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quarta-feira, 7 de abril de 2021

Hipólito da Costa: um jornalista de sete instrumentos - Paulo Roberto de Almeida e outros autores, Observatório da Imprensa

 Hipólito da Costa: um jornalista de sete instrumentos

 

Paulo Roberto de Almeida

Rio de Janeiro, 1897: 29 maio e Brasília, 10 junho 2008, 3 p. 

Depoimento concedido à TV Brasil no quadro do programa especial do Observatório da Imprensa sobre Hipólito José da Costa e os 200 anos da imprensa no Brasil. Não registrado de forma independente. Integrado seletivamente ao programa e descrito em matéria do Boletim Observatório da Imprensa (10.06.2008; Programa “200 Anos da Imprensa no Brasil – Parte 2”, apresentado em 10 de junho de 2008).

 

 

Observatório da Imprensa na TV

200 anos da imprensa brasileira: Correio Braziliense e Hipólito da Costa

Por Lília Diniz em 11/6/2008

 


O Observatório da Imprensa exibido na terça-feira (10/06) pela TV Brasil comemorou o bi-centenário do primeiro jornal do país, o Correio Braziliense. Impresso em Londres pelo jornalista Hipólito da Costa, o periódico circulou de 1808 a 1822, um período de profundas transformações na estrutura sócio-política do Brasil. Perseguido pela Inquisição, hoje Hipólito é o patrono dos jornalistas e da cadeira 17 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Participaram do programa ao vivo a historiadora Isabel Lustosa, no estúdio do Rio de Janeiro, e o escritor e professor Antônio Costella, em São Paulo.

 

No editorial que precede o debate ao vivo, Alberto Dines questionou a razão de a imprensa não ter valorizado os 200 anos do Correio: "Que pecado cometeu Hipólito da Costa para ser esquecido numa data tão gloriosa? O que há de errado na sua biografia para incomodar tanto os donos da verdade? Só porque era maçom, só porque combateu a censura e a Inquisição, deve Hipólito ser condenado ao esquecimento?". O jornalista ressaltou que as duas exceções foram a Folha de S.Paulo e o Correio Brasiliense do Distrito Federal.

 

Também antes do debate, Dines comentou os fatos de destaque da semana. A estréia da jornalista Lílian Witte Fibe como âncora do programa Roda Viva, da TV Cultura, foi o primeiro tema da seção "A mídia da Semana". Em seguida, o foco foi o papel da imprensa no monitoramento dos candidatos nas próximas eleições municipais. Para finalizar, Dines analisou a falta de continuidade da cobertura esportiva e o mote do comentário foi a polêmica do último jogo do Vasco da Gama contra o Cruzeiro.

 

A primeira grande missão de Hipólito

 

A reportagem exibida antes do debate ao vivo mostrou que Hipólito da Costa nasceu na colônia de Sacramento, uma povoação portuguesa que hoje pertence ao Uruguai, em 1774 e era filho de fazendeiro. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra, em Portugal, em 1798. O diplomata e cientista político Paulo Roberto Almeida explicou que D. Rodrigo de Souza Coutinho, então ministro de D. João VI e futuro Conde de Linhares, encarregou Hipólito da Costa de uma missão que marcou a vida do jornalista: uma longa viagem de prospecção industrial e agrícola aos Estados Unidos.

 

O objetivo era recolher espécies e modelos e enviar relatórios a Portugal. O projeto tinha aspectos secretos, como a missão de recolher amostras da cochonilha, um inseto usado no processo de tingimento. Além da Filadélfia, onde passou a maior parte dos dois anos, Hipólito também conheceu Washington e Nova York.

 

Hipólito da Costa escreveu um relato desta "viagem antropológica aos Estados Unidos", como definiu Paulo Roberto Almeida, o Diário da Minha Viagem para a Filadélfia. No livro, o jornalista tratou de assuntos como o sistema bancário americano, eleições, indústria, especulação financeira, democracia e liberdade de culto. Também se deteve sobre temas mais amenos, como festas, mulheres e cavalos. Para o jovem Hipólito da Costa, educado em Coimbra, o comportamento do presidente americano parecia "grosseiro" e as festas locais, "caipiras". Hipólito conheceu um mundo completamente diferente do Europeu.

