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sábado, 20 de dezembro de 2025

O destino do Brasil? Uma tartaruga? - Paulo Roberto de Almeida

O destino do Brasil? Uma tartaruga?

Paulo Roberto de Almeida

Nota sobre os desafios políticos ao desenvolvimento do Brasil

Esse “destino” é o de avançar muito lentamente, a menos de uma mudança cultural e educacional integradora de sua população mais humilde.

O principal problema do Brasil é o de uma classe política (uma casta aberta a todos os oportunistas) predatória, focada em seus ganhos exclusivos, dedicada a se manter no populismo de baixo clero, mantido e alimentado pelos fundos Partidário e Eleitoral (que deveriam ser eliminados) e pelo estupro orçamentário das emendas parlamentares concebidas justamente para abastecer a casta predatória de politicos mediocres.

O esforço da população deveria a partir de agora dirigir-se à eliminação desses três focos de corrupção e de desperdicio de recursos públicos.

Isso não será fácil, pois depende de uma mudança radical na consciência politica da população, o que só advirá com uma educação de qualidade.

Estimo que tais mudanças para melhor podem durar cerca de três gerações, mas apenas se a oligarquização da politica pela casta predatória e corrupta atualmente no poder real (o Parlamento) começar a ser contida por melhorias reais nas percepções políticas da maioria da população, o que só pode vir de uma melhor educação nas camadas mais humildes do povo. Esse é um processo que pode tomar mais de duas gerações.

Mas não é preciso aguardar tão longe; melhorias incrementais podem ser obtidas a médio prazo.

Partidos políticos são entidades de direito privado e não podem ser finsnciados com recursos públicos, assim como sindicatos setoriais ou centrais sindicais não podem ser abastecidos com recursos coletados via impostos diretos ou indiretos.

Da mesma forma, Fundo Eleitoral não pode existir como auto-atribuição de politicos eleitos: tem de ser extinto totalmente.

Finalmente, a prática predatória e corrupta das emendas parlamentares compulsórias deve ser eliminada em quaisquer de suas formas, pois são canais diretos de corrupção e de destruição de qualquer politica racional de investimentos, tornando cada parlamentar (deputados ou senadores) em vereadores federais. Elas devem ser eliminadas, retomando-se a prática anual do ordenamento de despesas segundo prioridades nacionais estabelecidas no orçamento plurianual e nas diretrizes orçamentárias anuais.

A nação tem três prioridades, se quiser avançar além da assistência pública estatal, que, em suas diversas modalidades, atinge atualmente cerca de 1/3 da população.

Nenhum país cresceu e se desenvolveu à base da assistência pública. O progresso só pode vir de uma economia de livres mercados, com base numa educação básica e técnico-profissional de alta qualidade (o que está longe de existir no Brasil atual), com uma base produtiva integrada aos mercados mundiais, comércio liberal e receptividade aos investimentos diretos estrangeiros.

Mas tudo depende de uma boa governança, hoje impossível pela dominação da politica de uma casta predatória, que deriva seu poder dos três mecanismos expropriatórios já descritos: os dois fundos ilegítimos e o estupro orçamentário das emendas. 

Paulo Roberto Almeida

Brasília, 20/12/2025


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