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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

14 Dicas para Comunicar Ideias de Liberdade - Daniel Bier (Estudantes pela Liberdade)


Por Daniel Bier


Minha amiga Libertarian Girl me perguntou o que penso que os liberais deveriam fazer para comunicar melhor as suas ideias. Esta é uma pequena lista de coisas que eu vejo como eficazes ou contraproducentes. Minha lista não é extensa, nem deve ser levada como uma acusação a todos os liberais – na realidade, ela se parece mais como uma lista de enganos que eu cometi, e estratégias eficientes que observei sendo empregadas por outros – mas pode ser útil para algumas pessoas.
1. Não faça referências à filosofia libertária quando estiver falando sobre políticas públicas com um público genérico, a não ser que seja absolutamente necessário.
2. Utilize-se de recursos baseados em valores comuns entre você e quem estiver lhe ouvindo.
3. Discuta com boa vontade: presuma que o outro lado acredita no que está afirmando, e realmente deseja o melhor para a sociedade. Conceda às pessoas o benefício da dúvida: atacar as intenções de alguém é uma boa forma de irritá-lo, mas não de convencer outras pessoas.
4. Não espere converter alguém a uma ideologia ou visão de mundo diferente no decorrer de uma conversa. Isso nunca acontece. Converse sobre questões específicas, e sobre porque a defesa de mais liberdade, ao invés de menos, é a solução para aquele problema.
5. Saiba quem é o seu público. Você está tentando convencer a pessoa com quem está debatendo, ou está tentando convencer terceiros que estão ouvindo a conversa?
6. Saiba aonde você quer chegar, e pense de maneira realista sobre como você pode alcançar isto.
7. Fale sobre coisas com as quais o público se importa, e mantenha uma linguagem com a qual eles possam se identificar. Se você está tentando convencer pessoas a se preocuparem com alguma coisa com a qual elas não se importam, justifique relacionando-a a valores com os quais eles se importam. (Ver item número #2)
8. Não seja condescendente e não tende agradar. Adapte sua mensagem de acordo com o público ao qual está se dirigindo, mas trate-os como adultos racionais e responsáveis. Seja honesto e veemente. Pessoas que possam estar inclinadas a discordar de você irão ao menos respeitar sua sinceridade.
9. Quando estiver dirigindo-se a grupos específicos, esteja ciente das questões que podem ser mais relevantes para eles (ver item #7), mas argumente por que o ponto X é bom para todos, e não apenas “como parte do grupo tal…” isto seria de interesse restrito à eles.
10. Torne a questão pessoal: ajude as pessoas a se identificarem com a sua posição ou com seu descontentamento em um nível humano. O Intitute for Justice é muito bom nisso.
11. Não apele para a auto-piedade ao retratar libertários como vítimas de perseguição. Não é atrativo, não é convincente, e simplesmente não é verdade.
12. Não culpe alguma nefasta força externa se nós perdermos o debate – entidades estrangeiras, “a mídia esquerdista”, etc. Algumas vezes nós perdemos apenas porque não estamos sendo convincentes o suficiente.
13. A veracidade é importante. Não utilize axiomas para cortar caminho através de questões complexas, em direção a uma conclusão pré-determinada. Evidências empíricas (dados, assim como casos em pequena escala) fazem a diferença. Utilize-os para orientar a  aplicação dos princípios liberais em questões específicas. Como disse Trevor Burrus, baixe o facão e arme-se de um bisturi.
14. Tenha senso de humor. Tente não levar para o lado pessoal as opiniões discrepantes. Se a pessoa com a qual você está debatendo está te deixando estressado, você perderá a chance de conectar-se tanto com ela quanto com o público.
Update: Algumas pessoas comentaram que a maior parte disso é senso comum. Eu concordo. Senso comum é o nome que damos às coisas que são óbvias, porém difíceis.
Tradução: Artemis Wyrd
Revisão: Pedro Meneze
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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Estudantes Pela Liberdade entrevistam Rodrigo Constantino: um liberal-conservador racionalista (definicao PRA)