 

O relato do jornalista, o primeiro americanista brasileiro, é "atual" na opinião de Paulo Roberto Almeida. Provavelmente, foi nesta viagem que Hipólito da Costa foi iniciado na maçonaria e teve o primeiro contato com idéias liberais. "Foi uma espécie de mestrado prático que ele fez", analisou o diplomata. Neste período, conheceu as idéias do pensador e jornalista americano Benjamin Franklin e solidificou suas convicções democráticas e liberais.

 

A Inquisição persegue Hipólito

 

Nomeado em 1801 para a Imprensa Real, Hipólito fez uma viagem oficial à Inglaterra e França. Quando retornou, foi preso, acusado de disseminar a maçonaria. Passou três anos nos cárceres da Inquisição. Fugiu para Londres em 1805, onde conheceu o duque de Sussex, filho do rei da Inglaterra e também maçom. Hipólito foi protegido por ele quando os portugueses pressionaram o governo britânico para que o jornalista fosse repatriado. Londres era uma espécie de metrópole universal do século XIX. Hipólito da Costa conviveu com diversos líderes latino-americanos como Simon Bolívar, Francisco de Miranda e San Martín.

 

Em 1811, Hipólito publicou o livro Narrativa da perseguição, sobre o cárcere e os procedimentos da Inquisição portuguesa. Na obra, expôs o regimento do Santo Ofício, até então inédito. Demonstrou indignação com a existência de um tribunal com o poder de prender e processar pessoas por culpas que não existiam no código criminal da nação.

 

Longe da censura dos reinos de Portugal, lançou o Correio Braziliense, em 1º de junho de 1808. Paulo Roberto Almeida considera Hipólito da Costa como "o primeiro jornalista absoluto". Um cronista identificado com as novas idéias iluministas. Ao relatar o que ocorre em Portugal, na Europa e no Brasil, elabora uma crônica dos eventos correntes. Paulo Roberto Almeida aconselha que os jovens jornalistas leiam a "Introdução" do primeiro volume do Correio Braziliense. Para ele, a mensagem de compromisso com a verdade e de defesa da liberdade que o Hipólito passa deve nortear a profissão: "Ele era um jornalista de sete instrumentos".

 

A historiadora Tereza Cristina Kirshner afirmou que Hipólito foi crítico da administração do governo português. Censurava a inércia dos ministros e a corrupção, mas sempre poupou a figura do soberano. As reformas deveriam se conduzidas pela monarquia, e não pelo povo.

 

Um Armazém Literário em 175 edições

 

O público do Correio era restrito, cerca de quinhentos assinantes. De circulação mensal, tinha o formato de um livro, com cerca de 100 páginas. Dedicava-se ao jornalismo interpretativo e tinha como subtítulo Armazém Literário. No jornal, Hipólito defendia a liberdade de imprensa, segundo o modelo liberal inglês. Difundia os avanços da ciência e novas idéias culturais e artísticas. Brasileiros e portugueses podiam acompanhar pelo Correio fatos internacionais, tomar conhecimento de teorias iluministas e de novos conceitos de economia. O fim da Inquisição, da escravatura e da censura eram defendidos por Hipólito da Costa no jornal.

 

Paulo Roberto Almeida comentou que Hipólito da Costa agia como um jornalista moderno ao dividir o periódico em seções de economia, política, ciências, cultura e curiosidades. O jornal também publicava as cotações dos produtos brasileiros na bolsa de valores de Londres e por isso era essencial para o comércio da época. Hoje, historiadores podem usá-lo como fonte primária para pesquisa do período.

 

Por que Correio Braziliense e não "Correio Brasileiro"?

 

O professor emérito da UFF e integrante da Academia Brasileira de Letras, Domício Proença Filho, analisou a escolha do sufixo "ense" o lugar de "ano" ou "eiro". "Brasileiro" era o termo usado para designar os comerciantes de pau-brasil no início da colonização e o mais comum para designar os habitantes do país no século XIX. Ao optar por "Braziliense", Hipóltio talvez quisesse marcar uma diferenciação, pois o sufixo empregado era mais erudito.

