O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Blog Diplomatizzando: estatisticas das postagens mais vistas do blog (descobri agora)

Eu sou mesmo distraído, ou incompetente. Provavelmente os dois.
De vez em quando acabo caindo na seção de estatísticas do meu blog, e apenas para confirmar, ou me informar, sobre os assuntos mais visados pelos meus leitores -- um pouco como esses chefs que procuram saber o que gostam os seus clientes, para sofisticar e aperfeiçoar o menu preferido ---vou sempre buscar saber quais são as procuras mais comuns, e os posts mais visitados.
Pois eu sempre pegava as estatísticas do dia, ou da semana, no máximo.
Agora é que descobri que tem uma opção para all time views.
Lá fui apertar a dita cuja, e deu isto:



Agora parece que vou ter de voltar a cuidar de alguns velhos assuntos.
A primeira, campeão absoluta, são as dicas para a carreira diplomática, assunto ao qual prometo revisar e aperfeiçoar as informações e comentários aqui colocados, bem como no site.
A segunda começou com um equívoco (a remuneração dos conselheiros do Board), mas parece que atraiu muita gente, sobretudo agora que a incompetência de certos gerentes levou a companhia para o brejo.
A terceira eu não compreendo porque tanta gente, deve ser porque o Oliveira Lima ficou mais popular do que o Rio Branco, nosso santo patrono, semi-deus da Casa e criatura infalivel para todos os sucessores...
A quarta, sobre geopolítica, também me surpreende, e vou reler o material para tentar escrever algo a respeito.
Finalmente, a última, é por que eu contestei certa pessoa que dizia que nós, os guerrilheiros dos anos 1960 e 70, estávamos naquela aventura maluca para lutar contra a ditadura militar e pela democracia no Brasil. Sim, disse nós porque eu também estava nessa, e posso confirmar: ninguém ali lutava pela democracia, e sim por uma ditadura do proletariado, ou seja, um regime comunista. Ainda bem que não deu certo, pois do contrário eu não estaria aqui hoje, ou pelo menos não estaria escrevendo tudo o que escrevo contra os guerrilheiros de outrora, reciclados no poder burguês, e roubando como nunca.
Antes assaltavam bancos, agora eles não precisam: podem roubar do Estado, e tem uma vaca petrolífera ali para isso mesmo.
Bem, está feita a minha descoberta.
Agora volto aos meus escritos...
Paulo Roberto de Almeida

