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quarta-feira, 18 de julho de 2007

754) In Memoriam Julio Redecker

Minha homenagem a um amigo precocemente desaparecido...

No dia do terrível acidente com o avião da TAM, vôo 3054, de Porto Alegre a São Paulo, que vitimou 186 passageiros e tripulantes, em 17 de julho de 2007, eu estava em Porto Alegre. Vim ao sul para acompanhar minha mulher, a historiadora Carmen Lícia Palazzo, que participa do congresso da ANPUH (Associação Nacional de Professores Universitários de História), em São Leopoldo. Viemos de carro, desde Brasília, já prevendo o caos dos aeroportos no decorrer do mês de julho. Não esperávamos, contudo, mais um trágico acidente, depois daquele que ocorreu com o avião da Gol, em setembro de 2006, vitimando 154 passageiros e tripulantes.
Não era difícil, sem embargo, prever mais um acidente, em vista do imenso rol de problemas que se acumulam nessa área desde aquela época: chantagem dos controladores, inépcia das autoridades da área, inadequação da infra-estrutura em alguns aeroportos e outros problemas inesperados.
Faleceu no vôo de Porto Alegre, o deputado Julio Redecker, a quem conhecia pessoalmente, um dos mais ativos participantes da CPI do Apagão Aéreo e que, poucas semanas antes, fazia justamente uma advertência às autoridades da área, perguntando se elas estavam esperando a próxima tragédia a enlutar as famílias brasileiras antes de agir de modo decisivo para sanar a verdadeira bagunça que virou o sistema aeronáutico brasileiro. Infelizmente, a tragédia acabou enlutando a sua própria família.
Poucos dias antes desta ultima tragédia, um juiz, que havia preliminarmente interditado a pista de Congonhas, justamente por não corresponder a normas mínimas de segurança em caso de chuva, havia levantado essa liminar, sob promessa das autoridades de que os trabalhos iriam começar proximamente.
O Brasil nao merece tanta inépcia, tanta incompetência, tanta irresponsabilidade de quem supostamente deve responder pelo setor.
Nunca antes na história do Brasil tivemos um tal acúmulo de erros na gestão geral do Estado e de áreas importantes para a segurança dos cidadãos.
Vivemos um verdadeiro apagão administrativo...

Paulo Roberto de Almeida
Porto Alegre, 18 de julho de 2007

2 comentários:

Anônimo disse...

Faço de suas, as minhas palavras!!!

Maria do Espírito Santo disse...

Eu também, Ana Cecília, excetuando o que foi narrado na maior parte do primeiro parágrafo. Desculpe-me a cópia, mas é que tenho pouca criatividade e não sei lidar muito bem com as palavras.