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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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quinta-feira, 12 de maio de 2022

Se os economistas são tão espertos, por que não são ricos? - Peter Coy (NYT)

‘If Economists Are So Smart, Why Ain’t They Rich?’

Peter Coy

 The New York Times, 10/5/2022

 

After I wrote a newsletter last month on how economists’ views differ from those of ordinary people, I got emails to the effect of, “If economists are so smart, why ain’t they rich?” I’m not an economist, so the question doesn’t ruffle my feathers. The possible explanations, though, are interesting — sometimes funny, sometimes kind of deep. Here are five theories.

 

1. Economists aren’t trying to be rich. A lot of economists go to work for institutions of government and higher education. You don’t go to work for such employers because you aspire to vast riches. According to the Bureau of Labor Statistics, the median annual wages of economists in May 2021 were $105,630. That’s lower than the median pay of astronomers, nuclear engineers, medical dosimetrists and theatrical and performance makeup artists.

 

Nobody asks Trappist monks why they aren’t rich, because it’s understood that getting rich is not their aspiration. Economics likewise offers rewards beyond money. There’s a joke on Quora about a bunch of investment bankers who ask an economics professor why he isn’t rich if he’s so smart. He asks them why they aren’t smart if they’re so rich.

 

2. Economists are too good at economics. Learning a little economics is useful for a lot of lucrative careers, from management to banking. Warren Buffett, Steven Cohen, Kenneth Griffin, Henry Kravis and Elon Musk are among the billionaires who have bachelor or master degrees in economics. The mistake is loving it so much that you get your doctorate and become an impoverished postdoc or assistant professor. It’s the same with the hard sciences. In “My Life as a Quant,” the theoretical physicist Emanuel Derman writes that he didn’t start making real money until he realized he would never be a world-famous physicist and went to work on Wall Street, where his math skills were in great demand.

 

3. Economists aren’t actually smart. I don’t buy this one. I think that economists are smart. But some — not the good ones — can be blindered. They know their subspecialties well but are weak on others, such as economic history. These economists have technical expertise but not wisdom.

 

4. Economists are hamstrung by the “efficient market hypothesis.” There’s a joke about a young economist who stoops to pick up a $20 bill he sees on the sidewalk. An older colleague tells him not to bother because if there were really a $20 bill there, someone would have picked it up already. Devotion to the efficient markets hypothesis — which assumes that prices reflect all available information — discourages economists from trying to beat the market, and that’s why they never get rich.

 

5. Economists do think they can beat the market, but they’re wrong. A great example of this is Long-Term Capital Management, a heralded hedge fund that included a pair of Nobel economics laureates, Robert Merton and Myron Scholes. It went bust in spectacular fashion in 1998.


Deirdre McCloskey, an economist who wrote a 1990 book titled “If You’re So Smart: The Narrative of Economic Expertise,” wrote to me in an email that when she was at the University of Chicago in the 1970s, senior faculty members were speculating in the bond market. Milton Friedman told her that interest rates were bound to fall. “This was when interest rates were at 6 percent,” she wrote. “They in fact rose to 10 percent” soon after, “and the wise economists lost their shirts.”

Warren Buffett, despite earning a master of science degree in economics from Columbia University in 1951, told a CNBC interviewer in 2016, “I don’t pay any attention to what economists say, frankly.” He added: “You have all these economists with these 160 IQs who spent their life studying it. Can you name me one super-wealthy economist who’s ever made money out of securities?”

Buffett said that the great British economist John Maynard Keynes failed repeatedly as an investor when he tried to use the credit cycle to predict what businesses would do and succeeded when he gave up on that and “settled on buying good businesses cheap,” Buffett’s own approach.

Buffett is right that economics isn’t an ideal way to make money as an investor. On the other hand, that’s not what it’s for. It’s a science of means and ends. Let economists be economists!


As agruras dos economistas na era da inflação - Marcello Averbug (1995)

 ECONOMISTA SOFRE

Marcello Averbug

Publicado no O Globo em 07/01/95 

Como é ingrata a profissão de economista! Não consegue nunca desligar-se dos assuntos de trabalho, mesmo quando está em família ou com amigos. 

Em uma festa, sempre encontra pessoas que cobram, até de forma agressiva, explicações sobre a situação brasileira, como se aquele economista específico fosse diretamente culpado pelos problemas do país. Nessas ocasiões, sente um ar de rancor entre os presentes, como se estivessem pensando: “esse cretino é responsável pelas minhas dificuldades e não tem capacidade de resolvê-las”. 

Ou então tem que escutar sugestões descabidas de como enfrentar as mais complexas questões e, para não ofender, obriga-se a fingir que são razoáveis. Na época em que a inflação era astronômica, antes do Plano Real, minha mãe diariamente me transmitia receitas anti-inflacionárias como quem dá receita de bolo, e ainda zangava-se porque eu não as aproveitava em aulas e artigos. Minha sogra me ligava toda vez que voltava da feira e, escandalizada com os preços, dizia um monte de desaforos e batia com o telefone na minha cara. 