domingo, 28 de setembro de 2014

Economia companheira: incompetencia soberana e voluntaria - Gustavo Franco

Não preciso comentar. Está tudo aí.
Paulo Roberto de Almeida

GUSTAVO FRANCO

Gustavo Franco é economista e ex-presidente do Banco Central

A economia de Dilma, sem rodeios



O governo petista, iniciado em 2003, contou com quatro maravilhosas turbinas, todas alheias à sua vontade.
A primeira teve a ver com bancos. Com o sistema (privado e público) totalmente saneado, depois de um conserto caro e trabalhoso, o crédito mais que dobrou, de 2003 até nossos dias, ultrapassando 55% do PIB, sem deterioração da qualidade dos ativos (mercê de boa regulação). A expansão foi principalmente no crédito pessoal, e graças ao consignado, o endividamento familiar dobrou, como proporção da renda, sem aumentos substanciais no comprometimento dos salários.
A segunda foi fiscal. Com as contas em ordem, ficou mais fácil reduzir a taxa de juros, independentemente das oscilações próprias do ciclo econômico, até 7,25% anuais para a Selic. Nesse caminho, o efeito sobre o valor dos ativos, ao menos até 2008, foi espetacular: o conjunto das empresas que compõem o Ibovespa valia R$ 2 trilhões às vésperas da crise, partindo de R$ 294 bilhões em dezembro de 2002.
A terceira foi externa, e na verdade foi a combinação de dois ventos, um que vinha da China e outro dos bancos centrais dos países desenvolvidos. Não houve crise bancária na periferia, exceto de forma efêmera, por maior “aversão a risco”, no começo de 2009, nada mais. Não foi uma “marolinha”, deu trabalho ao BC, mas durou menos que um ano e depois disso choveu capital para dentro do Brics, cujas reservas aumentaram para US$ 5,2 trilhões em 2014 contra US$ 1,7 trilhão em 2006.
O fato novo, tratando de assuntos cambiais, é que o nível de reservas do país é tão gigantesco que um déficit em conta corrente elevado, como o de agora, parece perder importância. O poderio do BC em sua intervenção na taxa de câmbio resulta em que esta parece ter se tornado, finalmente, conforme o desejo de muitos, um preço público fixado conforme a folga que a inflação oferece, que, infelizmente, não é muita.
A quarta e mais importante de todas as turbinas é a da demografia, com amplos efeitos na desigualdade e no mercado de trabalho. A maior criação do bônus demográfico é a “nova classe média”, em torno da qual se criou certa mitologia. O enredo é simples: nos anos 1960, o país era uma pirâmide e apenas 15% da população total trabalhava, uma época em que o grosso da população estava abaixo dos 14 anos. Verificou-se, desde então, uma enorme redução na taxa de fertilidade e assim, para resumir, a passagem do tempo foi fazendo a “base da pirâmide” se tornar a “copa da árvore”.
Os efeitos sobre a desigualdade podem ser vistos da seguinte forma: nos anos 1990, um domicílio com um casal, cada qual ganhando dois salários mínimos, e cinco filhos em idade escolar pertencia à classe D ou pior. Na segunda metade dos anos 2000 essa mesma família tinha sete pessoas trabalhando, e uma renda combinada que a colocava firmemente na classe C. Bastou as crianças crescerem. Se o avô viesse morar com a família, traria sua renda de aposentado e a opção de fazer um crédito consignado, elevando as possibilidades de consumo da família para níveis impensáveis dez anos antes. Eis a mágica da classe média: demografia e crédito, com alguma ajuda do salário mínimo. Nada disso tem a ver com o Bolsa Família, que tem sua utilidade para o que se passa dois extratos mais para baixo, na região da pobreza.
Diante dessas poderosas turbinas, a pergunta que não quer calar é como foi que a administração Dilma Rousseff conseguiu desarrumar a economia. Certamente, não foi um único erro, os desastres aéreos sempre compreendem diversos desacertos combinados com infelicidades e surpresas. No caso em tela, só é possível inocentar as surpresas.
O maior dos equívocos é o de sempre, a desordem nas contas públicas. Diretamente, descontada a maquiagem, ou via bancos públicos ou obrigações não reconhecidas, a situação fiscal se tornou crítica, por simples opção ideológica.
Se alguma surpresa houve foi descobrir petróleo, o sonho extrativista de todos os caudilhos, que, todavia, se mal administrado, pode se tornar uma maldição. Na verdade, a opção por um modelo fortemente nacionalista, impondo grandes obrigações de investimento à Petrobras, combinado ao represamento de preços, enfraqueceu brutalmente a empresa.
De forma análoga, a mesma filosofia de favorecer o Estado e apertar o setor privado prevaleceu nas áreas de energia e infraestrutura, com resultados igualmente ruins. O governo se empenhou em indispor-se com o capital. Como querer que haja investimento?
As perdas de valor nas empresas públicas listadas são impressionantes, e apenas se cogita sobre as perdas ocultas que são as que ocorrem em empresas públicas não listadas, ou decorrentes de obrigações pelo Tesouro assumidas e não ainda reconhecidas.
Adicione-se à mistura um retorno aos anos 1960 em matéria de protecionismo e exigências de conteúdo nacional, e lá se vai, para baixo, a produtividade. O valor adicionado gerado em média pelo trabalhador brasileiro era 19% do que produzia um americano em 2000. Caiu para 18% em 2012. A China passou de 6% a 17% no mesmo período.
A inflação acordou, a política monetária teve de ser revertida, e se instaurou um clima de forte desconfiança, sobre a qual tudo o que se pode dizer é que há merecimento. Parecendo confirmar o diagnóstico, mas apenas depois de se sentir ameaçada na eleição, a presidente demitiu o Ministro da Fazenda, mas ainda não disse coisa alguma sobre o que fará para reverter esse quadro.
É difícil de explicar, exceto pela demografia, como o desemprego se mantém baixo e os salários continuam a crescer com recessão e estagnação da produtividade. A oferta de trabalho tem crescido menos que a demanda, coisa inédita entre nós: entra menos gente no mercado de trabalho a cada dia, e sai mais gente do que no passado. Há certa perplexidade sobre isso, mas as empresas registram continuadas dificuldades de contratar, daí o medo em demitir, mesmo com a economia fraca, e assim vão se apertando.
A ideia de que há uma crise externa culpada de tudo é uma fraude grosseira. O Brasil não carrega as feridas de 2008 que o mundo desenvolvido ainda está curando, e estamos nos beneficiando da política monetária deles. O investimento direto estrangeiro está acima de US$ 60 bilhões anuais desde 2009, por que será? Será este o impacto da crise sobre o país?
Diante das turbinas acima descritas, e dos erros cometidos, deve ser claro que o governo Dilma Rousseff meteu os pés pelas mãos na economia de forma inteiramente soberana e voluntária.

