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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Stalin colaborou ativamente com Hitler, traindo os partidos comunistas - Secret Cables of the Comintern

Leio um dos números recentes da revista britânica History Magazine (vol. 14, n. 4, April 2014), onde na p. 9 encontro uma nota anunciando um novo livro em publicação pela Yale University:

Fridrikh Firsov (arquivista e historiador russo), Harvet Klehr; John Earl Haynes:
Secret Cables of the Comintern, 1933-1943

1943 foi o ano em que o Comintern foi dissolvido, para que Stalin fizesse boa figura junto aos seus novos aliados ocidentais, inimigos comuns do nazismo, que ainda tinha milhares de soldados na União Soviética.

A matéria se chama "Stalin pushed for closer ties with the Nazis, study shows", e relata detalhes até aqui desconhecidos da colaboração voluntária de Stalin para com Hitler, que só queria eliminá-lo da face da terra, junto com o bolchevismo, que era considerado, junto com a "peste judia", o principal inimigo da humanidade, ou pelo menos da concepção que Hitler se fazia da humanidade (para ele com a raça ariana no comando, sendo os eslavos literalmente isso mesmo, escravos).

Stalin chegou ao ponto de pretender se juntar ao Pacto de Aço, com a Itália, e deu ordens aos partidos comunistas sob influência da URSS para que colaborassem ativamente com os nazistas, nos quase três anos durante os quais vigorou o pacto Ribbentrop-Molotov. Ele até empurrou o governo pró-fascista da Bulgária a se juntar ao Pacto, dizendo ao líder do Comintern, o búlgaro Georgi Dimitrov que a própria URSS pretendia se juntar, uma demanda que os nazistas ignoraram.

Quando algum comunista disser que o partido é anti-fascista, não custa nada lembrar essa pequena história. Na verdade, comunismo e fascismo são irmãos siameses, se não irmãos gêmeos em tudo, pensamento e ação.
Paulo Roberto de Almeida

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