 

No debate ao vivo, Dines perguntou à Lustosa por que Hipólito da Costa é "injustiçado" pela História. Lustosa explicou que o jornalista foi reconhecido como "uma força política e intelectual" ainda em vida, mas que enfrentava grande oposição. Polêmico e prestigiado, Hipólito foi protegido pelo conde de Linhares, mas depois se distanciaram, provavelmente na época em que Hipólito esteve preso pela Inquisição. Em Londres, o jornalista aproximou-se do futuro marquês de Funchal, irmão de Linhares, mas posteriormente também romperam. "A História tem ondas", disse.

 

Antônio Costella acredita que a apatia da mídia no bi-centeário da imprensa está ligada ao "deslumbramento" que houve durante a comemoração dos 200 anos da vinda da família real para o Brasil, em março deste ano. Outro fator que teria contribuído, na opinião de Costella, foi a falta de informação dos jornalistas sobre Hipólito. Para ele, é fundamental relembrar a vida do jornalista. Costella foi amigo de um dos primeiros biógrafos de Hipólito da Costa, o pesquisador Carlos Rizzini. O escritor afirmou que a paixão de Rizzini pela vida do biografado o contagiou.

 

Rizzini começou a pesquisa sobre o tema para a obra O livro, o jornal e a tipografia no Brasil, editada na década de 1940, quando poucos dados da vida e obra do jornalista eram conhecidos. Em seguida, o pesquisador adquiriu uma coleção do Correio: "Rizzini reencontrou e encontrou um Hipólito da Costa que não conhecia. O jornalista além do que estava escrito no Correio Braziliense", afirmou Costella. Na década de 1950, Rizzini conheceu Gastão Nothman, adido do Brasil em Londres, que preencheu diversas lacunas sobre a vida de Hipólito da Costa e também foi contagiado pelo interesse na vida do patriarca da imprensa. Gastão localizou os herdeiros de Hipólito e diversos arquivos e documentos.

 

Isabel Lustosa explicou que Hipólito da Costa fez parte de um grupo que pretendia construir uma grande nação. Assim como outras personalidades da época, como José Bonifácio, imaginava um império luso-brasileiro. O fato de ambos terem vivido fora do país teria contribuído para que pudessem vislumbrar essa possibilidade, classificada por ela como "utópica". Lustosa ressaltou que o jornalista passou muitos anos fora do Brasil, mas que escreveu continuamente sobre o país durante 14 anos. Para ela, Hipólito da Costa "idealizou e pensou o Brasil". Influenciado pelo reformismo ilustrado, pretendia manter as bases da monarquia, mas "iluminar a estrutura". Já em 1822, Hipólito da Costa pretendia preservar a unidade do Brasil.

 

O poder da maçonaria

 

Antônio Costella explicou que a maçonaria iniciou suas atividades no Brasil no século XVIII e que sua ideologia estava ligada ao liberalismo econômico e à garantia das liberdades individuais. No Brasil e em Portugal, a maçonaria funcionava como um "partido" ligado aos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade da Revolução Francesa. A maçonaria teria sido uma espécie de "gestora" da Independência do país. Figuras importantes para o processo de emancipação como José Bonifácio e Gonçalves Ledo tinham ligação com a sociedade secreta. "Não se pode escrever a história da Independência do Brasil sem se reportar à maçonaria", disse.

 

Hipólito da Costa morreu em 1823, depois de ser convidado para ser cônsul do Império Brasileiro em Londres. Só em meados do século XX foi reconhecido como o primeiro jornalista brasileiro. Em 2001, seus restos mortais foram transladados para o Brasil e, hoje, se encontram no Museu da Imprensa, em Brasília.

