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quarta-feira, 18 de julho de 2018

Gilberto Pires: inveja do Peru e sua limpeza no Judiciario

Da coluna diária do jornalista Gilberto Simões Pires:
ESTOU TOMADO PELA INVEJA
  
XVII- 189/17 - 18.07.2018
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INVEJA
Ontem, ao tomar conhecimento de que o presidente do Peru, Martín Vizcarra, convocou o Congresso para um plenário extraordinário para tratar da DESTITUIÇÃO TOTAL do Conselho Nacional da Magistratura (CNM), cujos membros estão envolvidos em um escândalo de corrupção judicial, confesso que fiquei tomado por um forte sentimento de INVEJA.

REFORMA INTEGRAL
Vizcarra, que já colocou em curso uma reforma integral do sistema de justiça que está promovendo no país, entende que a destituição em bloco do Conselho Nacional da Magistratura é -IMPRESCINDÍVEL e INADIÁVEL-.
A propósito, na semana passada (dia 13), mandou instaurar uma comissão de analistas que ficará encarregada da elaboração de uma proposta de REFORMA DO SISTEMA DE JUSTIÇA que deverá ser apresentada ao Parlamento no pronunciamento que Vizcarra fará no próximo dia 28, data em que o Peru celebra 197 anos de independência.

MUDANÇAS URGENTES
Segundo a Agência Brasil, o presidente Vizcarra afirmou que, “diante dos escandalosos áudios que revelam a corrupção endêmica”, é imprescindível a realização de  “mudanças urgentes”, que “não se alcançam só com palavras, mas com fatos concretos”.

INSTITUIÇÕES PERUANAS
Mais: “Não vamos permitir a decomposição das instituições do Peru, e estamos lutando de maneira frontal contra a corrupção, a fim de dar resposta às exigências e reivindicações unânimes da população, por transparência e qualidade institucional”, completou o presidente Martín Vizcarra.

CONSTITUIÇÃO PERUANA
De acordo com o presidente, a proposta de destituição do CNM tem como base o Artigo 157 da Constituição Peruana, cuja aplicação é prevista para causas graves, incluindo os membros suplentes que deveriam substituir os conselheiros titulares em caso de vacância.

CHEIRO DE PODRIDÃO
Pois, sem o menor medo errar, estou convencido de que bastou a leitura do primeiro bloco deste editorial para  que o forte sentimento de INVEJA que estou sentindo, já tenha atingido a totalidade dos meus leitores. Mais: estou convencido de que milhões de brasileiros gostariam muito que algo parecido acontecesse imediatamente no nosso SETOR JUDICIÁRIO, onde o cheiro de podridão é sentido por todos os cantos.

terça-feira, 5 de junho de 2018

Brasil: crescimento do PIB aponta para queda - Gilberto Simoes Pires

O PIB BRASILEIRO NAMORA COM O FRACASSO

NOVA PROJEÇÃO DO PIB 2018

Passado o feriadão de Corpus Christi, que nesta edição as viagens foram bastante prejudicadas pelo colapso do desabastecimento, que tudo indica já estará normalizado (se nada acontecer de ruim nos próximos dias) até o final desta semana, é hora de refazer as projeções quanto ao desempenho do PIB brasileiro de 2018. 

PARA O VINAGRE

Pois, se antes deste brutal desabastecimento a coisa já não vinha bem, depois do levantamento dos enormes prejuízos verificados com o extraordinário estrago das mercadorias (animais e vegetais) perecíveis fica a certeza de que o PIB de 2018 foi simplesmente para o vinagre.

FOCUS

Tomando por base a pesquisa Focus divulgada hoje, 04 de junho, a projeção para a taxa de crescimento do PIB em 2018 caiu de 2,37% (semana passada) para 2,18%. Relembrando: em março, o mesmo Boletim Focus projetava alta de 2,90%, e desde então tudo que aconteceu foram quedas sucessivas.

PRIMEIRO TRIMESTRE

Aliás, o comportamento do PIB brasileiro, país que se recusa a fazer a REFORMA DA PREVIDÊNCIA, identifica, com absoluta clareza, o quanto as nossas estimativas são feitas mais com base no -otimismo-, e menos com os pés no chão. Muita gente acreditava que só pelo fato do PIB ter apresentado queda por oito trimestres sucessivos, por questões cíclicas a recuperação aconteceria automaticamente. Ledo engano.

