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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 31 de março de 2017

CAMEX no Itamaraty: o melhor arranjo - Samo Goncalves

O melhor arranjo para a política comercial brasileira
Por Samo Gonçalves
Valor Econômico, 31/03/2017

A recente decisão do governo de transferir a Secretaria­Executiva (SE) da Camex para o Ministério do Desenvolvimento, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), por meio do Decreto 8.997/2017, posteriormente revogado, tem suscitado inúmeras ponderações a respeito do arranjo institucional de comércio exterior mais benéfico ao conjunto da sociedade brasileira.
Na semana passada, em artigo intitulado "A Camex e o interesse nacional", o
embaixador Rubens Barbosa defendeu a continuidade da SE­Camex no
Itamaraty com base em dois argumentos: 1­ a necessidade de assegurar certa previsibilidade ao setor privado na condução de temas de comércio exterior, sobretudo após as importantes e positivas mudanças promovidas pela nova Secretária­ Executiva da Camex, Tatiana Rosito; e 2­ o Mdic não necessitaria abrigar a SE porque continua dispondo de importante influência no processo decisório do órgão colegiado, uma vez que preside a maior parte de seus conselhos e comitês.
No final, o embaixador propõe uma solução de compromisso, com o retorno da presidência do comitê ao Mdic e a manutenção da SE­Camex no Itamaraty.
Complementarmente às razões arroladas pelo embaixador Rubens Barbosa, apresento argumento adicional em favor da continuidade da SE­Camex no Itamaraty. Há um crescente entendimento de que parte importante da solução dos problemas brasileiros passa por sua maior integração à economia mundial. O grau de abertura da economia brasileira, medido pela corrente de comércio em relação ao PIB (oscila em torno de 24%), é um dos mais baixos do mundo. Se considerarmos apenas a representatividade das importações no PIB, o Brasil figura como a segunda economia mais fechada do mundo, "perdendo" apenas para a Nigéria.
Embora seja a nona maior economia do mundo, o país ocupa apenas o 25o lugar em termos de exportações e o 23o no ranking dos maiores importadores, em claro contraste com as demais grandes economias mundiais. A estrutura tarifária do Brasil também é um "ponto fora da curva". A tarifa aplicada média sobre as importações ­ simples (13,5%) e ponderada (7,8%) ­ está entre as mais altas do mundo, inclusive acima da média de países com níveis de desenvolvimento comparáveis, como os demais membros dos Brics, Coreia do Sul e México.
É importante ressaltar que nenhum país do mundo atingiu níveis elevados de desenvolvimento ­ e escapou da "armadilha" da renda média ­ sem uma profunda integração aos fluxos de comércio global. O aumento da participação brasileira nesses fluxos traria não apenas os tão conhecidos benefícios diretos ­ acesso a novos mercados, produtos mais baratos, novas tecnologias, mais investimentos estrangeiros diretos, aumento da produtividade, do emprego e da renda ­, mas também indiretos, na medida em que serviria de estímulo para que o país avance na implementação da tão necessária agenda de reformas domésticas.
Responsável pela formulação, implementação e coordenação da política comercial brasileira, a Camex tem um importante papel a desempenhar na condução do processo de integração do país à economia global. Decisões estratégicas sobre a política comercial do país, como alterações nas alíquotas de importação e mudanças em procedimentos de política de defesa comercial, são tomadas no âmbito desse órgão. Haja vista os impactos horizontais e redistributivos que tais decisões têm sobre o conjunto da economia brasileira, é essencial que elas sejam tomadas com base em análises econômicas robustas e equilibradas.

