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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Celso Lafer: dois volumes de seus escritos quase prontos (Funag)

Estamos ultimando a preparação deste livro, que deve ficar pronto ainda este mês:

Relações Internacionais, Política Externa e Diplomacia Brasileira: Pensamento e Ação
Celso Lafer
(Brasília: Funag, 2018, 2 Volumes)


Primeira orelha: 

            Um dos mais importantes intelectuais brasileiros, Celso Lafer foi por duas vezes ministro das Relações Exteriores (1992 e 2001-2002), ao lado de outros relevantes cargos exercidos tanto na academia – em especial como professor na Faculdade de Direito do Largo de S. Francisco –, quanto no setor público, no Brasil e no exterior – embaixador do Brasil em Genebra (1995-98), ministro do Desenvolvimento e da Indústria e Comércio (1999) –, bem como no setor privado, ademais de uma intensa presença na cultura brasileira, notadamente como um dos pioneiros do estudo das relações internacionais no Brasil. Sua produção intelectual se estende ao longo de várias décadas, sob a forma de livros, artigos, conferências e outras manifestações de seu vasto conhecimento sobre o Brasil e o mundo. Foi também editor da revista Política Externa.
            A presente coletânea recolhe uma significativa parte de seus muitos escritos, entrevistas e pronunciamentos, e pretende oferecer aos leitores interessados, assim como a todos os estudiosos da vida diplomática no Brasil e no mundo, uma amostra daquilo de mais significativo que sua inteligência, cultura e experiência profissional acumularam ao longo de mais de meio século de atividades intelectuais e no campo da política externa e diplomacia. Os textos foram distribuídos em função de sua vinculação temática em cinco partes sucessivas: a reflexão da experiência, o Itamaraty, as relações internacionais, a política externa brasileira e personalidades da política internacional e da cultura mundial.

Segunda orelha: 

Celso Lafer (São Paulo, 1941) foi até a sua aposentadoria em 2011 Professor-titular do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da USP, da qual é professor emérito, tendo exercido por duas vezes (1992e 2001-2002) o cargo de Ministro de Estado das Relações Exteriores; é PhD em Ciência Política pela Universidade de Cornell, EUA (1970) e obteve a livre-docência em Direito Internacional Público na Faculdade de Direito da USP em 1977. Foi presidente do Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio, em Genebra, assim como do seu órgão de solução de controvérsias. Tem obras publicadas no Brasil e em diversos outros países. 

Quarta Capa:

“É com satisfação que a Fundação Alexandre de Gusmão publica Relações Internacionais, política externa e diplomacia brasileira: pensamento e ação, do professor Celso Lafer, embaixador e ex-ministro das Relações Exteriores. O livro reúne coletânea de textos ligados ao direito, às relações internacionais e à política externa brasileira, criteriosamente selecionados pelo autor e extraídos de sua vasta produção literária e científica. (...) A experiência como diplomata e chanceler colocou o extraordinário preparo acadêmico a serviço da arte da diplomacia e aos desafios de quem por ofício, em dois governos distintos, ajudou na formulação e respondeu pela condução da política externa brasileira. Seu papel e sua influência na sociedade transcendem essa experiência circunstancial. Seus livros, ensaios, artigos, entrevistas e comentários na mídia nas últimas décadas dão a medida de sua importância como formador de opinião. Na verdade, Celso inspirou várias gerações de brasileiros e despertou vocações pelo seu exemplo e pelo conhecimento profundo dos temas.”

Da apresentação do embaixador Sergio Eduardo Moreira Lima, presidente da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag).


“Há quase quarenta anos tenho o privilégio de conviver e conversar com Celso Lafer sobre alguns dos temas sobre os quais escreve. Conhecia praticamente todos os textos aqui publicados. Sobre alguns, trocamos ideias antes de sua versão final. Ainda assim, a leitura dos artigos me surpreendeu. Em primeiro lugar, pelo volume. Mais de uma centena de textos, de formatos diversos, que foram apresentados em periódicos, conferências, depoimentos no Congresso e em jornais. Há ensaios acadêmicos mais longos, com vocação analítica e, de outro lado, textos curtos, jornalísticos, em cima de questões candentes e polêmicas. Estavam dispersos, publicados em veículos diversos, alguns de difícil acesso. Daí ser tão oportuna e bem-vinda a sua republicação.”