Por Marcelo Lourenço
Colunista da EPL Comunicação
Hoje o convidado do EPL Entrevista é o economista Rodrigo Constantino. Formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Constantino é presidente do Instituto Liberal e membro-fundador do Instituto Millenium. Com um blog no site de Veja e uma coluna quinzenal no jornal O Globo, ele se tornou um grande expoente da defesa do liberalismo no país. Além disso, está lançando seu oitavo livro: “Esquerda Caviar”.
Você escreveu um livro chamado “Economia do indivíduo: o legado da Escola Austríaca” e também é conhecido pela sua defesa do livre mercado, se baseando na maioria das vezes nos economistas austríacos. Onde você conheceu a EA?
No trabalho. Um dos sócios da gestora em que trabalhava era Paulo Guedes, doutor pela Universidade de Chicago. Foi ele quem me recomendou a leitura de Mises e Hayek. Comecei por “The Constitution of Liberty”, de Hayek, e fiquei encantado. A partir de então, fui descobrindo os demais autores e lendo, tanto os mais antigos (Menger e Bohm-Bawerk), como os mais novos. Eu já era um liberal, pois nunca fui outra coisa. Mas o contato com a EA me deu uma base e uma visão diferentes.
Há não muito tempo, você passou a se considerar um conservador, o que desagradou muitos, mas rendeu a admiração de outros. De onde partiu essa mudança?
Eu disse isso, mas não sei se sou um conservador, e tenho receio de rótulos. Ainda me considero um liberal, mas há diferentes tipos de liberais. Sempre fui mais cético, avesso às utopias. E isso me aproxima de uma linha mais conservadora, que rejeita revoluções, soluções mágicas ou definitivas. Não sei dizer o que me trouxe aqui, mas diria, para irritar um pouco mais os colegas libertários radicais, que foi maturidade. Uma filha pré-adolescente também te faz enxergar o mundo com mais atenção no que diz respeito aos valores morais e o entorno. Boas leituras também me ajudaram, como Theodore Dalrymple, Kirk, João Pereira Coutinho, entre outros. O que significa ser um liberal com tendências um pouco mais conservadoras? Que você irá rejeitar revoluções, que será cético contra utopias, que não pensará que basta acabar com o estado que tudo será uma maravilha, que certas tradições são fundamentais para preservar nossas liberdades, que não existe algo como “liberdade plena” na vida em sociedade, que a razão é limitada e devemos tomar muito cuidado com a “arrogância fatal”, de que falava Hayek.
O seu novo livro, Esquerda Caviar, é caracterizado por Luiz Felipe Pondé como “uma pérola em meio ao mar de obviedades e mentiras comuns na literatura ‘intelectual’ nacional.” Comente sobre sua nova obra.
Considero meu melhor livro de longe, e também o mais conservador. É um ataque fulminante à hipocrisia daqueles que valorizam mais as aparências do que os resultados concretos de suas ideias. Querem apenas monopolizar as boas intenções e buscar o regozijo pessoal dessa sensação de superioridade moral proveniente apenas dos discursos retóricos. Os chamamos de “posers” nas redes sociais. Amam as causas nobres, desde que não precisem gastar duas calorias para defendê-las, e que não precisem realmente viver de acordo com elas na prática. O capítulo que mais vai incomodar alguns libertários é justamente aquele que fala de uma postura que os aproxima da esquerda: o pacifismo. Geopolítica não é para românticos ou inocentes, que habitam o fantástico mundo das torres de marfim. Guerra se vence ou se perde. Não dá para ser contra tudo e todos que estão aí, sem tomar algum partido, quando a própria sobrevivência está em jogo.
Um detalhe importante: conforme dito acima, Esquerda Caviar é o meu livro mais conservador, mas não acho que um liberal vá discordar de muita coisa. Posso ter carregado mais no ataque aos que tentam degradar valores morais e culturais, mas compreendo que isso não precisa ser bandeira exclusiva dos conservadores. Liberal não tem que ser sociopata. O entorno tem influência em nossas vidas. Se os valores estéticos desaparecem, isso tem impacto nos valores éticos também. A ditadura do politicamente correto é duramente condenada no livro, e isso deveria ser do interesse dos liberais e libertários também. Os movimentos coletivistas racial, sexual e de gênero também podem e devem ser combatidos pelos liberais. Não é atacar o gay, por exemplo, mas o movimento gay. O gay, enquanto indivíduo, merece respeito dos liberais. O movimento não. São coisas bem diferentes.
Recentemente você assumiu a presidência do Instituto Liberal, uma organização que fora muito influente quando estava sob o comando de seu fundador, Donald Stewart Jr., mas que nos últimos anos esteve pouco atuante. Como você, agora na presidência, pretende continuar o grande legado desse Instituto?
