Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quinta-feira, 9 de julho de 2015
Brics realizam encontro numa "aldeia Potemkin" (combina com eles...)
Um pouco como as maquiagens contábeis feitas pelos companheiros aqui no Brasil, a completa deformação das contas públicas por economistas aloprados, transformando a feitura dos déficits em vistosos superávits.
Não é de estranhar que os Brics sigam o mesmo exemplo de mistificação, como evidenciado nesta matéria da BBC.
Paulo Roberto de Almeida
Fundada por Ivã, o Terrível, cidade veste 'máscara' para sediar cúpula dos Brics
Luiza Bandeira Enviada especial da BBC Brasil a Ufá, Rússia
BBC Brasil, 9/07/2015
Escolha de Ufá para sediar reunião anual dos BRICS pode ter tido motivação política
Uma edição da Gazeta Russa publicada no Brasil na semana passada já alertava: apesar de a socialite americana Paris Hilton ter achado a cidade de Ufá, sede russa da 7ª Cúpula dos Brics, "linda e encantadora", nem todos que visitam a capital da Bachquíria "sentem a vibração logo de cara".
Construída por ordem do czar Ivã, o Terrível, para proteger o território de invasões, Ufá não lembra nem de longe os tempos de fortaleza.
Encravada na Rússia Central, a mais de mil km de Moscou, próxima do Cazaquistão e dos Montes Urais, que marcam a divisa com a Sibéria, a cidade tem ruas largas, arquitetura insossa e luzinhas com aparência natalina acesas em pleno julho.
As centenas de placas do evento espalhadas pela cidade não deixam dúvida da importância para Ufá de sediar a cúpula dos Brics. Mas nos longos trajetos entre os hotéis escolhidos pela organização para abrigar jornalistas e o centro de imprensa, é difícil ver qualquer vibração.
Policiais vigiam as ruas de Ufá, que receberam adesivos para amenizar o visual.
Vazia
Apesar de ter mais de um milhão de habitantes, há poucas pessoas nas ruas e calçadas. A polícia, por outro lado, está em quase toda esquina. Os policiais se posicionam discretamente, normalmente sem carros ou presença ostensiva na rua; costumam ficar sozinhos ou em duplas nas calçadas.
Apesar de abrigar uma população em torno de 1 milhão de habitantes, a maioria das ruas de Ufá tem aparência deserta.
Escolhida para sediar tanto a cúpula dos Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – a cidade consumiu US$ 189 milhões nos preparativos para o evento, de acordo com o governo.
A maior parte, US$ 108 milhões, veio de investimentos privados, com o governo federal e o da república da Bachquíria bancando o resto. O governo de Vladimir Putin tem interesse em mostrar pujança com o evento - a Rússia sofre sanções devido à crise na Ucrânia e o líder russo quer fazer do encontro uma demonstração de poder.
Os principais investimentos foram para a reforma do aeroporto e construção de novos hotéis – um deles, da rede Hilton, dá uma pista para justificar a propaganda positiva que a herdeira da rede fez da cidade.
Maquiagem
Nas redes sociais russas, os preparativos causaram polêmica: o governo foi acusado de maquiar a cidade para os participantes do evento.
Fotos publicadas por um blogueiro e compartilhadas por milhares mostraram casas escondidas por falsas fachadas, feitas de uma espécie de papel de parede, e também por grandes cartazes de árvores.
Os prédios antigos receberam uma fachada falsa com a aplicação de adesivos.
Um prédio antigo também teria sido escondido atrás de uma espécie de adesivo simulando uma aparência mais moderna. Além disso, calçadas de cimento teriam sido cobertas por grama falsa.
Pela cidade, a reportagem da BBC Brasil viu os cartazes de árvores retratados, mas eles estavam tapando obras.
Segundo a agência de notícias russa Tass, as autoridades de Ufá reagiram dizendo que o blogueiro não era mais bem-vindo na cidade.
Calçadas de Ufá foram cobertas por grama artifical para melhorar o visual urbano.
Turisticamente, Ufá se vende como uma divisa entre Ocidente e Oriente. Ela não tem grandes atrações turísticas: segundo o Trip Advisor, o melhor programa da cidade é visitar o monumento Slavat Yulaev (líder de uma rebelião no local), visível a partir do centro onde será realizada a cúpula.