Do prefácio do embaixador Gelson Fonseca Jr., diretor do Centro de História e Documentação Diplomática (CHDD-Funag).


“A trajetória intelectual de Celso Lafer se confunde com a própria evolução dos estudos e da prática das relações exteriores do Brasil no último meio século, mas estes dois volumes reproduzem apenas uma pequena parte de sua gigantesca produção acadêmica, profissional ou jornalística... (...) Estes textos reproduzem meio século de ideias, reflexões, pesquisas, andanças e um exercício direto de responsabilidades à frente da diplomacia brasileira, em duas ocasiões, e, através dela, de algumas funções relevantes na diplomacia mundial, como a presidência do Conselho da OMC, assim como em outras instâncias da política global. Celso Lafer esteve à frente de decisões relevantes em alguns foros decisivos para as relações exteriores do Brasil, na integração regional, no comércio mundial, nos novos temas do multilateralismo contemporâneo.Esta obra, construída ao longo de alguns meses de garimpo documental e de lapidação formal, a partir de um aluvião torrencial de pepitas preciosas que vinham sendo carregadas pelo fluxo heteróclito de publicações no decorrer de várias décadas, apresenta, finalmente, o que se espera seja uma obra de referência e uma contribuição essencial ao conhecimento da diplomacia brasileira e da vida intelectual em nosso país, a partir dos anos 1960 até aqui.”

Do posfácio do embaixador Paulo Roberto de Almeida, diretor do Instituto de Pesquisas de Relações Internacionais (IPRI-Funag).

Coordenador de produção: Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 8/11/2018

 


Volume 1
Apresentação (aguardar)
Prefácio – Gelson Fonseca Jr.(aguardar)
Índice do Volume 1
Introdução geral

Parte I – A reflexão da experiência
Parte II –Itamaraty
A instituição
Diálogos
Memórias
Parte III – Relações internacionais
A necessidade do campo
O campo teórico
Tópicos específicos 

Volume 2
Sumário 
Índice do Volume 2
Parte IV – A inserção internacional do Brasil: a política externa brasileira
O Brasil no mundo
Lições do passado
Parceiros vitais do Brasil 
Questões polêmicas
Parte V – Personalidades

Posfácio
Biobibliografia do autor 

Índice onomástico

Sumário Volume I


Apresentação (aguardar)
Prefácio
Gelson Fonseca Jr. (aguardar)
Introdução geral 
PARTE I
A reflexão da experiência
1.     Uma vida na diplomacia: entrevista ao CPDOC (1993)
2.     Reflexões sobre uma gestão: 2000-2002 (2003)                 
3.     Uma trajetória diplomática: entrevista à revista Sapientia(2012)

PARTE II
Itamaraty
A instituição
4.     A autoridade do Itamaraty (1992)
5.     O Palácio do Itamaraty: Rio-Brasília (2001)
6.     Uma diplomacia de fundação: O Itamaraty na cultura brasileira (2001)
7.     Rio Branco e o Itamaraty: 100 anos em 10 (2002)
8.     Rio Branco e a memória nacional (2012)
9.     Desatar nós: posse do secretário-geral Osmar Chohfi (2001)
10.  O retorno ao Itamaraty (2001)       

Diálogos
11.  José Guilherme Merquior: A legitimidade na política internacional (1993)
12.  Gelson Fonseca Jr.: A legitimidade na vida mundial(1998)          
13.  Sergio Danese: Diplomacia presidencial(1998)                
14.  Synesio Sampaio Goes: Navegantes, bandeirantes e diplomatas (2000)
15.  Fernando Barreto: Os sucessores do Barão, 1912-1964(2001)   
16.  Rubens Ricupero: A viagem presidencial de Tancredo (2010)      
17.  Gelson Fonseca: A diplomacia multilateral do Brasil (2015)
17bis. Paulo Roberto de Almeida: Formação da diplomacia econômica no Brasil (2001)

Memórias
18.  Horácio Lafer (1900-1965): sua atualidade (2015)            
19.  Diplomatas contra o Holocausto (2001)
20.  Saraiva Guerreiro: um empregado do Itamaraty (1992)
21.  As lições das memórias de Lampreia (2010)
                        