IPhone addicted people (como eu): attention to the fine print


$199 Apple iPhone 6 Is Fiction, if Not Fantasy

MINH UONG / THE NEW YORK TIMES
Strategies
By JEFF SOMMER
What does it cost to buy a basic new iPhone 6? If you think the answer is $199, and you’re happy believing that, you may want to stop reading now.
If, like me, you watched Apple’s self-referential love fest for the new iPhone and suddenly wanted one very badly, you may have been encouraged by the way the price was listed: “From $199.”
Apple could have been more transparent and said that the typical base price was $649 or more. But that would have spoiled the fun.
It turns out that upgrading an iPhone every two years on a 24-month phone service contract, as I’ve been doing, doesn’t cost $199. This year it will cost me at least $649. In fact, it could cost considerably more than that if you add the miscellaneous charges that your phone carrier may impose, and the discounts that it may withhold.
Keeping your costs under control may take some work:  I discovered that a relatively new option — buying a phone on the installment plan from AT&T, my current carrier — turns out to be much cheaper for me than getting the phone through a service contract, the way I’d done it before. I didn’t know that until I crunched the numbers. 
“I think it’s fair to say that people wouldn’t be as motivated to go out and buy if they thought it was a $650 purchase,” said Craig Moffett, senior analyst and a partner at MoffettNathanson Research. “And if you look at the marketing issues and the accounting issues, it’s fair to conclude that the companies have a strong incentive to obfuscate about pricing.”
The information you need to figure out the real price exists on the Apple website and on the sites of the various major phone carriers. But often it’s not easy to find the numbers or to calculate them. The first time I tried, on AT&T, I had to click through several steps of the online ordering process before I stumbled on the dismaying truth. (T-Mobile, which calls itself “America’s Un-carrier,” is commendably clearer.)
Mr. Moffett has been studying phone pricing for years, and he gave me a quick primer. The confusing pricing has major implications for phone company investors who may not understand that the newer purchase options enable the companies to claim higher revenue over the short term than they could with the older plans. That accounting change, he said, is masking a decline in phone company revenue. “There are a lot of unsophisticated consumers and investors who don’t understand all of this,” he said.
Here’s how it works.
Every two years, whenever there’s a full iPhone upgrade, as there is right now, there is typically a surge in people ordering new phones: Apple reportedthat people placed 10 million iPhone orders last weekend. But this year, there are more choices, and I found them confusing.
Mr. Moffett explained why: “This is the first iPhone cycle when what’s known in the industry as E.I.P. — or equipment installation plan — is really popular among the big carriers. They’re giving a lot of discounts. And you may be able to get a better deal that way right now, if you’re willing to look for one. Unfortunately, many Americans are allergic to math. And you may have to do the numbers yourself to find out which plan is better for you.”
I started buying an iPhone 6 on AT&T’s website the way I always have, with a standard two-year service contract. But this time, I was surprised to discover that if I continued down that road, AT&T would penalize me in two ways.
This part may be tedious if you’re not at least a little nerdy, but please bear with me:
First, AT&T said it would charge me a $40 “upgrade fee.” And then, as I went further, a warning popped up. It said that while I could pay $199, I would no longer be “eligible for the Mobile Share Value monthly discounts” of $15 or $25 a month. In my case, it’s $25 a month. That’s because I use a lot of data: I’m part of a family-sharing plan that gives us 10 gigabytes of data a month.
