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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Falcatruas lulopetistas (subintelequituais) dos acadêmicos gramscianos - Paulo Roberto de Almeida


Falcatruas lulopetistas (subintelequituais) dos acadêmicos gramscianos

Paulo Roberto de Almeida
 [Considerações sobre uma utopia passageira; falta uma vacina lógica]

O fenômeno lulopetista, que dominou a política – e muito das mentalidades – no Brasil das últimas duas décadas (senão mais), pode ter alguma explicação teórica mais elaborada, mas não creio, sinceramente, que ele mereça mais do que um único capítulo na história futura do Brasil, aquela que vai ser escrita apenas dentro de duas gerações, aproximadamente, quando as paixões políticas amainarem e a consciência do imenso atraso institucional (sem falar da destruição econômica) acarretado por esse fenômeno tomarem o lugar de certos comportamentos histéricos que se observam atualmente em alguns meios bem determinados. Vou tratar basicamente desse fenômeno que considero passageiro, sem a capacidade de sequestrar todo um povo, e de o manter imobilizado num populismo de baixa extração, como ocorreu, por exemplo, na vizinha Argentina, com o peronismo, que pode ser considerado uma múmia que tomou como refém toda uma nação (ou pelo menos grande parte dela) durante várias gerações.
Comparado ao fenômeno relativamente durável do peronismo – que dispunha de uma doutrina, o justicialismo – e que se manteve ativo, ainda que dividido, durante muito tempo após o desaparecimento do seu fundador, o lulopetismo representa no máximo um peronismo de botequim, com muita bazófia e nenhuma elaboração política mais consistente, pura catarse, que antes de sequestrar a nação parece ter sequestrado os corações e mentes de acadêmicos gramscianos totalmente desconectados da realidade. O lulopetismo nunca dispôs de alguma doutrina política mais elaborada, em que pesem os esforços de alguns acadêmicos gramscianos no sentido de prover o populismo rude de seu líder com algumas ideias coerentes entre si, além e acima de alguns slogans mal formulados por marqueteiros apressados, explorados abusivamente pelo “Nosso Guia”.
O lulopetismo foi, durante certo tempo, maior do que o partido que lhe deu origem, o PT – formado basicamente por três principais componentes: os sindicalistas, os guerrilheiros reciclados e os adeptos da teologia da libertação, que compõem a massa de manobra, sendo que os dirigentes são extraídos dos dois primeiros componentes –, mas ele teve um sucesso de certa forma maior do que o partido, e isso graças a um outro componente que normalmente não aparece entre os apparatchiks e líderes partidários, mas que são responsáveis por muito do seu sucesso político e eleitoral (até agora).
O partido, e o próprio personagem que representou sua alma, sua imagem, e que foi responsável por um grande triunfo eleitoral em mais de três mandatos, devem esse sucesso não tanto ao dinheiro e à capacidade de organização dos sindicatos que lhe são fiéis, ou aos apparatchiks do partido vindos das antigas organizações de oposição ao regime militar, ou ainda à sua base social bastante diversificada nos estratos humildes da população (consolidados mais solidamente depois da conquista do poder), mas ao poder de comunicação de diversas categorias de trabalhadores “intelectuais” – professores, jornalistas, funcionários públicos, classe média educada nos padrões “freireanos” de nossa educação pública (e privada também) – que, juntos, construíram os mitos sobre os quais se apoiou o lulopetismo durante sua fase ascensional, e que continua a perdurar ainda agora, numa fase de relativo declínio, talvez irresistível. Com efeito, não se sabe se o mito – que é na verdade uma falcatrua – saberá resistir aos golpes das investigações policiais e judiciarias, que devem levar boa parte da tropa dirigente do partido às barras dos tribunais e possivelmente à cadeia.
