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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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quinta-feira, 14 de junho de 2012

O pensamento economico da presidente Dilma (editorial do Estadao)


Mais confusões de Dilma

Editorial O Estado de S.Paulo, 14 de junho de 2012 


Mais uma vez a presidente Dilma Rousseff se perdeu num emaranhado de ideias confusas e fora de propósito, desta vez ao falar sobre política econômica em seu discurso no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, na terça-feira. Em outras circunstâncias o palavrório seria apenas engraçado. A graça desaparece, no entanto, quando o País se defronta com uma assustadora crise internacional e a chefe de governo discorre sobre os problemas do crescimento com meia dúzia de chavões de comício. Para começar, misturou duas questões muito diferentes - a incorporação de milhões de famílias pobres ao mercado de consumo e o desafio de remover obstáculos à expansão da economia nacional. Detalhe inquietante: a autora dessa confusão tem um diploma de economista.
O equívoco da presidente é óbvio. A indústria brasileira vai mal, perde espaço tanto no País quanto no exterior, e o emprego industrial diminui, como têm mostrado números oficiais. No entanto, o consumo continua maior do que era há um ano e as importações crescem mais que as exportações. É um disparate, portanto, atribuir os problemas da indústria - mais precisamente, do segmento de transformação - a uma retração dos consumidores. A participação de bens importados no mercado brasileiro de consumo atingiu 22%, um recorde, nos quatro trimestres encerrados em março e essa tendência, ao que tudo indica, se mantém.
Se examinassem o assunto com um pouco mais de atenção, a presidente e seus auxiliares talvez mudassem o discurso. Não há como atribuir os problemas da indústria nem a estagnação da economia brasileira à permanência de um "consumo reprimido" - um fato social indiscutível, mas sem relação com os atuais problemas de crescimento.
A presidente acerta quando atribui a quem tem uma melhoria de renda o desejo de comprar uma geladeira, uma televisão, um forno de micro-ondas. Mas é preciso saber de onde sairão esses bens. Não basta dispor de fábricas para produzi-los. A indústria tem de ser capaz de produzi-los com preços e qualidade compatíveis com os padrões internacionais. Recorrer ao protecionismo é apenas uma forma de empurrar o problema para a frente e - pior que isso - de abrir espaço para problemas adicionais, como a elevação de preços e a estagnação da capacidade produtiva. Muitos brasileiros devem ter aprendido essa lição. A presidente parece tê-la esquecido.
Há uma enorme diferença entre barrar a competição desleal e recorrer ao mero protecionismo. Isso vale para geladeiras, televisores e camisas, mas vale também para equipamentos e componentes destinados a programas de investimento conduzidos pelo governo ou por ele favorecidos. Ao defender a exigência de índices mínimos de nacionalização para certas atividades, a presidente insiste numa política perigosa, muito boa para os empresários amigos da corte, mas muito ruim para o País.
Apenas de passagem a presidente Dilma Rousseff mencionou a questão realmente séria - a dos investimentos e da capacidade produtiva. Mas, ao contrário de sua tese, há algo mais, no custo do investimento brasileiro, do que a taxa de juros. Há também uma tributação absurda, ao lado de uma porção de outros fatores de ineficiência.
Um desses fatores, visível principalmente nos investimentos públicos, é a baixa qualidade da gestão governamental. O governo, disse a presidente, continuará a investir - uma declaração um tanto estranha, porque ninguém se opõe à aplicação de recursos públicos em obras de infraestrutura, hospitais, escolas e outras instalações indispensáveis. Ao contrário: cobra-se das autoridades mais empenho na elaboração de bons projetos, na execução das obras e no uso mais eficiente - e mais cuidadoso - do dinheiro público.
Como gerente do Programa de Aceleração do Crescimento ( PAC) e, depois, como chefe de governo, a presidente Dilma Rousseff se mostrou deficiente em todos esses quesitos. A paquidérmica lentidão do PAC é notória e inflar os resultados com os financiamentos habitacionais - como acaba de ser feito - é só uma forma de enfeitar os relatórios. Fora do governo, poucos têm motivo para aplaudir esse programa. Entre esses poucos estão os donos da inidônea construtora Delta.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Historia do pensamento economico: grandes autores

Um arquivo importante, para saber da vida e da obra dos grandes economistas:

McMaster University
Archive for the History of Economic Thought
http://socserv.mcmaster.ca/econ/ugcm/3ll3/

"This archive is an attempt to collect in one place a large number of significant texts in the history of economic thought. I have tried to cast my nets as wide as possible including representative texts of all of the major thinkers and schools of thought; and most of the sub-fields of economics. The archive is a work in progress that may never be completed. The field of economic thought is a very large one. The texts are posted primarily for the use of students who might not otherwise have access to these writings. They are to be used strictly for non-commercial educational purposes. There are mirror sites at the University of Bristol (maintained by Tony Brewer) and at the University of Melbourne (maintained by Robert Dixon). There are as well, many other sites that might be of interest." - Rod Hay

Rod Hay passed away suddenly on May 18, 2008 at the age of 60. The Department of Economics at McMaster will maintain this site in his memory. Here is a brief commemoration of his life.

