O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Parabens ao presidente Correa, do Equador...

Parabens, de fato, pois conseguiu tornar claras certas coisas que ainda eram obscuras.
Companheiros devem se inspirar nesse caso, pois sempre se pode condenar legalmente grandes órgãos de imprensa que se manifestam de modo insultuoso contra presidentes legitimamente eleitos.
A imprensa não pode prevalecer contra a justiça, ora essa...
Parabéns ao presidente Correa por sua vitória.
Agora as coisas ficaram mais claras...
Paulo Roberto de Almeida



17/02/2012 00:50:31

Reinaldo Azevedo
O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, defendeu nesta quinta-feira a controversa condenação de três executivos e um jornalista do “El Universo”, maior jornal do país, como legítima e sem caráter político. O ministro criticou ainda o Panamá por ter concedido asilo a Carlos Pérez, diretor do diário e um dos quatro condenados. “Então todos os delinquentes neste país que sejam sentenciados que vão pedir asilo ao Panamá”, disse Patiño em rápidas declarações a jornalistas.

Simpatizantes de Correa queimam exemplares do jornal "El Universo" (AFP)
No Globo Online, com agências:
A sentença da Corte Nacional de Justiça do Equador condenou por injúria o diretor, o vice-diretor e o gerente de Novas Mídias, os irmãos Carlos, César e Nicolas Pérez, respectivamente, e o colunista Emilio Palacio a três anos de prisão e a uma multa de US$ 40 milhões. O controverso caso começou há cerca de um ano, quando o presidente Rafael Correa entrou na Justiça por causa da publicação de um artigo no “El Universo” que criticava suas ações durante a revolta policial de 30 de setembro de 2010. Em sua coluna, Palacio, que busca exílio político nos EUA, chamou Correa de ditador e o acusou de ter ordenado que um hospital cheio de civis fosse atacado.
A sentença gerou condenações de várias organizações de impresa internacional. A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol), o Repórteres Sem Fronteiras e o Comitê de Proteção para Jornalistas (CPJ) disseram estar preocupados com a liberdade de expressão no país e na América do Sul. O advogado de Defesa do “El Universo” disse que vai recorrer à Corte Interamericana e lamentou o que chamou de “submissão” do Judiciário equatoriano. “Um editor está em busca de asilo político, três executivos podem ir para prisão, e um dos principais jornais do país pode ir à falência só porque o presidente Correa não gostou de um artigo de opinião”, protestou Carlos Lauría, coordenador do programa do Comitê de Proteção para Jornalistas (CPJ) para as Américas.
Para Ricardo Trotti, da SIP, a sentença foi uma “represália à liberdade de imprensa”. A Justiça equatoriana negou na madrugada desta quinta-feira um pedido de revisão do processo no julgamento por difamação movido pelo presidente Rafael Correa contra o “El Universo”. Após 15 horas de audiência, o tribunal ratificou a sentença de prisão, além da multa que poderá levar o jornal à falência.
“A Corte Nacional de Justiça acaba de ratificar um verdadeiro estímulo à censura que poderia afetar amanhã outros meios de comunicação (…) É um desastre”, escreveu o Repórteres Sem Fronteiras num comunicado.
Já Correa, que participou da audiência e havia mobilizado pelo Twitter seus simpatizantes para uma vigília diante da corte, comemorou o veredicto junto com seus ministros e funcionários de governo. “O país está mudando. Agora vão entender que a liberdade de expressão já é de todos”, disse o presidente equatoriano, após a leitura da sentença.
Depois que a Justiça divulgou sua decisão, nesta quinta-feira, Correa disse que as afirmações de Palacio afetaram sua honra e que a sentença serviu para mostrar que “o ‘El Universo’ mentiu e que os cidadãos podem reagir diante dos abusos da imprensa”. Ele ainda sinalizou que tem o poder de reverter a condenação. “Vou consultar gente de confiança e anunciaremos ao país as decisões correspondentes”, disse Correa a jornalistas estrangeiros.
O advogado do jornal, Joffre Campaña, criticou a Justiça equatoriana, alegando que a sentença é mais um exemplo da “submissão” ao presidente Correa, e disse que vai apelar para Corte Interamericana de Direitos Humanos, pois não acredita na decisão do Tribunal Constitucional do Equador. “Retrocedemos às piores épocas de uma concentração de poder absoluta, de ausência total de independência judicial, e isso para o desenvolvimento de uma sociedade democrática é nefasto”, disse Campaña.
Poucos antes de ser anunciado o veredicto, César e Nicolás Pérez afirmaram à Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), em Miami, que temem por sua segurança física. Segundo jornais equatorianos Carlos Pérez, o único acusado que ainda permanecia no Equador, teria deixado o país durante a madrugada. Mais tarde, o presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, anunciou que deu asilo político a Carlos.
Confusão do lado de fora do tribunal
Desde a manhã de quarta-feira, centenas simpatizantes de Correa se reuniam do lado de fora do tribunal, em Quito. Vestidos com camiseta de apoio ao presidente e com bandeiras em mãos, a multidão gritou frases contra “imprensa corrupta” e chegou a insultar e até agredir os defensores do “El Universo” e jornalistas que cobriam o julgamento. A situação só foi se acalmar por volta do meio-dia. Alguns partidários de Correa chegaram a queimar exemplares do jornal. “Aplaudam, aplaudam, não deixem de aplaudir. A imprensa corrupta tem que morrer”, gritavam os aliados do presidente.
(…)

Um comentário:

Anônimo disse...

Se essa onda pega por aqui a Veja já era, visto que é especialista em plantar factóides que não são levados a sério nem pela embaixada americana.
Sobre a truculência no caso Pinheirinhos esse senhor não falou nada. Abaixo essa imprensa marrom, PIG.