PARTE III
Relações internacionais
A necessidade do campo
22. O estudo das relações internacionais: necessidade e perspectivas (1982)
23. Discurso de agradecimento pelo prêmio Moinho Santista (2001)            
24. Discurso de agradecimento como professor emérito do IRI-USP (2012)

O campo teórico
25. A política externa, a paz e o legado da Grécia clássica (1982)                              
26. Os dilemas da soberania (1982)                                        
27. Karl Deutsch e as relações internacionais (1982)                                      
28. Aron e as relações internacionais (2005)                                                   
29. A Escola Inglesa: suas contribuições (2013)                                             
30. Andrew Hurrell: sobre a ordem global (2008)                                           
31. Zelotismo-Herodianismo na reflexão de Helio Jaguaribe (2013)   

Tópicos específicos 
33. Guerra e Paz: o painel de Portinari na sede da ONU (2004)
34. O desarmamento e o problema da paz (1984)
35. Direito e legitimidade no sistema internacional (1989)
36. Obstáculos a uma leitura kantiana do mundo no século XXI (2005)                    
37. Direitos humanos e democracia no plano interno e internacional (1994)
38. O GATT, a cláusula de nação mais favorecida e a América Latina (1971)
39. Comércio internacional, multilateralismo e regionalismo (1991)   
40. Reflexões sobre a OMC aos 50 anos do comércio multilateral (1998)     
41. Perspectivas da Argentina: Felix Peña (2004)                                           
42. Empresas transnacionais: Luiz Olavo Baptista (1987)                                         
43. O significado da Rio-92 e os desafios da Rio+20 (2002)
44. Mundo, ciência, diplomacia (2015)
45. Cúpulas ibero-americanas (1992)                                                              
46. O Diálogo Transatlântico: Carlos Fuentes (2013)
47. Armas nucleares (2017)
48. O mundo e os refugiados (2016)
49. União Europeia, 50 anos: lições do passado, desafios futuros(2007)
50. 60 anos do GATT e da Declaração Universal dos Direitos Humanos (2008)
51. Proteção de nacionais no exterior: decisão da corte da Haia (2004)
52. A independência do Kosovo e a Corte de Haia (2010)
53. Sobre o Holocausto (2011)

55. Variações sobre o tempo (2011)

Volume 2: 

PARTE IV
A inserção internacional do Brasil: a política externa brasileira

O Brasil no mundo
56. Segurança e desenvolvimento: uma perspectiva brasileira (1972)
57. Panorama geral da situação internacional (1981)
58. Representação, controle e gestão em política externa (1984)
59. Dilemas da América Latina num mundo em transformação (1988)
60. A inserção internacional do Brasil (1992)
61. Diplomacia e parlamento (1992)
62. Relações internacionais do Brasil: palestra na ESG (1992)
63. O mundo mudou (2001)
64. Repúdio ao terrorismo (2001)
65. O Brasil, sua gente e o Oriente Médio (2012)
66. O Brasil num mundo conturbado (2016)

Lições do passado
67. 1ª e 2ª conferências da paz de Haia, 1899 e 1907 (2010)
68. O Brasil e a Liga das Nações (2000)
69. Conferência do Rio de 1992 (1998)
70. Gerson Moura: a política externa de Vargas e Dutra (1992)
71. Diplomacia de JK: dualidade a serviço do Brasil (2001)
72. Política exterior brasileira: um balanço da década de 1970 (1981)
73. Brasil-EUA: história e perspectivas das relações diplomáticas (1982)
74. Possibilidades diplomáticas do governo Tancredo Neves (1985)
75. A viagem presidencial de Tancredo Neves: seu significado (1985)
76. A política externa do governo Collor (2017)
77. Reflexões sobre o 11 de setembro (2003)
78. Um olhar sobre o mundo atual (2015)
79. A herança diplomática de FHC (2004)
80. Ação, experiência e narração em FHC (2006)

Parceiros vitais do Brasil
81. Brasil-Argentina – uma relação estratégica (2001)
82. Relações Brasil-Portugal: passado, presente, futuro (2000)
83. A política externa do Brasil para a América Latina (2014)
84. O Brasil na América Latina (2013)
85. Reflexões sobre a CPLP: lusofonia, sonhos e realidade (2013)
86. Reflexões sobre o tratado de 1895 com o Japão (2015)