Mas, a julgar por toda a publicidade em torno dos grandes “benefícios sociais” do lulopetismo, e pela imensa reação suscitada pelo “golpe” do impeachment – com cinco ou seis livros publicados, antes mesmo o processo estar consumado – essa mistura indigesta de populismo econômico, de propaganda enganosa e de cinismo político que é o lulopetismo parece ainda dispor, e gozar, de amplos apoios em certos círculos sociais e em ambientes profissionais (entre os sindicalistas, por exemplo, mas continuadamente entre professores e jornalistas), o que promete, justamente, certa sobrevida ao fenômeno em causa, mesmo quando o seu líder estiver trancafiado por crimes cometidos contra o patrimônio público e o código penal. Entre os motivos dessa resiliência (pelo menos temporária) eu coloco a difusão desse gramscismo de academia, que não precisa de Gramsci, ou de qualquer outra teoria política, para se instalar e se disseminar, pois ele corresponde a um “estado de espírito” que “plana” nesses meios sociais e profissionais independentemente das leituras – ou falta de – que possam exibir os agentes políticos do fenômeno, ou identificados a ele.
Essa persistência da “crença” no fenômeno vago do lulopetismo foi demonstrada especificamente na conjuntura dos últimos meses, quando, a despeito dos imensos golpes assestados contra a “respeitabilidade” de “doutrina” (se existe alguma) e do personagem pelos crimes revelados nas investigações da PF e do MPF, setores ainda representativos da vida cultural, acadêmica e profissional se reagruparam atrás do próprio e do partido para defender não se sabe bem quais “conquistas sociais” que estavam sendo ameaçadas duplamente: pelo processo de impeachment e pela Operação Lava Jato. Nos meses de maior frenesi, antes da consumação do processo político no Congresso, eu contei muitos manifestos redigidos por diretorias de respeitáveis (assim pensava, em todo caso) associações profissionais, todas elas numa linguagem similar, em defesa do governo corrupto e do partido convertido em organização criminosa.
Terminei por me perguntar, numa postagem de meu blog Diplomatizzando, quais seriam as razões, as motivações, os propósitos que estavam levando acadêmicos experientes, muitos até com doutorado ou pós-doc, a insistir na defesa de criminosos reconhecidos, indiciados ou condenados pela Justiça, vários equiparados a bandidos vulgares, a delinquentes comuns (pela tipificação dos roubos cometidos contra o patrimônio público), mas vários deles organizados numa quadrilha mafiosa (desculpem a redundância), enfim, o que estaria por trás dessa insistência no apoio aos meliantes políticos ante tantas provas dos “malfeitos” já disponibilizadas nos relatórios policiais e nos processos do MPF? Confesso não ter encontrado respostas convincentes, ao menos que satisfizessem meu desejo de explicações lógicas, concordantes com as verdades expostas, com a factibilidade dos crimes perpetrados pelos aliados dos gramscianos.
O que pensar da adesão de artistas, profissionais da mídia, acadêmicos de peso, além e acima dos militantes do baixo clero e dos sindicalistas, dos quais não se espera mesmo outra atitude, inclusive em função dos benefícios materiais que muitos dessa segunda categoria retiravam e retiraram do lulopetismo no poder? A primeira categoria, em princípio, não estava diretamente envolvida com o exercício direto do poder ou foi a beneficiária direta das benesses que, não obstante, sempre fluem a partir do poder para os grupos de “companheiros de viagem”, aos apoiadores voluntários e aos associados políticos dos lulopetistas no poder (e agora fora dele). Não sei como essas pessoas, geralmente alfabetizadas (tanto quanto se possa julgar), supostamente bem conectadas, e de fato dispondo de todos os meios de informação possíveis, puderam e podem continuar apoiando personagens e partidos notoriamente implicados, envolvidos, responsáveis por crimes comprovados; por quais razões eles fariam e continuam fazendo isso? Seria por cegueira ideológica, ignorância deliberada, fundamentalismo político, ou será mesmo falta de caráter?
