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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Sites de Pesquisa, Informacao, Livros, Recursos - selecao

Recebi, via FB, uma recomendação de 100 sites úteis para os mais diversos recursos de pesquisa e informação, como abaixo.
Procedi a uma seleção para o que apresentava algum interesse para mim, eliminando as partes dedicadas às hard sciences ou temas fora de minhas áreas naturais de pesquisa, e consolidei na lista abaixo.
Paulo Roberto de Almeida


100 sites indispensáveis de pesquisa científica e acadêmica

Livros e Jornais
  • Directory of Open Access Journals: ache textos de alta qualidade em um diretório aberto com mais de 2 milhões de artigos.
  • Google Scholar: Ferramenta do Google específica para trabalhos científicos e acadêmicos. Nada melhor do que ter um dos melhores mecanismos de busca a sua disposição.
  • Google Books: pesquise um índice de livros do mundo inteiro, com várias opções gratuitas.
  • HighBeam Research: pesquise com vários tipos de filtros e ferramentas.
  • Jurn: resultados de pesquisa de mais de 4 mil jornais escolares gratuitos sobre artes e humanidades.
  • SpringerLink: publicações digitais, protocolos e livros sobre todo assunto possível.
  • Online Journals Search Engine: ferramenta de pesquisa científica poderosa em que você pode achar jornais, artigos, reportagens e livros científicos.
  • Open Library: encontre livros clássicos, e-Books e todo tipo de material gratuito. Você pode indicar textos para o site.
  • Scirus: exclusivo para informações científicas. São mais de 460 milhões de materiais da área.
  • Vadlo: repositório de pesquisas científicas.
  • WorldCat: itens de 10 mil bibliotecas como livros, DVDs, CDs e artigos.

Negócios e Economia
  • BPubs: tenha acesso a publicações sobre negócios e mercado em uma ferramenta de busca especializada.
  • Corporate Information: perfeito para empresas de pesquisa.
  • DailyStocks: site para monitorar ações de mercado.
  • EconLit: acesse todo tipo de material de mais de 120 anos de literatura sobre economia mundial de 1886 a 1968.
  • EDGAR Search: sistema de pesquisa eletrônica com documentos e textos sobre investimento.
  • Inomics: economistas vão adorar este site com recursos que incluem empregos, cursos e conferências.
  • National Bureau of Economic Research: tenha acesso a grandes ferramentas na pesquisa sobre economia.
  • Research Papers in Economics: pesquisa em economia e ciências relacionadas. Artigos, livros e até softwares com mais de 1,2 milhões de resultados.
  • Virtual Library Labour History: esta biblioteca oferece conteúdo histórico sobre economia, negócios e muito mais.

História
  • American History Online: encontre coleções de materiais históricos digitais.
  • David Rumsey Historical Map Collection: mais de 30 mil imagens históricas que podem ser buscadas por palavra-chave.
  • Digital History: banco de dados digital histórico da Universidade de Houston com links para textos e todo tipo de material educacional sobre história.
  • Fold3: tenha acesso a um grande arquivo histórico militar com registros originais e memoriais.
  • Genesis: excelentes materiais sobre a história da mulher.
  • History and Politics Out Loud: pesquise registros importantes da história do mundo, principalmente material político em áudio.
  • HistoryBuff: arquivo de jornais históricos online e biblioteca de referência.
  • History Engine: ferramenta colaborativa para educação em que os alunos aprendem história ao pesquisar, escrever e publicar artigos, criando uma grande coleção de textos sobre a história dos EUA que podem ser buscados por outros alunos.
  • Internet Ancient History Sourcebook: bom lugar para pesquisar sobre a origem humana com textos completos sobre antigas civilizações como Mesopotâmia e Roma, além da origem cristã.
  • Internet Modern History Sourcebook: milhares de materiais sobre história moderna.
  • Library of Anglo-American Culture and History: guia histórico da Biblioteca Anglo-Americana de Cultura e História.