List of Authors Included in this Archive

A
Abbott, Edith
Acton, John
Alison, William
Anderson, James
Andréadès, Andreas
Anonymous
Arbuthnot, John
Aristotle
Asgill, John
Ashley, William James
B
Babbage, Charles
Bacon, Francis
Baden-Powell, B. H.
Bagehot, Walter
Baldwin, Simeon
Ballard, Adolphus
Banfield, Thomas C.
Barber, William J.
Barbon, Nicholas
Barbour, W.T.
Barry, Patrick
Bastiat, Frédéric
Beard, Charles
Beccaria, Cesare
Bentham, Jeremy
Berglund, Abraham
Bisschop, W. R.
Blackie, John Stuart
Blake, William
Böhm-Bawerk, Eugen
Bonar, James
Bosanquet, Bernard
Bosanquet, Charles
Bluntschli, Johann
Boisguilbert
Bolingbroke, Henry St. John
Berkeley, George
Botero, Giovanni
Bradley, Harriett
Bray, John F.
Bryce, James
Bücher, Carl
Buckland, William
Burke, Edmund
Bury, John Bagwell
Byles, John Barnard
C
Cairnes, John E.
Cannan, Edwin
Cantillon, Richard
Carey, Henry
Carlyle, R. W.
Carlyle, Thomas
Cassel, Gustav
Chapman, Sydney
Child, Josiah
Clapham, John
Clarendon, Edward
Clark, Alice
Clark, John Bates
Cobbett, William
Coke, Edward
Coke, Roger
Comte, Auguste
Condillac, Étienne Bonnet de
Condorcet
Commons, John Rogers
Cook, William Wilson
Cooley, Charles Horton
Copeland, Melvin
Croce, Benedetto
Cunningham, William
D
Daggett, Stuart
Dalrymple, John
Davanzati, Bernardo
D'Avenant
Davenport, Frances G.
Davies, A. Emil
Davis, Joseph
Davis, John P.
Decker, Matthew
Defoe, Daniel
Dicey, Albert Venn
Digges, Dudley
Dill, Samuel
Dunbar, James
Durkheim, Emile
Dutt, R. C.
E
Edgeworth, Francis Ysidro
Edwards, George W.
Ellis, Thomas Peter
Elton, Charles
Ely, Richard
F
Ferguson, Adam
Ferguson, William Scott
Fetter, Frank Albert
Fichte, J. G.
Figgis, John
Fisher, Irving
Fiske, John
Fortescue, John
Fortrey, Samuel
Frank, Tenney
Freeman, Edward Augustus
Freund, Ernst
Fustel de Coulanges, Denis
G
Galiani, Ferdinando
Gentleman, Tobias
Gervaise, Isaac
Giblin, L.F.
Gierke, Otto
Gilbart, James William
Goddard, Thomas
Godwin, William
Gomme, George Laurence
Gras, Norman
Gray, Howard Levi
Greeley, Horace
Green, T.H.
Gross, Charles
Grotius, Hugo
Gumplowicz, Ludwig
H
Hale, Mathew
Halliday, William R.
Hammonds, J.L. and Barbara
Haney, Lewis H.
Harrington, James
Harrod, Roy
Hasbach, Wilhelm
Haskins, Charles Homer
Haverfield, Francis John
Hazard, Blanche
Hegel, G.W.F
Heitland, William E.
Hemmeon, Morley
Herbert, Claude-Jacques
Higgs, Henry
Hildreth, Richard
Hobbes, Thomas
Hobhouse, L.T.
Hobson, John Atkinson
Hodgskin, Thomas
Holbach
Hollander, Jacob
Hone, Nathaniel J.
Hornick, Philipp
Hourwich, Isaac
Hull, Charles
Hume, David
Hutcheson, Francis
I
Ihering, Rudolf
Ingram, John Kells
J
Jenks, Jeremiah
Jeudwine, J.W.
Jevons, William Stanley
Jocelyn, J.
Jones, Richard
Joplin, Thomas
K
Kant, Immanuel
Kellog, Edward
Kemble, John
Kennett, R. H.
Keynes, John Maynard
Keynes, John Neville
Klein, Julius
Knapp, Georg Friedrich
Knight, Frank
Knoop, Douglas
Korkunov, Nikolai
Kovalevsky, Maxim
Kropotkin, Petr Alekseevich
Kyrk, Hazel
L