O que, exatamente, induziria indivíduos normalmente bem constituídos, quase sempre dispondo de diplomas superiores, a continuar defendendo os chefes de quadrilha e seus integrantes, numa fase em que se torna muito difícil ignorar os relatórios da Polícia Federal, assim como as peças acusatórias do MPF e da chamada “República de Curitiba”, contendo provas cabais daquilo que pessoas bem informadas, mas também jornalistas abertos a simples evidências factuais, desconfiavam, e agora constataram efetivamente: o fato notório de que o Brasil estava sendo governado, desde 2003, por um governo que terminou se identificando a uma organização criminosa. Não existe, a rigor, nenhuma objeção de princípio, a que indivíduos das mais diversas origens e condições sociais manifestem sua adesão a plataformas de direita, de esquerda, de centro, ou que elas se disponham a defender os programas sociais e as políticas econômicas que julgam mais adequadas às suas crenças ou concepções de vida. Fica no entanto muito difícil admitir que se possa defender, contra todas as evidências já disponíveis, lideranças políticas, funcionários de governo ou responsáveis empresariais notoriamente e comprovadamente envolvidos com os piores crimes de corrupção e de responsabilidade política, tais como assistidos no Brasil na última década e meia.
Independentemente do julgamento que se possa ter sobre a qualidade da política econômica que levou o Brasil ao que pode ser chamado – depois da Grande Depressão dos anos 1930, e da Grande Recessão do período recente – de Grande Destruição, o mais surpreendente é, de fato, a defesa acerba que os gramscianos acadêmicos fazem de criminosos políticos, que são, na verdade, bandidos comuns: assaltantes do dinheiro público (isto é, nosso), quadrilheiros vulgares. Quem ainda insiste em fazê-lo, ante tantas evidências dos crimes cometidos pelos companheiros, por razões ideológicas, ou por quaisquer outros motivos, só revela sua falta de caráter, pois já não pode alegar ignorância ou o argumento canhestro de que “todo mundo sempre fez assim”.
Como não admitir, em face dos crimes cometidos, devidamente identificados e em processo de julgamento e condenação, que o Brasil passou a ser dirigido, a partir de 2003, por uma organização criminosa? Com a instalação dessa organização criminosa no poder, os companheiros inauguraram um “modo superior de corrupção”, e adotaram uma técnica sistemática, abrangente, de extração de recursos do Estado e da sociedade. Eles não roubavam apenas para o partido, confirmando a minha tese, “dialética”, da passagem da quantidade para a qualidade, de acordo com o velho Friedrich Engels. Qual foi a natureza do “salto dialético” da roubalheira lulopetista?
Tal upgrade se expressa pela transição de um “modo de produção” da corrupção de sua fase artesanal, que é quando políticos roubam por si, para si, individualmente, (como sempre fizeram), para uma fase industrial do “modo de produção" da corrupção, que é quando o partido passa a roubar de modo sistêmico, em grande escala. O que não impediu, obviamente, que os companheiros também passassem a roubar pelo modo tradicional, para si, em si e por si, alguns até (os “mais iguais”, como certo ministro das finanças da quadrilha), em escala verdadeiramente gigantesca, multinacional.
A amplitude da roubalheira foi evidentemente muito maior do que o até aqui noticiado nos meios de comunicação. Por exemplo: contratos das grandes companhias de construção, ou de engenharia em geral (sobretudo nos terrenos do petróleo e afins) representam apenas a “crème de la crème” da corrupção institucionalizada, aquela que rendeu, por certo, centenas de milhões, ou bilhões, à quadrilha de meliantes instalada no poder. Mas os roubos, as falcatruas, os desvios de dinheiro, os superfaturamentos, as propinas, a extorsão, a rapina, tudo isso se estendeu por praticamente todas as áreas, sublinho TODAS, do setor público e se disseminou também ao setor privado, na medida em que praticamente todo o ambiente de negócios no Brasil é controlado por regras impostas pelo Estado, a começar pelo contexto regulatório e pelo sistema tributário.