Já o guia Lonely Planet recomenda, em seu site, uma visita ao Museu Lênin, em uma casa onde o próprio líder da Revolução Russa morou por algum tempo, a 30 quilômetros de Ufá. A Gazeta Russa, suplemento em português financiado pelo governo russo, aconselha provar o mel de Ufá, especialidade local.
O turista que visitar Ufá, porém, pode ter problemas de comunicação: a maior parte das pessoas que a reportagem da BBC Brasil encontrou não falava inglês - mas elas não se abstiveram de falar em russo, mesmo sabendo que o interlocutor não falava a língua.
Exposição
Logo na entrada do centro de imprensa, há uma exposição sobre Ufá com basicamente quatro itens: uma maquete do antigo kremlin (fortaleza) da cidade, que não existe mais; um traje usado pelo bailarino Rudolf Nureyev, celebridade maior da cidade; um troféu do time de hóquei local e o motor de um caça produzido em Ufá.
A mostra termina com maquetes de projetos que prometem, nos próximos sete anos, mudar a paisagem da cidade – que, hoje, é marcada por alguns prédios de arquitetura funcional típica soviética, sem grandes atrativos e em tons pastéis - com prédios modernos e espelhados e grandes áreas verdes.
Na sala de imprensa, grandes telões mostram imagens turbinadas da cidade – luzes acesas à noite, prédios históricos, igrejas e mesquitas com iluminação especial e imagens aéreas do rio que banha a cidade.
Jornalistas que se interessaram em saber um pouco mais pela cidade ganharam pelo menos três livros: um sobre a história de Ufá, um sobre a Bachquíria e um sobre a Rússia em geral.
Mas qual o interesse da Rússia em realizar um evento de grande porte em uma cidade longínqua e pouco conhecida?
Para o professor de Relações Internacionais da FGV Oliver Stuenkel, o objetivo é promover uma cidade fora do eixo.
"Assim como outros países, a Rússia usa a cúpula para beneficiar politicamente um aliado e apresentar ao mundo algumas regiões que não têm visibilidade", afirma.
Ele lembra que, quando o Brasil foi anfitrião da cúpula, escolheu Fortaleza como sede do evento – um afago ao aliado Cid Gomes, que quando governador, construiu um grande centro de convenções que acabou sendo usado para o evento.
Brics pretendem aprofundar ainda mais as bobagens economicas dos paises desenvolvidos
Quem não se lembra das lamúrias, protestos, reclamações dos lulo-petistas (e nem preciso lembrar quem) que, no auge da crise dos desenvolvidos (que parece largamente superada atualmente, menos nas escusas fajutas dos mesmos lulo-petistas), acusavam as economias desenvolvidas de fazerem "guerra cambial", e de "tsunami financeiro".
Eles reclamavam contra o manancial de dinheiro que os bancos centrais do G7 despejavam no mercado, estupidamente, ou seja, keynesianamente, para sustentar a demanda, como eles se justificavam.
Pois agora são os Brics, que na iminência da interrupção dos diversos "quantitative easing", e sa subida dos juros, reclamam que vai faltar dinheiro, e querem a extensão das linhas de crédito em divisas fortes. Eles querem mais liquidez, querem mais dinheiro fácil, querem fazer tsunami financeiro, querem aumentar a inflação e a dívida pública...
Vão ser contraditórios lá em Ufá...
Paulo Roberto de Almeida
Contra turbulência, Brics querem acesso a moeda de países ricos
Por Assis Moreira
Valor Econômico, 9/07/2015
Os países do Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - querem que as nações desenvolvidas garantam linhas de swap de moedas, no caso de restrição de liquidez no mercado cambial, que poderia afetar os emergentes, quando os EUA voltarem a elevar os juros, provavelmente ainda neste ano.
No começo da crise global, em 2008, o Brasil foi um dos países que obtiveram linha de swap de moedas de US$ 30 bilhões com o Federal Reserve, que nunca foi acionada. A China, com quase US$ 4 trilhões de reservas, fez bilateralmente vários acordos com emergentes nos últimos tempos.
O Valor apurou, que no comunicado de 75 parágrafos que vão divulgar hoje, ao final de sua cúpula em Ufá, na Rússia, os líderes das cinco grandes economias emergentes vão manifestar persistente "preocupação com o potencial efeito das repercussões de politicas monetárias não convencionais de países avançados, que poderiam causar volatilidade disruptiva nas taxas de câmbio, nos preços dos ativos e nos fluxos de capital".