 

terça-feira, 6 de abril de 2021

Filme "Preto no Branco", de Silvio Tendler, e debate sobre Hipólito da Costa e o Brasil nestes 200 anos - Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

 Participei deste debate neste começo de noite, dia 6/04/2021; o vídeo deverá estar disponível em breve.

https://www.youtube.com/watch?v=1YJuZFeSusk

2,15 mil inscritos

A exibição do filme Preto no Branco – a censura antes da Imprensa sobre Hipólito da Costa, Pai da Imprensa, no Cineclube Macunaíma, hoje, inicia os festejos dos 113 anos da ABI e o Dia da Imprensa, com debate entre os cineastas Silvio Tendler, Cacá Diegues, os escritores Isabel Lustosa e embaixador Paulo Roberto de Almeida, e Ricardo Cota. 
Macunaíma faz homenagem à ABI e ao Patrono da Imprensa O Cineclube Macunaíma presta duas homenagens antecipadas, hoje: aos 113 anos da Associação Brasileira de Imprensa e ao Dia do Jornalista, dois eventos que são comemorados amanhã, 7 de abril. 
A partir das 10 hs, o filme Preto no branco – a censura antes da Imprensa(2009), do jornalista e cineasta Silvio Tendler e do jornalista Alberto Dines estará à disposição do público, a partir das 10 hs, no canal da Associação Brasileira de Imprensa do YouTube. Com os atores Amir Haddad e Marcio Vitto, a obra mostra entrevistas com Alberto Dines, Isabel Lustosa, Antonio F.Costella e o embaixador Paulo Roberto de Almeida. 

O roteiro do documentário em preto e branco é sobre a vida e a obra do jornalista Hipólito da Costa, o Patrono da Imprensa, com 57 minutos. Às 19h30, haverá um debate com o diretor, Sílvio Tendler, o cineasta Cacá Diegues, a historiadora Isabel Lustosa, o diplomata Paulo Roberto de Almeida e Ricardo Cota, mediador. 

O Patrono da Imprensa 
Os participantes do debate são o cineasta Sílvio Tendler, com mais de 300 obras filmadas e entre elas JK e Jango; o cineasta Cacá Diegues, um dos fundadores do Cinema Novo e a maioria de seus 18 filmes foram selecionados para os principais festivais do mundo, entre eles Bye Bye Brasil, sendo também membro da Academia Brasileira de Letras; a historiadora e escritora Isabel Lustosa, entre outros livros escreveu O nascimento da imprensa brasileira; o embaixador Paulo Roberto de Almeida com 43 anos de carreira no Itamaraty, escreveu diversos livros como Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty, artigos sobre Hipólito da Costa e, no ano passado, ingressou com uma ação na Justiça Federal do DF para responsabilizar a União por ações de assédio moral e de perseguição no Ministério das Relações Exteriores; Ricardo Cota será o moderador do debate. 

Hipólito da Costa (1774-1823) é uma figura desconhecida fora dos círculos acadêmicos, mas tem uma dupla condição que o imortalizou como um dos Heróis da Pátria: ele é o pai da imprensa brasileira e da imprensa livre portuguesa. Rompeu com a rigorosa censura de Portugal e publicou de 1808 a 1823 o Correio Braziliense, que circulava dos dois lados do Atlântico. 
Preto no Branco mostra o impacto da longa censura imposta pelos portugueses e suas consequências para a formação do pensamento crítico brasileiro. A série sublinha que Portugal foi um dos últimos países europeus a permitir a impressão de livros e que nas colônias do Novo Mundo, ao contrário da Espanha, não era autorizado que se instalassem tipografias. A primeira prensa só chegou em 1808, com a transferência da família real e era censurada. A série conta como Hipólito driblou a proibição, em Londres, sozinho, escreveu um jornal em forma de revista que mudou a história da imprensa brasileira. 

Artigo do Embaixador Paulo Roberto de Almeida sobre Hipólito da Costa 

“Hipólito da Costa: o primeiro estadista do Brasil”, Brasília, 8 agosto 2018, 25 p. Artigo sobre o primeiro jornalista independente do Brasil como homem de Estado, para a revista 200, do projeto Bicentenário, sob editoria do embaixador Carlos Henrique Cardim.
Revista completa divulgada na plataforma Academia.edu (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/revista-200-n-1-2018-unico-numero-gt-do.html).