Mais até do que roubar diretamente, os companheiros fizeram valer o seu exemplo criminoso em quase todas as esferas da administração pública (contaminando muitos outros partidos) e até na vida civil, na qual cada indivíduo se julgou habilitado a roubar, a trapacear e a fraudar, já que o exemplo vinha de cima. Os anos do lulopetismo no poder, além da extrema incompetência, o que redundou na Grande Destruição da economia do país, foram também, e principalmente, os anos do desmantelamento institucional (salvaram-se, felizmente, alguns bastiões do republicanismo, o que nos levou à Lava Jato, tristemente sozinha na sua missão extirpadora) e sobretudo na grande degradação moral e ética a que fomos levados por termos, justamente, uma organização criminosa no poder.
Ainda não se fez o balanço de tudo o que o Brasil perdeu, no plano estritamente orçamentário, mas também em termos morais, com a quadrilha totalitária no poder, e muito não poderá ser devidamente verificado, por ausência de registros, justamente (o que deve ter sido deliberado). Mais importante ainda, dificilmente se poderá aferir, de modo adequado, no futuro, o imenso custo-oportunidade que o Brasil perdeu com mais de uma década de políticas absolutamente erradas, em praticamente todas as áreas. Mas mesmo naquelas áreas e políticas que podem ser consideradas como bem sucedidas – como a pretensa redistribuição de renda via Bolsa Família e outros mecanismos com finalidade similares – são, na verdade, equivocadas na forma e na substância, uma vez que não são sustentáveis a longo prazo, e não apenas por dificuldades fiscais ou de natureza orçamentária. Políticas redistributivas de renda sem contrapartidas claras ou sem mecanismos de saída claramente identificados costumam provocar deformações nos mercados laborais, ou até – o que é mais sutil no plano da psicologia social – na concepção geral de sociedade que se pretende promover: uma baseada na iniciativa individual ou na responsabilidade pessoal quanto ao trabalho promotor de dignidade social, ou outra fundada no assistencialismo estatal que redunda, na maior parte dos casos, na criação de um curral eleitoral que reproduz velhos esquemas do Brasil tradicional dominado por oligarquias patrimonialistas.
Não cabe entrar aqui num debate sobre a diplomacia do lulopetismo, outro item não apenas controverso no reinado dos companheiros, mas vergonhoso do ponto de vista da diplomacia profissional, quando o Brasil passou a estar alinhado com algumas das piores ditaduras da região e alhures, e quando também diversas iniciativas de política externa permaneceram na sombra, obscurecidas por contatos paralelos que jamais deixaram registro nos arquivos da diplomacia oficial. Haveria pouco espaço para registrar tantos equívocos cometidos pelo lulopetismo diplomático – muitos dos quais identificados em meu livro Nunca Antes na diplomacia...: a política externa brasileira em tempos não convencionais (Curitiba: Appris, 2014) – mas pode-se aventar, por exemplo, a infeliz e patética disputa entre Lula e Chávez pela liderança ideológica na América Latina: ambos se detestavam amigavelmente, pois disputavam e competiam por prestígio político entre os vizinhos e por um lugar maior na história mundial.
Infelizmente, a história real das relações dos lulopetistas – sem esquecer o papel do Foro de São Paulo e de seus mestres cubanos – com as lideranças cubanas e bolivarianas talvez nunca a venha ser escrita completamente, por falta de documentos e por falta de depoimentos sinceros de eventuais trânsfugas do lulopetismo (como foi o caso, por exemplo, dos muitos dissidentes do comunismo soviético, que contaram como eram as coisas, realmente), e também porque os cubanos não serão ser pegos de surpresa (como foi a Stasi, com a queda repentina do muro de Berlim, e porque burocratas, como os da Stasi e os nazistas, registravam tudo o que eles mesmos faziam de malvadezas), e devem estar limpando os arquivos de documentos comprometedores. De outra forma, saberíamos, por exemplo, que não havia nada de muito ideológico nessa aliança dos totalitários, mas sim dinheiro, chantagens, ameaças, cadeias diversas de submissão montadas sobre muita sujeira e patifaria. Tempos sombrios vividos pela diplomacia brasileira.