40ª POSIÇÃO

Vejam, a propósito, que numa lista de 43 países analisados pela consultoria Austing Rating, que monitora os resultados dos países com as maiores economias do mundo, o Brasil aparece na 40ª colocação em termos de crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2018. A comparação leva em conta a variação da economia na comparação com o primeiro trimestre de 2017.

AMÉRICA LATINA

O crescimento (comparativo) do PIB brasileiro, segundo o IBGE, foi de 1,2%. Na América Latina, por exemplo, o PIB do Chile avançou 4,2%, o do Peru 3,2%; e o da Colômbia 2,2%. Que tal?

LISTA DE 43 PAÍSES

Eis a lista dos países que divulgaram seus resultados até 30 de maio de 2018 e a posição que desfrutam na comparação com o 1º.tri.17:
1º Filipinas 6,8
2º China 6,8
3º República Dominicana 6,4
4º Malásia 5,4
5º Egito 5,4
6º Polônia 5,2
7º Indonésia 5,1
8º Tailândia 4,8
9º Hong Kong 4,7
10º República Tcheca 4,5
11º Cingapura 4,4
12º Hungria 4,4
13º Letônia 4,3
14º Chile 4,2
15º Israel 4,0
16º Romênia 4,0
17º Chipre 3,8
18º Eslováquia 3,6
19º Lituânia 3,6
20º Bulgária 3,5
21º Suécia 3,3
22º Peru 3,2
23º Ucrânia 3,1
24º Áustria 3,1
25º Taiwan 3,0
26º Espanha 2,9
27º Estados Unidos 2,9
28º Coréia do Sul 2,8
29º Finlândia 2,8
30º Holanda 2,8
31º Croácia 2,5
32º Alemanha 2,3
33º Colômbia 2,2
34º Portugal 2,1
35º França 2,1
36º Bélgica 1,6
37º Itália 1,4
38º México 1,3
39º Rússia 1,3
40º Brasil 1,2
41º Reino Unido 1,2
42º Japão 0,9
43º Noruega 0,3

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Divida Publica: sua real dimensao - Ricardo Bergamini, Gilberto Simoes Pires


INFORMAÇÃO EQUIVOCADA
Gilberto Simoes Pires
Ponto Crítico, XIV - 001/15 26/10/2016

O EQUIVOCADO VALOR DA DÍVIDA FEDERAL
Ontem, todos os meios de comunicação do país deram a mesma NOTÍCIA ERRADA, ao divulgar o valor que a DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL atingiu no final de setembro. De novo: todos, sem exceção, deram a FALSA NOTÍCIA baseada em informação fornecida pelo Tesouro Nacional. 

TRÊS TRILHÕES???
Mais: como todos os leitores certamente perceberam, para gerar maior impacto na opinião pública, os meios de comunicação manchetearam a notícia informando, com letras garrafais, que a DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL ultrapassou, em setembro, a marca dos 3 TRILHÕES DE REAIS.

ESTUDO SÉRIO
Pois, da mesma forma como aconteceu em todas as informações anteriores, fornecidas mensalmente pelo Tesouro Nacional no que se refere ao montante atualizado da DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL, o Ponto Critico tem mostrado sempre o VALOR CORRETO da dívida, através do sério e cuidadoso estudo feito pelo economista e pensador (integrante do Pensar+) Ricardo Bergamini.   

DÍVIDA CORRETA É DE 4,385 TRILHÕES
Portanto, a título de esclarecimento é importante que  fique registrado que o REAL ESTOQUE DA DÍVIDA, em setembro, é R$ 4,385 TRILHÕES. O que o Tesouro Nacional informou, não sei por qual razão, é o VALOR DA DÍVIDA EM PODER DO MERCADO, deixando de fora (também não sei por qual razão) o ESTOQUE EM PODER DO BANCO CENTRAL, que atingiu, em setembro, R$ 1,338 TRILHÃO

IMORALIDADE SEM PRECEDENTES
Essa  parte da dívida em poder do Banco Central, enfatiza Bergamini, é a mais importante, visto que nada mais é do que uma “pedalada oficial” (aumento disfarçado de base monetária) que não existiria se o Banco Central fosse independente.
Detalhe fantástico: o governo, se for financiado por bancos do qual seja o controlador, comete crime, mas se for financiado pelo Banco Central aí é mecanismo de controle de política monetária.
Vejam que essa orgia saiu de 17,86% do PIB em 2010 para 21,97% do PIB em setembro de 2016. Crescimento real, em relação ao PIB, de 23,01%. Uma imoralidade sem precedentes.

