O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

A segunda noticia boa de 2019 - Academia.edu

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A primeira notícia boa de 2019 - Research Gate

A primeira mensagem que recebo da plataforma Research Gate em 2019: cumpimentos!

Way to go, Paulo!
Your book reached 200 reads

Postagens em todos os meus blogs: Paulo Roberto de Almeida

Estatísticas de Postagens nos blogs de Paulo Roberto de Almeida

Número de postagens nos blogs mantidos por Paulo Roberto de Almeida: 

Blog Diplomatizzando (iniciado em junho de 2006): 19.302
·  ►  2018 (1130)
·  ►  2017 (939)
·  ►  2016 (1204)
·  ►  2015 (1479)
·  ►  2014 (3129)
·  ►  2013 (3299)
·  ►  2012 (2220)
·  ►  2011 (2417)
·  ►  2010 (2336)
·  ►  2009 (648)
·  ►  2008 (162)
·  ►  2007 (146)
·  ►  2006 (193)

Blog antecessor: Diplomatizando (de abril a junho de 2006)
490 postagens no total 

Blogs setoriais

Paulo Roberto de Almeida (2005-2006+ 2010) = 186
Cousas Diplomáticas (2006) = 330

Blogs especializados: 
Textos PRA (2006 a 2014) = 617
Vivendo com os Livros (2006 a 2013) = 51
Book Reviews = 251
DiplomataZ = 48
A Página do Livro = 3
Eleições Presidenciais 2006 = 88
Eleições Presidenciais 2010 = 640
Eleições Presidenciais 2018 = 109
New Brics in the Block = 2
Shanghai Express = 576
Quilombo da Razão = 4
PRA Academia = 72
Promenades Avec Mon Maître = 4
  
TOTAL GERAL: 22.773

segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

O papel da diplomacia nas reformas do Brasil - Paulo Roberto de Almeida

Dando continuidade a meu exercício de transparência, transcrevo abaixo um texto meu sobre o papel da diplomacia em alguns temas setoriais no contexto das reformas modernizadoras que o Brasil necessita empreender. Como em outros casos, não tinha sido ainda divulgado publicamente, pois eu pensava incluir em um trabalho mais amplo, antes de disponibilizar o texto em questão.
Paulo Roberto de Almeida
Tubarão, SC, 31/12/2018, 23h24


O papel da diplomacia na reforma do Brasil: Justiça, Trabalho, Educação


Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 11 de janeiro de 2018
[Objetivo: discorrer sobre novas tarefas diplomáticas; finalidade: reforma do Brasil]

Este texto é uma continuidade de trabalho anterior (de 10/12/2017, disponível neste link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2018/12/propostas-basicas-de-politica-externa.html), voltado para as grandes reformas internas do Brasil, por meio de uma comparação internacional sobre nossas disfunções mais graves, que impedem o crescimento econômico e o desenvolvimento do Brasil. Não se trata exatamente de questões de política externa, ou de uma agenda para as relações internacionais do Brasil, e sim de um trabalho cooperativo para o qual a diplomacia profissional pode ser mobilizada com vistas a auxiliar num processo de reformas setoriais no Brasil, concebido como sendo de implementação a médio e longo prazo.
Naquele trabalho o que basicamente se propôs foi que o Itamaraty passasse a colocar o Brasil numa perspectiva comparativa internacional, evidenciando nossas mais graves limitações em termos de custo do capital, de ambiente de negócios e de ganhos de produtividade. O que se sugeriu, então, foi que tomássemos como parâmetros os relatórios classificatórios e analíticos do Banco Mundial sobre ambiente de negócios (Doing Business), do World Economic Forum sobre competitividade, do Fraser Institute sobre liberdades econômicas e também os dados da OCDE sobre deficiências educacionais, que incidem sobre a produtividade do capital humano. A intenção seria fornecer um guia sobre onde, como e com qual ritmo trabalhar para superar nossas limitações setoriais, sendo que a análise internacional teria de ser intensamente confrontada aos dados internos e, sobretudo, ao ambiente regulatório nacional, para verificar e identificar uma agenda de reformas.
O Itamaraty precisaria ser mobilizado nessa nova frente de trabalho para pesquisar, pensar e propor reformas fundamentais no plano interno, com base numa análise qualitativa (mas apoiada em sólidos dados quantitativos) das informações internacionais com respeito às políticas e instituições de maior eficiência relativa em três áreas fundamentais para o bom desempenho do país: Justiça, Trabalho e Educação.
Alguns dos dados a respeito dessas questões setoriais — mas que são, ao mesmo tempo, políticas horizontais e de caráter praticamente macro, ainda que incidindo sobre cada uma dessas instituições no plano do seu funcionamento micro — já estão presentes nos relatórios e levantamentos classificatórios acima referidos, mas um trabalho de pesquisa suplementar precisa ser conduzido para isolar fatores, mecanismos e instrumentos que atuam para dar maior eficiência na condução desses setores em países que apresentam as melhores performances setoriais.
A intenção não seria fazer com que o Brasil copie modelos estrangeiros ou adote estruturas e instituições moldadas para outros contextos sociais e culturais, mas identificar nossas deficiências relativas — em alguns casos absolutas — e fazer as reformas adaptativas necessárias para aumentar o grau de eficiência no funcionamento desses importantes setores da vida pública.
Por acaso se trata de três áreas nas quais comportamentos corporativos, deformações patrimonialistas e resistência às reformas são mais entranhados, exigindo, por isso mesmo, uma demonstração cabal de como o Brasil destoa dos exemplos de maior eficiência setorial, para justificar e defender a necessidade de reformas nessas áreas. O que se pode desde já antever é que reformas nessas áreas superam um mandato governativo e que elas devem ser vistos como um processo de adaptações contínuas aos dados sempre cambiantes da realidade.
Estudos setoriais complementares precisariam igualmente ser conduzidos para outras importantes questões de interesse nacional relevante, como o sistema tributário e as instituições e medidas de segurança pública, mas cuja complexidade supera, provavelmente, a capacidade analítica do Itamaraty, que pode, no entanto, ajudar a identificar as melhores práticas em outros contextos nacionais, em cooperação com os órgãos pertinentes do Brasil, que de toda forma já possuem suas assessorias internacionais. 
Termos de referência e instruções para a condução do trabalho diplomático teriam de ser elaborados em maior grau de detalhe para os estudos setoriais aqui propostos.