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 10 de outubro de 2016

domingo, 9 de outubro de 2016

Jornalistas estao desaparecendo; advogados serao os proximos: Robos vao ocupar seus lugares - Simon Kuper

Jornalistas velho estilo estão realmente desaparecendo, mas outros, tecnologicamente aptos, estão ocupando os lugares daqueles velhos escrevinhadores de redação, ou reporteres investigativos. Hoje tudo aparece primeiro na internet, for free (mas obviamente alguém precisou colocar isso lá).
Advogados estão sendo substituídos por sistemas online de aconselhamento jurídico, e é bom que isso ocorra, pois advogados, além de exibirem tarifas muito altas, equivalentes às limusines de luxo com champagne e massagem, são nefastos produtores de déficits públicos, ou pelo menos atuam como redistribuidores de renda da maneira mais perversa.
Enfim: qualquer que seja a sua profissão, prepare-se para ficar desempregado nos próximos dez anos.
Estou esperando algo que substitua políticos, mas parece que a raça é dura, como as baratas, que estão conosco desde muito antes de Adão e Eva...
Não, isso não vai provocar desemprego, como acreditam almas cândidas, pois alguém vai produzir os robôs, consertá-los, até conversar com eles...
Paulo Roberto de Almeida

How to cope when robots take your job
‘When your industry goes, you lose both your income and your identity’
FT, OCTOBER 6, 2016
by: Simon Kuper

The robots are coming to demolish your career. “No office job is safe,” says Sebastian Thrun, an expert on artificial intelligence at Stanford University. Lots of lawyers, accountants, even surgeons will be automated away. Having spent my career watching the long, slow carnage of my own industry, I have some insight into how that will feel, and how to cope.

When I entered journalism in 1995, it was a pretty cushy business. People bought newspapers — not necessarily for the articles but often just to find out the weather forecast, the football results, the stock prices or the TV schedule. Consequently, even mediocrities and alcoholics could have long, well-paid journalistic careers. I remember crabby FT subeditors of the 1990s who owned not just houses in London but second homes in France. When I started out, deadlines were about 6pm, after which — since rolling-news websites hadn’t been invented yet — everyone went to the pub. Expenses were good too: I’m told that at the FT, into the early 1990s, you could fly business class as long as you said you were working on the plane. So people would buy a copy of The Economist at the airport.

Companies are turning to artificial intelligence to fill jobs while hackers hope it will disguise their tracks
Unfortunately, the year I became a journalist, Microsoft produced its first web browser, Internet Explorer. Suddenly you could go online and find out almost anything for free without buying a paper. The number of journalists has been shrinking since, and most new jobs are for 25-year-olds willing to work for peanuts. My people are going extinct like dodos or factory workers. For now I’m hanging on, still on the island, grazing on one of the last patches of grass, but the waters are rising around me. One day my children will say: “My dad was a content provider. He worked for an app called FT, I think.”

When your industry goes, you lose both your income and your identity. Woody Allen has a nice comedy sketch about his father being made “technologically unemployed” — “They fired him. They replaced him with a tiny gadget … that does everything my father does, only it does it much better. The depressing thing is, my mother ran out and bought one.”

Techno-optimists predict that disappearing old jobs will be replaced by new jobs. For journalists, that’s certainly been true: in the US at last count, PRs outnumbered us 4.6 to 1. They are also better paid. The problem is that most journalists want to be journalists. We like this badly paid, poorly regarded and mostly meaningless profession. Years ago, a colleague told me about someone from the paper who had become a PR, or, in the jargon of journalism, “gone over to the dark side”. My colleague sniffed, “I just couldn’t look at myself in the mirror in the morning.” Needless to say, that colleague is now a PR himself.

