O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

domingo, 18 de agosto de 2013

Orwell: ainda e sempre...

All animals are equal, but some animals are more equal than others.

Esta é a frase definidora da política contemporânea, e sobretudo apropriada aos companheiros que pretendem instaurar a igualdade um pouco em todas as partes, entre elas no Brasil. 

George Orwell era um socialista democrático, mas sempre dizia a verdade, coisa que políticos, sobretudo os de tendências totalitárias como os companheiros, preferem esconder ou distorcer. 
Por mais que eles pareçam invencíveis atualmente, nunca devemos esquecer que mesmo os poderosos podem ser estúpidos e incompetentes, como aliás parece que já está sendo demonstrado amplamente na gestão econômica do Brasil. 
Paulo Roberto de Almeida

Um comentário:

Maria do Espírito Santo disse...

Por falar em tendências totalitárias, acabamos de voltar do cinema onde assistimos ao filme Hannah Arendt.

E certamente por estar ainda profundamente impactada com o pensamento desta brilhante filósofa, não entendo que o pior na política seja a distorção da verdade, a estupidez ou a incompetência. O pior, o irremediável, na política é a recusa determinada, sistemática, de se pensar criticamente, e, por extensão, assumir a responsabilidade pelos próprios atos.

O mal, para Arendt, não era algo tenebroso diretamente associável ao fáustico Mefisto. Não. Para ela, o mal era derivado do homem banal, trivial, comum. O homem que não se atreve a exercer o atributo ôntico que lhe caracteriza: o ato de pensar e assumir as consequências dos seus atos.

Penso que no Brasil vige exatamente este gênero de banalidade, não só entre os políticos como também entre todos os cidadãos. Há "esquemas" a serem seguidos em todos os ambientes e na hora de se apontar culpados ou inocentes a desculpa dos acusados são sempre as mesmas: ou ele não sabia de nada, ou era "apenas" uma peça numa engrenagem contra a qual não valeria a pena se revoltar e tentar alterar.

Esta recusa terminante ao ato de pensar quanto se apossa, por exemplo, da casta dos intelectuais (vide Marilena Chauí) dá, inexoravelmente, em tragédia. E o holocausto foi o resultado direto disto.