O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

terça-feira, 5 de junho de 2018

Taiwan: assegurado o apoio dos EUA? - seminário no Hudson Institute

U.S. Support of Taiwan: The Way Forward
Thursday, June 7th
12:00 pm to 1:30 pm
Hudson Institute
Stern Policy Center
1201 Pennsylvania Avenue, N.W. Suite 400
Washington, DC 20004
Register
In 1979, President Jimmy Carter signed the Taiwan Relations Act, which requires the U.S. to assist the island nation with equipment and services necessary for its defense. The Obama years were characterized by intermittent and infrequent security assistance to Taiwan. The Trump administration, on the other hand, has announced plans for new arms sales to Taiwan and signed legislation encouraging bilateral official meetings, underscoring U.S. support for a strategically important democratic ally in the Western Pacific.
On June 7, Hudson Institute will host a discussion examining growing hostility towards Taiwan, Beijing’s efforts to isolate its neighbor, and the ongoing arms build-up in the region. Conference participants will also examine the current administration’s record of support for Taiwan and offer practical ideas about how best to strengthen U.S. assistance to Taiwan. Panelists will include Hudson senior fellows Seth Cropsey and Arthur Herman, the Project 2049 Institute’s Ian Easton, and the Center for a New American Security’s Dr. Patrick Cronin.
Speakers
Seth Cropsey
Seth Cropsey is a senior fellow at Hudson Institute and the director of the Center for American Seapower. He has previously served in the Reagan and Bush administrations as Deputy Undersecretary of the Navy and acting assistant Secretary of Defense for Special Operations and Low-Intensity Conflict. Mr. Cropsey has also directed the International Broadcasting Bureau.
Ian Easton
Ian Easton is a research fellow at the Project 2049 Institute and an expert on Asian security affairs. Mr. Easton has previously worked at the Japan Institute for International Affairs, the Center for Naval Analyses, and the Foundation for Asia-Pacific Peace Studies. He is a fluent speaker of Mandarin Chinese and has lived and studied on the mainland and Taiwan.
Arthur Herman
Dr. Arthur Herman is an author, historian, and senior fellow at Hudson Institute. He has written nine books, including a Pulitzer prize finalist and How the Scots Invented the Modern World. Dr. Herman has taught at the University of the South, George Mason University, Georgetown University, and Catholic University.
Patrick Cronin
Dr. Patrick Cronin is the senior director for the Asia-Pacific Security Program at the Center for a New American Security. Dr. Cronin has held leadership positions at the Institute of International Strategic Studies, the Center for Strategic and International Studies, the United States Agency for International Development, and the United States Institute for Peace. In the academic world, Dr. Cronin has taught security and international studies at Georgetown, Johns Hopkins University, and the University of Virginia.
Program
Registration & Lunch
11:45 am — 12:00 pm
Introduction
12:00 pm — 12:10 pm 
Speaker Remarks and Discussion
12:10 pm — 1:10 pm 

Audience Q & A
1:10 pm — 1:30 pm 

Privatização: uma juiza bloqueia Eletrobras

Dificilmente o Brasil se livrará de uma nova e grave crise.
Paulo Roberto de Almeida

Juíza do Trabalho do RJ determina suspensão do processo de privatização de distribuidoras da Eletrobrás 
A venda das distribuidoras havia sido liberada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 30 de maio e foi suspensa por uma decisão da Justiça do Trabalho do RJ.

Por G1 Rio

05/06/2018 08h36  Atualizado há menos de 1 minuto
Uma decisão da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro determinou a suspensão do processo de venda de cinco distribuidoras de energia elétrica da Eletrobrás. A informação foi divulgada pela companhia na manhã desta terça-feira (5). Elas devem apresentar no prazo de 90 dias um estudo sobre os impactos da privatização nos contratos de trabalho. A decisão é da juíza Raquel de Oliveira Maciel.
A decisão envolve a Amazonas Distribuidora de Energia S.A. (Amazonas Energia), Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Companhia Energética de Alagoas (Ceal) e Companhia Energética do Piauí (Cepisa).
Segundo o documento, elas devem se abster de "dar prosseguimento ao processo de desestatização, afim de que apresentem, individualmente ou de forma coletiva, no prazo de até 90 (noventa) dias, estudo sobre o impacto da privatização nos contratos de trabalho em curso”.
A Eletrobrás afirmou que analisará as medidas cabíveis e que manterá o mercado informado sobre as próximas decisões.
A ação que levou à decisão foi movida por sindicatos.