But he seems happy. Having watched many former journalists stumble into new lives, I’ve assembled some tips on how to cope with technological destruction:

● Don’t make your job your identity. I remember one senior colleague whose great boast was that the chancellor of the exchequer sometimes stopped him for a chat. When the man retired, he made the devastating discovery that the chancellor wasn’t interested in him any more.

● Accept that your career isn’t building up to anything. In fact, it probably isn’t even a career.

● While your industry is still paying you, don’t get attached to money or status symbols. Expect that your job will be decimated. Don’t buy a big house. Food and stuff have never been cheaper, so if you stick to those you should be OK. I’ve been inspired by William Boyd’s fantastic novel Any Human Heart, in which the main character, once a successful writer, discovers in his sixties that dogfood is cheap, nutritious and even quite tasty, especially with “a pinch of curry powder judiciously stirred in”.

● Enjoy the fleeting moments: that shared chuckle with the chancellor, the business-class flight, those two or three truly satisfying pieces of work. Just don’t expect them to last. If you ever had a well-paid job in which you could express your talents, however briefly, you are one up on almost everybody else who ever lived.

● Don’t try to hang on in a dying industry as a freelancer. A major international newspaper recently offered a respected writer I know £10 for an article.

● Think of ways to monetise your skills in face-to-face situations in which nobody wants a computer. To quote the newly redundant England football manager Sam Allardyce: “I’m a keynote speaker.”

● If you still want to express yourself, get a blog.

● Don’t blame yourself. You are just a statistic, crushed beneath the wheels of history.

● Don’t complain. It’s boring.

● Expect to work in unsatisfying jobs until you are about 75. Hardly anyone else in history had a pension, so why should you?

Alternatively, you could just blame it all on immigrants.

simon.kuper@ft.com; Twitter @KuperSimon

Strategic Survey: The Annual Review of World Affairs 2016 - IISS (free chapters)

Strategic Survey: The Annual Review of World AffairsStrategic Survey 2016The International Institute for Strategic Studies (IISS) have released the 50th edition of its annual publication: Strategic Survey 2016: The Annual Review of World Affairs.

Strategic Survey notes that in the past year to mid-2016 rising populism and intractable conflict shook the international system. Worldwide dissatisfaction with ruling elites and resistance to globalisation appeared to reach a crescendo. Wars across the Middle East showed little sign of abating. The increasing assertiveness and military capabilities of China and Russia amplified competition, and the attendant risk of conflict, between major powers.
The 2016 Strategic Survey analyses the trends that shaped relations between global powers in the past year. This edition contains an expanded chapter of thematic essays to give the reader broader insight into these important trends, focusing its analysis of domestic events on those that affect relations between countries. Scroll down to sample free content from the 2016 edition. 

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Foreword

Google Scholar: os trabalhos mais citados de Paulo Roberto de Almeida (estatísticas)


Levantamento feito no Google Scholar em 9 de outubro de 2016
Estatísticas de citação dos trabalhos de Paulo Roberto de Almeida