Ciências Sociais
  • Political Information: ferramenta de busca sobre política com mais de 5 mil sites cuidadosamente escolhidos.
  • Psycline: localizador de artigos e textos sobre psicologia e ciências sociais.
  • Social Sciences Citation Index: site pago, mas que vale a pena devido à riqueza e relevância dos artigos apresentados na pesquisa.
  • Social Science Research Network: grande variedade de artigos sobre ciências sociais de fontes especializadas.
  • SocioSite: site feito pela Universidade de Amsterdã  com material de assunto sociológico incluindo ativismo, cultura, paz e racismo.
  • The SocioWeb: guia para todo tipo de material sociológico que possa ser encontrado na internet.

Ciências
  • Analytical Sciences Digital Library: ache recursos educacionais na área de ciências com uma grande variedade de formatos e aplicações.
  • SciCentral: as melhores fontes sobre ciências com pesquisas de literatura, banco de dados e outros recursos para achar o que precisa.
  • Science.gov: neste portal da ciência feito pelo governo norte americano, você pode pesquisas em mais de 50 bancos de dados e 2100 sites selecionados de 12 agências federais.
  • SciSeek: ferramenta de pesquisa científica com o melhor que a internet pode oferecer.
  • Strategian: encontre informações de qualidade em todas as áreas da ciência como livros completos, jornais, revistas e muito mais.
  • WorldWideScience: mostra excelentes resultados na pesquisa de ciências e até em bancos de dados específicos.

Matemática e Tecnologia

Bancos de Dados e Arquivos
  • Archives Hub: encontre o melhor do que a Grã-Bretanha tem para oferecer nestes arquivos de mais de 200 instituições britânicas.
  • Catalog of U.S. Government Publications: pesquise o catálogo de publicações do governo dos EUA para achar textos históricos e atuais.
  • CIA World Factbook: a agência de inteligência dos EUA oferece muita informação de referência mundial como história, pessoas, governos, economias e muito mais.
  • Library of Congress: acervo da Biblioteca do Congresso norte-americano; acesso a documentos, fotos históricas e incríveis coleções digitais.
  • National Agricultural Library: serviço do Departamento de Agricultura norte-americano com todo tipo de informação relacionada a agricultura.
  • National Archives: acesse os Arquivos Nacionais e pesquise documentos históricos, com informações do governo e muito mais.
  • OpenDOAR: busque por pesquisas acadêmicas gratuitas.
  • Smithsonian Institution Research Information System: tenha acesso a recursos do Instituto Smithsonian através do exclusivo sistema de pesquisas.
  • The British Library Catalogues & Collections: explore a Biblioteca Britânica e todo seu material catalogado tanto impresso quanto digital.

Geral
  • Academic Index: este diretório foi criado só para estudantes. As indicações deste site são de professores, bibliotecários e profissionais da educação.
  • Digital Library of the Commons Repository: encontre literatura do mundo inteiro incluindo acesso gratuito a textos, artigos e dissertações.
  • Dogpile: encontre o melhor das maiores ferramentas de busca com resultados do Google, Yahoo! e and Bing.
  • Google Correlate: permite encontrar pesquisas que se relacionam com dados da vida real.
  • Infomine: ferramenta incrível para encontrar recursos digitais educativos, principalmente em ciências.
  • Internet Public Library: encontre materiais diversos divididos por temas.
  • iSEEK Education: ferramenta de pesquisa destinada a especialmente a estudantes, professores, administradores e tutores.
  • Mamma: a mãe das ferramentas de pesquisa a reunir os melhores recursos da web.
  • MetaCrawler: pesquisa ferramentas de pesquisa com resultados do Google, Yahoo! e Bing.
  • Microsoft Academic Search: oferece acesso a mais de 38 milhões de publicações com imagens, gráficos e outros tipos de recursos.
  • OAIster: ache milhões de recursos digitais de milhares de contribuintes, com acesso livre.
  • RefSeek: mais de 1 bilhão de documentos, sites livros, artigos, jornais sobre qualquer assunto.
  • Virtual LRC: tem uma busca do Google personalizada só com o melhor dos sites acadêmicos. O material é disponibilizado apenas por professores e profissionais da área.
  • Wolfram|Alpha: este site não só acha links, mas responde perguntas, analisa e gera relatórios.