Labriola, Antonio
Lapsley, G.T.
Laski, Harold
Laveleye, Emile
Lauderdale
Law, John
Le Bon, Gustave
Letourneau, Charles
Leslie, T.E. Cliffe
Levett, Elizabeth
Levy, Hermann
Lewis, George Randall
Lieber, Francis
Liefmann, Robert
Liesse, André
List, Fredrich
Lloyd, Henry Demarest
Lloyd, William Foster
Locke, John
Loeb, Isador
M
Macaulay, Catharine
Macgregor, D.H.
Macrosty, Henry
Majumdar, Ramesh Chandra
Maine, Henry Sumner
Maitland, Frederic
Malinowski, Bronislaw
Malthus, Thomas Robert
Malynes, Gerard de
Mandeville, Bernard
Marriott, J.A.R.
Marshall, Alfred
Martyn, Henry
Marx, Karl
Mavor, James
McCosh, James
McCulloch, John Ramsey
McDougall, William
McFadden, Daniel
Menger, Carl
Merriam, Charles
Michels, Robert
Mill, James
Mill, John Stuart
Millar, John
Mises, Ludwig
Misselden, Edward
Monroe, Arthur E.
Montague, Gilbert
Montesquieu, Charles de Secondat
Moore, Henry Ludwell
Moore, Margaret F.
Mun, Thomas
Murray, Alice Effie
Murray, James
N
Nasse, Erwin
Newcomb, Simon
Newton, Isaac
Nicholson, John Shield
Niebuhr, Bartold Georg
North, Dudley
North, Roger
O
O'Brien, George
Oman, Charles
Owen, Robert
P
Paine, Tom
Palmer, Neobard
Pantaleoni, Maffeo
Pareto, Vilfredo
Patten, Simon
Petty, William
Phear, John B.
Pigou, Arthur Cecil
Pirenne, Henri
Pollard, A. F.
Poole, Reginald Lane
Power, Eileen
Priestley, Joseph
Proudhon, Pierre-Joseph
Putnam, Bertha
Q
Quesnay, François
R
Rae, John
Ramsey, Frank P.
Ranke, Leopold
Ravenstone, Piercy
Rees, J. Morgan
Renard, Georges
Ricardo, David
Riesser, Jacob
Roberts, Lewes
Robertston, William
Rogers, Thorold
Roscher, William
Rostovtzeff, Mikhail Ivanovich
Round, Horace
Rousseau, Jean-Jacques
Rowntree, B. Seebohm
Ruskin, John
S
Sargent, Arthur John
Say, Jean-Baptiste
Scherer, James
Schmoller, Gustav
Schumpeter, Joseph
Scott, William Robert
Scrutton, Thomas
Sée, Henri
Seebohm, Frederic
Seebohm, Hugh
Selden, John
Seligman, Edwin
Senior, Nassau William
Sidgwick, Henry
Sigel, Feodor Feodorvich
Simmel, Georg
Sismondi, Jean-Charles-Léonard
Small, Albion
Smith, Adam
Smith, Peshine
Smith, J. Toulmin
Sombart, Werner
Spelman, Henry
Spencer, Herbert
Stephen, James
Stephen, Leslie
Steuart, James
Steward, Dugald
Streightoff, Frank
Stubbs, William
Sumner, William Graham
Swift, Jonathan
Syme, David
T
Tait, James
Tarde, Gabriel
Taylor, Frederick W.
Thomson, Robert Ellis
Tooke, Thomas
Torrens, Robert
Tout, Thomas Frederick
Townsend, Joseph
Toynbee, Arnold
Treitschke, Heinrich Gothard
Tucker, Josiah
Turgot, Anne-Robert-Jacques
U
Unwin, George
Ure, Andrew
V
Vanderlint, Jacob
Van Hise, Charles
Vaughan, Rice
Veblen, Thorstein
Vinogradoff, Paul
Von Halle, Ernst
W
Wakefield, Edward Gibbon
Walker, Amasa
Walker, Francis Amasa
Wallas, Graham
Walras, Léon
Ward, Lester
Weber, Max
Wells, David A.
West, Edward
Westerfield, Ray
Whale, P. Barrett
Whewell, William
Whitaker, Albert Conser
Wicksell, Johan Gustaf Knut
Wicksteed, Phillip Henry
Wieser, Fredrich
Williams, John H.
X
Xenophon
Y
Young, Allyn
Young, Arthur