Volta da SE­Camex ao Mdic tornaria a política comercial mais suscetível à influência do lobby do setor industrial

Como se sabe, a Camex é órgão colegiado, composto por diferentes ministérios, com públicos e interesses diferentes. O pressuposto da existência de um colegiado é justamente o de garantir decisões que levem em conta a visão do conjunto das pastas. Assim, é importante que a Secretaria­Executiva, que desempenha importante papel no encaminhamento das questões junto às instâncias decisórias da Camex, não esteja vinculada a ministérios setoriais na medida em que esses são mais permeáveis à influência dos lobbies.
Por dever de ofício, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) defende, de forma legítima, os interesses do setor industrial brasileiro. Em linha com as preferências desse setor, historicamente refratário a uma maior abertura da economia brasileira, o Mdic costuma adotar, nas discussões no âmbito da Camex, posição mais cautelosa em relação a uma maior abertura comercial do país. Embora legítimos, os interesses da indústria não se confundem, necessariamente, com os interesses do Brasil, já que é preciso considerar, nessa equação, as perspectivas de outros setores produtivos, além dos interesses difusos, embora não menos importantes, dos consumidores brasileiros.
O retorno da SE­Camex ao Mdic tornaria, portanto, a política comercial ainda mais suscetível à influência do lobby protecionista do setor industrial e, consequentemente, dificultaria a estratégia atual do governo Temer de elevar os investimentos e a competitividade da economia brasileira por meio de um aprofundamento da inserção do Brasil no mundo.
O Itamaraty, por sua vez, exerce papel de coordenação da política externa brasileira ­ sendo a política comercial parte dela ­ e tem por ofício externar, no plano internacional, posição que reflita o equilíbrio dos interesses dos diferentes setores do País. Essa isenção institucional lhe permite conduzir, de forma mais imparcial e equilibrada, a agenda de política comercial brasileira na SE­Camex.
Não são poucos, entretanto, aqueles que consideram que a SE­Camex deveria ser transferida para a própria Presidência da República (ou para a Casa Civil), de forma que mantivesse o caráter coordenador e transversal e, ainda, visse reforçada sua capacidade de auxiliar na resolução de visões conflitantes sobre muitos dos temas que são submetidos à Câmara. Tal arranjo permitiria manter o compromisso do novo governo com a centralidade do comércio exterior no conjunto das políticas de governo.
Em conclusão, seria desejável preservar a ambição do novo arranjo institucional da Camex, estabelecido pelo Decreto no 8.807, de 2016, que busca consolidar o caráter transversal da Câmara de Comércio Exterior, que não se confunde com as políticas e atividades específicas de ministérios setoriais, como o Mdic. É importante que o presidente Temer e a elite política do país levem tais elementos em consideração no momento de decidir em que ministério ficará abrigada a estrutura da SE­Camex.

Samo S. Gonçalves é diplomata, atualmente lotado na Missão do Brasil junto à OMC. As visões expressas neste artigo são manifestações pessoais e não refletem as posições do Ministério das Relações Exteriores.

quarta-feira, 29 de março de 2017

Convite para lancamento livro Roberto Campos: 17/04, RJ

Tal como recebido da Editora. Alguns dos autores-colaboradores estarão presentes, inclusive este organizador.
Eis os dados editoriais do livro:

 Paulo Roberto de Almeida (org.)
O Homem que Pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos
(Curitiba: Editora Appris, 2017, 373 p.; ISBN: 978-85-473-0485-0).

Assim que ele for impresso, estará simultaneamente disponível no formato e-book a um preço bastante acessível.
Paulo Roberto de Almeida 


Divida pública: o mais explosivo problema brasileiro

As pessoas não estão dando a devida atenção ao crescimento explosivo da dívida pública no Brasil, um problema bem mais grave do que a crise da Previdência, que simplesmente já está falida e para a qual a "solução" vai se impor de si mesma: aumento de contribuições, diminuição de benefícios, redução ainda maior da renda dos trabalhadores, que de toda forma vão precisar contratar no mercado benefícios para os quais eles já pagaram mas não vão receber do Estado (que gasta consigo mesmo, e com seus mandarins, aquilo que extorque de "contribuintes" compulsórios). 
Na questão da dívida, o Brasil já está PIOR do que a Grécia, pois não tem ajuda de alguma troika e paga juros três vezes maiores. 
Ou seja, o Brasl já quebrou e ser oficialmente insolvente é só uma questão de tempo. 
Anotem o que estou dizendo.
Assino e dato embaixo:
Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 29/03/2017

