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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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sexta-feira, 17 de maio de 2019

China is ‘unlikely to simply collapse’ - Democracy Digest

A União Soviética era algo como uma "aldeia Potemkim", ou seja, uma grande farsa, um castelo de cartas, ou de areia, esperando a derrocada final, tantos eram os absurdos acumulados em setenta anos de bolchevismo irracional, ineficiente, inoperável.
A China é diferente, como alerta esta matéria de Democracy Digest: é uma grande civilização, que já era um Estado avançado muitos séculos atrás, que decaiu durante dois ou três séculos, mas que vem se recompondo, como a maior ditadura burocrática existente em todos os tempos. Um Estado orwelliano, diferente do stalinismo idiota dos bolcheviques.
Essa situação precisa ser reconhecida pelos pesquisadores.
Paulo Roberto de Almeida

Adversary or enemy? China is ‘unlikely to simply collapse’


The Soviet Union and its satellites were an apparatus of state terror, resting on an ideology of class hatred, foisted on nations that wanted no part of either. It was always a house of cards, says analyst Bret Stephens. China is not like that. It’s a regime, but it’s also a nation and a civilization, and the three are tightly woven. It will evolve one way or another, but it’s unlikely to simply collapse, he writes for The New York Times:
Since Xi Jinping came to power in 2012, China has behaved in increasingly nefarious ways. Domestically, it has shifted from one-party to one-man rule and become a surveillance state that locks up innocent people by the hundreds of thousands in concentration camps. Abroad, it snoopsstealskidnaps, cheatspollutesunderminescorruptsproliferates, and bullies. …China also poses an underappreciated danger. By many measures, it has already peaked. Its economy is sliding; its debt is exploding; its population is aging; its workforce is shrinking; and its most successful citizens are leaving. Rising powers can bide their time. Declining ones — at least authoritarian ones — tend to take their chances. 
And yet, Stephens adds…… As the Canadian scholar Michael Ignatieff once pointed out (in a different context), there’s a difference between adversaries and enemies — between those whose designs “you want to defeat” and those whose very existence “you have to destroy.”
Xi is now engaged in ideological competition with liberal democracy, invoking cultural diversity as a pretext for asserting Beijing’s sharp power, reports suggest.
Although information is increasingly globalized and internet access is spreading, China and other authoritarian states have managed to reassert control over the realm of ideas,  Christopher Walker, Vice President at the National Endowment for Democracy, told the House Permanent Select Committee on Intelligence hearing on China’s emerging digital authoritarianism and global influence operations (above).
For its part, the National Endowment for Democracy (NED) and its associated institutes have set in motion a response to this multifaceted challenge, he added:
NED’s programmatic approach to addressing China’s influence around the world that threatens democratic norms, standards and institutions is anchored in three interrelated components: developing and accelerating the capacity of think tanks, civil society and journalists to study and analyze Chinese influence in politics, the economy and society; strengthening the ability of these actors, including those working in the civic technology space, to respond appropriately and strategically; and linking efforts at the country level with counterparts engaged in similar work around the world.
On Thursday, May 16 at 9 am, the House Permanent Select Committee on Intelligence addressed China’s emerging digital authoritarianism and global influence operations targeting the United States and its partners (above):
Under President Xi Jinping’s leadership, China is deploying on an unprecedented scale a pervasive surveillance network that harness advances in emerging technologies – including artificial intelligence and machine learning – to eliminate domestic political dissent and optimize the Chinese Communist Party’s (CCP) political control. Alarmingly, China is exporting this model of technology-driven social control to countries throughout the world, contributing to an international resurgence in and slide towards authoritarianism in many emerging democracies.
In addition to the NED’s Walker, the Committee has invited the following witnesses to attend:
  • Dr. Samantha Hoffman – Non-Resident Fellow at the Australian Strategic Policy Institute’s International Cyber Policy Centre
  • Peter Mattis – Research Fellow in China Studies at the Victims of Communism Memorial Foundation
  • Dr. Jessica Chen Weiss – Associate Professor of Government at Cornell University
Among other issues, the Committee will seek testimony about:
  • China’s adoption and exportation of invasive surveillance measures designed to optimize political control, including the social credit system and Huawei’s “Safe City” solution;
  • China’s overseas influence operationstargeting the U.S. and Five Eyes governments, including the activities directed by the Chinese Communist Party’s (CCP) United Front Work Department; and
  • The Chinese Communist Party’s return to a personalistic dictatorship model, rising nationalist sentiment within China, and the implications of Beijing’s efforts to challenge the international order.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Internet: o Estado orwelliano (e fascista) pretende regular o ambiente