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Preto no Branco, um documentário de Silvio Tendler - A censura antes da Imprensa no Brasil, sobre Hipólito da Costa, o primeiro estadista do Brasil

FILME | 

Preto no Branco, a censura antes da imprensa, 2009

Silvio Tendler


1.871 visualizações

7 de out. de 2014



Hipólito da Costa (1774-1823) é uma figura desconhecida fora dos círculos acadêmicos, mas tem uma dupla condição que o imortalizou como um dos Heróis da Pátria: ele é o pai da imprensa brasileira e da imprensa livre portuguesa. Rompeu com a rigorosa censura de Portugal e publicou de 1808 a 1823 o Correio Braziliense, que circulava dos dois lados do Atlântico. Preto no Branco mostra o impacto da longa censura imposta pelos portugueses e suas consequências para a formação do pensamento crítico brasileiro. A série sublinha que Portugal foi um dos últimos países europeus a permitir a impressão de livros e que nas colônias do Novo Mundo, ao contrário da Espanha, não era autorizado que se instalassem tipografias. A primeira prensa só chegou em 1808, com a transferência da família real e era censurada. A série conta como Hipólito driblou a proibição, em Londres, sozinho, escreveu um jornal em forma de revista que mudou a história da imprensa brasileira.

Episódio 01 – A Censura antes da Imprensa (26’25”) Episódio 02 – O ofício das Palavras (29’32”) Ficha Técnica: Argumento: Aberto Dines Roteiro: Alberto Dines, Silvio Tendler e Lilia Diniz Direção: Silvio Tendler] Com Marcio Vitto e Amir Haddad Entrevistas com: Alberto Dines, Isabel Lustosa, Antonio F. Costella, Paulo Roberto de Almeida Produtora executiva: Ana Rosa Tendler Editor: Zé Pedro Tafner Assistente de direção: Jô Serfaty Consultoria de pesquisa: Lilia Diniz Fotógrafo: Victor Burgos Ilustração caricaturas: Eduardo Baptistão Ilustrações: Felippe Sabino Videografismo: RadiográficoTrilha: Lucas Marcier – Estúdio Arpx Fotógrafo estúdio: André Carvalheira Ator Hipólito da Costa: Marcio Vitto Ator inquisidor: Amir Haddad Assistente de produção: Samya Rodrigues Direção de arte: Débora Mazloum Assistente de arte: Rafael AguiarFigurino: Rosângela Nascimento Assistente de figurino: Egas de Carvalho Ramos Maquiador: Sandro da Silva ValérioEletricista: Wallace Silveira dos Santos Maquinária: Leonardo Carlos F. de Oliveira Informações Adicionais: Produzida para a TV Brasil.


Eu participei das entrevistas sobre Hipólito da Costa, com base nos meus trabalhos de pesquisa sobre o primeiro estadista do Brasil, e o criador da imprensa livre no Brasil e em Portugal, ainda que com base em Londres. Foi a origem do Correio Braziliense.

Aqui, novamente, o link para este documentário: 

https://www.youtube.com/watch?v=wq_XshBckmM

Vou participar de um debate proximamente: 

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Meus trabalhos sobre Hipólito: 

834. “Hipólito da Costa e o nascimento do pensamento econômico no Brasil”, Washington, 3 dez. 2001, 26 p. Ensaio histórico para colaboração ao volume XXX da reedição facsimilar do Correio Braziliense, sob coordenação de Alberto Dines (adines@uol.com.br) e Isabel Lustosa (bellus@ruralrj.com.br). Publicado sob o título de “O nascimento do pensamento econômico brasileiro” in Hipólito José da Costa, Correio Braziliense, ou, Armazém Literário (São Paulo: Imprensa Oficial do Estado; Brasília, DF: Correio Braziliense, 2002; reedição facsimilar; ISBN: 85-7060-103-4; v. XXX, p. 323-369); e no Observatório da Imprensa (n. 232, 8.07.03; http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/alm080720031.htm). Relação de Publicados ns. 386 e 432.