Quando público um artigo sobre economia, acabo tendo mais aborrecimentos do que prazeres, pois recebo mais críticas do que elogios. Uns me tacham de utópico, outros de burguês reacionário e outros de esquerdista radical. E o pior é que relendo-o após sua publicação, até eu passo a detestá-lo. Meus filhos vivem dizendo que não entendem em que consiste a atividade de economista, pois apesar de existirem tantos, a situação do país está cada vez pior. Quando perguntam como acabar com a miséria e não consigo dar resposta consistente, me jogam olhares de desprezo como quem diz: esse cara é um inútil. 

Também no ambiente profissional é raro conseguir descontrair, pois todo economista que se preza jamais concorda instantaneamente com as ideias dos colegas, tanto em um debate público quanto em um papo informal. Isso exige esforço constante em descobrir com rapidez argumentos geniais para evitar a submissão intelectual ao interlocutor. 

Nem sempre consigo encontrar tais argumentos e, então, para não passar pela humilhação de aprovar as ideias do outro, desenvolvi a seguinte tática: dou um sorriso irônico e digo “nosso diálogo é inviável pois raciocinamos em sintonias desarmonizadas; recuso-me a abrir mão de meus princípios macro-neo-marginalistas”, e parto ligeiro para outro assunto. Até hoje ninguém perguntou que princípios são esses e por que inviabilizam o diálogo em causa; assim, tenho escapado ileso. 

Outra tortura é conviver com o maldito “economês”. Por mais que me esforce em ler e estar atualizado com o jargão, o processo de criação de novos termos é tão veloz que, em reuniões de trabalho, com frequência são usados alguns que desconheço. Como é inconcebível o economista confessar ignorância em relação a qualquer assunto ou palavra, nessas ocasiões padeço driblando o risco de ser desmascarado. Ao final da reunião, sinto-me esgotado. 

Ser economista no Rio de Janeiro tem outro inconveniente adicional: enfrentar a Maria da Conceição Tavares. Sempre que produzimos um texto ou palestra trememos de medo das críticas implacáveis da Conceição. Quando discorda de nossas ideias passa um baita pito fazendo-nos sentir como garoto de 

10 anos. As palavras mais doces que usa são burro, imbecil e analfabeto. Depois chora de desgosto pelo tempo perdido dando aulas e conferências não assimiladas. 

Percebi também que os economistas são vulneráveis a uma estranha enfermidade chamada governitose aguda. Quando não fazem parte do governo são férteis em críticas e proposições dignas de Prêmio Nobel. Porém, ao assumirem cargo público esquecem o que disseram e seguem as mesmas políticas precedentes, como se fossem atacados por um vírus que apaga suas ideias e os impregna de fórmulas padronizadas 

Em vista desses fatos, estou avaliando a possibilidade de mudar de profissão. Penso em dedicar-me a uma que proporcione o prazer de desfrutar de clima acolhedor e descontraído em qualquer ambiente. Creio que algo ligado às artes ou à literatura seria ideal. Afinal, o povo ama seus artistas e escritores, não seus economistas. 

 

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Daron Acemoglu (Why Nations Fail, com James Robinson): economista mais influente do mundo

Daron Acemoglu, economista armênio nascido em Istambul e que é professor do MIT, acaba de ser indicado como o economista mais influente do mundo

Istanbul-born MIT professor named world’s most influential economist 

http://www.hurriyetdailynews.com/istanbul-born-mit-professor-named-worlds-most-influential-economist-.aspx?pageID=238&nID=86257&NewsCatID=344
Economist Daron Acemoğlu, who is a Turkish economist of Armenian descent living in the U.S., has topped the most influential economists list of the Research Papers in Economics (RePEc) for his last 10 years’ of publications. 

Among leading 2,223 leading economists, Acemoğlu, a professor at the Massachusetts Institute of Technology (MIT), topped the list for his works in the last decade. 

RePEc rankings are based on data about authors who have registered with the RePEc Author Service, institutions listed on Economics Departments, Institutes and Research Centers in the World (EDIRC) list, bibliographic data collected by RePEc as well as citation analysis and popularity data compiled, according to RePEC website. 

Acemoğlu is followed by Andre Shleifer from Harvard University, James J. Heckman from University of Chicago and Robert Barro from Harvard University. The former president of the U.S. Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, ranked 25 on the list. 

Acemoğlu’s name has previously been mentioned for the 
Nobel Prize. Recently, he has been popular because of his book, “Why Nations Fail,” co-authored with James Robinson. 

His works cover a wide range of areas, from income and wage inequality to human capital and training. He wrote a series of papers attempting to disentangle the relationship between strong governmental institutions and economic development. The research revealed laws in rich countries that protect property and limit executive powers contribute to their prosperity.

Acemoğlu’s work has been published in leading scholarly journals, including the 
American Economic Review and the Journal of Political Economy. He received his BA in economics from the University of York, along with a Master of Science in mathematical economics and econometrics and PhD in economics at the London School of Economics. He has been the recipient of many awards and honors, including the inaugural T.W. Schulz Prize, awarded to him for “exceptional work by an economist in early or mid-career.”


