Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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sexta-feira, 28 de outubro de 2016
Era dos Gigantes: notas sobre o documentario - Paulo Roberto de Almeida
domingo, 23 de outubro de 2016
Documentario Era dos Gigantes (sobre política externa da era Lula), de Mauricio Costa: convite
#ERA DOS GIGANTES
(122 min., 2016)
convidam para a dupla exibição desse importante documentário sobre a política externa brasileira na era Lula, com material de imprensa, depoimentos primários dos principais atores, e comentários de analistas acadêmicos ou dos meios de comunicação,
no Uniceub, dia 28/10/2016, sexta-feira, em duas sessões:
às 8:00 no auditório do Campus I de Taguatinga
às 19:30 no auditório do Bloco 3, do campus da Asa Norte (707-907)
O próprio diretor-cineasta Mauricio Costa fará uma breve informação introdutória ao documentário, após cuja projeção os diplomatas Rômulo Neves e Paulo Roberto de Almeida, Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI-Funag), farão seus comentários iniciais, abrindo o debate geral com o público presente.
Documentario Era dos Gigantes (sobre política externa da era Lula), de Mauricio Costa: convite
#ERA DOS GIGANTES
(122 min., 2016)
convidam para a dupla exibição desse importante documentário sobre a política externa brasileira na era Lula, com material de imprensa, depoimentos primários dos principais atores, e comentários de analistas acadêmicos ou dos meios de comunicação,
no Uniceub, dia 28/10/2016, sexta-feira, em duas sessões:
às 8:00 no auditório do Campus I de Taguatinga
às 19:30 no auditório do Bloco 3, do campus da Asa Norte (707-907)
O próprio diretor-cineasta Mauricio Costa fará uma breve informação introdutória ao documentário, após cuja projeção os diplomatas Rômulo Neves e Paulo Roberto de Almeida, Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI-Funag), farão seus comentários iniciais, abrindo o debate geral com o público presente.
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
Um filme sobre as glorias do passado na politica externa: A Era dos Gigantes, de Mauricio Costa
O documentário #EraDosGigantes, do o cineasta, e diplomata Maurício Costa terá sua estreia nacional no 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em sessão com entrada franca, no dia 25 de setembro, domingo, às 11h, no Cine Brasília.
Divulgação da sessão do filme, no seguinte link:
https://www.facebook.com/eradosgigantes.com.br/photos/a.459940794187713.1073741829.427162360798890/635337226648068/?type=3&theater
Entrevista com o diretor, sobre o filme, num site especializado, no seguinte link:
http://cinemacao.com/2016/09/20/entrevista-mauricio-costa-eradosgigantes/
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O título do filme remete ao conhecido livro de um dos ideólogos da política externa lulopetista, Samuel Pinheiro Guimarães, mas a sua versao em inglês não ajuda nisso, porque remete a uma famosa frase do mundo dos pesquisadores, desde os iluministas a Darwin.
Tenho a impressão que grande parte do filme é apologia dos companheiros e seus propagandistas dentro e fora da diplomacia.
Paulo Roberto de Almeida
, ;
domingo, 4 de outubro de 2015
Documentario: "Aide-Memoire: caminhos da diplomacia brasileira" - Jon Tob Azulay
Aide-Mémoire: caminhos da diplomacia brasileira
feito pelo cineasta Jon Tob Azulay para a Funag.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=5nP1IMIG5Ms&app=desktop
Aide-Mémoire: Caminhos da Diplomacia Brasileira (1997)
Diretor: Jon Tob Azulay
Duração: 52 min.
Minha opinião: aceitável para quem conhece pouco da história política do país e a de sua política exterior, mas um pouco elementar para quem já tem algum conhecimento nessas áreas.
O mais interessante são os depoimentos de personagens participantes da diplomacia -- mas cujas avaliações caberia tomar com muitas doses de sal -- e as imagens, filmes, trechos de documentários sobre fatos marcantes da vida internacional e brasileira.
Feito em 1997, ele refleta uma visão específica da diplomacia brasileira, e se fosse feito na era Lula provavelmente refletiria outras concepções.
Para guiar a preparação do documentário, os autores utilizaram basicamente três obras sobre a diplomacia brasileira:
1) Três Ensaios sobre a Diplomacia Brasileira, com textos de João Hermes Pereira de Araújo (história), Marcos Azambuja (multilateralismo) e Rubens Ricupero (desenvolvimento);
2) A Palavra do Brasil nas Nações Unidas, uma coleção de discursos do representante do Brasil na abertura do debate geral na AGNU, desde 1946, organizada pelo Embaixador Luiz Felipe Seixas Correa;
3) Imagens da Formação Territorial Brasileira (mapas), livro editado pela Fundação Odebrecht.