Dívida Pública sobe e alcança R$ 3,13 trilhões em fevereiro

 7 compartilharam

Valorização do real pressionou o déficit

Relatório de fevereiro da Dívida Pública Federal foi divulgado hoje (28.mar.2017). Marcello Casal | Agência Brasil


28.mar.2017 (terça-feira) - 11h48

terça-feira, 28 de março de 2017

O Homem que Pensou o Brasil: breve sintese, sumario - Paulo Roberto de Almeida



O Homem que Pensou o Brasil: Roberto Campos



Paulo Roberto de Almeida (org.)
O Homem que Pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos 
(Curitiba: Editora Appris, 2017, 364 p.; ISBN: 978-85-473-0485-0).
O livro vai estar disponível em versão impressa e em formato e-book.
 


Roberto Campos foi, efetivamente, o homem que pensou o Brasil, integralmente e em escala comparada com outros processos de desenvolvimento ao redor do mundo.

Quando se lê, retrospectivamente, todos os seus escritos, desde sua tese de mestrado na Universidade George Washington (1947) – que já era o equivalente a uma verdadeira tese de doutorado, como lhe escreveu, em carta pessoal, o famoso economista Joseph Schumpeter, desde Harvard – assim como todos os ensaios eruditos dos anos 1950, sobre questões diversas da economia brasileira e, sobretudo, os artigos regulares que ele produziu para a imprensa brasileira a partir do início dos anos 1960, durante mais de quarenta anos ininterrompidos, sobre todos os temas correntes, históricos e literários, impossível não ficar impressionado pela vastidão impressionante de seus conhecimentos sobre os mais variados assuntos e, em especial, pela justeza e pelo acertado de seus argumentos teóricos, de seus julgamentos práticos, das hipóteses e antecipações que ele formulou em torno da política e da economia mundial, assim como a explicação racional das raízes dos problemas brasileiros e sobre os meios de arrancar o país da pobreza corrigível e de colocá-lo um pouco mais perto da riqueza atingível.

Aos cem anos de seu nascimento, em abril de 1917, Roberto Campos permanece extraordinariamente atual, pois, para nossa infelicidade, não conseguimos cumprir nem metade das prescrições por ele feitas, mais de meio século atrás, para aliviar nossos males. 
Cabe reler o que ele escreveu, o que ele recomendou e, se possível, tentar cumprir pelo menos algumas das soluções práticas apresentadas a esses problemas pelo homem que, mais do que qualquer outro intelectual da segunda metade do século XX, pensou verdadeiramente o Brasil. 


                                  SUMÁRIO:



Apresentação

                                  Sérgio Eduardo Moreira Lima

1. Roberto Campos, o homem que pensou o Brasil
                                                        Paulo Roberto de Almeida
1.1.  Como surgiu este livro?
1.2.  A atualidade dos escritos de Roberto Campos
1.3.  Um rebelde com causa
1.4.  O mestre e o aprendiz, dobrando-se às evidências
1.5.  Uma vida a serviço do progresso do Brasil
1.6.  Do diplomata-economista ao economista-tecnocrata
1.7.  Do homem de Estado ao pensador contra o Estado
1.8.  Uma última tentativa de reformar o Brasil: a via da política

2. A contribuição de Roberto Campos para a modernização do país
                                                                    Antonio Paim
2.1.   De Keynes a Mises e Hayek
2.2.   O modernizador eclético

3. Roberto Campos, o convívio com um estadista liberal
                                                           Ives Gandra Martins
3.1. As afinidades eletivas
3.2. O pianista e o embaixador
3.3. A Academia do Direito e da Economia
3.4. A luta comum contra a irracionalidade

4. O iconoclasta planejador: Roberto Campos e a modernização do Itamaraty
                                                        Rogério de Souza Farias
4.1. O diplomata heterodoxo
4.2. Planejando a política externa? A expansão da área econômica do Itamaraty
4.3. Uma proposta revolucionária: rompendo a hierarquia do Itamaraty
4.4. O planejador iconoclasta da política exterior