Google Scholar
Citation indices
All: 1341
Since 2011: 662

Os títulos mais citados:
Citados por (número); Ano 

Uma política externa engajada: a diplomacia do governo Lula
Revista Brasileira de Política Internacional 47 (1), 162184
195 2004
Mercosul: fundamentos e perspectivas
Grande Oriente do Brasil
136 1998
o multilateralismo econômico
Porto Alegre: Livraria do Advogado 82
70 1999
Uma nova arquitetura diplomática? Interpretações divergentes sobre a política externa do governo Lula (2003-2006)
Revista brasileira de política internacional 49 (1), 95116
48 2006
O Brasil como ator regional e como emergente global: estratégias de política externa e impacto na nova ordem internacional
Cena Internacional 9 (1), 736
45 2007
A política internacional do Partido dos Trabalhadores: da fundação à diplomacia do governo Lula
Revista de Sociologia e Política 20, 87102
45 2003
Never before seen in Brazil: Luis Inácio Lula da Silva's grand diplomacy
Revista Brasileira de política internacional 53 (2), 160177
29 2010
O Brasil e o futuro do Mercosul: dilemas e opções
25 1998
As duas últimas décadas do século XX: fim do socialismo e retomada da globalização
Relações Internacionais: dois séculos de História: entre a ordem bipolar e o ...
21 2001
Os primeiros anos do século XXI
São Paulo: Paz e Terra
13 2002
Mercosul: textos básicos
Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão
13 1992
A economia internacional no século XX: um ensaio de síntese
Revista Brasileira de Política Internacional 44 (1), 112136
12 2001
Relações internacionais
O que ler na Ciência Social Brasileira (19701995): Ciência Política 3, 191255
12 1999
A diplomacia do liberalismo econômico
Sessenta anos de política externa brasileira (19301990). São Paulo: Cultura ...
12 1996
A Arte de NÃO fazer a Guerra: novos comentários à Estratégia Nacional de Defesa
Meridiano 47 11 (119), 1
11 2010
Sete teses impertinentes sobre o MERCOSUL
São Paulo: Edicões Aduaneiras
11 2007
O nascimento do pensamento econômico brasileiro
Correio Braziliense ou Armazém Literário. Edição Facsimilar. São Paulo ...
11 2001
Planejamento no Brasil: memória histórica
Parcerias estratégicas 9 (18), 157190
10 2012
Sobre políticas de governo e políticas de Estado: distinções necessárias
De agosto de
10 2009
A experiência brasileira em planejamento econômico: uma síntese histórica. 2004
10 2005
O Brasil e a construção da ordem econômica internacional contemporânea
Contexto Internacional 26 (1), 7
10 2004
Um exercício comparativo de política externa: FHC e Lula em pespectiva.
Meridiano 47 5 (4243), 15
10 2004
Os estudos sobre o Brasil nos Estados Unidos: a produção brasilianista no pósSegunda Guerra
Revista Estudos Históricos 1 (27), 3162
10 2001
A política da política externa: os partidos políticos nas relações internacionais do Brasil, 1930-1990
Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (19301990)
4, 381447
10 2000
Cronologia da integração latinoamericana no contexto do sistema econômico internacional
Boletim de Integração LatinoAmericana
10 1995
Relações exteriores e constituição
Revista Brasileira Política Internacional, Brasília, DF 29 (115), 8390
10 1986
Integração regional: uma introdução
São Paulo: Saraiva
9 2013
Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização
Rio de Janeiro: Lumen Juris
9 2011
O Brasil e a nanotecnologia: rumo à quarta revolução industrial
9 2005
o Sistema de Bretton Woods: Instituições e Políticas em perspectiva histórica, 1944-2002
MAZZUOLI, Valério de Oliveira; SILVA, Roberto Luiz (Coords.). O Brasil e os ...
9 2003
O Brasil e as crises financeiras internacionais, 1995-2001
Meridiano 47 3 (22), 14
9 2002
Avanços da regionalização nas Américas: cronologia analítica
PR Almeida, Y Chaloult
Revista Brasileira de Política Internacional 42 (2), 145160
9 1999
Uma visão sindical em face da ALCA e de outros esquemas sindicais
Chaloult e Almeida (orgs.), 232248
9 1999
A relação do Brasil com os EUA: de FHCClinton a LulaBush