Interessantes as obras mas insuficientes para uma compreensão mais específica das tomadas de posição do Brasil no cenário internacional ao longo do tempo.
Em várias passagens, pelo depoimento de diversos protagonistas da diplomacia brasileira, se revelam os temas mais relevantes defendidos pelos tomadores de decisão, entre eles a luta pelo desarmamento e a demanda por uma reorganização econômica do mundo, o que também revela certa falta de realismo quanto ao mundo real.
Considerando-se que diplomatas são seres treinados pelo Estado para trabalhar no Estado, para o Estado, feitos portanto para servi-lo, fiel e exclusivamente, eles são guiados bem mais pela razão do Estado (no sentido comezinho, ou puramente burocrático da expressão) do que por uma compreensão mais acurada do mundo real e de sua base econômica; a maior parte dos burocratas-diplomatas não tem qualquer experiência do mundo empresarial, daí decorrendo certa agenda descolada das necessidades mais vinculadas ao mundo micro-econômico, que é aquele que produz riquezas, parte das quais apropriada pelo Estado para pagar seus diplomatas.
Paulo Roberto de Almeida
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Um Hitchcock para um terror mais que real: o nazista, das exterminacoes nos campos de concentracao
Cinema
Documentário esquecido de Hitchcock sobre Holocausto é restaurado
Now another of his long-forgotten propaganda films -- perhaps the most disturbing -- is set to make its worldwide debut. The Imperial War Museum announced Wednesday that it had digitally restored and re-edited a nearly 70-year-old Holocaust documentary that Hitchcock worked on with Sidney Bernstein, the film chief of Britain's Psychological Warfare Division. The film has never been publicly screened in its entirety.
Toby Haggith, a senior curator at the Imperial War Museum and one of the people responsible for reviving the film, told the Independent that "colleagues, experts, and film historians" who had pre-screened the movie were profoundly disturbed by it. "One of the common remarks was that it was both terrible and brilliant at the same time," he said.
The film consists of footage captured inside concentration camps by Army videographers at the end of World War II. As the story goes, Hitchcock found the footage so horrific, he refused to return to the studio for a week after first screening it. When he finally did come back, he worked with Bernstein to give the film a cinematic treatment that would set it apart from conventional newsreel documentaries from the period.
The project was meant to be a British-American collaboration and the film was to have three versions, according to documents drafted by Bernstein: one for Germans living in Germany, one for German prisoners of war, and one for Allied audiences. The German versions were intended to remind "the German people of their past acquiescence in the perpetration of [war] crimes" and encourage them to take responsibility for those crimes.
It's not clear how much Hitchcock contributed to the film. He certainly didn't oversee any of the filming -- but he helped Bernstein order and set the mood of the piece. One of his major contributions, according to Bernstein, was situating the atrocities of the Holocaust within a familiar, pastoral setting, the proximity of which would shock audiences. A 2011 article in the journalArcadia argued that the auteur's influence is "clear already in the beginning of the film when images of an idyllic countryside create, in light of the horror to come, a kind of vintage Hitchcockian suspense."
The project was abandoned for a number of reasons. The production ended up taking much longer than expected due to myriad logistical challenges. The U.S. Department of War and its collaborators, impatient to produce a short, to-the-point atrocity film, pulled out in light of these delays to make their own movie, "Death Mills." After hostilities ended in May 1945, the psychological warfare office was dissolved, leaving the film in the hands of the British Ministry of Information. By 1946, official demand for atrocity films had diminished in response to the changing political climate. A note (documentedhere) to Bernstein from an official at the Foreign Office highlighted some of the challenges to completing the film: "Policy at the moment in Germany is entirely in the direction of encouraging, stimulating, and interesting the Germans out of their apathy and there are people around the [regional commander] who will say 'No atrocity film.'"
Eventually, Bernstein, too, abandoned the film. Comprising six reels, the documentary lay forgotten in government archives until the 1980s, when they were discovered by a researcher. Shortly thereafter, PBS aired a version of the documentary made up of the first five reels and some additional Russian footage used in previous Holocaust films.
The digitally remastered version of the film to be released by Imperial War Museum next year will include all six reels, edited in a the way "that Hitchcock, Bernstein, and the other collaborators intended."
But will the footage leave contemporary audiences as traumatized as it left Hitchcock?