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A escola de Chicago, e algumas frases de Milton Friedman - Rubem Freitas Novaes

Excelente palestra esta de Rubem Freitas Novaes sobre a Escola de Chicago em Economia e seus principais expoentes, que acrescentou diversos elementos que eu já conhecia sobre as contribuições dos economistas do Departament of Economics da The University of Chicago através deste livro de Johan Van Overtveldt: The Chicago School: How the University of Chicago Assembled the Thinkers Who Revolutionized Economics and Business
Aliás, acho que comprei esse livro na própria cidade de Chicago, na Powell's da Lincoln Avenue, por um preço chicagoano...
Recomendo a leitura completa da palestra, da qual transcrevo apenas a introdução mais abaixo, não sem antes selecionar algumas frases memoráveis de Milton Friedman, que já fazem parte das grandes citações da civilização contemporânea.
Paulo Roberto de Almeida

MILTON FRIEDMAN:
-“Não existe almoço grátis”.
- “Nada é mais permanente que um programa temporário de governo”.
- “Se você coloca o governo federal para administrar o Saara, em 5 anos haverá escassez de areia”.
- “Uma sociedade que coloca a igualdade acima da liberdade acabará sem as duas”.
- “Só nas transações privadas, onde o olho do dono está presente, se atenta para os custos e para os benefícios dos recursos movimentados. Quando os recursos vêm de terceiros e são destinados a terceiros, como é o caso de recursos gerenciados pelo governo, não se cuida adequadamente nem dos custos nem dos benefícios envolvidos”.



A Escola de Chicago através de seus expoentes

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por Rubem de Freitas Novaes*

Registro minha homenagem póstuma ao mestre liberal e amigo Og Francisco Leme, que me iluminou os caminhos para Hyde Park, Chicago.

I – INTRODUÇÃO
Sem favor algum, pode-se dizer que a Escola de Chicago não foi superada em produção acadêmica e prestígio por nenhuma outra Escola de Economia no século que passou. É verdade que Cambridge sobressaiu-se até a segunda guerra mundial, por conta da influência exercida por Lord Keynes, principalmente. Mas, a partir da segunda metade do século XX, foi Chicago que dominou a profissão, o que pode ser constatado pelo impressionante número de professores laureados com o Prêmio Nobel e pelo expressivo volume de citações de seus maiores mestres na literatura técnica e política nas últimas décadas.
Cabe notar que o prêmio Nobel em economia começou a ser concedido em 1969. Nestes 45 anos que se passaram, nada menos que 30 economistas de alguma forma associados a Chicago (professores, ex professores e ex alunos) foram contemplados com a homenagem. Harvard, a segunda colocada no ranking de laureados, está bem distante de Chicago, quando tratamos de professores exercendo a cátedra no momento da premiação. Nas citações na literatura, por outro lado, Milton Friedman e Von Hayek, ex professores de Chicago, só ficam atrás de Karl Marx, Adam Smith e John Maynard Keynes, o que os coloca entre os cinco economistas mais influentes da História.
A Universidade de Chicago foi criada, sob os auspícios de John D. Rockefeller, em 1892. Antes houve uma outra Universidade de Chicago, administrada pela Igreja Batista, que faliu. Os batistas da cidade procuraram então o mais rico dos batistas para financiar um novo projeto, agora em bases mais profissionais. Rockefeller, desejoso de criar algo positivo para sua imagem, acatou a sugestão e convenceu-se de que o ambiente mais calmo da cidade de Chicago fazia dela local mais apropriado que Nova Iorque para um grande projeto educacional (Al Capone ainda não havia nascido, ressalte-se). Doou assim 600 mil dólares sob as condições de que a presidência ficasse com William Harper, reputado professor e administrador, e de que os batistas locais investissem 400 mil dólares suplementares bem como conseguissem terreno apropriado para o campus. Marshall Field, comerciante riquíssimo, doou o terreno, Harper aceitou o desafio e os batistas locais arrecadaram o dinheiro. Assim, estava criada The University of Chicago (com o artigo), em Hyde Park, onde se encontra até hoje.
Até a década de 30 não havia lá um pensamento relativamente homogêneo, traços de união que pudessem caracterizar uma Escola de Economia. Não era nítida uma metodologia dominante, nem uma visão comum de abordagem do fato econômico. E, no terreno ideológico, coexistiam, no Departamento Econômico, liberais, intervencionistas empedernidos e até socialistas convictos, lembrando que Oskar Lange, professor da Escola, veio a ser ministro no governo comunista polonês do pós guerra. A partir dos anos 40, no entanto, a influência de Frank Knight, Theodore Schultz e Jacob Viner foi dominante e algumas características comuns a quase todos os professores passaram a marcar a Escola. Destas características, eu destacaria:
- Defesa da economia de mercado e desconfiança em relação a intervenções do governo.
- Uso da Teoria Neoclássica fundada na lei da escassez, na racionalidade da ação humana e na análise marginalista.
- Utilização do instrumental econômico para a análise de diversos aspectos da vida.
- Ênfase no teste empírico de hipóteses.
- Importância da moeda na macroeconomia.
Em termos do desenvolvimento da Teoria Econômica, a Escola de Chicago teve particular destaque nas áreas de: capital humano, econometria, contrarrevolução monetarista, economia internacional, sociologia e economia, direito e economia, expectativas racionais, hipótese do mercado financeiro eficiente, mechanism design, entre outras.
Muitos se indagam sobre as razões de tanto sucesso. É certo que Chicago sempre primou pela competitividade, pelo trabalho duro e pela meritocracia, mas há outros elementos, apontados por quem conhece diversos ambientes universitários, que fazem a diferença. Um é o sistema de workshops, onde estudantes mais avançados rumo ao doutorado e professores submetem suas ideias e pesquisas à dura crítica dos seus companheiros. O outro ponto destacado é o estilo de vida praticado. A Universidade fica distante do centro da cidade, onde existem as distrações. De um lado do bairro onde se situa, fica o Lago Michigan, com seu vento quase sempre gelado. Do outro lado, não muito distante, fica um bairro pobre e perigoso. Espremidos numa faixa estreita, alunos e professores comem, bebem e dormem Economia 24 horas por dia. Ou seja, é imersão total, mesmo para os professores, não encontrável, por exemplo, na vida charmosa da Costa Leste ou da Califórnia.
Nesta palestra tentarei dar uma amostra do que foi e é a Escola de Chicago, pinçando alguns nomes que, na minha opinião, mais contribuíram para a teoria e prática da Ciência Econômica bem como para o prestígio da Escola. Ao falar destes expoentes e de sua obra, muita coisa será deixada de lado. Sinto especialmente deixar de fora os nomes de Theodore Schultz, Ronald Coase, Robert Fogel, Robert Mundell e James Heckman, todos premiados com o Nobel. Mas, ao falar de Frank Knight, Friedrich Von Hayek, George Stigler, Milton Friedman, Gary Becker e Robert Lucas penso estar na companhia dos melhores entre os melhores, la crème de la crème.