Reformas no Brasil: balanço e agenda, 203
8 2004
A Política Externa do novo Governo do Presidente Luís Inácio Lula da Silva: retrospecto histórico e avaliação programática
Revista Brasileira de Política Internacional 45 (2), 229239
8 2002
A inserção econômica internacional do Brasil em perspectiva histórica
8 2000
Negociações colectivas internacionais e Mercosul
Mercosul, Nafta e Alca: a dimensão social. São Paulo: Ltr, 191216
8 1999
A cláusula social no comércio internacional
Revista Brasileira de Comércio Exterior, 40
8 1994
Evolução histórica do regionalismo econômico e político na América do Sul: um balanço das experiências realizadas
Cena internacional 10 (2), 7297
7 2008
A globalização e seus benefícios: um contraponto ao pessimismo
7 2004
O Brasil e os blocos regionais: soberania e interdependência
São Paulo em Perspectiva 16 (1), 316
7 2002
Estrutura institucional das relações econômicas internacionais do Brasil: acordos e organizações multilaterais de 1815 a 1997
Contexto Internacional 19 (2), 307
7 1997
MERCOSUL e União Européia: vidas paralelas?
7 1994
Os Partidos Políticos nas Relações Internacionais do Brasil, 1930-1990
Contexto Internacional 14 (2), 161
7 1992
Propriedade intelectual: os novos desafios para a América Latina
Estudos avançados 5 (12), 187203
7 1991
Dilemas atuais e perspectivas futuras do regionalismo sulamericano: convergências e divergências
Temas & Matizes 14, 7395
6 2008
Uma perspectiva macroeconômica do crescimento Brasileiro: algumas comparações internacionais
E Cardoso, PR Almeida, R Barbosa
O Brasil e os Estados Unidos num mundo em mutação. Washington, DC
6 2003
Relações Internacionais e política externa do Brasil: uma perspectiva histórica
Meridiano 47 2 (10\ 12), 12
6 2001
O futuro do Mercosul: Os desafios da agenda interna e da liberalização hemisférica
O Mercosul no limiar do século XXI. São Paulo: Cortez, 1726
6 2000
Geoestratégia do Atlântico Sul: uma visão do sul
Política e Estratégia 5, 486495
6 1987
América do Sul: rumo à desintegração política e à fragmentação econômica?
Carta Internacional 1 (2), 610
5 2006
Florestan Fernandes e a idéia de revolução burguesa no pensamento marxista brasileiro
Revista Espaço Acadêmico, 0113
5 2005
A pesquisa histórica sobre o Brasil nos arquivos dos Estados Unidos: identificação preliminar e projeto de compilação
Revista Brasileira de Política Internacional 44 (1), 151154
5 2001
A democratização da sociedade internacional e o Brasil: ensaio sobre uma
mutação histórica de longo prazo (18151997)
Revista Brasileira de Política Internacional 40 (2), 76105
5 1997
Sovereignty and regional integration in Latin America: a political conundrum?
Contexto Internacional 35 (2), 471495
4 2013
Finanças internacionais do Brasil: uma perspectiva de meio século (1954-2004)
O Crescimento e As Relaçoes Internacionais no Brasil, Instituto Brasileiro ...
4 2005
O Mercosul e a Alca na perspectiva do Brasil: uma avaliação política sobre possíveis estratégias de atuação
Seminário O Brasil e a Alca. Brasília: IPRI
4 2002
Mercosul: legislação e textos básicos
Brasília: Senado Federal
4 1992
A grande fragmentação na América Latina: globalizados, reticentes e
bolivarianos
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Brazilian trade policy in historical perspective: constant features, erratic behavior
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Uma história do Mercosul (1): do nascimento à crise
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Falácias acadêmicas, 13: o mito do socialismo de mercado na China
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Brazil’s Candidacy for Major Power Status
M Diaz, PR Almeida - Stanley Foundation
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Integração Regional e Inserção Internacional dos Países da América do Sul:
evolução histórica, dilemas atuais e perspectivas futuras
São Paulo: Instituto Fernando Henrique Cardoso
3 2008