Questões polêmicas
87. A ONU, Israel e o sionismo (1975)
88. Entusiasmo no Itamaraty? (2003)
89. Partidarização da política externa (2009)
90. A política externa: necessidades internas, possibilidades externas (2006)
91. A política externa e a crise política (2005)
92. Variações sobre a política externa (2006)
93. Novas variações sobre a política externa (2007)
94. Diplomacia brasileira: novas variações críticas (2010)
95. Ahmadinejad no Brasil: um equívoco (2009)
96. O Brasil e a nuclearização do Irã (2010)
97. O Mercosul, a Venezuela e a cláusula democrática (2009)
98. Asilo diplomático: o caso do senador Roger Pinto (2013)

PARTE V
Personalidades

Personagens
99. Gerson Moura (1939-1992): In Memoriam (1992)
100. José Guilherme Merquior: diplomacia da inteligência (2001)
101. Sérgio Vieira de Mello: uma vida na construção da paz (2003)
102. Em louvor de Aristides de Souza Mendes (1885-1954)(2004)
103. Homenagem a Celso Furtado (1920-2004) (2005)
104. Gilberto Dupas: uma homenagem (2009)
105. Com coragem, Mandela fez o impossível (2013)
106. De Klerk: um herói da retirada (2014)
107. Octavio Paz: a democracia no mundo ibero-americano (2014)
108. Sergio Paulo Rouanet e a questão da democracia (2014)
109. Shimon Peres (1923-2016): um estadista diplomata (2016)
110. Rubens Ricupero: saudação ao professor emérito (2016)
111. Koffi Annan e as Nações Unidas (2001)
112. Antonio Guterres na ONU (2017)

Posfácio
Biobibliografia do autor 
Índice onomástico (elaborar)


quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Barao da Ponte Ribeiro: Memory of the World Register for Latin America



Brazilian Collection added to the Memory of the World Register for Latin America
 

The “Barão da Ponte Ribeiro: the making of Latin American identity (1794-1884)" collection has been inscribed in the regional Register of the Memory of the World by the selection committee of the Memory of the World for Latin America (MOWLAC). The collection comprises manuscripts and cartographic documents collected or created by the Baron Duarte da Ponte Ribeiro and is housed at the Ministry of Foreign Affairs's Center for Historical Documentation, in Rio de Janeiro.

The Memory of the World Program was created in 1992 by UNESCO to ensure the preservation of the documentary heritage of worldwide significance, to assist universal access to documentary heritage and to increase awareness of the existence and significance of documentary heritage.
   
Duarte da Ponte Ribeiro was born in 1795. A physician, diplomat and cartographer, he worked on behalf of Brazil in Spain – where he negotiated the recognition of Brazil’s Independence –, in Portugal, Mexico, Peru, Bolivia and Argentina. His diplomatic work in the establishment of Brazilian borders is comparable to the achievements of Alexandre de Gusmão in Brazil’s colonial period and of those of the Baron of Rio Branco in the republican era.

This is the twenty-first time a Brazilian heritage collection has been added to the Memory of the World Latin America Register since MOWLAC’s inception in 2000.

Among the previous registries are the West India Company Archives, the 1808 Decree Opening the Maritime Ports to Trade with Friendly Nations, the Oscar Niemeyer Archives, the Indigenous People Protection Service (SP) Archives and the Committee for the Defense of Human Rights in the Southern Cone Countries (CLAMOR) Collection.

Olivier Compagnon et alii: La Gran Guerra en America Latina (libro publicado)

Olivier Compagnon, directeur de l'Institut de Hautes Etudes de l'Amérique Latine, appartenant à la Sorbonne (Paris-3), vient d'annoncer la parution d’un ouvrage collectif intitulé La Gran Guerra en América Latina. Une historia conectadaqu'il a co-dirigé avec trois collègues – Olivier Compagnon, Camille Foulard, Guillemette Martin, María Inés Tato – et qui invite à décentrer le regard sur un conflit qui demeure encore trop strictement pensé dans des cadres nationaux et européens. 
Pour Compagnon, c’est aussi la fin d’un long cycle de recherche sur la Première Guerre mondiale qui a commencé il y a une quinzaine d’années et la promesse de nouveaux horizons dans les années qui viennent.