Para "reduzir os riscos potenciais'' desse cenário, a presidente Dilma Rousseff e seus colegas Xi Jinping (China), Vladimir Putin (Rússia), Jacob Zuma (África do Sul) e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Mori, conclamarão as principais economias desenvolvidas a "reforçar seu diálogo politico e a coordenação no contexto do G-20".
Os líderes dos Brics consideram importante fortalecer a cooperação financeira internacional por meio de instrumento como linhas de swap "para mitigar os impactos negativos de divergência de política monetária nos países emissores de moedas de reserva" - essencialmente os EUA, a zona do euro e o Japão.
Existe o sentimento entre autoridades do grupo de que, mesmo com uma melhor preparação e boa comunicação do Federal Reserve (o BC dos EUA) sobre a normalização de sua política monetária, o aumento da volatilidade nos mercados é possível quando os juros aumentarem nos EUA e o dólar continuar se valorizando globalmente.
Produtores de matérias-primas, incluindo o Brasil, entram nesse cenário com o fim do superciclo dos preços de commodities, no rastro da desaceleração da economia da China que pode agora se acentuar com o estouro da bolha no seu mercado de ações.
O acordo operacional do fundo de reservas dos Brics, de US$ 100 bilhões, que entra em vigor no fim deste mes, servirá para defesa no caso de algum dos cinco países do grupo enfrentar problemas de liquidez em dólar.
Mas a Índia é um dos países que dá ênfase à garantia de acesso a linha de swap também pelos bancos centrais dos países ricos, como deixou claro em reuniões no G-20, grupo que reúne as maiores economias do planeta.
Para Nova Déli, é preciso assegurar que linhas de swap de moedas estejam disponíveis, como em 2008, para evitar o estigma de um país em dificuldade recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ter de se submeter a suas condicionalidades.
O que o Brics defende, porém, sofreu no G-20 resistência dos EUA e da Europa no ano passado, com alguns países ricos estimando que a primeira linha de proteção deve vir do FMI.
No comunicado do Brics, que será divulgado hoje, os líderes avaliam que a recuperação global não está consolidada, resta frágil e com divergências consideráveis entre países e regiões.
Eles estimam que os mercados emergentes e os países em desenvolvimento continuam a ser os grandes motores do crescimento economico global.
Para o Brics, reformas estruturais, ajuste doméstico e inovação são importantes para o crescimento sustentável e para fornecer uma contribuição significativa para a economia mundial.
''Notamos os sinais de melhora das perspectivas de crescimento em algumas das principais economias avançadas. No entanto, riscos para economia global persistem'', dirá o documento.
Para o grupo, os desafios têm relação com endividamento público e desemprego elevados, pobreza, menos investimentos e comércio, taxas de juros reais negativas juntamente com sinais de prolongada inflação baixa nos países desenvolvidos.
Economia lulo-petista propoe ao Brasil recuo de 80 anos no comercio internacional: de volta aos anos 1930 com o Brics
Não surpreende: o lulo-petismo econômico é pior que uma Grande Depressão. Significa uma derrocada completa dos saudáveis princípios do multilateralismo econômico, da abertura no comércio internacional, e um recuo inacreditável ao mais vulgar mercantilismo e protecionismo.
Aceitar comércio em moedas locais, inconversíveis, num momento em que a China pretender tornar o yuan uma moeda conversível e inserida na cesta do SDR, os Direitos Especiais de Saque do FMI, é de uma estupidez imensa, só compatível com a esquizofrenia econômica lulo-petista.
Bando de bárbaros regressistas.
Paulo Roberto de Almeida
Putin pede a Dilma uso de moedas locais em trocas
Assis Moreira
Valor Econômico, 9/07/2015
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, conclamou a presidente Dilma Rousseff para os dois países "trabalharem mais" para a possível utilização de real e rublo no comércio bilateral, que visa reduzir o uso de dólar nas trocas.
Já a presidente, pelo menos na declaração inicial diante dos jornalistas não tocou no tema. A área econômica do governo brasileiro acha que as propostas na mesa ainda não levam a um consenso.