Continue a ler neste link: http://ordemlivre.org/posts/a-escola-de-chicago-atraves-de-seus-expoentes

*O autor nasceu no Rio de Janeiro, em 22 de agosto de 1945. É economista formado na UFRJ com mestrado e doutorado na Universidade de Chicago. Foi professor da EPGE/FGV-Rio, Chefe do Departamento Econômico da Confederação Nacional da Indústria, Assessor Especial da Secretaria de Planejamento da Presidência da República, Presidente do SEBRAE e Diretor do BNDES. No setor privado, exerceu atividades de consultoria e ocupou diversos cargos executivos em instituições financeiras.
** Palestra proferida perante o Conselho Técnico da CNC, em 16/09/2014

domingo, 11 de agosto de 2013

A frase do fim de semana: o peso dos economistas mortos - Hans-Hermann Hoppe

"Não sou fã de John Maynard Keynes. Mas creio que ele estava certo quando disse que
"as ideias dos economistas e filósofos políticos, estejam elas certas ou erradas, são mais poderosas do que comumente se percebe. Com efeito, elas governam o mundo quase sozinhas. Homens práticos, que se acreditam isentos de qualquer influência intelectual, costumam ser escravos de algum economista defunto". 
Ironicamente, ele mesmo, Keynes, é o economista defunto por excelência — emitindo, por sinal, ideias falsas —; aquele por quem os homens práticos de hoje são escravizados intelectualmente."

Hans-Hermann Hoppe
entrevista completa neste link: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1646

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Economistas, esses eternos embromadores - Portal José Roberto Afonso

Portal de Economia do José Roberto Afonso
ECONOMISTS
# 693, 15/05/2013


What use are the economists? by Dani Rodrik published by Project Syndicate (5/2013). "When the stakes are high, it is no surprise that battling political opponents use whatever support they can garner from economists and other researchers. That is what happened when conservative American politicians and European Union officials latched on to the work of two Harvard professors - Carmen Reinhart and Kenneth Rogoff - to justify their support of fiscal austerity." http://bit.ly/ZQ6wXW

Gattoperdo economics: The crisis and the mainstream response of change that keeps things the same by Thomas I. Palley published by MK (4/2013) "...This paper explores gattopardo economics as it applies to the issues of the macro-economics of income distribution; the global financial imbalances; and inflation policy. Gattopardo economics adopts ideas developed by critics of mainstream economics, but it does so in a way that ignores the thrust of the original critique and leaves mainstream analysis unchanged. Gattopardo economics makes change more difficult because it deceives people into thinking change has taken place. By masquerading as change, it crowds-out space for real change. That makes exposing gattopardo economics a matter of vital importance." http://bit.ly/19npdGC

Video - John Maynard Keynes - Life - ideas - Legacy - a documentary on Jonh Maynard Keynes by Mark Blaug and published by University of Cambridge, indicated by Rodrigo Medeiros. http://bit.ly/cFDKdL

Keynes, crise e política fiscal livro de José R. Afonso agora em versão digital. "John Maynard Keynes, economista britânico, tornou-se pessoa influente no cenário financeiro, econômico e jurídico por defender a teoria do intervencionismo estatal à epoca da grave crise financeira vivenciada na II Guerra Mundial. Diversos foram os autores que tentaram estudar as funções e a atuação do Estado, sob as mais variadas abordagens, tanto na economia, quanto nas outras ciências..." A versão digiral está disponivel para quem desejar adquirir no link: http://bit.ly/10qzUXP

Antonio Delfim Netto escreveu o artigo: "O fracasso da economia acadêmica" no Jornal Valor em (03/2009) aonde cita o artigo: "A Crise Financeira e o Fracasso Sistêmico da Economia Acadêmica" que tem por conclusão que a profissão dos economistas tem certa responsabilidade na produção da crise atual. Ela falhou na sua relação com a sociedade. http://bit.ly/U7z9M2

Veja só...não era exatamente isso por Luiz Gonzaga Belluzo publicado na Carta Capital. "Diante do alegado fracasso das políticas ditas keynesianas, Robert Lucas e Thomas Sargent, esse último ganhador do Nobel de Economia de 2011 ao lado de Christopher Sims, juntaram a hipótese das expectativas racionais ao modelo de equilíbrio geral para explicar a combinação funesta entre inflação e baixo crescimento. Esse fenômeno deve ser atribuído à reiterada e sistemática tentativa dos governos de desrespeitar as leis de movimento da economia capitalista, ou seja, as leis que governam a evolução natural do sistema econômico. A suposição fundamental das ditas teorias novoclássicas, com expectativas racionais, assegura que a estrutura do sistema econômico no futuro já está determinada agora." http://bit.ly/zxTGnD

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Desinflando a bolha Brasil: falta de informacao parece a razao...