Nosso foco principal tem sido o blog, em uma linguagem dinâmica voltada para um público mais jovem. As redes sociais são nossa grande oportunidade. Com custo reduzido, podemos ter um alcance maior. O IL se tornou uma espécie de “vigilante da mídia”, trazendo alguns textos diários sobre temas do cotidiano, sempre com uma lupa mais liberal e crítica, pois a grande imprensa tende a ser mais de esquerda. Palestras têm sido realizadas pelo Brasil também. Na frente, queremos voltar a publicar livros, talvez uma revista eletrônica, ter inserção na rádio e na TV. O principal é divulgar os valores liberais. Os instrumentos podem variar.
Há dois meses você iniciou o seu blog no site de Veja, que conta também com outros blogueiros, como Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes e Caio Blinder. Como está sendo essa experiência?
Fantástica. Adoro o que faço, e a vantagem do blog é sua informalidade. É um bate-papo com meus leitores, e isso é muito legal. Só que nunca trabalhei tanto na vida. Não há horário. A qualquer momento posso escrever um texto novo. A linha divisória entre semana e fim de semana desaparece um pouco. E assunto é o que não falta nesse país. Resultado: tenho escrito uma média de 5 a 10 textos por dia! Mas a reação tem sido positiva. O blog nasceu com 850 mil visitas no primeiro mês, e repetiu o montante no segundo. É uma audiência respeitável, e uma incrível oportunidade para divulgar as ideias liberais. Quando que os austríacos teriam tanto espaço assim no “mainstream”? Ventos de mudança? Espero.
O senhor criou algumas desavenças com os libertários/anarcocapitalistas, aos quais tece muitas críticas. Em seu ver, qual o grande problema nos admiradores de Rothbard e Hoppe?
A intolerância. Quando o sujeito pensa que descobriu uma pedra filosofal, uma receita mágica que responde tudo, um critério ou um único valor ético absoluto que servirá de base para definir todos os aspectos da vida em sociedade, ele passa a ser intolerante com as divergências, com a pluralidade. A vida é mais complexa que isso, conta com valores em choque, muitas vezes incomensuráveis, em conflito insolúvel. Há apenas “trade-offs” nesses casos, não soluções. Essa deve ser, em minha opinião, a postura realmente liberal. Mas alguns “ancaps” não aceitam isso, pois eles “sabem” o que é certo, em todos os casos, sempre, com base nessa receita de bolo simples (simplista). É limitado demais, até infantil. E essas pessoas acabam flertando com um radicalismo que me parece incompatível com a postura mais humilde do liberalismo.
Quais são os pensadores que melhor representam o seu pensamento político e econômico como um todo?
Difícil dizer, mas poderia colocar uma lista de importantes influências: Thomas Sowell, Isaiah Berlin, Ludwig von Mises, Hayek, Ayn Rand, Theodore Dalrymple, Mario Vargas Llosa, Karl Popper, Milton Friedman, Nelson Rodrigues, Roberto Campos e Luiz Felipe Pondé, para incluir autores brasileiros.
Em sua opinião, qual a importância do EPL, uma redes estudantil que busca a propagação das ideias de liberdade na universidade?
A importância é enorme. Acredito muito no poder das ideias, e acho que temos que mudar a mentalidade das pessoas, levar a mensagem liberal para mais gente. Isso é fundamental para mudar os rumos do país: investir em ideias! Sem isso, seremos prisioneiros dos mesmos equívocos ideológicos que têm atrasado nosso país. Os jovens precisam ter acesso a outra visão além da marxista ou keynesiana predominantes nas universidades.
Considerações finais do entrevistado.
Agradeço pela oportunidade e pelo espaço, e gostaria de finalizar fazendo um apelo: não se fechem em sistemas completos, que possuem todas as respostas para a complexa vida em sociedade. E também não leiam apenas aqueles autores que reforçam as crenças pré-estabelecidas. Inclusive, acho muito saudável ler coisas fora do tema específico, como literatura ou psicologia (Freud). Isso dá uma abrangência maior, um escopo de visão mais robusto para apreender o mistério da vida humana. Devemos ter nossas convicções, após bastante reflexão, mas sempre buscar entrar em contato com o contraditório para mudar ou fortalecer nosso ponto de vista. Mantenham a cabeça aberta. Mas como diria Chesterton, também não tão aberta a ponto do cérebro cair fora dela!
EPL Entrevista é uma coluna  publicada todos os sábados sob a condução do estudante Marcelo Lourenço, da equipe EPL Comunicação.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Von Mises em Caruaru, PE (sort of...)