Georgia: 100 anos do primeiro Estado socialista do século XX - Egmont Institute

Stalin era georgiano. Beria também. Não obstante, Stalin nunca conseguiu eliminar Beria, não porque ele fosse georgiano, mas porque Beria tinha suas próprias fontes de informação, inclusive sobre Stalin, independentes do GPU ou do NKVD, pois que baseados na antiga classe dominante georgiana, emigrados ou permanecidos na União Soviética, o que lhe permitiu sobreviver até ao ditador psicopata. Ainda deu a bomba atômica de presente ao Stalin, em grande medida baseado em espionagem contra UK e EUA. Só foi eliminado por Kruschev, três anos depois da morte do seu antigo patrono.
Em todo caso, a Georgia é um fenômeno, a vários títulos.
Paulo Roberto de Almeida 

The Egmont Institute and the Ministry of Foreign Affairs of Georgia have the pleasure to invite you to a conference on: 

100 years of modern Georgia:
an interrupted history
Date: 18 June 2018
Time: 
17:00-19:30
Venue: Egmont Palace, 8bis, Place du Petit Sablon, 1000 Brussels
«Si quelques années avant la guerre, des militants informés des choses internationales, pénétrés des idées fondamentales du marxisme, s’étaient posé la question de savoir quelle serait la première capitale où s’établirait un gouvernement démocrate socialiste, quelques-uns eussent songé à Paris…, d’autres plus nombreux eussent parlé de Berlin ou de Londres, de Stockholm ou de Bruxelles ; mais je gage que pas un n’eût songé à Tiflis, Capitale de la République Géorgienne.»
 
Emile Vandervelde, Ministre des Affaires Etrangères de la Belgique 1925-1927
Juillet 1921

«Refuser de libérer la Géorgie comme on a libéré la Pologne, la Finlande, les populations du littoral Baltique, comme on sera conduit demain par la force des choses à libérer d’autres régions encore, c’est bien pis que commettre un illogisme flagrant...»

«Ses habitants (de Géorgie) connurent un malheur auquel nous autres Belges pouvons d’autant mieux compatir que nous l’avons nous-mêmes maintes fois éprouvé : le malheur d’être en trop bonne place, à celle où chacun vous bouscule pour la prendre.»

«En tout organisant contre une attaque éventuelle la plus énergique résistance, ils ont toujours soigneusement évité jusqu’à l’apparence d’une agression. Ils ne comptaient pour vaincre leurs adversaires que sur la force de l’idée et sur celle de l’exemple. Ils  voulaient que leur petite république manifeste une telle supériorité sur la grande tyrannie que chacun en ait sa conviction faite et sa résolution arrêtée.»
 
 Louis de Brouckère, sénateur belge 1925-1932
Juillet 1921

La Géorgie est le seul Etat socialiste du monde entier. C’est un Etat socialiste qui n’a pas été fondé sur la terreur, la contrainte ou le meurtre, mais sur la démocratie.
 
Camille Huysmans, Premier Ministre belge 1946-1947, Président de la Chambre 1954-1958
Octobre 1921

Programme

-17:00-17:15 : Opening Remarks
  • H. E. Aniek Van Calster, Director General, Belgian MFA
  • H. E. Natalie Sabanadze, Ambassador of Georgia
-17:15-18:45: Panel Discussion: First Republic and Its Successors:
  • Moderator: Marc Franco, Senior Associate Fellow, Egmont Institute
  • Speakers:
    • Mr. Stephen Jones (1st republic, Socialism in Georgian colours)
    • Mr. Tornike Gordadze (Soviet and post-Soviet Georgia)
    • Ms. Amanda Paul (European Georgia: myth and reality)
-Q&A
-18:45-19:30 Reception

Register at nkakulia@mfa.gov.ge by 14 June 2018
.


Bio speakers:



View the brochure.
View the brochure

Brasil: crescimento do PIB aponta para queda - Gilberto Simoes Pires

O PIB BRASILEIRO NAMORA COM O FRACASSO

NOVA PROJEÇÃO DO PIB 2018

Passado o feriadão de Corpus Christi, que nesta edição as viagens foram bastante prejudicadas pelo colapso do desabastecimento, que tudo indica já estará normalizado (se nada acontecer de ruim nos próximos dias) até o final desta semana, é hora de refazer as projeções quanto ao desempenho do PIB brasileiro de 2018. 

PARA O VINAGRE

Pois, se antes deste brutal desabastecimento a coisa já não vinha bem, depois do levantamento dos enormes prejuízos verificados com o extraordinário estrago das mercadorias (animais e vegetais) perecíveis fica a certeza de que o PIB de 2018 foi simplesmente para o vinagre.

FOCUS

Tomando por base a pesquisa Focus divulgada hoje, 04 de junho, a projeção para a taxa de crescimento do PIB em 2018 caiu de 2,37% (semana passada) para 2,18%. Relembrando: em março, o mesmo Boletim Focus projetava alta de 2,90%, e desde então tudo que aconteceu foram quedas sucessivas.

PRIMEIRO TRIMESTRE

Aliás, o comportamento do PIB brasileiro, país que se recusa a fazer a REFORMA DA PREVIDÊNCIA, identifica, com absoluta clareza, o quanto as nossas estimativas são feitas mais com base no -otimismo-, e menos com os pés no chão. Muita gente acreditava que só pelo fato do PIB ter apresentado queda por oito trimestres sucessivos, por questões cíclicas a recuperação aconteceria automaticamente. Ledo engano.

40ª POSIÇÃO

Vejam, a propósito, que numa lista de 43 países analisados pela consultoria Austing Rating, que monitora os resultados dos países com as maiores economias do mundo, o Brasil aparece na 40ª colocação em termos de crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2018. A comparação leva em conta a variação da economia na comparação com o primeiro trimestre de 2017.