Nunca entendi o entusiasmo de economistas, revistas, jornais e agências de rating estrangeiros sobre o Brasil nos dois anos anteriores. Parece que eles não sabem, ou não querem, ler os dados reais e as políticas efetivas, e se deixam levar ou pela retórica oficial, ou pelos dados de uma pequena conjuntura de aceleração, aliás, ou provocada por fatores externos, ou por retomada de baixas anteriores, jamais por causa de políticas corretas do governo ou tendências estruturais positivas.
Simplesmente, leram mal, ou não quiseram enxergar a realidade das improvisações, da precariedade dos dados estruturais e de outros fatores negativos.
Agora, parece que a bolha desinflou...
Paulo Roberto de Almeida

Economistas: baixo investimento, dívidas e crise travaram o Brasil

Ruth Costas - Direto de Londres
BBC Brsil, 26 de dezembro de 2012

Até 2011, a imprensa e mercados internacionais pareciam tomados por um grande entusiasmo em relação ao crescimento brasileiro. "O Brasil decola", anunciou em 2009 a revista britânica The Economist, fazendo um diagnóstico que, à época, parecia ser unanimidade.
A recente polêmica aberta em um artigo da mesma Economist chamava a economia brasileira de "criatura moribunda" - e anunciava: "O Brasil despenca" - dá a medida de como o clima mudou em relação ao País em 2012."Este foi o ano em que passamos de uma 'brasilmania' - um grande entusiasmo no exterior em relação ao Brasil - para uma visão mais realista e cética sobre o potencial do País. Agora, na imprensa e entre os mercados e investidores há muita incerteza sobre os rumos que a economia brasileira tomará a partir de 2013", disse à BBC Brasil Marcos Troyjo, diretor do BRICLab da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.Entre as causas centrais da mudança está a desaceleração econômica dos últimos dois anos. De 2004 a 2010 o PIB brasileiro cresceu a uma média de 4,5%, alcançando, em 2010, os 7,5% que encheram os olhos dos mercados e investidores.A expansão mais modesta do ano passado - de 2,7% - foi interpretada por analistas como um ajuste sobre o ano anterior, em que o PIB havia crescido mais que seu "potencial" estimado, de 4%.O que explica, então, a alta de apenas 1% esperada para 2012? Ou o que freou tão bruscamente o crescimento brasileiro - em um contexto em que, ainda por cima, o desemprego está historicamente baixo?Em um momento em que o governo brasileiro se esforça para garantir que o País retome o crescimento acelerado - com mudanças no câmbio, pacotes de incentivo fiscal e queda dos juros - economistas estrangeiros e brasileiros de prestígio responderam essa questão para a BBC Brasil e opinaram sobre o que é preciso para a economia voltar a alçar vôo em 2013. 
 
Consensos e divergências
Alguns pontos parecem consensuais. Por exemplo, os baixos níveis de investimento são apontados como fator central do desaquecimento.Como alguns analistas ressaltam, o aumento dos gastos do governo e a expansão da classe média brasileira impulsionaram o consumo nos últimos anos - mas os empresários não têm investido o suficiente, criando uma insuficiência de oferta.No Brasil, o nível de investimento ronda os 18% do PIB, contra quase 50% da China e pouco mais de 30% da Índia. No Peru, Chile e Colômbia a taxa ronda os 25%.A sobrevalorização do real, que mina a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional, e problemas estruturais, como excesso de burocracia, gargalos de infraestrutura e falta de investimento em educação e na formação de mão de obra também são apontados como freios do crescimento em 2012, além do acirramento da crise global e desaquecimento da China.O governo está tentando atacar alguns desses entraves com medidas como cortes dos juros (para 7,25%) e a queda do real. "Mas tal ajuste só terá resultados no médio e longo prazo, porque os empresários levam tempo para refazer seus planos", diz Antônio Prado, da Cepal.Entre as diferenças de pontos de vista dos entrevistados algumas se referem às causas do desaquecimento. Por exemplo, um grupo atribui mais peso a fatores externos, enquanto outros veem exagero no cálculo do contágio.Há também uma ampla variação nas receitas para o crescimento. Alguns defendem mais abertura e menos intervenção. Outros pedem políticas industriais mais ambiciosas. Confira algumas dessas propostas abaixo:
 
Jim O'Neill - Economista da Goldman Sachs, criador do termo Bric
É importante entender que a taxa de crescimento anual do Brasil é bastante volátil. Na década em que a média de crescimento chegou perto dos 4% houve 3 anos em que a expansão do PIB ficou abaixo dos 2%.O Brasil desacelerou por dois motivos em 2011 e 2012. Primeiro, a redução do crescimento da China e dos preços de algumas commodities. Segundo, a sobrevalorização do real, que complicou o desafio do Brasil para ganhar competitividade. Mas no último trimestre, não fosse por uma estranha queda no setor financeiro, o crescimento anualizado seria de 4%, então acho que será mais forte a partir de agora.Para assegurar um crescimento igual ou maior que 4%, o Brasil precisa de melhores condições financeiras (evitando uma nova valorização do real) e reformas focadas no lado da oferta. A macroeconômia tem ido na direção certa, mas é preciso mais reformas microeconômicas. 
 