Paulo Roberto de Almeida
11 de janeiro de 2018

Resoluções de Ano Novo: posso repetir? - Paulo Roberto de Almeida

Cerca de um ano atrás, em circunstâncias bastante similares – salvo que antes eu estava em Joinville, SC, agora estou em Tubarão, SC (depois de ir jantar em Laguna) – eu fazia pela enésima vez, uma de minhas postagens favoritas, ou seja, "resoluções de Ano Novo".
Na verdade, quase todo mundo faz, e pelos estudos científicos feitos a respeito – como sempre americanos, gastando inutilmente o dinheiro do contribuinte –, elas não servem para rigorosamente nada, seja porque as pessoas esquecem completamente do que fizeram como "resoluções", seja porque elas não funcionam mesmo, e ponto final.
O que não impede que milhares de pessoas, inclusive este que perturba a vossa paz na véspera de Ano Novo (aliás quase caindo em cima de nós), que digo?, milhões de pessoas em todos os cantos do mundo fazem as suas resoluções de Ano Novo (sim, eu sei, chineses, judeus e outros povos bizarros possuem seus próprios calendários, e podem fazer resoluções em outras datas).
Para não perder mais tempo com esse tipo de bobagem, vou reproduzir aqui as resoluções que eu havia feito para este ano de 2018, e não sei se funcionou, pois aparentemente acabei discutindo com um fundamentalista ou dois, o que me motivou a sair do Facebook, para evitar de encontrar esse povo (mas eles nos encontram, podem ter certeza).
Aqui, vai, portanto, a minha postagem de um ano atrás, e podem apostar que eu estava falando de "globalismo", como o unicórnio dos novos tempos...
Paulo Roberto de Almeida
Tubarão, XC, 31 de dezembro de 2018, 23h16

Resolução de Ano Novo: sempre acreditando no improvável

Paulo Roberto de Almeida
  
Nunca discutir com fundamentalistas,
Não porque seja cansativo, mas porque é inútil.

Cada vez que você pede provas, eles veem com opiniões.
Basta você pedir fatos, eles citam livros, autores.
Você exige evidências, eles repetem conceitos vazios.
Você demonstra que não existe o que eles proclamam, eles retrucam: “não é porque não existe agora, que não existam projetos de fazer um...”
Você pede nomes, aí vem o tal de “eles”; substitua pelos “ricaços”, pelos comunistas, pelo George Soros, as multinacionais, os poderosos, e por aí vai.

Não contentes de serem desinformados, mas convencidos, eles ainda o acusam de cego, ingênuo, contaminado, etc.
É inútil porque a confusão mental é tamanha, que você perde tempo tentando entender o que os néscios queriam dizer, e depois eles não entendem o que você disse.

Por isso fico com o que diz o meu amigo João Luiz Mauad:

 “Se eu disser que Papai Noel, unicórnios ou sereias não existem, não adianta você me pedir provas, porque é impossível provar que tais seres não existem.
O fato de que a ciência, a razão e a realidade são incapazes de demonstrar que algo não existe, não significa que podemos assumir, nem remotamente, que existem, apenas porque alguém diz isso, mesmo que esteja honestamente convencido disso.
Se alguém quiser propor a existência de algo, cabe a ele a responsabilidade de fornecer provas positivas do que afirma, assumindo o ônus da prova, porque quem postula a existência de qualquer coisa, sem ter as respectivas provas concretas, e não apenas conjecturas e "achismos", não deve esperar que o resto das pessoas acredite, apenas porque ele próprio acredita.”

A despeito de todo esse bando de true believers, bom ano a todos.


Paulo Roberto de Almeida
Joinville, 1 de janeiro de 2018