Referências

Outros

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Relacoes Internacionais na academia: no Brasil e nos EUA: pesquisas sobre ensino no Brasil e sobre as melhores nos EUA

Em 2014, participei de uma pesquisa sobre o ensino de RI no Brasil. A despeito de não estar exatamente nesse terreno, ou nesse tipo de Faculdade (uma vez que sou professor de Economia Política em cursos de mestrado e doutorado em Direito), fui convidado e aceitei responder às questões. Acabo de receber agora o agradecimento dos arquitetos da pesquisa, que me enviam a informação sobre a sua publicação:

2014 TRIP International Relations Survey Results
Dear Professor(a) Paulo Roberto de Almeida,
We are writing to let you know about the release of the 2014 Teaching, Research, and International Policy (TRIP) World Faculty Survey report. Today Foreign Policy released some of the highlights of our U.S. survey in their “View from the Ivory Tower” article available here: bit.ly/FPIRSurvey. In addition, we have made topline results for all countries available here: bit.ly/IRSurveyToplines
We would like to express our deep appreciation and gratitude to our respondents for their participation in our survey.
Please do not hesitate to contact us if you have any questions or concerns by sending an email to irsurvey@wm.edu. If you would like to join the discussion on Twitter, use #IRSurvey to let us know your thoughts.
Sincerely,
Susan Peterson, Michael Tierney, Daniel Maliniak, and Ryan Powers
College of William and Mary

Os resultados para o Brasil figuram neste link:
https://trip.wm.edu/reports/2014/rp_2014/index.php

Ao mesmo tempo a Foreign Policy apresenta os resultados da mesma pesquisa sobre os melhores cursos dessa área nos EUA, feitos pelos mesmos pesquisadores e organizados de outra forma pela revista. Como esperado, a revista considera que as universidades americanas selecionadas não são apenas as melhores do país, mas que elas são as melhores do mundo. Eles só fazem algumas modestas concessões para poucas universidades de outros países: para a Scieces-Po de Paris, para o Graduate Institute de Genebra, e para Oxford, Cambridge e a London School of Economics, da Grã-Bretanha:
http://foreignpolicy.com/2015/02/03/top-twenty-five-schools-international-relations/

The Best International Relations Schools in the World

U.S. scholars rank the top 25 IR programs for undergraduates, master's, and Ph.D.s.




The road to Washington is paved with elite educations. Indeed, for young people hoping to secure jobs in Foggy Bottom, on Pennsylvania Avenue, and elsewhere in the foreign-policy establishment, a key ingredient to success is often a diploma in international relations (IR) from one of America’s top universities. There are debates to be had about this model—how the pipeline can become more affordable, for instance, to ensure greater diversity among government hires. Scholars and policymakers alike rightly agree, however, that language skills, expertise about regions of the world, and other knowledge gleaned in the classroom make for a stronger, more effective corps of foreign-policy wonks. So which schools prepare students best?
The results of the 2014 Ivory Tower survey—a collaboration between Foreign Policy and the Teaching, Research, and International Policy (TRIP) project at the College of William & Mary—provide an insider’s guide. Responses from 1,615 IR scholars drawn from 1,375 U.S. colleges and universities determined rankings for the leading Ph.D., terminal master’s, and undergraduate programs in IR. (The scholars were asked to list the top five institutions in each category.) The survey also quizzed respondents about recent historical events and future policy challenges: Just how plausible is a U.S. war with China, for example, and who was the most effective secretary of state over the past 50 years? (Hint: Neither Condoleezza Rice nor John Kerry.)
All told, the Ivory Tower survey offers a window into how America’s top IR scholars see the world today—and which institutions are effectively nurturing future generations of thinkers and policymakers.