Moscou está particularmente engajado no uso de moeda local, no momento, tirando as lições de seu confronto com americanos e europeus, que impuseram sanções contra Moscou.
Por sua vez, uma declaração de empresários dos Brics, que será entregue aos líderes hoje, também coloca como uma das prioridades o uso de divisas nacionais no comércio entre eles.
O volume de comércio entre os países dos Brics saltou, entre 2005 e 2014, de US$ 72 bilhões para US$ 297 bilhões, um incremento de 311%, acima do crescimento do comércio mundial, de 80%, no mesmo período. Os países dos Brics dobraram a sua participação no comércio desde 2001, representando, hoje, 18% do comércio global, segundo o Itamaraty.
Em todo caso, Dilma e Putin prometeram se engajar para que o comércio bilateral aumente para USS 10 bilhões, comparado a USS 6,8 bilhões no ano passado.
Segundo Putin, o comércio bilateral cresceu 15% em 2014, mas diminuiu no primeiro trimestre deste ano. Ele, porém, disse ter certeza de que as trocas vão continuar aumentando. O Brasil exporta sobretudo carnes para o mercado russo.
Os dois presidentes abordaram os acordos de ciência e tecnologia que vão assinar, incluindo na área de astronomia.
Dilma foi a última dos líderes a chegar a Ufá para a cúpula dos Brics. Mas o anfitrião, Putin, demorou tanto em encontros bilaterais que o jantar de abertura começou com grande atraso. Já tarde da noite, os dois presidentes tiveram um encontro bilateral. Ao retornar para o hotel, a presidente não quis comentar as turbulências nas bolsas da China, que apagaram mais de US$ 3,5 trilhões em valor e podem implicar em mais baixa na demanda por commodities.
Hoje, a presidente terá reuniões bilaterais com os presidentes da China, de Belarus e do Cazaquistão, e com o primeiro-ministro da Índia. Segundo sua assessoria, todos pediram para falar com ela, enquanto Dilma não requisitou nenhuma conversa.
É possível que o Brasil consiga uma ligeira satisfação na sua luta pela reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O governo considera isso ainda mais simbólico neste ano em que a ONU completa 70 anos.
A China não quer apoiar a entrada do Japão no Conselho de Segurança e tampouco tem simpatia pela entrada da Índia. Ocorre que Brasil, Índia, Japão e Alemanha formam o G-4, engajados pela reforma. Os chineses dizem que, se o Brasil não estivesse nesse tipo de grupo, seria menos complicado para Pequim dar algum apoio para a reforma do Conselho.
A declaração dos líderes e o texto da parceria econômica terão juntos 80 páginas, resultado de meses de negociações.
Lulo-petismo: o escorbuto do Brasil em sua travessia maritima para a democracia
Vídeo esquerdista associa o antipetismo ao antissemitismo. Judeus do Brasil e de todo o mundo, levantem sua voz contra essa vergonha
Texto publicado originalmente às 20h30 desta quarta
quarta-feira, 8 de julho de 2015
Comunismo: livro "O Retrato", de Osvaldo Peralva (2a. edicao)
Tive de aproveitar uma ida ao Rio de Janeiro, em algum momento muito depois, para ler o exemplar original na Biblioteca Nacional.
Sempre tive excelente impressão dessa obra, muito sincera, pois conhecia o caso de outros "renegados" do comunismo soviético, e sabia exatamente o que tinha sido o stalinismo e o comunismo soviético.
Acredito que vale a leitura ainda hoje, sobretudo pela introdução de Antonio Paim, outro dos jovens "comunistas" que deixaram de sê-lo depois de uma viagem a Moscou e ao travar conhecimento direto com a fraude que era o regime socialista soviético, um sistema de mentira, de fraude, de opressão, de mediocridade, exatamente como são os companheiros ainda hoje.
O título da matéria da Folha é execrável: "virar casaca" significa trair uma causa, abandonar a postura que se tinha, em troca de alguma vantagem material. Não parece ao autor do título que o jornalista em questão apenas descobriu que a realidade era muito diversa, o contrário, do que lhe pintavam antes.