5. O patrimonialismo na obra de Roberto Campos
                                                 Ricardo Vélez-Rodríguez
5.1. Roberto Campos, crítico do patrimonialismo
5.2. Um filósofo bem humorado
5.3. Um retrospecto melancólico do fracasso para obter o desenvolvimento sustentado
5.4. Um caso de cegueira patrimonialista: a política de reserva de informática
5.5. Um caso de hybris patrimonialista: o monopólio da Petrobrás
5.6. O ideal da sociedade livre

6. Racionalidade e autonomia em Roberto Campos
                                                       Reginaldo Teixeira Perez
6.1. Observações iniciais
6.2. O equacionamento do problema: ciência ou ideologia?
6.3. Duas razões para um objetivo
6.4. Observações finais

7. Roberto Campos: um economista pró-desenvolvimento econômico
                                                            Roberto Castello Branco
7.1. Introdução
7.2. O economista pró-mercado e o debate sobre o planejamento econômico
7.3. Batalha em defesa das boas ideias
7.4. As crises de balanço de pagamentos
7.5. BNDE e BNDES
7.6. O arquiteto de planos de estabilização
7.7. A luta pela privatização
7.8. Algumas lições para os economistas

8. Breve história da macroeconomia
                                                   Rubem de Freitas Novaes
8.1. Introdução à introdução
8.2. Introdução
8.3. Dos clássicos a Keynes
8.4. A reação austríaca
8.5. A reação neoclássica
8.6. Do modelo IS-LM às expectativas racionais de Lucas
8.7. A reação neokeynesiana e o novo consenso
8.8. Outras questões relevantes

9. Roberto Campos na UnB: um passo para a abertura
                                                                     Carlos Henrique Cardim
9.1. Os encontros internacionais da UnB
9.2. O “flamante” decano e  a “indiferença apaixonada” do embaixador
9.3. Cultura e democracia
9.4. Uma sugestão de Aron
9.5. Campos e a reforma agrária
9.6. O conselho de San Tiago Dantas
9.7. Campos e o engraxate
9.8. O selo do gênio que abre caminho
9.9. A pedagogia acadêmica dos adágios
9.10. “Ele soube duvidar”

10. No Parlamento: lucidez e coerência
                                                       Antônio José Barbosa
10.1. Da diplomacia à arena política
10.2. O parlamentar erudito
10.3. A estreia no Senado
10.4. A preocupação constante com a situação econômica
10.5. Populismo, protecionismo, nacionalismo e outros ismos
10.6. Encerrando a aventura parlamentar

11. Tanta lucidez assim é mitocídio: Raymond Aron e Roberto Campos como intelectuais públicos
                                                                          Paulo Roberto Kramer
11.1. Introdução
11.2. Raymond Aron
       11.2.1. O colunismo no combate de ideias
       11.2.2. “Círculo quadrado”, ou o mito da improdutividade redistributiva
       11.2.3. Ideologias e utopias na Paris intelectual dos anos 50
       11.2.4. O Grande Medo na Europa próspera e acomodada
11.3. Roberto Campos
       11.3.1. O mais 'porco-espinho' entre as raposas, o mais 'raposa' entre os porcos-espinhos
       11.3.2. Os mitos que perpetuam o atraso brasileiro
       11.3.2.1. Populismo
       11.3.2.2. Estruturalismo
       11.3.2.3. Protecionismo
       11.3.2.4. Estatismo
       11.3.2.5. Nacionalismo
11.3.3. Desastres socioeconômicos fomentados por essa mitologia
11.4. À guisa de conclusão