Top U.S. Undergraduate Institutions to Study International Relations

  • 1.Harvard University46.20%
  • 2.Princeton University39.14%
  • 3.Stanford University33.02%
  • 4.Georgetown University28.06%
  • 5.Columbia University24.37%
  • 6.University of Chicago19.62%
  • 7.Yale University18.67%
  • 8.George Washington University11.39%
  • 9.American University9.92%
  • 10.University of Michigan9.49%
  • 11.University of California—Berkeley8.54%
  • 12.Dartmouth College8.23%
  • 13.University of California—San Diego7.70%
  • 14.Tufts University7.07%
  • 15.Cornell University6.43%
  • 16.Johns Hopkins University6.12%
  • 17.Massachusetts Institute of Technology5.06%
  • 18.College of William & Mary4.54%
  • 19.Swarthmore College3.48%
  • 20.Williams College2.95%
  • 21.University of California—Los Angeles2.85%
  • 22.Brown University2.74%
  • 22.University of Virginia2.74%
  • 24.Ohio State University2.64%
  • 25.Duke University2.22%

Top Master's Programs for Policy Career in International Relations

  • 1.Georgetown University58.61%
  • 2.Johns Hopkins University47.76%
  • 3.Harvard University46.31%
  • 4.Princeton University33.33%
  • 5.Columbia University31.21%
  • 6.Tufts University29.08%
  • 7.George Washington University26.06%
  • 8.American University17.11%
  • 9.London School of Economics13.42%
  • 10.Stanford University5.37%
  • 11.University of Denver5.15%
  • 12.University of Chicago5.03%
  • 13.University of California—San Diego4.70%
  • 14.University of Oxford4.47%
  • 15.Yale University3.91%
  • 16.Syracuse University3.13%
  • 17.University of California—Berkeley2.57%
  • 18.University of Cambridge2.35%
  • 19.University of Pittsburgh1.79%
  • 20.Massachusetts Institute of Technology1.68%
  • 21.Monterey Institute of Int’l Studies1.45%
  • 21.Sciences Po—Paris1.45%
  • 21.University of Michigan1.45%
  • 24.Graduate Inst. of Int’l and Dev. Studies1.12%
  • 24.New York University1.12%
  • 24.Texas A&M University1.12%

Top Ph.D. Programs for Academic Career in International Relations

  • 1.Harvard University62.51%
  • 2.Princeton University53.17%
  • 3.Stanford University48.76%
  • 4.Columbia University32.44%
  • 5.Yale University21.80%
  • 6.University of Chicago21.37%
  • 7.University of California—San Diego16.00%
  • 8.University of Michigan15.68%
  • 9.Massachusetts Institute of Technology13.43%
  • 10.University of California—Berkeley12.03%
  • 11.University of Oxford8.59%
  • 12.Cornell University7.30%
  • 13.London School of Economics6.66%
  • 14.Ohio State University5.48%
  • 15.Georgetown University5.37%
  • 16.University of Cambridge4.51%
  • 17.Johns Hopkins University4.08%
  • 18.George Washington University3.22%
  • 19.New York University2.69%
  • 19.University of Wisconsin—Madison2.69%
  • 21.University of Minnesota2.26%
  • 22.American University2.15%
  • 22.Duke University2.15%
  • 22.University of Rochester2.15%
  • 25.University of California—Los Angeles2.04%

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Politica externa brasileira: brincando de pesquisador serio... (uma contradicao nos termos...)

Tendo respondido a uma pesquisa online, e caindo ao final no formulário do Google Pesquisa (ou seja lá como se chama o treco), resolvi fazer um teste comigo mesmo, inventando uma pesquisa out of the blue, sobre a diplomacia brasileira.
Maneira de parecer importante, ou pesquisador titulado...
Em todo caso, aqui está a pesquisa, que eu já respondi para mim mesmo, mas era apenas um teste, e de nenhuma forma pretendi caracterizar inadequadamente nossa política externa ativa e altiva.
Em todo caso, cabe evitar uma confusão, que eu também fiz: misturar política externa com diplomacia. As duas podem não ter nada a ver uma com a outra, e mesmo situar-se a léguas de distância uma da outra, embora alguns acreditem que sejam indissociáveis.
Quando se fala o Brasil fez isso ou aquilo, o Itamaraty tomou esta ou aquela posição, pare, pense, refleita, reconsidere, pense duas vezes: será que foi mesmo o Brasil, será que foi o Itamaraty que fez aquilo? Pois é, pode não ser...
Como dizia um antigo personagem de cartoon (mas bem brasileiro), as aparências enganam.