Nesse sentido, o título correto da matéria deveria ser:
Jornalista descobre a fraude do comunismo soviético, ao conhecer a realidade do stalinismo
Paulo Roberto de Almeida
FolhS. Paulo, 06/05/2015 - 16h22
Jornalista comunista vira a casaca depois de visitar a URSS de Stálin
Em "O Retrato", a narrativa autobiográfica de uma desilusão, Peralva descreve a experiência na União Soviética e apresenta um panorama do Partido Comunista no Brasil.
O autor, que conviveu com os famintos que vagavam pelo interior da Bahia, entrou no PCB em 1942. Apaixonado pela ideologia marxista e pela militância no partido, ele foi à URSS como representante do Kominform, organização que controlava os Partidos Comunistas de todo o mundo.
Peralva foi o quarto homem na hierarquia do Partido, atrás do chefe do PC em Moscou, de Luís Carlos Prestes e do secretário-geral Diógenes Arruda Câmara. A Escola em Moscou não se limitava ao ensino dos fundamentos teóricos do marxismo-leninismo e a formar revolucionários de tipo bolchevista.
Segundo o autor, o curso era uma espécie de lavagem cerebral, que buscava produzir agentes capazes de executar "as ordem mais absurdas", sem vacilar, e que "não tentasse pensar, a não ser por meio de chavões, para evitar desvios da linha do Partido, fixada pela direção suprema".
"Através da pressão ideológica e do próprio regime de internato, onde se fazia a apologia da obediência cega e do endeusamento de tudo que fosse soviético", conta, "buscava-se transformar cada aluno em um indivíduo despersonalizado, sem quaisquer interesses ou vontade que não fosse os interesses e a vontade da direção do Partido".
Divulgação |
Um dos mais contundentes relatos políticos brasileiros do século 20 |
No 20º Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PUCS), em 1956, Nikita Kruschev revelou os crimes do período em que Stálin governou a URSS (1924-53). O Relatório de Kruschev, também chamado de "relatório secreto", provocou uma crise no comunismo quando o texto foi divulgado.
Os militantes se dividiram. Alguns refletiram sobre a própria ideologia, outros preferiram acreditar que se tratava de uma fraude elaborada pela CIA. Peralva rompeu com o comunismo no fim da década de 1950.
"A leitura de 'O retrato' pode contribuir para que pessoas de bom senso revejam esse tipo de opção", escreve Antonio Paim na apresentação à edição.
Nascido na Bahia, em 1918, Osvaldo Peralva escreveu para os jornais "Última Hora", Correio da Manhã" e Folha de S.Paulo. Apesar de o autor ter abandonado o comunismo, ele foi preso e exilado após o AI-5, em 1968. Viveu na Alemanha Ocidental e regressou ao Brasil com a Lei da Anistia, em 1979. Morreu em 1992, no Rio de Janeiro.
AUTOR Osvaldo Peralva
EDITORA Três Estrelas
QUANTO R$ 59,90 (preço promocional*)
Políticos são iguais em todo lugar. Eles prometem construir pontes mesmo onde não há rios. Nikita Kruschev
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Comentário de
Carlos U Pozzobon
1 dia atrás - Compartilhada publicamenteBrasil: o futuro do país está no passado (de outros países...) - Paulo Roberto de Almeida
Leiam o resto nos links indicados: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/2433FuturoBrasilFrondaEmpres.pdf e
https://www.academia.edu/5962599/2433_Brasil_o_futuro_do_pa%C3%ADs_est%C3%A1_no_passado_de_outros_pa%C3%ADses..._proposta_para_uma_Fronda_Empresarial_2102_
Itamaraty e funcionarios publicos: reajuste sub-inflacionario
ASSOCIAÇÃO DOS DIPLOMATAS BRASILEIROS ADB
NEGOCIAÇÕES DE REAJUSTE SALARIAL NO MPOG:
JUIZ ANULA VOTAÇÃO DO SINDITAMARATY. ADB PARTICIPA DE REUNIÃO NO MPOG.
Em decisão liminar proferida em ação judicial movida pela Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB), a Dra. Patrícia Birchal Becattini, Juíza do Trabalho, declarou nulas as deliberações do Sinditamaraty– tomadas durante a Assembleia-Geral Extraordinária de 1º e 2 de julho passado, bem como a votação "on line"realizada ontem – as quais permitiriam à entidade propor, ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão(MPOG), critério assimétrico para a recomposição das perdas inflacionárias das três carreiras integrantes do Serviço Exterior Brasileiro (SEB).