PREVIDÊNCIAS
Agora o detalhe ainda mais importante: os dois maiores responsáveis pelo crescimento vertiginoso da DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL, que a imprensa vive omitindo (também não sei por qual razão), estão estampados, com absoluta clareza através dos ROMBOS que carregam, a PREVIDÊNCIA SOCIAL, que reúne: os aposentados do INSS (turma da segunda classe) e aposentados do setor público federal (turma da primeira classe). 

TRAGÉDIA
Vejo que a Rede Globo, por exemplo, insiste, constantemente, com a tragédia de Mariana dizendo que se trata da maior tragédia ambiental jamais vista no nosso país. Ora, ainda que seja uma grande catástrofe, a mesma não tem comparação com o que vem produzindo, mensalmente, a PREVIDÊNCIA SOCIAL, nas  CONTAS PÚBLICAS do país.
Pois, mesmo diante desta imensa catástrofe, há quem continue se posicionando contra a REFORMA DA PREVIDÊNCIA. Pode?

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Brasil: perto do equilibrio? Duvidas de Gilberto Simoes Pires

CRÍTICAS FUNDAMENTADAS
Gilberto Simões Pires
Ponto Crítico, XIV - 416/15 - 01/ 07/ 2016

Antes de tudo, ainda que venha a desagradar e/ou contrariar muitos leitores, que se mostram mais confiantes com o governo Temer, por questão de formação e princípio tenho o dever de deixar bem claro aquilo que muito está me preocupando.

Até o presente momento, no que diz respeito ao Custo Brasil, o governo Temer atendeu demandas que, uma vez aprovadas, a ordem é pagar. Ou seja, não cabe mais qualquer arrependimento. É o caso, por exemplo, dos aumentos concedidos ao Judiciário e MPF, Bolsa Família, carência da dívida dos Estados, valor entregue ao RJ para garantir as Olimpíadas, que já somam R$ 125 bilhões.

Há quem diga e repita, nas várias mensagens que recebo, que as bondades que o governo Temer vem concedendo nada mais são do que o preço que os brasileiros precisam pagar para que os obstáculos que, desde sempre, impedem o crescimento e o desenvolvimento econômico do país, sejam removidos.

Ora, o meu ceticismo quanto ao êxito das propostas de Reformas e Privatizações que vem sendo anunciadas é procedente. Afinal, ao longo da minha existência não foram poucas as promessas deste tipo que jamais se concretizaram.

Como o preço (altíssimo) já foi pago (não tem mais volta) e não há a mínima garantia de que a contrapartida seja atendida, não há como ser otimista.

Só para esclarecer: o que me agrada, aplaudo. O que me prejudica, critico. Com fundamentos. Mais: também quero que o Brasil vá em frente. Aliás, só pelo fato do Brasil ter se livrado do PT, de Lula e de Dilma já é muita coisa. Só por aí já é possível ser mais confiante. Entretanto, o que não me satisfaz nem um pouco é aceitar pagar um preço alto sem garantia de coisa alguma. É isto que me deixa preocupado.

Volto a dizer que PRIVATIZAÇÕES não se tornaram necessárias depois da descoberta dos incontáveis atos de CORRUPÇÃO NAS ESTATAIS. Tirar empresas das mãos e pés do Estado é questão de eficiência e respeito com o dinheiro dos pagadores de impostos.

Alguns, neste momento, estão se dizendo favoráveis às PRIVATIZAÇÕES, por CONVENIÊNCIA; outros por CONVICÇÃO. Pouco importa. O fato é que PRIVATIZAR é ótimo para a saúde do país.

A partir desta edição, com a colaboração do pensador Vinicius Boeira, os leitores poderão se familiarizar ainda mais com o importante PARLAMENTARISMO. Para tanto dou início à série - VOCÊ SABIA... Eis o primeiro:

VOCÊ SABIA... Que, atualmente, a única via possível para que tenhamos o sistema parlamentarista no Brasil é com a aprovação da PEC 20A (Proposta de Emenda Constitucional no 20A, de 1995)?
E que essa PEC já tramitou, sendo aprovada em todas as comissões e está pronta para ir à plenário?

