Artigo do Le Monde, de seu correspondente no Rio de Janeiro. As informações devem ter saído da imprensa chilena ou boliviana, pois nunca li qualquer comentário a esse respeito na imprensa brasileira.
Em todo caso, se espera que esse túnel resolva o problema diplomático, e não constitua nenhum novo problema financeiro para a Bolívia, pois deve ficar caro todo o projeto. Talvez investidores internacionais se interessem pela sua construção, desde que a Bolívia possa pagar em gás.
O problema é que a Bolívia tem um regime de investimentos estrangeiros muito restritivo, tendo nacionalizado todos os seus recursos de hidrocarburos, que agora ela não consegue explorar por falta de capitais e de competência.
A seguir...
PRA
Un tunnel de 150 km, et la Bolivie "retournera à l'océan"
LE MONDE, 30.05.09
Un long tunnel, en partie creusé sous la cordillère des Andes, pourrait résoudre le plus douloureux conflit territorial d'Amérique du Sud, en redonnant un accès maritime à la Bolivie. Ce projet titanesque, à première vue utopique, a été proposé par trois architectes chiliens renommés, qui le jugent techniquement plus facile à réaliser que le tunnel sous la Manche.
Ce tunnel serait long de 150 km, un record mondial. Il partirait de la ville bolivienne de Charana et suivrait la frontière entre le Pérou et le Chili. Après avoir traversé les Andes et le désert d'Atacama, il déboucherait sur une île artificielle construite dans le Pacifique, à 800 mètres au large.
L'île serait propriété bolivienne. Elle marquerait la pointe d'un triangle maritime transformé en zone internationale. L'ouvrage abriterait une voie routière et un gazoduc permettant le transport du gaz bolivien, principale source de devises du pays. Cette solution permettrait de satisfaire la Bolivie sans porter atteinte à la souveraineté du Chili et du Pérou.
Les gouvernements bolivien et chilien ont accueilli favorablement le projet. La Paz s'est dit prêt à étudier "cette proposition d'avant-garde et imaginative". Santiago s'est déclaré ouvert "à toutes les suggestions susceptibles d'améliorer l'intégration latino-américaine".
GUERRE DU PACIFIQUE
La Bolivie a perdu son littoral lors de la guerre du Pacifique (1879-1884), qui eut pour enjeu le contrôle des richesses du désert d'Atacama, notamment le guano et le salpêtre. A l'issue de ce conflit armé entre un Chili conquérant et ses deux voisins du Nord, la Bolivie fut privée de sa souveraineté sur une bande côtière de 400 km. Depuis, elle est, avec le Paraguay, le seul Etat enclavé en Amérique du Sud.
Cent vingt-cinq ans plus tard, cette profonde blessure de l'Histoire reste à vif. La Constitution bolivienne fait de l'"accès souverain à la mer" un "droit imprescriptible". Chaque 23 mars, le pays commémore le Jour de la mer. "Tôt ou tard nous retournerons à l'océan", promet le président Evo Morales.
Au fil des décennies, diverses solutions ont été imaginées : couloir d'accès terrestre, enclave bolivienne au statut douanier spécial, sectorisation de la ville côtière d'Arica, frontalière entre Chili et Pérou.
En 2007, pour la première fois, le Chili a accepté que l'accès à la mer fasse partie d'un agenda de discussion de 13 points, malgré l'absence de relations diplomatiques depuis 1978. On y parlera peut-être, un jour, du projet de tunnel. En attendant son éventuelle construction, les navires de la marine bolivienne continueront de patrouiller sur le lac Titicaca, à 3 800 m d'altitude.
Jean-Pierre Langellier (Rio de Janeiro, correspondant)
Article paru dans l'édition du 31.05.09.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
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