835. “Um Taliban na Corte do Bey de Argel”, Washington 4 dezembro 2001, 2 p. Transcrição tirada de Hipólito José da Costa, Correio Braziliense ou armazém literário (São Paulo: Imprensa Oficial; Brasília: Correio Braziliense, 2001), v. I, jun. 1808, seção “Miscelânea”, p. 72-73, relativamente aos piratas da Barbária, assimilados aos talibans da era moderna. Revisto em 11.12.01. Publicado em Espaço Acadêmico (Maringá: UEM, a. 1, n. 7, dez. de 2001; link: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/35902/20981). Reproduzido, na versão inicial, no Observatório da Imprensa (n. 151, de 12.12.01, link: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/al121220012.htm) e no Correio Internacional, (Relnet). Relação de Publicados n. 300, 301, 303.


947. “Um Tocqueville avant la lettre: Hipólito da Costa como founding father do americanismo”, Washington, 20 setembro 2002, 5 p. Ensaio sobre o Diário de Minha Viagem para a Filadélfia, de Hipólito José da Costa, mostrando suas características pioneiras de primeira obra representativa do americanismo brasileiro. Publicado no Observatório da Imprensa (nº 191, 25.09.02; http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/al250920021.htm) com o título “Hipólito José da Costa, repórter”; e na Achegas, revista de ciência política (Rio de Janeiro, n. 9, 16.05.03; ISSN: 1677-1855; link: http://www.achegas.net/numero/nove/paulo_almeida_09.htm). Republicado em Meridiano 47 (Brasília: vol. 3, n. 28-29, novembro-dezembro 2002, p. 13-15; ISSSN 1518-1219; link para o boletim: http://periodicos.unb.br/index.php/MED/issue/view/558; link para o artigo: http://periodicos.unb.br/index.php/MED/article/view/4423/3702). Ensaio incorporado ao livro: Paralelos com o Meridiano 47: Ensaios Longitudinais e de Ampla Latitude (Hartford, 2015). Relação de Publicados n. 366 e 418.


1042. “Um Tocqueville avant la lettre: Hipólito da Costa como founding father do americanismo brasileiro”, Washington, 29 abr. 2003, 5 p. Reformulação do trabalho n. 946, para servir como Introdução à reedição facsimilar do livro de Hipólito José da Costa Pereira, Diário de Minha Viagem para Filadélfia, 1798-1799 (Rio de Janeiro: Publicações da Academia Brasileira, 1955), pelo Senado Federal. Não publicado.


1243. “O intelectual Hipólito José da Costa como pensador econômico”, Brasília, 12 abr. 2004, 11 p. Ensaio baseado no trabalho n. 834, preparado para o colóquio Tradição e Modernidade no Mundo Ibero-Americano (Rio de Janeiro, 10-12/08/2004; temas: intelectuais, discussões conceituais sobre Iberismo e práticas culturais. Recebida, em 16/04/2004, confirmação de aceitação no colóquio, por e-mail de Maria Emilia Prado. Feito resumo em 7/08, para apresentação oral no Colóquio. Publicado, som o título “Hipólito José da Costa: pioneiro do pensamento econômico brasileiro” na revista História Hoje (ANPHU, v. 2, n. 6, ISSN 1806-3993); e publicado na versão original, sob o título “O intelectual Hipólito José da Costa como pensador econômico” in Gunter Axt e Fernando Schüler (orgs.), Intérpretes do Brasil: ensaios de cultura e identidade (Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2004; ISBN: 85-7421-113-3; p. 49-61). Relação de Publicados n. 499.


1897. “Hipólito da Costa: um jornalista de sete instrumentos”, Rio de Janeiro, 29 maio, Brasília, 10 junho 2008, 3 p. Depoimento concedido à TV Brasil no quadro do programa especial do Observatório da Imprensa sobre Hipólito José da Costa e os 200 anos da imprensa no Brasil. Não registrado de forma independente. Integrado seletivamente ao programa e descrito em matéria do Boletim Observatório da Imprensa (10.06.2008; link: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=489JDB010; Programa “200 Anos da Imprensa no Brasil – Parte 2”, apresentado em 10 de junho de 2008, sob n. 465, no link: http://www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm#). Relação de Publicados n. 841.