Michael Reid - Editor para América Latina da The Economist
É verdade que o ambiente externo tem sido um desafio. Mas com que países o Brasil quer se comparar? Com a Europa? Basta olhar para a América Latina e o Bric para ver que o desempenho recente do Brasil é pobre.Alguns motores do crescimento de 2004-10 enfraqueceram. As commodities já não estão subindo e os consumidores precisam pagar suas dívidas. O Brasil se trancafiou em um bloco comercial protecionista e de baixo crescimento - o Mercosul, e fez pouco para abrir novos mercados. Mas o que mais decepciona é a queda dos investimentos. O setor público não tem melhorado a execução de projetos e investidores privados parecem estar preocupados com o risco de mudanças regulatórias ou de políticas.Outros países latino-americanos acabaram com uma burocracia estúpida que dificultava a vida das empresas. Por que o Brasil não faz o mesmo? Como a presidência já reconheceu, mobilizar investidores privados em projetos de infraestrutura é crucial. Mas o governo precisa ser mais consistente ao atrair investidores, oferecendo a eles uma taxa de retorno razoável.Simplificar a estrutura tributária brasileira e reformar leis trabalhistas leva tempo, mas o governo poderia anunciar planos claros para lidar com essas questões. 
 
Marcos Troyjo - Diretor do BRICLab da Universidade de Columbia
Há exagero na avaliação do peso dos fatores externos sobre o desaquecimento brasileiro. O Brasil é uma economia relativamente fechada. As exportações representam 10% do PIB e o peso da China é de 2%. Por isso, o efeito direto do desaquecimento chinês é mais limitado do que muitos acreditam, embora haja também o efeito indireto, relacionado a uma mudança de expectativas.Houve no Brasil um problema de oferta. O País cresceu recentemente com um modelo focado nos altos índices de consumo e gastos do governo. Isso gera crescimento de curto prazo, mas não desenvolvimento. Para crescer mais de 4%, o Brasil precisa investir 23% do PIB no mínimo.A queda dos juros foi bem-vinda, mas ainda é preciso fazer reformas estruturais: reduzir a burocracia para a abertura de negócios e os gargalos de infraestrutura; investir mais em inovação e formação de mão de obra. 
 
Antonio Prado - Secretário-executivo adjunto da Cepal
Houve uma queda muito importante do nível de atividade da indústria - em parte por causa da sobrevalorização do real, que barateou as importações e desestimuliou a produção local. Isso levou a uma inconsistência entre a política industrial e política macroeconômica.Por isso, mudança na taxa de câmbio e de juros era necessária, mas deve demorar para mostrar resultados. Empresas que já tinham contratos de compras de insumos e dívida em dólar devem ser prejudicadas no curto prazo com a desvalorização, mas no médio e longo prazo o Brasil ganha competitividade.O País já está fazendo um esforço grande para levar adiante mudanças estruturais e deve continuar nesse caminho. . Medidas como o controle de fluxos especulativos financeiros também são importantes. 
 
Pablo Fajnzylber - Principal economista do Banco Mundial para o Brasil
Após crescer zero em 2009, o Brasil implementou um política fiscal e monetária anticíclica que lhe permitiu crescer 7,5% em 2010. Mas pressões inflacionárias levaram a um aperto da política monetária até agosto de 2011, quando incertezas globais motivaram um novo ciclo de estímulo.O impacto desse afrouxamento precisa de tempo para se materializar. A parcela das rendas familiares comprometida com dívidas está alta. O investimento continua baixo refletindo uma incerteza sobre o cenário global e doméstico. Além disso, muitas indústrias sofrem com custos elevados de mão de obra.No longo prazo, é preciso elevar o PIB potencial do País. A produtividade e o nível de investimento precisam subir. O setor público deve concentrar investimento em atividades que aumentam a produtividade do setor privado, como educação e infraestrutura, continuando a fazer parcerias com o setor privado em áreas em que o último tem vantagens comparativa como transportes. 
 
Edward C. Prescott - Prêmio Nobel de Economia
O sistema político deve estar bloqueando mudanças e tomando medidas para manter o status quo. É preciso fazer mudanças para progredir, mas ao que parece a nova presidente não é tão habilidosa como Luiz Inácio Lula da Silva, que foi capaz de manter o apoio dos brasileiros permitindo uma mudança.O Brasil precisa criar um ambiente em que grupos de brasileiros talentosos possam se juntar e levar adiante iniciativas empreendedoras. Mais competição entre os Estados e mais abertura para o resto do mundo poderia ajudar nesse processo. 
 