AMÉRICA LATINA

O crescimento (comparativo) do PIB brasileiro, segundo o IBGE, foi de 1,2%. Na América Latina, por exemplo, o PIB do Chile avançou 4,2%, o do Peru 3,2%; e o da Colômbia 2,2%. Que tal?

LISTA DE 43 PAÍSES

Eis a lista dos países que divulgaram seus resultados até 30 de maio de 2018 e a posição que desfrutam na comparação com o 1º.tri.17:
1º Filipinas 6,8
2º China 6,8
3º República Dominicana 6,4
4º Malásia 5,4
5º Egito 5,4
6º Polônia 5,2
7º Indonésia 5,1
8º Tailândia 4,8
9º Hong Kong 4,7
10º República Tcheca 4,5
11º Cingapura 4,4
12º Hungria 4,4
13º Letônia 4,3
14º Chile 4,2
15º Israel 4,0
16º Romênia 4,0
17º Chipre 3,8
18º Eslováquia 3,6
19º Lituânia 3,6
20º Bulgária 3,5
21º Suécia 3,3
22º Peru 3,2
23º Ucrânia 3,1
24º Áustria 3,1
25º Taiwan 3,0
26º Espanha 2,9
27º Estados Unidos 2,9
28º Coréia do Sul 2,8
29º Finlândia 2,8
30º Holanda 2,8
31º Croácia 2,5
32º Alemanha 2,3
33º Colômbia 2,2
34º Portugal 2,1
35º França 2,1
36º Bélgica 1,6
37º Itália 1,4
38º México 1,3
39º Rússia 1,3
40º Brasil 1,2
41º Reino Unido 1,2
42º Japão 0,9
43º Noruega 0,3

Brasil: crescimento sem investimento - Ricardo Bergamini

Crescimento sem investimento é gerado do pó e ao pó voltará
Ricardo Bergamini
(Recebido em 5/06/2018)


A taxa de Investimento no primeiro trimestre de 2018 foi de 16,0% do PIB. No primeiro trimestre de 2000 foi de 20,5% do PIB. Redução de 21,95% em relação ao PIB em 18 anos. 

Sabedores que somos há mais de duzentos anos que: (poupança = Investimento = crescimento) podemos afirmar, de forma cabal e irrefutável, de que o Brasil não cresceu no período de 2003 até 2014 com base sólida dos investimentos, mas sim através da ilusão monetária do crédito. 

Em vista do acima exposto poderíamos afirmar que o crescimento de 40,90% ocorrido no período 2003 até 2014 foi uma ilusão monetária provocada pela alta liquidez de dólares falsos emitidos pelos Estados Unidos para financiar as guerras do Afeganistão e Iraque. 

Em 2002 o volume de operações de crédito era de R$ 378,0 bilhões (25,35% do PIB), em 2014 o volume de operações de crédito era de R$ 3.021,8 bilhões (54,73% do PIB).  .

O volume de crédito cresceu em termos reais em relação ao PIB em 115,90%, para um crescimento do PIB de 40,90% no período. Esse desequilíbrio gera uma ilusão monetária de crescimento.

Gostaria de fazer a sua regressão de R$ em US$ que será efetivamente como seremos avaliados junto a ONU e ao FMI, conforme quadros demonstrativos abaixo que em 2017 retornamos ao ano abaixo de 2010 e acima de 2009. Sem investimentos não tem como crescer de forma saldável. O Brasil Avança para o abismo.

PIB A Preços Correntes

Fonte IBGE

Ano
R$ Bilhões
US$/R$
US$ Bilhões
2002
1.488,8
2,9296
508,2
2003
1.717,9
3,0705
559,5
2004
1.957,7
2,9247
669,4
2005
2.170,6
2,4335
892,0
2006
2.409,4
2,1763
1.107,1
2007
2.720,3
1,9475
1.396,8
2008
3.109,8
1,8369
1.693,0
2009
3.333,0
1,9927
1.672,6
2010
3.885,8
1,7585
2.208,5
2011
4.376,4
1,6739
2.614,5
2012
4.814,8
1,9453
2.470,5
2013
5.331,6
2,1738
2.475,1
2014
5.778,9
2,3599
2.448,8
2015
5.995,8
3,3856
1.772,4
2016
6.266,9
3,4538
1.814,5
2017
6.559,9
3,1930
2.054,5 

PIB Per Capita

Fonte IBGE

Ano
R$ 1,00
US$/R$
US$ 1,00
2002
8.350
2,9296
2.850
2003
9.511
3,0705
3.097
2004
10.703
2,9247
3.659
2005
11.723
2,4335
4.817
2006
12.862
2,1763
5.910
2007
14.359
1,9475
7.373
2008
16.237
1,8369
8.839
2009
17.222
1,9927
8.642
2010
19.878
1,7585
11.303
2011
22.171
1,6739
13.237
2012
24.165
1,9453
12.399
2013
26.520
2,1738
12.165
2014
28.498
2,3599
11.538
2015
29.329
3,3856
8.670
2016
30.407
3,4538
8.804
2017
31.930
3,1930
10.000



Ricardo Bergamini