12. Roberto Campos: uma trajetória intelectual no século XX
                                                                      Paulo Roberto de Almeida
12.1. Turgot e Campos: dois economistas, separados no tempo, unidos nas ideias
12.2. As ideias movem o mundo? Provavelmente sim, para Roberto Campos
       Primeira Parte: No Estado, pelo Estado, com o Estado
12.3. O seminarista literário se torna um economista prático
12.4. Do economista improvisado ao administrador pragmático
12.5. A irresistível ascensão do diplomata tecnocrata
12.6. A economia brasileira guiada pela mão do Estado
12.7. A produção intelectual a favor do ativismo estatal
12.8. Dos bastidores ao palco: o homem público se torna um estadista
12.9. No olho do furacão: o estadista em ação, no planejamento estatal
12.10. O articulista erudito a serviço da razão de Estado
       Segunda Parte: Fora do Estado, sem o Estado, contra o Estado
12.11. Do “executivo imaginoso” ao “pregador missionário”
12.12. O diplomata “herege”, do “outro lado da cerca”, nadando “contra a maré”
12.13. O “herege diplomata” em licença, e no limbo, do Itamaraty
12.14. A produção intelectual, entre a academia e a tecnocracia
12.15. De volta às lides diplomáticas, na Corte de Saint James
12.16. O “herege diplomata” é sabotado no caminho da ministrança
12.17. A produção intelectual entre o “milagre brasileiro” e a “década perdida”
12.18. De tecnocrata a político: a ética da convicção, num país anti-weberiano
12.19. Do fracasso na política ao sucesso como publicista erudito
12.20. O profeta da estabilização contempla angustiado a hiperinflação
12.21. À guisa de conclusão: o profeta do planejamento utópico do futuro
 

Roberto Campos: obras
Notas sobre os autores

Organizador:


Paulo Roberto de Almeida é Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, IPRI-Funag


Pós-doutor em Relações Internacionais, Doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Bruxelas (1984), Mestre em Planejamento e Desenvolvimento Econômico pela Universidade de Antuérpia (1977), graduado em Ciências Sociais pela Universidade de Bruxelas (1975), ex-professor de Sociologia Política no mestrado em Sociologia da Universidade de Brasília e no Instituto Rio Branco (1987) e professor de Economia Política, desde 2004, nos programas de mestrado e doutorado em Direito do Centro Universitário de Brasília (Uniceub). É diplomata de carreira desde 1977 e, desde agosto de 2016, exerce o cargo de Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) da Fundação Alexandre de Gusmão, vinculada ao Ministério das Relações Exteriores. Possui diversos livros próprios e editados, ademais de numerosos artigos e ensaios publicados nas áreas de relações econômicas internacionais, em questões de política internacional e economia mundial, em especial sobre integração regional, bem como trabalhos tratando da política externa e da história diplomática do Brasil. Site pessoal: www.pralmeida.org.

Colaboradores:


Antonio José Barbosa

Antonio José Barbosa é graduado em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora, mestre e doutor em História pela Universidade de Brasília, onde leciona História Contemporânea desde 1987. É consultor legislativo aposentado do Senado Federal. Foi Secretário Executivo do Ministério da Educação no governo Itamar Franco (1993-94). 


Antonio Paim

Nascido na Bahia em 1927, cursou Filosofia na Universidade Lomonosov, em Moscou, nos anos 1950, e iniciou carreira universitária no Rio de Janeiro nos anos 1960, produzindo, a partir de então, uma das mais impressionantes obras de pesquisa histórica e filosófica sobre o pensamento brasileiro em diversas universidades da antiga capital do Brasil. Participa de diversas associações acadêmicas brasileiras e do exterior. Possui inúmeras obras publicadas sobre correntes filosóficas no Brasil, história das ideologias e das correntes políticas, patrimonialismo e assuntos afins. Entre seus livros contam-se História das idéias filosóficas no Brasil (5a. edição, 1997) e a coletânea Estudos complementares à história das idéias filosóficas no Brasil (7 vols.). Elaborou também a Bibliografia Filosófica Brasileira. Organizou o Curso de Introdução ao Pensamento Político Brasileiro, editado pela Universidade de Brasília em 1982, em sete volumes. Versão resumida desse Curso apareceu na Editora Itatiaia de Belo Horizonte (1988).