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

A Grande Destruicao em Numeros (novembro-dezembro 2015) - Gilberto Simoes Pires

Transcrevendo da coluna Ponto Crítico (XIV - 306/15 - 29/ 01/ 2016), do jornalista Gilberto Simões Pires:

NÚMEROS E DECISÕES TENEBROSAS
NÚMEROS DE NOVEMBRO E DEZEMBRO

Ainda que a maioria dos números que retratam o comportamento da nossa cada dia mais pobre economia digam respeito aos meses de novembro e dezembro de 2015, pelo andar da carruagem já se tem uma ideia dos números referentes ao mês de janeiro, que será apurado mais a frente.
ANDANDO PARA TRÁS
Vejam, por exemplo, que a trágica TAXA DE DESEMPREGO fechou 2015 nos níveis de 2008, ou seja, andamos 7 anos para trás. Como o desemprego continua aumentando, quando for divulgada a taxa referente ao primeiro trimestre de 2016 veremos que chegaremos aos números de 2004, ou 12 anos para o passado.
DÉFICIT PRIMÁRIO
Além disso, o DÉFICIT PÚBLICO (PRIMÁRIO) fechou 2015 com o pior resultado em 14 anos: R$ 111,2 bilhões, o equivalente a 1,88% do PIB. Em 2014, o resultado negativo havia sido de R$ 32,5 bilhões, ou 57% do PIB. Que tal?
Como acontece a cada ano que passa, o grande vilão, que continua intocável, pedindo REFORMA, é a Previdência Social (apenas INSS, ou brasileiros de 2ª Classe), que fechou o ano com DÉFICIT DE R$ 85,8 BILHÕES. Se somado com a Previdência dos Servidores da União (brasileiros de 1ª Classe), o DÉFICIT PREVIDENCIÁRIO VAI A MAIS DE R$ 200 BILHÕES.
DÉFICIT NOMINAL
Se for levado em consideração os JUROS, OU DÉFICIT PÚBLICO NOMINAL, que atingiu a marca de R$ 501,8 bilhões no ano, aí o resultado é ainda mais catastrófico: R$ 613 bilhões, ou 10,34% do PIB. No ano anterior, a conta nominal havia somado R$ 343,9 bilhões ou 6,05% do PIB. Que tal?
PIB E INFLAÇÃO
Vejam que os DÉFICITS acima se resolvem, basicamente, através de uma precisa e certeira REFORMA DA PREVIDÊNCIA. Pois, ao invés de atacar este crônico problema, o governo volta a insistir com a estúpida CPMF, cuja receita estimada não faz cócegas nas monstruosas despesas provocadas pela PREVIDÊNCIA.
CONSELHÃO
Diante de tanto descalabro, incompetência e farta CORRUPÇÃO NO SETOR PÚBLICO, ontem, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa se apresentou aos 92 Conselheiros que integram o CNDES -Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social- para dizer, ao INVÉS DE CONSULTAR, quais medidas o governo defende para tentar reanimar a debilitada economia do nosso pobre país.
De novo: como o Conselhão não foi montado para ser CONSULTADO, mas apenas para ser informado das medidas que o governo pretende tomar, os 92 conselheiros ouviram (muitos até aplaudiram) o ministro Barbosa dizer que o governo vai aumentar gastos e impostos.
O curioso, para não dizer lamentável, é que os conselheiros sequer contestaram a pretensão do governo, de ampliar a oferta de crédito, em R$ 83 bilhões. Mal sabem que a oferta de crédito no momento em que a inadimplência cresce perigosamente, nada mais é do que uma clara repetição dos erros que contribuíram para levar a este progressivo caos econômico do Brasil.
CAPACIDADE INSTALADA
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou 1,1 ponto percentual em janeiro, atingindo 73,9%, o menor nível da série histórica iniciada em 2001.
THE ECONOMIST 1-
A revista britânica The Economist traz na edição desta semana uma material pra lá de interessante sobre o nosso pobre Brasil.
Com o título "Festejando no precipício", a publicação diz que o feriado de carnaval não vai proporcionar nenhuma pausa na crise do País, que sofre com o aprofundamento da situação política e econômica e ainda tem de lidar com o surto de zika vírus.
Apesar de reconhecer que a estabilidade dos juros na semana passada era justificada, a revista também critica a estratégia de comunicação do Banco Central, que sinalizou manutenção dos juros a poucas horas da reunião de janeiro do Comitê de Política Monetária (Copom).
THE ECONOMIST 2
A reportagem nota que outros problemas econômicos continuam crescendo no Brasil e apenas no ano passado 1,5 milhão de trabalhadores foram demitidos das empresas.
Neste ano, a revista diz que outro 1 milhão de empregados podem perder o trabalho.
Enquanto ainda tem de lidar com a ameaça de impeachment, a presidente Dilma Rousseff e o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, tentam avançar com as reformas.
Alas do PT, porém, já demonstraram ser contrárias à intenção de aumento da idade mínima para aposentadoria, diz a Economist.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Retrospectiva 2015: balanco previo - Gilberto Simoes Pires