Luiz Carlos Bresser-Pereira - Ex-ministro da Fazenda
A economia brasileira está crescendo menos que o esperado principalmente devido à grande apreciação cambial que ainda subsiste. Os anos 2000, como os anos 90, foram marcados pela tendência à sobrevalorização crônica e cíclica da taxa de câmbio. O dólar caiu de R$ 3,95 em 2003 para R$ 1,65 em 2010.Com isso, as indústrias deixaram de exportar. Elas sobreviveram graças à política distributiva do governo, que aumentou o mercado interno e explica as taxas de crescimento do segundo mandato de Lula. Mas com o tempo, seu mercado foi capturado por manufaturados estrangeiros.O essencial agora é continuar a depreciar o real até que ele chegue ao nível de "equilíbrio industrial", de R$ 2,70 por dólar, que torna competitivas as empresas brasileiras de manufaturados. Para exportadores das commodities, que originam a "doença holandesa" (sobrevalorização da moeda de países com recursos naturais abundantes), R$ 2,00 por dólar está bom.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Historia do pensamento economico: grandes autores

Um arquivo importante, para saber da vida e da obra dos grandes economistas:

McMaster University
Archive for the History of Economic Thought
http://socserv.mcmaster.ca/econ/ugcm/3ll3/

"This archive is an attempt to collect in one place a large number of significant texts in the history of economic thought. I have tried to cast my nets as wide as possible including representative texts of all of the major thinkers and schools of thought; and most of the sub-fields of economics. The archive is a work in progress that may never be completed. The field of economic thought is a very large one. The texts are posted primarily for the use of students who might not otherwise have access to these writings. They are to be used strictly for non-commercial educational purposes. There are mirror sites at the University of Bristol (maintained by Tony Brewer) and at the University of Melbourne (maintained by Robert Dixon). There are as well, many other sites that might be of interest." - Rod Hay

Rod Hay passed away suddenly on May 18, 2008 at the age of 60. The Department of Economics at McMaster will maintain this site in his memory. Here is a brief commemoration of his life.