Em todo caso, quem quiser exercer seus dotes de bom caracterizador, pode ir a este link:
https://docs.google.com/forms/d/16kWgnKFarGBRUO3e3T6pdnS46JlmUlEIEiA9vwqKo2I/edit#

Aqui a pergunta: 
Como você definiria a política externa brasileira desde 2003? Adequada, exótica, aceitável, fora dos padrões habituais do Itamaraty? Escolha a sua caracterização.
Aqui uma explicação simplória:
Não é novidade para ninguém, diplomatas ou não diplomatas, que a política externa brasileira deixou de ser consensual desde a chegada do PT ao poder. Não vai nisso nenhuma opinião pessoal, é matéria de fato, expressa em um sem número de opiniões de articulistas, editoriais de grandes jornais, análises de especialistas. Aparentemente, apenas os próprios detentores do poder e certo número de diplomatas mostra grande grau de adesão a essa política. Você pode caracterizá-la da forma que achar mais conveniente.

Enfim, divirtam-se (e não me contem o resultado; vai ser surpresa...).
Paulo Roberto de Almeida

domingo, 1 de junho de 2014

Eleições 2014: Dilma se aproxima da inelegibilidade no centro-sul do Brasil - Blog Estadao

Parece aquela propaganda: Nem a pau Juvenau (sic)!
Depois do slogan "Já deu PT", daqui a pouco o pessoal vai estar dizendo: "Não se reelege nem a pau Juvenal..."
Paulo Roberto de Almeida 


Dilma se aproxima da inelegibilidade no centro-sul do Brasil
O Estado de S.Paulo, Sexta-Feira 09/05/14
Blog José Roberto de Toledo

A pesquisa Datafolha desta sexta-feira mostra a presidente Dilma Rousseff com saldo potencialmente negativo nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Nas três, as opiniões de que seu governo é ruim ou péssimo superam as avaliações de ótimo e bom em um ponto porcentual. Está dentro da margem de erro, mas é um limiar perigoso: o histórico mostra que governantes com mais eleitores críticos do que apoiadores são praticamente inelegíveis.
O que salva a popularidade de Dilma é seu saldo amplamente positivo no Nordeste (26 pontos) e no Norte (31 pontos). Na média nacional, a presidente ainda tem nove pontos a mais de ótimo em bom (35%) do que de ruim e péssimo (26%). E é por isso que ainda é vista como a favorita a vencer a eleição em outubro pela maior parte do eleitorado nacional: 37%.
Por seu peso no total do eleitorado, o Nordeste é muito mais importante para Dilma. E é lá que o Datafolha mostra outro indicador preocupante para os petistas: a taxa de ótimo e bom do governo federal caiu 7 pontos, e a de ruim e péssimo subiu 6 no último mês. Como resultado, o saldo positivo, embora ainda alto, caiu 13 pontos. Ainda não é uma tendência, porque foi a primeira perda de popularidade da presidente na região desde novembro.
Essa divisão geográfica da avaliação do governo se reflete diretamente na corrida eleitoral. No Sudeste, Dilma está tecnicamente empatada com Aécio Neves (PSDB), segundo o Datafolha: tem 30% das intenções de voto, contra 27% do tucano. Já no Nordeste, tem quatro vezes mais que o tucano: 52% a 12%.
Entre os nordestinos, o pernambucano Eduardo Campos (PSB) aparece ligeiramente à frente do tucano, com 16% dos votos. É no Sul (19% a 8%) e, principalmente, no Sudeste (27% a 7%) que Aécio livra sua vantagem sobre o candidato do PSB. Foi esse crescimento que aumentou em 50% a distância de Aécio sobre Campos no total do eleitorado nacional.
A geografia do voto mostra ainda que caiu a vantagem de Dilma no interior do País, onde sua avaliação e intenção de voto são historicamente maiores. Nessas cidades, o saldo de avaliação que chegou a ser de 30 pontos em novembro, caiu para 12 pontos em maio – apesar de todas as suas entrevistas para rádios do interior e dos programas de entrega de máquinas às prefeituras.
A presidente continua vulnerável nas metrópoles e capitais, onde a taxa de ótimo e bom (33%) está tecnicamente empatada coma de ruim e péssimo (29%). Mas nas maiores cidades Dilma pelo menos parou de cair.