Bem, não era exatamente o Ludwig, mas pessoas de nomes bem brasileiros, falando sobre as lições de Von Mises e seus ensinamentos para o Brasil de hoje, entre essas pessoas este modesto blogueiro, mostrado na foto com novos amigos pernambucanos e misenianos aprendizes, como eu aliás.
Quero destacar também -- já que não está mencionado no post abaixo -- a presença de Everton Renault, músico, empreendedor em TICs, amante da liberdade, que nos brindou com uma breve e cativante exposição sobre o uso das TICs no empreendedorismo individual (ver sua página em: https://www.facebook.com/evertonrenault).
No encontro, apresentei este trabalho: 

Intervencionismo governamental:
na ótica de Von Mises e na prática brasileira

Pretendo postá-lo assim que terminar a revisão. Em todo caso, os interessados em conhecer um pouco mais da obra de Von Mises, recomendo o site do Mises Brasil (http://www.mises.org.br/), ou ir direto ao livro, aqui: 
Política Econômica: Pensamentos para Hoje e Amanhã (nos links, para a versão texto: http://mises.org/etexts/ecopol.asp; e para a versão em pdf: http://mises.org/etexts/ecopol.pdf). Em Português existe uma boa tradução de Maria Luiza X. De A. Borges, sob o título de As Seis Lições (publicado em 1985 pela Editora José Olympio, em colaboração com o Instituto Liberal, cuja 6a. edição, de 1998, encontra-se disponível no site do Ordem Livre, sob este link para a versão em pdf: www.ordemlivre.org/wp-content/uploads/mises-seislicoes.pdf).
Paulo Roberto de Almeida

A informação abaixo figura neste link: http://www.estudantespelaliberdade.com.br/index.php/blog/265-ceap-caruaru


Evento reuniu empreendedores no agreste pernambucano durante o fim de semana
pe-caruaru
CARUARU/PE - O fim de semana foi marcado pela segunda edição do Congresso de Empreendedorismo do Agreste Pernambucano, organizado pelo embaixador do EPL no Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco (CAA/UFPE), Thiago Beserra Gomes, com apoio do Instituto Millenium.
O evento reuniu estudantes da região, principalmente dos cursos de Relações Internacionais, Economia e Administração, que participaram de dois dias de atividades. Estiverem presentes outros dois embaixadores do EPL, ambos recifenses: Giovanne Amaral, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFPE, e Aécio Prado, da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).
CEAP
Aécio Prado, Giovanne Amaral, Paulo Roberto de Almeida, Thiago Gomes e Erick Vasconcelos
O congresso contou com quatro palestrantes. O principal deles foi o diplomata Paulo Roberto de Almeida, mestre em planejamento econômico pelo Colégio dos Países em Desenvolvimento da Universidade de Estado da Antuérpia (Bélgica), doutor em ciências sociais pela Universidade de Bruxelas (Bélgica) e que já trabalhou como assessor especial no Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
Os outros foram o jornalista Erick Vasconcelos, tradutor, professor de inglês e fundador do Instituto Ludwig von Mises Brasil, que estuda há vários anos a metodologia e economia da Escola Austríaca de Economia; o professor Edvaldo Sampaio, empresário e ex-Assessor da Diretoria do Banco do Brasil em Brasília, formado em Direito e mestrando em Psicologia; além do próprio Thiago Gomes, que é estudante de economia e possui 20 artigos científicos publicados, inclusive na Europa, além de atuar como organizador de eventos e possuir uma franquia publicitária.