Um alerta, mais do que necessário, sobre o contínuo avanço dos "reguladores sociais", que pretendem nos dizer que com o Estado estamos melhores do que num ambiente não regulamentado, servido por provedores privados, em competição entre si, com plena liberdade de mercado...
Paulo Roberto de Almeida

O GOVERNO VAI AVANÇAR NA REGULAÇÃO DA INTERNET NO BRASIL
Daniel Marchi
24 de janeiro de 2015,   6:23pm

Peço alguns minutos de atenção para uma postagem um pouco mais longa. Em alguns dias teremos novamente discussões em torno do famigerado Marco Civil da Internet (MCI), a lei que inaugura a era da regulação estatal na Internet. O MCI determinou que a neutralidade de rede deveria passar por uma regulamentação, um detalhamento, e que o texto final dessa regulamentação sairia de um Decreto da Presidência da República.

É isso mesmo, não bastasse o erro em si em se querer regular a Internet, ela ainda será feita por Decreto presidencial. Uma exposição mais extensa sobre o equívoco que é a imposição da neutralidade de rede encontra-se em http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1815

No entanto, algo novo – e ainda pior que a neutralidade de rede – está no ar. É uma proposta de lei para “Proteção de Dados Pessoais”. Sabemos bem o que isso significa, não é mesmo? Com o argumento de que os dados pessoais estão sujeitos a violações e de que somos incapazes de escolher empresas (sites, provedores etc) que nos forneça serviços seguros, o governo criará normas e mecanismos que facilitem o controle governamental das bases de dados pessoais. Um ambiente descentralizado e competitivo será substituído por leis centralizadoras e que vão interferir diretamente na gestão interna das empresas de Internet.

Estão abertos alguns canais para coleta de contribuições e opiniões sobre os temas. Claro, no final das contas já se sabe quais contribuições serão levas em consideração: aquelas que endossam e aplaudem a intervenção do estado na rede. Mesmo assim penso que é importante, em cada um dos canais, deixar registrado a opinião de quem não quer o governo interferindo no livre funcionamento da Internet, de quem prefere que as empresas ofereçam segurança e criptografia dos dados pessoais, de quem quer ser protegido DO governo, e não PELO governo.

Até o dia 31 de janeiro o Comitê Gestor da Internet (CGI.br) receberá contribuições:

- A divulgação da abertura para contribuições está em:
http://www.cgi.br/noticia/cgi-br-abre-chamada-de-contribuicoes-sobre-temas-da-regulamentacao-do-marco-civil/

- A página para postagem das contribuições é:
http://marcocivil.cgi.br/

Dia 28 de janeiro o Ministério da Justiça começa a coleta de contribuições para a regulamentação do Marco Civil da Internet e para o Projeto de Lei de Proteção dos Dados Pessoais.

- A divulgação do Ministério da Justiça está em:
http://www.justica.gov.br/noticias/marco-civil-da-internet-e-protecao-de-dados-pessoais-vao-a-debate-publico

- A página oficial do MJ no Facebook sobre o tema é:
https://www.facebook.com/pages/Debate-Público-Proteção-de-Dados-Pessoais/170882592934972?sk=timeline

REPETINDO: É muito importante que os amantes da liberdade e dos direitos individuais se informem sobre o Marco Civil da Internet, sobre este Projeto de Lei de Proteção dos Dados Pessoais e manifestem sua opinião nessas páginas. A internet tem que permanecer livre e competitiva, para isso temos que combater toda e qualquer interferência do governo na rede.