Ici, la couverture et le sommaire de l’ouvrage:


Índice

Agradecimientos 7 
Introducción 9

La Gran Guerra y el proyecto nacional en América Latina
Las geografías de la guerra y de la beligerancia en la era de la Primera Guerra Mundial
Pierre Purseigle 27

España y América Latina ante la Gran Guerra: el frente de los neutrales
David Marcilhacy 47
¿Fue México germanófilo de 1914 a 1918?
Jean Meyer 71

Defender y orientar la Revolución: Los diputados mexicanos ante la “guerra europea” (1916-1918)
Romain Robinet 85

La sociedad cubana frente a Europa y Estados Unidos durante la Primera Guerra Mundial
Xavier Calmettes 101

Repensando 14-18 en el Perú: guerra mundial, política y controversia territorial en el pacífico
Ombeline Dagicour 115


El impacto económico del conflicto
América Latina en la estrategia global de Gran Bretaña
Phillip Dehne 137
La contribución de México a la causa de los aliados durante la Primera Guerra Mundial
Sandra Kuntz Ficker 149
La Primera Guerra Mundial y la economía peruana, 1914-1925
Carlos Contreras Carranza 171


Hacia una redefinición de la diplomacia en América Latina
El pensamiento legal internacional latinoamericano ante la Primera Guerra Mundial: el panamericanismo legal, el nuevo derecho internacional americano, y el renacimiento del latinoamericanismo defensivo (1914-1933)
Juan Pablo Scarfi 203
Pequeñas naciones frente a las grandes potencias: Las delegaciones latinoamericanas en la Conferencia de la Paz de París
Yannick Wehrli 221

¿La promesa de un amanecer? América Latina ante el nuevo orden mundial (1919-1939)
Juliette Dumont 235


La Gran Guerra en la prensa latinoamericana
Ecos de la Gran Guerra en la prensa centroamericana, 1917
Patricia Vega Jiménez 251

La Primera Guerra Mundial en la caricatura brasileña: un campo de batallas ilustradas
Rogério Souza Silva – Sílvia Capanema P. de Almeida 267

Una mirada regional a la Gran Guerra. El Informador de Guadalajara, México
Guillemette Martin 287
page2image110625344page2image110624768page2image110626304page2image110640320
La batalla por la opinión pública. El diario argentino La Unión durante la Gran Guerra
María Inés Tato 307


Los intelectuales latinoamericanos y la Gran Guerra
José Enrique Rodó y la interpretación arielista de la Gran Guerra
Susana Monreal 321

La intelectualidad mexicana proaliada en la Primera Guerra Mundial: ¿una opinión “Universal”?
Adriana Ortega Orozco 337

La Primera Guerra Mundial y el ascenso del nacionalismo cultural en Haití
Chelsea Stieber 363

Moi mon colon celle qu'je préfère... Entre objetos musicales, imágenes y versos. Recepciones de la “conflagración europea” en Lima (1914-1919)
Gérard Borras 379


Las comunidades europeas de América Latina y la guerra
Emigración, movilización militar y cultura de guerra. Los franceses de la Argentina durante la Primera Guerra Mundial
Hernán Otero 397

Los inmigrantes alemanes y sus descendientes durante la Primera Guerra Mundial en Curitiba (Brasil): Representaciones de germanofobia e integración en los periódicos locales, 1914-1917
Márcio de Oliveira 413

Solidaridad étnica en tiempos de guerra: la Casa de Trabajo alemana en Rosario, 1916-17
Valentin Kramer 429
Movilizaciones latinoamericanas
Los voluntarios latinoamericanos en las trincheras de la Gran Guerra: el caso de los alistados en el ejército francés
Manuel Rodríguez Barriga 445

La misión francesa a la prueba de la Historia: Revolución Mexicana, Primera Guerra Mundial y movilización religiosa
Camille Foulard 463


Autores 485

Por que o Brasil ainda não é um país desenvolvido? - Paulo Roberto de Almeida

Meu trabalho mais recente: 

“Por que o Brasil ainda não é um país desenvolvido?”, Brasília, 8 novembro 2018, 11 p. Ensaio de caráter histórico para o Simpósio Interdisciplinar Farroupilha 2018, a ser realizado em Santa Maria, RS, nos dias 9 e 10 de novembro. Disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/s/28ed0af501/por-que-o-brasil-ainda-nao-e-um-pais-desenvolvido).