1933. “Hipólito antes do Correio Braziliense: um repórter autodidata”, Brasília, 4 outubro 2008, 11 p. Contribuição, elaborada com base no trabalho 946, para a revista Estudos em Jornalismo e Mídia (Florianópolis: Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC, vol. 5 nº. 2, segundo semestre de 2008; ISSN: 1806-6496, número especial sobre o tema “Correio Braziliense e seu tempo”; link: http://www.posjor.ufsc.br/revista/index.php/estudos/issue/view/14/showToc; Daisi I. Vogel, editora-responsável (daisivogel@yahoo.com.br); Artigo PRA: Ano V - n. 2 pp. 57-67; jul./ dez. 2008; link: http://www.posjor.ufsc.br/revista/index.php/estudos/article/view/161/153). Relação de Publicados n. 851.


1941. “Dois tocquevilleanos brasileiros: Hipólito da Costa e Oliveira Lima”, Brasília, 19 outubro 2008, 18 p. Contribuição para número especial da Revista Espaço Acadêmico (Ano VIII, nº 90, novembro de 2008), com base nos trabalhos 1933 e 1876. Relação de Publicados n. 868. Academia.edu (https://www.academia.edu/attachments/32900201/download_file).


2929. “Dez grandes derrotados da nossa história (ou, como o Brasil poderia ter dado certo mas não deu)”, Brasília 7-9 fevereiro 2016, 14 p. Relatos breves sobre dez grandes derrotados na história do Brasil: 1) Hipólito José da Costa Pereira; 2) José Bonifácio; 3) Irineu Evangelista de Souza; 4) Joaquim Nabuco; 5) Rui Barbosa; 6) Monteiro Lobato; 7) Oswaldo Aranha; 8) Eugênio Gudin; 9) Roberto Campos; 10) Gustavo Franco. Para o site Spotniks, para atender pedido de Rodrigo da Silva (rodrigo@spotniks.com), que pretendia um trabalho sobre “O Brasil virou piada internacional. E essas são as x principais razões para isso”. Revisto em 9/02/2016, enviado com ilustrações dos “derrotados”. Publicado em Spotniks (14/02/2016; link: http://spotniks.com/dez-grandes-derrotados-da-nossa-historia-ou-como-o-brasil-poderia-ter-dado-certo-mas-nao-deu/); reproduzido no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/02/dez-grandes-derrotados-de-nossa.html) e disseminado no Facebook (link: https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1087134464683336). Relação de Publicados n. 1211.


3317. “Hipólito da Costa: o primeiro estadista do Brasil”, Brasília, 8 agosto 2018, 25 p. Artigo sobre o primeiro jornalista independente do Brasil como homem de Estado, para a revista 200, do projeto Bicentenário, sob editoria do embaixador Carlos Henrique Cardim. Revisto em 27/08/2018. Divulgado no blog Diplomatizzando (3/010/2018; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2018/10/hipolito-jose-da-costa-o-primeiro.html), em Academia.edu (link: https://www.academia.edu/s/23837e7fa3/hipolito-da-costa-o-primeiro-estadista-do-brasil-2018). Revisto para redução do tamanho do texto, em 22/11/2018, 16 p.; enviado a Carlos H. Cardim e Erlon Moisa. Publicado em versão abreviada na revista 200 (Brasília: MRE, ano I, n. 1, outubro-dezembro de 2018, ISSN: 2596-2280; pp. 186-211). Revista completa divulgada na plataforma Academia.edu (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/revista-200-n-1-2018-unico-numero-gt-do.html). Relação de Publicados n. 1298. 


3493. “A revolução liberal de 1820 como precursora da independência do Brasil: o papel do Correio Braziliense de Hipólito da Costa”, Brasília, 20 julho 2019, 1 p. Proposta de paper a ser apresentado como colaboração ao Congresso Internacional sobre a Revolução de 1820 (mail: cbr1820@gmail.comhttps://cbr1820.com/call-for-papers/). Painel temático: As revoluções na América do Sul. Apresentação de texto, se aceito, devida para 31 de maio de 2020, com base no trabalho 3317: “Hipólito da Costa: o primeiro estadista do Brasil”.