List of Authors Included in this Archive

A
Abbott, Edith
Acton, John
Alison, William
Anderson, James
Andréadès, Andreas
Anonymous
Arbuthnot, John
Aristotle
Asgill, John
Ashley, William James
B
Babbage, Charles
Bacon, Francis
Baden-Powell, B. H.
Bagehot, Walter
Baldwin, Simeon
Ballard, Adolphus
Banfield, Thomas C.
Barber, William J.
Barbon, Nicholas
Barbour, W.T.
Barry, Patrick
Bastiat, Frédéric
Beard, Charles
Beccaria, Cesare
Bentham, Jeremy
Berglund, Abraham
Bisschop, W. R.
Blackie, John Stuart
Blake, William
Böhm-Bawerk, Eugen
Bonar, James
Bosanquet, Bernard
Bosanquet, Charles
Bluntschli, Johann
Boisguilbert
Bolingbroke, Henry St. John
Berkeley, George
Botero, Giovanni
Bradley, Harriett
Bray, John F.
Bryce, James
Bücher, Carl
Buckland, William
Burke, Edmund
Bury, John Bagwell
Byles, John Barnard
C
Cairnes, John E.
Cannan, Edwin
Cantillon, Richard
Carey, Henry
Carlyle, R. W.
Carlyle, Thomas
Cassel, Gustav
Chapman, Sydney
Child, Josiah
Clapham, John
Clarendon, Edward
Clark, Alice
Clark, John Bates
Cobbett, William
Coke, Edward
Coke, Roger
Comte, Auguste
Condillac, Étienne Bonnet de
Condorcet
Commons, John Rogers
Cook, William Wilson
Cooley, Charles Horton
Copeland, Melvin
Croce, Benedetto
Cunningham, William
D
Daggett, Stuart
Dalrymple, John
Davanzati, Bernardo
D'Avenant
Davenport, Frances G.
Davies, A. Emil
Davis, Joseph
Davis, John P.
Decker, Matthew
Defoe, Daniel
Dicey, Albert Venn
Digges, Dudley
Dill, Samuel
Dunbar, James
Durkheim, Emile
Dutt, R. C.
E
Edgeworth, Francis Ysidro
Edwards, George W.
Ellis, Thomas Peter
Elton, Charles
Ely, Richard
F
Ferguson, Adam
Ferguson, William Scott
Fetter, Frank Albert
Fichte, J. G.
Figgis, John
Fisher, Irving
Fiske, John
Fortescue, John
Fortrey, Samuel
Frank, Tenney
Freeman, Edward Augustus
Freund, Ernst
Fustel de Coulanges, Denis
G
Galiani, Ferdinando
Gentleman, Tobias
Gervaise, Isaac
Giblin, L.F.
Gierke, Otto
Gilbart, James William
Goddard, Thomas
Godwin, William
Gomme, George Laurence
Gras, Norman
Gray, Howard Levi
Greeley, Horace
Green, T.H.
Gross, Charles
Grotius, Hugo
Gumplowicz, Ludwig
H
Hale, Mathew
Halliday, William R.
Hammonds, J.L. and Barbara
Haney, Lewis H.
Harrington, James
Harrod, Roy
Hasbach, Wilhelm
Haskins, Charles Homer
Haverfield, Francis John
Hazard, Blanche
Hegel, G.W.F
Heitland, William E.
Hemmeon, Morley
Herbert, Claude-Jacques
Higgs, Henry
Hildreth, Richard
Hobbes, Thomas
Hobhouse, L.T.
Hobson, John Atkinson
Hodgskin, Thomas
Holbach
Hollander, Jacob
Hone, Nathaniel J.
Hornick, Philipp
Hourwich, Isaac
Hull, Charles
Hume, David
Hutcheson, Francis
I
Ihering, Rudolf
Ingram, John Kells
J
Jenks, Jeremiah
Jeudwine, J.W.
Jevons, William Stanley
Jocelyn, J.
Jones, Richard
Joplin, Thomas
K
Kant, Immanuel
Kellog, Edward
Kemble, John
Kennett, R. H.
Keynes, John Maynard
Keynes, John Neville
Klein, Julius
Knapp, Georg Friedrich
Knight, Frank
Knoop, Douglas
Korkunov, Nikolai
Kovalevsky, Maxim
Kropotkin, Petr Alekseevich
Kyrk, Hazel
L
Labriola, Antonio
Lapsley, G.T.
Laski, Harold
Laveleye, Emile
Lauderdale
Law, John
Le Bon, Gustave
Letourneau, Charles
Leslie, T.E. Cliffe
Levett, Elizabeth
Levy, Hermann
Lewis, George Randall
Lieber, Francis
Liefmann, Robert
Liesse, André
List, Fredrich
Lloyd, Henry Demarest
Lloyd, William Foster
Locke, John
Loeb, Isador
M
Macaulay, Catharine
Macgregor, D.H.
Macrosty, Henry
Majumdar, Ramesh Chandra
Maine, Henry Sumner
Maitland, Frederic
Malinowski, Bronislaw
Malthus, Thomas Robert
Malynes, Gerard de
Mandeville, Bernard
Marriott, J.A.R.
Marshall, Alfred
Martyn, Henry
Marx, Karl
Mavor, James
McCosh, James
McCulloch, John Ramsey
McDougall, William
McFadden, Daniel
Menger, Carl
Merriam, Charles
Michels, Robert
Mill, James
Mill, John Stuart
Millar, John
Mises, Ludwig
Misselden, Edward
Monroe, Arthur E.
Montague, Gilbert
Montesquieu, Charles de Secondat
Moore, Henry Ludwell
Moore, Margaret F.
Mun, Thomas
Murray, Alice Effie
Murray, James
N
Nasse, Erwin
Newcomb, Simon
Newton, Isaac
Nicholson, John Shield
Niebuhr, Bartold Georg
North, Dudley
North, Roger
O
O'Brien, George
Oman, Charles
Owen, Robert
P
Paine, Tom
Palmer, Neobard
Pantaleoni, Maffeo
Pareto, Vilfredo
Patten, Simon
Petty, William
Phear, John B.
Pigou, Arthur Cecil
Pirenne, Henri
Pollard, A. F.
Poole, Reginald Lane
Power, Eileen
Priestley, Joseph
Proudhon, Pierre-Joseph
Putnam, Bertha
Q
Quesnay, François
R
Rae, John
Ramsey, Frank P.
Ranke, Leopold
Ravenstone, Piercy
Rees, J. Morgan
Renard, Georges
Ricardo, David
Riesser, Jacob
Roberts, Lewes
Robertston, William
Rogers, Thorold
Roscher, William
Rostovtzeff, Mikhail Ivanovich
Round, Horace
Rousseau, Jean-Jacques
Rowntree, B. Seebohm
Ruskin, John
S
Sargent, Arthur John
Say, Jean-Baptiste
Scherer, James
Schmoller, Gustav
Schumpeter, Joseph
Scott, William Robert
Scrutton, Thomas
Sée, Henri
Seebohm, Frederic
Seebohm, Hugh
Selden, John
Seligman, Edwin
Senior, Nassau William
Sidgwick, Henry
Sigel, Feodor Feodorvich
Simmel, Georg
Sismondi, Jean-Charles-Léonard
Small, Albion
Smith, Adam
Smith, Peshine
Smith, J. Toulmin
Sombart, Werner
Spelman, Henry
Spencer, Herbert
Stephen, James
Stephen, Leslie
Steuart, James
Steward, Dugald
Streightoff, Frank
Stubbs, William
Sumner, William Graham
Swift, Jonathan
Syme, David
T
Tait, James
Tarde, Gabriel
Taylor, Frederick W.
Thomson, Robert Ellis
Tooke, Thomas
Torrens, Robert
Tout, Thomas Frederick
Townsend, Joseph
Toynbee, Arnold
Treitschke, Heinrich Gothard
Tucker, Josiah
Turgot, Anne-Robert-Jacques
U
Unwin, George
Ure, Andrew
V
Vanderlint, Jacob
Van Hise, Charles
Vaughan, Rice
Veblen, Thorstein
Vinogradoff, Paul
Von Halle, Ernst
W
Wakefield, Edward Gibbon
Walker, Amasa
Walker, Francis Amasa
Wallas, Graham
Walras, Léon
Ward, Lester
Weber, Max
Wells, David A.
West, Edward
Westerfield, Ray
Whale, P. Barrett
Whewell, William
Whitaker, Albert Conser
Wicksell, Johan Gustaf Knut
Wicksteed, Phillip Henry
Wieser, Fredrich
Williams, John H.
X
Xenophon
Y
Young, Allyn
Young, Arthur