RETROSPECTIVA 2015
Gilberto Simões Pires
Ponto Crítico, XIV - 277/15 - 11/ 12/ 2015
BALANÇO PRÉVIO
Ainda que a presidente Dilma-Petista vá se esforçar ao máximo, nestas próximas três semanas que nos separam de 2016, para piorar os números ruins que dão conta do desempenho econômico e social do nosso pobre país em 2015, já é possível fazer BALANÇO PRÉVIO dos resultados obtidos ao longo deste primeiro ano de seu segundo mandato.

RANKING INTERNACIONAL:
Observando o desempenho que o Brasil obteve, na comparação com vários países do mundo em atividades como EDUCAÇÃO, SAÚDE, VIOLÊNCIA, ECONOMIA, por exemplo, vê-se, claramente que o nosso país avançou muito. Só que tal avanço, para infelicidade dos pensantes, foi em direção às últimas colocações.

Para que tenham uma ideia do quanto o Brasil é, realmente, um PAÍS DE PONTA -DE BAIXO-, vejam seu  desempenho/trajetória  em alguns poucos rankings internacionais:

COMPETITIVIDADE:
No cenário COMPETITIVO INTERNACIONAL, segundo informa o World Competitiveness Yearbook, o Índice de Competitividade Mundial, o Brasil, que em 2014 caiu três posições, ocupando o 54º lugar entre 60 países analisados, ficando à frente apenas da Eslovênia, Bulgária, Grécia, Argentina, Croácia e Venezuela -a última colocada-, a situação, em 2015, piorou ainda mais.

EDUCAÇÃO:
No ranking mundial de EDUCAÇÃO, segundo informa a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entre 76 países avaliados, o Brasil ocupa a 60ª posição. Ou seja, um completo desastre. Em primeiro lugar está Cingapura, seguido de Hong Kong e Coreia do Sul. Na última posição está Gana. Como se vê estamos cada ano mais próximos das últimas posições.

 SAÚDE:
Em levantamento que mede a EFICIÊNCIA DOS SERVIÇOS DE SAÚDE de 48 países, o Brasil ficou em ÚLTIMO LUGAR. A Bloomberg, portal americano especializado em economia, atribuiu uma nota para cada país. Para o cálculo, foram usados critérios de expectativa de vida, média do custo do serviço de saúde e quanto esse custo representa comparado ao PIB per capita de cada país.

IDH E VIOLÊNCIA:
No ranking mundial de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), o Brasil ocupa a 85ª posição. Na comparação com o ano anterior, o nosso pobre país perdeu 6 posições, com viés de piora a olhos vistos, a considerar o agravamento da crise econômica, política, moral e social que tomou conta do Brasil.

VIOLÊNCIA - No ranking mundial de violência contra professores, o Brasil lidera com folga. Só em São Paulo, quase metade dos professores da rede estadual de ensino já sofreram algum tipo de agressão e continuam a mercê dessa situação.

CORRUPÇÃO:
Por fim, aproveitando que na última quarta-feira (9/12), foi celebrado o Dia Mundial de Combate à Corrupção, os dados do relatório da Transparência Internacional informam que o Brasil, que ocupa a 69ª posição entre 175 países analisados, é o país que mostra maior crescimento nesta modalidade. Deve encerrar 2015 de forma brilhante, ficando entre os mais corruptos do mundo.