Por que o Brasil ainda não é um país desenvolvido?

Paulo Roberto de Almeida
 [Objetivo: Exposição e síntese de argumentos sobre a condição social, econômica, política e educacional do Brasil atual, com o oferecimento de razões gerais e algumas particulares, que explicam, embora não justifiquem, nosso atraso relativo em relação a vários outros países de trajetória mais bem sucedida no último meio século; finalidade: Auto-esclarecimento; exposição pública; debate especializado] 

1. Progressos econômicos e sociais: o lento caminhar da humanidade
Perguntas complexas – como a clássica, de como e porque alguns países são desenvolvidos e outros não o são – não podem receber respostas simples, ou simplistas. Por isso, começo por simples constatações de fato, gerais, que podem ser facilmente observadas empiricamente, ou que podem ser comprovadas documentalmente pelos registros históricos. A partir dessas constatações de fato, vou então passar a discutir o caso particular do Brasil, tentando justamente não ser simples ou simplista.

Nove décimos da história da humanidade são uma sucessão de tragédias e de triunfos, mas em meio a grandes sofrimentos para a maior parte. Desnutrição, inanição e morte precoce, pela extrema fragilidade dos recursos alimentares, da intervenção de fatores naturais ou mesmo daqueles criados inteiramente pela mão do homem: invasões, guerras, dominação, escravidão, servidão, exploração, quando não matança pura e simples dos potenciais inimigos e apropriação de suas riquezas, de suas mulheres e crianças. Durante nove décimos da história humana, a escravidão foi um fato corriqueiro na trajetória de muitos povos, seja como dominadores, ou seja, escravocratas, seja como objetos da servidão forçada, pela dominação, pelas dívidas, pela submissão sob qualquer outro pretexto. A fonte de energia natural, original, primordial sempre foi, antes de mais nada e acima de tudo, a humana, seguida pela dos animais reduzidos à servidão pela domesticação humana: bovinos, equinos, muares e outras espécies. A força do fogo, dos ventos, das águas foram domesticadas pouco a pouco, e a história humana se tornou um pouco menos miserável.
(...)

Ler a íntegra neste link: 