A ADB havia ajuizado a ação, em 6 de julho, alegando que as deliberações do Sinditamaraty teriam lesado os interesses dos diplomatas, uma vez que o pagamento não-linear do reajuste salarial, atualmente em negociação no MPOG, implicaria perdas reais significativas para a classe. A ADB invocou, ainda, irregularidades procedimentais na condução do processo decisório no Sindicato.
Transcrevem-se, abaixo, trechos relevantes da decisão liminar:
"A votação e a assembleia do sindicato estão eivadas de nulidade, pois não foi permitida a votação e participação de toda a categoria, com mudança das regras de votação dentro da mesma assembleia.
Desse modo, concedo a medida liminar requerida, declarando nulas as deliberações da assembleia do sindicato réu nos dias 01 e 02 de julho de 2015 e votação on line finalizada no dia 06/07/2015 às 18 horas por não refletir a manifestação de toda a categoria e em face da não observância da convocação inicial que chamou todos os servidores para participarem e votarem. (...)"
ADB participa de reunião no MPOG sobre reajuste salarial
Em mais uma ação voltada à defesa dos interesses dos diplomatas, a ADB participou de reunião com o Secretário de Relações do Trabalho do MPOG, em 7 de julho corrente. Na ocasião, 56 entidades representativas de 1 milhão e 200 mil servidores públicos apresentaram suas primeiras reações à contraproposta do MPOG de recomposição inflacionária de 21,3%, distribuídos ao longo de quatro anos.
Em sua intervenção, o representante designado pela ADB, Ministro Adriano Pucci, ressaltou que a Associação se somou ao processo de negociação porque a fórmula de reajuste não-linear defendida pelo Sinditamaratyacarretaria graves perdas financeiras unicamente para a categoria dos diplomatas no curso do quadriênio. Citou, nesse contexto, a liminar concedida à ADB como indicativo de que aquelas deliberações não haviam sido tomadas em conformidade com a legislação sindical.
O Dr. Sérgio Mendonça (SRT/MPOG) tomou por unânime a recusa das entidades presentes ao reajuste ofertado. Tendo ouvido as diversas reivindicações, dividiu-as em dois planos: o geral e o setorial. No plano geral, indicou que o Governo tomará em conta a preocupação com a insegurança que uma proposta plurianual suscita e que considerará a possibilidade de nova oferta, em linha com as reações registradas hoje, observada a premissa do equilíbrio entre as despesas de pessoal do funcionalismo e as exigências fiscais em vigor. No plano específico das distintas carreiras, acolheu a sugestão de organizar negociações sob a forma de mesas setoriais restritas às demandas prioritárias de cada categoria. A ADB continuará a participar de ambos os processos, em sintonia com as postulações dos diplomatas.
Sessão Informativa sobre a Negociação em Curso no MPOG
9 de julho, quinta-feira, 14h – Auditório Paulo Nogueira Batista
A ADB convida todos os diplomatas (associados ou não) a participar de encontro informativo, a ser realizadono dia 09/07/2015 (próxima quinta-feira), às 14h00, no Auditório Paulo Nogueira Batista (Palácio Itamaraty, Anexo II, Térreo), quando a Diretoria apresentará um balanço preliminar da reunião realizada hoje no Planejamento. Na oportunidade, serão examinadas as propostas de negociação e discutidos os principais pleitos dos diplomatas.
Brasília (DF), 7 de julho de 2015.
A marcha do impeachment: editoral despudorado do Estadao
terça-feira, 7 de julho de 2015
Itamaraty: desventuras bolivarianas se acumulam
Blog Lauro Jardim, terça-feira, 7 de julho de 2015
Em campanha por Madri
Indicado por Dilma para a embaixada do Brasil em Madri,Antonio Simões tem se articulado para evitar ser boicotado pela oposição em sua sabatina no Senado.
Durante a leitura do relatório da indicação, Romero Jucá e Edison Lobão foram à Comissão de Relações Exteriores elogiá-lo.
O temor é que o clima contrário à política externa do governo para a América do Sul prejudique sua indicação.
Atualmente, Simões é subsecretário-geral de América do Sul no Itamaraty e, portanto, está diretamente envolvido nas relações com os países vizinhos.
Tags: Antonio Simões, Edison Lobão, Itamaraty, Madri, Romero Jucá