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domingo, 29 de abril de 2012

Bolivia: um vizinho sempre complicado - OperaMundi


Brasil desloca militares após Bolívia expulsar brasileiros na fronteira

De acordo com os brasileiros, militares fardados bolivianos invadiram casas de ao menos dez famílias
OperaMundi, 28/04/2012
O Ministério da Defesa brasileiro deslocou uma tropa para o município de Capixaba (AC), a 70 quilômetros de Rio Branco, após o exército da Bolívia ter retomado o processo de expulsão de brasileiros. Além disso, o governo brasileiro fez um protesto formal ao Ministério de Relações Exteriores da Bolívia contra o que considera ser uma “ação inaceitável” das forças armadas do país vizinho.

Ontem (27), o encarregado de negócios da Embaixada do Brasil em La Paz, Eduardo Sabóia, foi recebido no Ministério das Relações Exteriores da Bolívia e o secretário-geral das Relações Exteriores, Ruy Nogueira, conversou com o vice-ministro de Relações Exteriores daquele país. Agora, o governo brasileiro aguarda uma resposta oficial do governo boliviano.

Existem mais de 500 colonos brasileiros na região do Alto Acre, que abrange os municípios de Capixaba, Acrelândia, Plácido de Castro, Epicilância, Brasiléia e Assis Brasil, de acordo com o Blog da Amazônia. Além dos colonos, existem 50 produtores rurais com pequenas fazendas, que variam de 100 a 300 hectares de pastagens.
De acordo com os brasileiros, militares fardados do Exército boliviano invadiram casas de ao menos dez famílias de colonos. Eles teriam expulsado famílias, se apropriado de bens, matado animais para consumo das tropas e ateado fogo em uma das casas. O grupo estaria agora na região em acampamentos e deu um ultimato de 15 dias para que os brasileiros deixem o local.

Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, citado pelo O Globo, os membros do Exército chegaram a entrar em território brasileiro fardados e armados em busca de combustível e alimentos, o que contraria a legislação internacional, que impede essa movimentação sem notificação prévia ao país.

"O grave é que a Bolívia não parece empenhada em manter boas relações diplomáticas. Qualquer ação militar que envolva os exércitos dos dois países na fronteira deve ser comunicada, mas  nem o Exército Brasileiro, nem o Itamaraty e nem o governo do Acre foram informados da operação. A situação exige por parte da diplomacia brasileira um protesto forte junto aos diplomatas bolivianos", disse Mourãom ao Blog da Amazônia.

Os brasileiros se instalaram em região proibida pela legislação da Bolívia, que veta a moradia de estrangeiros em uma faixa de até 50km da fronteira. O grupo é formado por pequenos agricultores, que vivem da castanha e do açaí e também por criadores de gado. O reassentamento destas famílias já havia sido acordado entre os governos do Brasil e da Bolívia e vinha sendo colocado em prática de modo gradual. Cerca de 160 famílias já se mudaram, mas ainda existe um total estimado em 300 famílias na região.

Segundo Mourão, o governo brasileiro fez uma doação de 10 milhões de reais para que o país vizinho invista em desenvolvimento rural. "O Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] já adquiriu terra para assentar cerca de 150 agricultores familiares, o que deve ser feito nos próximos meses", afirmou. Enquanto a situação não se resolve, os moradores buscaram abrigo nas casas de parentes e amigos em Capixaba.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Ruidos de botas na America do Sul: Bolivia demanda a Chile


Morales afirma que tratado con Chile fue “injusto e impuesto por la fuerza”

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Efe
Cuzco, 22 de diciembre de 2011
Las claves
  • Perú y Bolivia no tienen ningún problema (...) El problema que tenemos es con Chile", enfatizó Morales.
  • Ollanta Humala señaló que Perú apoya la aspiración boliviana de lograr una salida al Pacífico.
El presidente boliviano, Evo Morales, calificó de “injusto e impuesto por la fuerza” el tratado firmado con Chile en 1904, que fijó los límites entre ambos países luego de que Bolivia perdiera la salida al mar al ser derrotado en una guerra de finales del siglo XIX.
“El tratado de 1904 es injusto y fue impuesto por la fuerza”, declaró Morales en una rueda de prensa que ofreció en la ciudad peruana del Cuzco junto al gobernante de Perú, Ollanta Humala.
El mandatario boliviano añadió que “las autoridades del pueblo chileno hicieron daños históricos” a su país.
El tratado de 1904 puso fin a la Guerra del Pacífico (1879-1884) y cedió a la soberanía chilena una franja del territorio de Bolivia que comunicaba con el Océano Pacífico.
El 15 de diciembre pasado, Morales anunció que planea viajar en febrero próximo a la Corte Internacional de Justicia de La Haya para buscar información que sustente su intención de demandar a Chile para alcanzar una salida soberana al océano Pacífico.
El gobernante también aseguró hoy que el proceso por límites marítimos que Perú le entabló a Chile en 2008 ante la Corte de La Haya no afectará las aspiraciones bolivianas.
“Perú y Bolivia no tienen ningún problema (…) El problema que tenemos es con Chile”, enfatizó.
Morales agradeció el apoyo que, según dijo, han dado Perú y otros países de la región a su demanda de una soberanía marítima y consideró que éste “no es solo un tema bilateral, es un tema regional”.
Antes de que Morales declarara sobre las relaciones de su país con Chile, Ollanta Humala señaló que Perú apoya la aspiración boliviana de lograr una salida al Pacífico.
“Hemos hablado también de nuestra posición de apoyo a la demanda legítima del pueblo hermano de Bolivia a su salida al mar”, manifestó Humala al referirse a los temas tratados durante su encuentro en el Cuzco.
El gobernante añadió que conversaron, además, sobre la necesidad de impulsar la aprobación en el Congreso peruano del protocolo que permitirá que Bolivia use una zona del puerto peruano de Ilo como muelle, zona de comercio e instalación de un anexo de su escuela naval.
“Hemos hablado también sobre el acuerdo de Ilo, que tenemos que impulsar en el Congreso para su ratificación”, acotó Humala.
Morales llegó al Cuzco con sus hijos para pasar las fiestas de Navidad y visitar lugares turísticos de la antigua capital del imperio de los Incas. EFE