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

USA-RPDC: bye-bye Premio Nobel da Paz? - Washington Post

Trump’s North Korea diplomacy quietly stalls


Rapprochement with North Korea has been perhaps the biggest foreign-policy achievement of President Trump’s tenure. But a number of quiet developments over the past few days suggest that there are major problems in the diplomatic process. Indeed, the United States and North Korea may have grown further apart since Trump’s historic summit with Kim Jong Un on June 12.
Secretary of State Mike Pompeo was scheduled to meet North Korea’s nuclear negotiator, Kim Yong Chol, in New York on Thursday. According to the State Department, Pompeo and his North Korean counterpart were to “discuss making progress on all four pillars of the Singapore Summit joint statement, including achieving the final, fully verified denuclearization of [North Korea]."
Pompeo said he expected to make “some real progress” at the meeting, which would be used to plan for a second Trump-Kim summit tentatively scheduled for early next year. “I’m confident that we’ll advance the ball again this week when I’m in New York City,” he told CBS News' Face the Nation.
Instead, just minutes after midnight on Wednesday, State Department spokeswoman Heather Nauert announced that the Thursday meeting would not take place. “We will reconvene when our respective schedules permit,” she said.
It was yet another sign of how diplomacy has stagnated in the months since the summit. Pompeo has traveled to North Korea and held high-level meetings with his counterparts, much like the one coming up in New York. But at the working level, where the details are actually hammered out, progress has been slow at best.
The Trump administration had hoped to move things along by appointing a dedicated special envoy, Stephen Biegun, to lead negotiations. But Biegun has not yet been able to secure a meeting with North Korean Vice Foreign Minister Choe Son Hui, who is supposed to be leading North Korea’s working-level delegation.
Many U.S. observers had chided the Trump administration for starting with high-level talks rather than with working-level meetings. Now, it seems that North Korea is the one dragging its feet on the more detailed negotiations. “My own concern is the leaders are so way out in front,” Joseph Yun, a former U.S. envoy on North Korea policy, said at a forum in Seoul last month.
The issues with this approach were reinforced last Friday, when North Korean state media suggested that the “arrogant” behavior of the United States could lead Pyongyang to restart its “byungjin” policy — simultaneously focusing on economic development and its nuclear program. It was effectively a warning that North Korea could soon resume the weapons and missile tests that led to so much tension in 2017.
Robert Carlin, a former CIA analyst and State Department specialist on Korea, wrote that the commentary was a new level of warning from North Korea. It “goes to the heart of Pyongyang’s concern that the US has been moving backwards, away from the agenda the two leaders laid out in the Singapore Summit joint statement,” Carlin wrote in a post for the North Korea-focused website 38 North.
The latest warning followed a number of other jibes from North Korean state media, including one that took the unprecedented step of criticizing Trump by name. As NK News noted, it was the “first negative casting of the American president on U.S.-DPRK diplomacy since the Singapore summit took place,” suggesting that even the high-level goodwill between Trump and Kim could be falling short.
For Trump, the breakdown in North Korean diplomacy would be a personal failure. The U.S. leader long suggested that he could solve the North Korea problem if he met with Kim himself — and he had a point. His willingness to meet the North Korean leader face-to-face this year set things in motion in a way previous U.S.-North Korea meetings, which involved officials at a lower levels, did not.
But as the Singapore summit recedes further into the past, its flaws are becoming more apparent. The brief, vague statement that Trump and Kim signed — just 400 words — did not provide a clear path for resolving the key issues in the standoff between the United States and North Korea. Both sides are still arguing over what “denuclearization” means and when it will happen, just as they were before the summit.
North Korean leader Kim Jong Un and Secretary of State Mike Pompeo before their meeting in Pyongyang on Oct. 7.
North Korean leader Kim Jong Un and Secretary of State Mike Pompeo before their meeting in Pyongyang on Oct. 7.
The U.S. president, always an unpredictable speaker, is also reported to have raised North Korean hopes about declaring an official end to the Korean War. That would grant Pyongyang some legitimacy, but many in Washington oppose such a move because of its implications for the U.S. military presence in South Korea. A Korean Peninsula formally at peace might be one on which U.S. troops would no longer be welcome.
For Pyongyang, the most important issue right now appears to be sanctions relief. But that is fundamentally at odds with the U.S. position, which says that Washington cannot ease economic pressure on North Korea because it would lose its greatest leverage over Pyongyang. Just this weekend, Pompeo emphasized that the United States would not lift sanctions until it could verify that North Korea had given up its weapons. North Korea, though, is hoping for sanctions first to be lifted.
The larger problem is that both sides are divided not only over what happens next, but also what has happened so far. The Trump administration viewed the Singapore Summit as a triumph of its “maximum pressure” sanctions policy and portrayed North Korean denuclearization as a fait accompli. But North Korea believes it forced Trump into a meeting with the success of its ramped-up nuclear capabilities, an advantage it is unlikely to give up.
Can such different views of negotiations be reconciled? Perhaps, especially given Trump’s own personal investment in talks. With the political test of the midterms over, Trump is likely to turn toward foreign policy again — and any big moves will ultimately come down to his choices.

Superministerio da economia: uma ideia que não faz sentido - Mailson da Nobrega (OESP)

Uma ideia que não faz sentido

A criação do Superministério da Economia comete muitos erros

Mailson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda no governo Sarney
O Estado de S. Paulo, 7/11/2018

