Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
domingo, 16 de setembro de 2012
Japao e Alemanha abandonam energia nuclear
domingo, 11 de setembro de 2011
Nuclear energy: a non-conclusive debate (CNN)
Six months post-Fukushima, weighing costs, risks key to nuclear debate
- A March 11 earthquake in Japan led to a nuclear crisis at the Fukushima Daiichi plant
- The incident triggered a global debate about the risks and potential of nuclear power
- Some nations, like Germany, Italy and Japan, have opted to abandon such programs
- Others, like France and China, are continuing and, in some cases, building new
sábado, 6 de agosto de 2011
Hiroshima: a promessa, a ilusao e a realidade...
Não haverá renúncia à energia nuclear, até que um equivalente funcional -- talvez fusão nuclear -- seja descoberto, na medida em que o mundo não pode dispensar uma fonte de energia já testada como esta (a menos que o mundo tenha outras fontes abundantes de energia renovável, ou fósseis não poluentes). O Japão, como a Alemanha, pode até dispensar o seu uso, mas precisará importar energia fóssil (petróleo, gás), ou energia nuclear da vizinha China (que constrói reatores às dezenas), como a Alemanha vai ser obrigada a fazer, ou seja, importar energia nuclear da vizinha França ou de outros países da região.
Quanto à abolição das armas nucleares, apenas os ingênuos acreditam ser isso possível. Pode até ser que, num futuro muito distante, a comunidade internacional se ponha de acordo, efetivamente, sobre um tratado de não-uso de armas nucleares, mas não acredito ser possível um banimento e desaparecimento da arma nuclear. O mundo terá de evoluir muito para que isto seja teoricamente possível.
Paulo Roberto de Almeida
Hiroshima hears PM's nuke-free call
Agencies, Aug 7, 2011
A man stands in a river helping people releasing paper lanterns to remember victims of the atomic bomb dropped on Hiroshima 66 years ago yesterday.
PRIME Minister Naoto Kan yesterday took his campaign against nuclear energy in Japan to Hiroshima, which 66 years ago became the world's first victim of an atomic bomb.
It marks a change of tack in a country that has until now carefully avoided linking its fast growing, and now discredited, nuclear power industry to its trauma as the only country to have been attacked with atomic bombs.
Kan, speaking at an anniversary ceremony for victims of the bomb dropped on Hiroshima, repeated that the world's worst nuclear crisis in 25 years at Fukushima after a March earthquake convinced him Japan should end its dependence on nuclear power.
The damage from the earthquake and subsequent tsunami at the Fukushima nuclear plant, which the authorities are still trying to bring under control, has led to widespread calls for an end to reliance on nuclear power in the quake-prone country.
"I will deeply reflect on nuclear power's 'myth of safety,' investigate thoroughly the causes of the accident and fundamental measures to secure safety, as well as reduce the dependence on nuclear power plants and aim for a society that does not depend on nuclear power plants," Kan said.
Kazumi Matsui, Hiroshima's mayor and the son of an atomic bomb survivor, also pressed Tokyo to act after the Fukushima crisis traumatised the public. "The Japanese government should sincerely accept this reality and review its energy policy quickly," he said.
Questioned policy
It was the first time in decades that any Hiroshima mayor had questioned Japan's policy of developing nuclear energy during the annual ceremony, in which tens of thousands observed a minute of silence as the peace bell tolled.
Matsui said it was heartbreaking to see the devastation left by the March 11 quake and tsunami on the northeast coast and how it resembled what was left of Hiroshima after the bombing.
A US warplane dropped the atomic bomb on the western city on August 6, 1945 in the closing days of the Second World War. The death toll by the end of the year was estimated at about 140,000, out of the total 350,000 who lived there at the time.
A second atomic bomb was dropped on Nagasaki on August 9. Japan surrendered six days later.
Prior to the Fukushima crisis, nuclear energy accounted for nearly a third of Japan's energy supply. But since the March 11 quake and tsunami triggered radiation leaks at Tokyo Electric Power Co's Fukushima plant 240km (150 miles) northeast of Tokyo, public sentiment has shifted.
"We hadn't thought so deeply about it until now. But I think it (nuclear plant) is not so different from the atomic bomb," said Michiko Kato, a 73-year-old survivor who lost her sister to the bomb.
Unpopular Kan, who has said he will resign without clarifying when, has seized the shift in the public mood and is calling for an overhaul of Japan's energy policy. About 70 percent of voters back his vision, a recent poll showed.
But it remains unclear what will happen to his vision after he resigns.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Greenpeace: por uma vez concordo com esses malucos...
Por uma vez concordo com eles, mas mais exatamente pelo lado fiscal e orçamentário, do que por uma oposição de princípio contra a energia nuclear. Ou seja, sou contra o financiamento público, não contra a energia nuclear em si.
Creio que o Brasil deve aprofundar a pesquisa e o desenvolvimento de todas as tecnologias, mas não precisamos de energia nuclear por enquanto...
Paulo Roberto de Almeida
BNDES banca calhambeque atômico
Porgente, 27/04/2011
O Greenpeace do Brasil lançou uma campanha contra o financiamento público do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) à construção de novas usinas nucleares no País. Veja os argumentos da entidade ambiental mais famosa do mundo:
Na véspera do aniversário de 25 anos do acidente nuclear em Chernobyl, na antiga União Soviética, uma ‘nuvem radioativa’ cobriu a sede do BNDES, no Rio de Janeiro. A fumaça laranja que subiu aos céus no Largo da Carioca, endereço do banco no centro da cidade, foi ao mesmo tempo um alerta sobre os perigos de um acidente nuclear e um apelo para que o BNDES suspenda o financiamento para a construção da usina nuclear de Angra III.
Por volta das nove e meia da manhã, ativistas do Greenpeace vestidos como equipes de resgate em acidentes nucleares dispararam sinalizadores de fumaça na frente do prédio do BNDES, simulando contaminação por radiação. Um cartaz pedia ao BNDES para não financiar uma geração de energia tão insegura, como provam Chernobyl e Fukushima.
O governo brasileiro tem na manga cinco projetos de novas usinas nucleares. Quatro ainda estão sem endereço definido. Jacques Vagner, governador da Bahia, torce para levar a maior parte delas para seu estado. A quinta está para ser construída em Angra dos Reis, no litoral Sul fluminense, no complexo que já abriga as usinas nucleares de Angra I e II. A nova unidade, Angra III, já custou aos cofres públicos 1 bilhão de reais e a estimativa do seu custo total ultrapassa 10 bilhões de reais. É muito dinheiro para se investir em uma usina que até seus criadores, os alemães, consideram uma espécie de calhambeque atômico.