley/Frame/Folhapress
Apesar da determinação da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal para que os mensaleiros presos recebam o mesmo tratamento dos outros condenados, pelo menos dois deles receberam visitas nesta sexta-feira no Complexo Penitenciário da Papuda: José Dirceu e Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL.
A informação de que Dirceu recebeu visitas foi confirmada por funcionários do presídio, mas os nomes não foram divulgados. No caso de Lamas, entre os visitantes, um deles era um padre da congregação religiosa Legionários de Cristo.
Nesta quinta-feira, a Vara de Execuções Penais atendeu a um pedido do Ministério Público e decretou o fim de qualquer tratamento diferenciado aos mensaleiros. Os privilégios teriam causado, segundo a decisão, "clima de instabilidade e insatisfação" no presídio. 
A decisão significa que os parentes e amigos de criminosos como Dirceu e Marcos Valério teriam de comparecer no complexo prisional às quartas e quintas-feiras e se submeter aos mesmos procedimentos dos outros visitantes – o que inclui uma longa fila e a passagem por uma revista individual.
A direção do sistema penitenciário informa que não há privilégios, e diz que o tratamento diferenciado é uma forma de proteger a vida dos presos mais conhecidos e de suas famílias. Mas, pela decisão judicial, as autoridades do governo local estão sujeitas a punição por desrespeitarem a isonomia entre os detentos.
Após a constatação do desrespeito à determinação judicial, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal informou ao site de VEJA que cabe ao Ministério Público informar a Vara de Execuções Penais sobre possíveis irregularidades no tratamento aos presos. As seis promotoras que redigiram a recomendação confirmada pela Justiça ainda não se pronunciaram sobre o episódio.