Carlos Henrique Cardim
É diplomata de carreira. Foi Embaixador na Noruega e na Islândia. Dirigiu o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI). Serviu em Buenos Aires, Santiago e Washington. Foi Diretor do Centro de Estudos Estratégicos (CEE) do Ministério da Ciência e Tecnologia. É membro do Conselho Editorial do Senado Federal. É membro do Conselho Superior de Estudos Avançados (Consea) da Fiesp. Foi Assessor Internacional do Ministério do Esporte. Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP) com a tese “Anomia: Realidades e Teorias”. É Professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB). Foi Decano de Extensão da UnB e Presidente do Conselho Editorial da Editora UnB. Autor do livro A Raiz das Coisas. Rui Barbosa: o Brasil no mundo.

Ives Gandra da Silva Martins
Professor Emérito das Universidades Mackenzie, UNIP, UNIFIEO, UNIFMU, do CIEE/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército - ECEME, Superior de Guerra - ESG e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região; Professor Honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia); Doutor Honoris Causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs-Paraná e Rio Grande do Sul, e Catedrático da Universidade do Minho (Portugal); Presidente do Conselho Superior de Direito da FECOMERCIO - SP; Fundador e Presidente Honorário do Centro de Extensão Universitária – CEU-Escola de Direito/Instituto Internacional de Ciências Sociais - IICS. Autor de mais de 80 livros individuais e 300 em colaboração, publicados em 21 países sobre os mais diversos temas, dentre os quais direito, economia, filosofia, política, história, literatura, sociologia, teologia e música. Possui 38 títulos universitários e pertence a 32 Academias. 

Paulo Kramer
Bacharel em Ciências Sociais pela UFRJ, mestre e doutor em Ciência Política pelo Iuperj. Professor aposentado de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB). Ministra cursos e palestras sobre a conjuntura política nacional e internacional, relações institucionais e governamentais (ESPM, Fundação Universa, Instituto Euvaldo Lodi, empresas nacionais, transnacionais e entidades setoriais em todo o Brasil). Pesquisador e autor (em parceria com o antropólogo Roberto DaMatta) de uma série de estudos e monografias sobre profissões industriais para o Departamento Nacional do Senai. Tem artigos e ensaios publicados em periódicos brasileiros e estrangeiros, bem como colunas, textos de opinião e análise política para jornais, revistas, sites noticiosos e institucionais. Com frequência, é entrevistado por emissoras de rádio (CBN, BandNews-FM) e canais de TV aberta ou fechada (TV Globo, Globonews, Record News). Tem livros publicados, como Dante de Oliveira (ensaio biográfico introdutório e seleção de discursos parlamentares), coleção Perfis Parlamentares, vol. 69, 2ª edição. Brasília: Edições Câmara dos Deputados, 2013; e 5 Ensaios de Política. São Paulo: WRC, 2015.

Paulo Roberto de Almeida
Doutor em Ciências Sociais (Universidade de Bruxelas, 1984), Mestre em Planejamento Econômico (Universidade de Antuérpia, 1977), e diplomata de carreira desde 1977. Foi professor no Instituto Rio Branco e na Universidade de Brasília, diretor do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI) e, desde 2004, é professor de Economia Política no Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Direito no Centro Universitário de Brasília (Uniceub). Como diplomata, serviu em diversos postos no exterior e na Secretaria de Estado. Desde agosto de 2016 é Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), autarquia vinculada ao Ministério das Relações Exteriores. Livros publicados nas áreas de relações internacionais e política externa brasileira (www.pralmeida.org).

Reginaldo Teixeira Perez
Professor Titular do Departamento de Ciências Sociais e do PPGCS da Universidade Federal de Santa Maria/RS (UFSM). Doutor em Ciência Política pelo Iuperj/UCAM, com tese defendida em 1998 e intitulada O Pensamento Político de Roberto Campos: Da razão do Estado à razão do mercado (1950-95). Essa tese foi publicada em versão de livro [Rio de Janeiro: Editora FGV, 1999]. Pesquisador de temas situados na interface entre Teoria Política e Pensamento Político Brasileiro, com ênfase nos conceitos de liberalismo e democracia. Lidera o Grupo de Pesquisa “Instituições Políticas” no CNPq, que tem servido de abrigo a trabalhos que versam, por exemplo, sobre linguagens e/ou instituições – operações políticas, portanto – de economistas e de juristas. Currículo: http://lattes.cnpq.br/1378204180017338.