A criação do Superministério da Economia, envolvendo as pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, comete muitos erros. A pretensão parece ser a de criar um novo czar da economia, com carta branca para resolver décadas de problemas do setor público. Trata-se de obra ciclópica, que não depende de um indivíduo nem tem como ser levada a cabo num período de governo. 
O czar da economia foi uma figura do regime militar, quando se governava por decretos-leis, os quais somente podiam ser aprovados ou rejeitados pelo Congresso Nacional. Hoje reformas dependem, em muitos casos, de complexas emendas à Constituição. Medidas provisórias, que eram renovadas indefinidamente (a do Plano Real foi reeditada mais de 30 vezes), agora só podem ser reeditadas uma única vez. 
Diz-se que a concentração de tamanho poder nas mãos de um superministro facilitaria o ajuste fiscal e a privatização em larga escala. Mesmo que essa fosse a saída para atingir tais objetivos, o que não é, a ideia desconsidera a complexidade e a gama de funções dos três ministérios. 
O Ministério da Fazenda, um gigante, demanda do ministro dedicação de 12 horas diárias ou mais. Sob suas ordens estão 40 organizações: nove órgãos singulares, 15 órgãos colegiados, quatro autarquias, cinco empresas públicas e três sociedades de economia mista. O ministro preside, entre outros, o Conselho Monetário Nacional (CMN), o Conselho de Política Fazendária (Confaz) e o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). A eles se subordinam o Banco Central - até que adquira autonomia operacional -, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a Secretaria da Receita Federal, a Secretaria do Tesouro Nacional, a Secretaria de Previdência, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e muitos outros. 
A incorporação do Planejamento comete um erro elementar, o de juntar funções que devem ser segregadas: as de elaboração e execução do Orçamento. É assim em praticamente todo o mundo, inclusive nos Estados Unidos. Lá, a preparação do Orçamento está a cargo de um órgão da Casa Branca, o Office of Management and Budget (OMB), enquanto a execução cabe ao Departamento do Tesouro. Ambos têm status ministerial. 
A fusão poderia piorar a qualidade do Orçamento. A separação tem uma lógica. Sua elaboração considera o médio e o longo prazos; o órgão que o executa focaliza as questões de curto prazo, ligadas à política fiscal. Afora esse erro, a junção agregaria às já amplas responsabilidades do superministro a supervisão de 23 órgãos e entidades: quatro colegiados, nove secretarias e seis fundações e empresas públicas. A ele se subordinariam, entre outros, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Escola Nacional de Administração Pública (Enap). O Planejamento cuida de assuntos que não se ajustam ao papel da Fazenda, caso da gestão de pessoal civil da União. 
Quanto à pasta da Indústria, o futuro superministro parece identificá-la apenas como fonte de pressão para obter protecionismo, subsídios e incentivos fiscais. Acontece que ela conduz várias atividades relevantes para a indústria, o comércio exterior e os serviços. A esse ministério pertencem oito secretarias e três órgãos e entidades, entre os quais o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade Industrial e Tecnologia (Inmetro), a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (Abdi) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). 
Em todo o mundo existe um ministério para cuidar dos assuntos ligados à indústria, ao comércio exterior e aos serviços. Há casos de duas pastas, uma para a indústria e outra para o comércio exterior. Novamente, os EUA são exemplo com o Departamento do Comércio, que supervisiona atividades ligadas à indústria e ao comércio. 
No Japão há o Ministério da Economia, Comércio e Indústria, que sucedeu em 2001 ao Ministério do Comércio Internacional e da Indústria (Miti, na sigla em inglês). O Miti, um dos mais poderosos órgãos do governo japonês, teve participação decisiva nas medidas que permitiram a ascensão do país no pós-guerra. A ele cabiam a política industrial e o fomento às atividades de pesquisa e investimento. A nova pasta continua separada do Ministério das Finanças.  
Em termos de gastos, a criação do Superministério da Economia economizaria muito pouco. Desapareceriam os órgãos de assessoramento direto dos ministros do Planejamento e da Indústria, mas eles são compostos, na grande maioria, por servidores públicos, que não podem ser demitidos. Cargos comissionados ocupados por não integrantes do funcionalismo federal seriam eliminados, mas não a ponto de justificar a fusão. 
Em resumo, a criação do superministério da Economia parece não ter ponderado os riscos de aglutinar a enorme quantidade de funções, órgãos e entidades integrantes das três pastas. Grande parte deles precisa ser mantida. Como a medida não produziria um super-homem capaz de assumir, supervisionar e coordenar as extensas funções e atividades que lhes caberiam, o superministério tenderia a resultar em muita confusão, vários conflitos e grande ineficiência. 
A ideia não leva em conta a História. A mesma fusão foi decidida por Fernando Collor e deu errado. Foi abandonada logo após o impeachment, quando Itamar Franco reorganizou a estrutura das pastas ministeriais. Paulo Guedes não precisa ser um superministro para se tornar um dos mais relevantes membros do próximo governo. Poderia desistir de uma ideia que não faz o menor sentido. 

* SÓCIO DA TENDÊNCIAS CONSULTORIA, MAÍLSON DA NÓBREGA FOI MINISTRO DA FAZENDA