Parece aquela propaganda: Nem a pau Juvenau (sic)!
Depois do slogan "Já deu PT", daqui a pouco o pessoal vai estar dizendo: "Não se reelege nem a pau Juvenal..."
Paulo Roberto de Almeida
Dilma se aproxima da
inelegibilidade no centro-sul do Brasil
O Estado de S.Paulo, Sexta-Feira 09/05/14
Blog José Roberto de Toledo
A
pesquisa Datafolha desta sexta-feira mostra a presidente Dilma Rousseff com
saldo potencialmente negativo nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Nas
três, as opiniões de que seu governo é ruim ou péssimo superam as avaliações de
ótimo e bom em um ponto porcentual. Está dentro da margem de erro, mas é um
limiar perigoso: o histórico mostra que governantes com mais eleitores críticos
do que apoiadores são praticamente inelegíveis.
O
que salva a popularidade de Dilma é seu saldo amplamente positivo no Nordeste
(26 pontos) e no Norte (31 pontos). Na média nacional, a presidente ainda tem
nove pontos a mais de ótimo em bom (35%) do que de ruim e péssimo (26%). E é
por isso que ainda é vista como a favorita a vencer a eleição em outubro pela
maior parte do eleitorado nacional: 37%.
Por
seu peso no total do eleitorado, o Nordeste é muito mais importante para Dilma.
E é lá que o Datafolha mostra outro indicador preocupante para os petistas: a
taxa de ótimo e bom do governo federal caiu 7 pontos, e a de ruim e péssimo
subiu 6 no último mês. Como resultado, o saldo positivo, embora ainda alto,
caiu 13 pontos. Ainda não é uma tendência, porque foi a primeira perda de
popularidade da presidente na região desde novembro.
Essa
divisão geográfica da avaliação do governo se reflete diretamente na corrida
eleitoral. No Sudeste, Dilma está tecnicamente empatada com Aécio Neves (PSDB),
segundo o Datafolha: tem 30% das intenções de voto, contra 27% do tucano. Já no
Nordeste, tem quatro vezes mais que o tucano: 52% a 12%.
Entre
os nordestinos, o pernambucano Eduardo Campos (PSB) aparece ligeiramente à
frente do tucano, com 16% dos votos. É no Sul (19% a 8%) e, principalmente, no
Sudeste (27% a 7%) que Aécio livra sua vantagem sobre o candidato do PSB. Foi
esse crescimento que aumentou em 50% a distância de Aécio sobre Campos no total
do eleitorado nacional.
A
geografia do voto mostra ainda que caiu a vantagem de Dilma no interior do
País, onde sua avaliação e intenção de voto são historicamente maiores. Nessas
cidades, o saldo de avaliação que chegou a ser de 30 pontos em novembro, caiu
para 12 pontos em maio – apesar de todas as suas entrevistas para rádios do
interior e dos programas de entrega de máquinas às prefeituras.
A presidente continua vulnerável nas metrópoles e capitais, onde a taxa
de ótimo e bom (33%) está tecnicamente empatada coma de ruim e péssimo (29%).
Mas nas maiores cidades Dilma pelo menos parou de cair.
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