Ricardo Vélez-Rodríguez
Graduação em Filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana (1964), em Teologia pelo Seminário Conciliar de Bogotá (1967), mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1974), doutorado em Filosofia pela Universidade Gama Filho (1982). Conferencista e membro do conselho consultivo da Universidade Católica Portuguesa (Lisboa), professor associado da Universidade Federal de Juiz de Fora e professor emérito da ECEME. É professor-colaborador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da UFJF. Pertence à Academia Brasileira de Filosofia, ao Instituto Brasileiro de Filosofia, ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ao PEN Clube, ao Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio e ao Instituto de Filosofia Luso-Brasileira (Lisboa). Docente da Faculdade Arthur Thomas, Londrina. Membro do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio.

Roberto Castello Branco
Doutor em Economia pela FGV/EPGE e Post-Doctoral Fellow in Economics, Universidade de Chicago. Diretor do Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econômico da Fundação Getúlio Vargas e colunista do jornal Valor Econômico. Foi Diretor do Banco Central do Brasil e da Vale S.A., membro do Conselho de Administração da Petrobras (2015/2016), membro do Conselho Curador da Fundação Getúlio Vargas, Presidente Executivo do IBMEC e Professor de Economia da FGV/EPGE. É autor do livro Crescimento econômico acelerado e o mercado de trabalho: a experiência brasileira (Editora FGV).

Rogério de Souza Farias
Doutor em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (2012), com a tese: “Industriais, economistas e diplomatas: o Brasil e as negociações comerciais multilaterais, 1946-1967”. Tem experiência na área de política externa brasileira, análise de processos decisórios e negociações comerciais multilaterais. Trabalhou na Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) em 2005 e no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) em 2009 e 2010. Ganhou o Concurso de Teses e Dissertações em Relações Internacionais da Associação Brasileira de Relações Internacionais em 2013 e a Menção Honrosa no Prêmio CAPES de Teses na área de Ciência Política e Internacional em 2013, tendo sido a melhor da subárea de relações internacionais. Tem um pós-doutorado na Universidade de Chicago (2014-2016) e trabalha, atualmente, no Departamento de Modernização da Gestão Pública (INOVA) do Ministério, Planejamento, Orçamento e Gestão.

Rubem de Freitas Novaes
Economista formado pela UFRJ com doutorado (Ph.D.) pela Universidade de Chicago. Foi professor da EPGE/FGV, diretor do Departamento Econômico da CNI, assessor especial da Secretaria de Planejamento da Presidência da República, presidente do SEBRAE e diretor do BNDES. É membro do Conselho Técnico da CNC e escreve regularmente artigos para os principais jornais (O Globo, O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e Valor Econômico).

Sérgio Eduardo Moreira Lima
Diplomata de carreira, Embaixador, Presidente da Fundação Alexandre de Gusmão. Foi “Brazilian Student Leader” da Universidade da Califórnia em Los Angeles; bacharel em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e fez mestrado em Direito Internacional Público pela Universidade de Oslo. Formou-se no Instituto Rio Branco, onde fez também os cursos de Aperfeiçoamento e de Altos Estudos. Serviu na Missão do Brasil junto às Nações Unidas, em Nova York, e nas Embaixadas em Washington, Lisboa, Londres, Tel Aviv (cumulativa com Ramallah), Oslo e Budapeste. Foi Assessor do Ministro de Estado (74-79), Presidente do Conselho Governamental do Fundo Comum de Produtos de Base da ONU, Secretário de Controle Interno e Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais. É autor de “A Time for Change”, “The Expanding Powers of the UN - Security Council and the Rule of Law in International Relations”, “A Reflection on the Universality of Human Rights - Democracy and the Rule of Law in International Relations”.