If I got a phone for $199, plus $40 for an upgrade fee, I’d “lose” — that is, have to pay — $25 a month for my service plan for two years, or $600. Add all of that up, and it comes to $839. If you use less data, you’d presumably “lose” $15 a month for two years, or $360. Using the same calculations, you’d end up paying $599.
And there’s more. Because even the smaller and cheaper of the two main versions of the iPhone 6 dwarfs the iPhone 5 that I carry in my pocket, the protective case I’ve got now won’t fit on a new phone. And I won’t risk dropping such a precious gadget without a case. With a corporate discount, the cheapest replacement case I was able to find on the AT&T store goes for $16. Ouch. Tack that onto the final price.
That’s for a basic iPhone 6. Apple, you’ll recall, says the phone costs “from $199.” Hmm.
I found an excellent article on ZDNet by Ed Bott, who did this sort of calculation for a variety of plans and carriers. He concluded this way: “You know what? You can’t get an iPhone 6 for $199. And anyone who tries to tell you otherwise needs to go back to smartphone school.” I went back to smartphone school, with the help of Mr. Moffett.
I found that if I bought the iPhone from AT&T and qualified as a good credit risk, I would receive a 0 percent loan for the full cost of the phone and could pay it off over 24 months at $27.05 a month, which comes to a little more than $649. Let’s round that off at $650. There’s no $40 upgrade fee. And there’s no $199 down payment. (I would have to pay sales tax on the $649 cost of the phone.) For me, I concluded, it would be cheaper to buy the phone from AT&T on the installment plan. If I used less data, it would be cheaper to buy the phone from AT&T through a service contract. And, of course, there are different deals on different carriers.
Once I started down this road, it made me pause. Do I really need to replace my phone every two years if it’s going to cost $650?
As Farhad Manjoo has explained in these pages, many people don’t need to buy new phones that often. In my case, if I keep my old phone a bit longer, I’ll save $25 every month, and that adds up.
The installment plans are popular now, but they could hurt Apple and the phone companies, because they may wean many of us off the two-year upgrade cycle, Mr. Moffett said. “The E.I.P. plans are clearly better for one category of person — someone who will keep a phone for more than two years. They’re much cheaper.” And more of us might join that category, if we understand the numbers.
But through the magic of corporate accounting, the plans help make the carriers’ revenues look more appetizing. If you buy a $650 phone on the installment plan from a phone company, it counts as $650 in immediate earnings for that company even though the money actually comes in over two years. As these plans have become more popular, they’ve had a significant effect on the industry. Thanks to installment plans, annualized revenue in the second quarter for the entire American phone industry appeared to rise by 3.7 percent, Mr. Moffett calculated. When you exclude them, the industry would be declining in revenue for the same period by 2.1 percent, annualized.
For investors, that means the cellphone business may not be as attractive as it looks at first glance. And for consumers, it means that you’ve got to pay very close attention to the fine print when you get a phone. It’s actually cheaper — in some cases but not all — to buy a phone rather than get a subsidized phone on a two-year contract. It’s all in the details. Once you start examining the cost of a new iPhone, it may not look quite so irresistible.

RELATED COVERAGE

  1. Bits Blog: Apple Responds to Complaints of Bent iPhonesSEP 25, 2014
  2. Bits Blog: Apple Pulls iOS 8 Software Update After iPhone Problems SEP 24, 2014

Geopolitica: Reagan ou Obama, quem enfrenta os maiores desafios? - TomFriedman

Para o colunista do NYT, é Obama, pois o Reagan "só" tinha um império decadente, mas com endereço e telefone, para derrotar. Obama, ao contrário, tem uma miríade de não-estados bandidos, pipocando aqui e ali.
Se eu quiser ajudar a Dilma a "dialogar" com o Estado Islâmico, eu telefono para quem, para onde?
Pois é...
Paulo Roberto de Almeida 

Who Had It Easier, Reagan or Obama?


Thomas L. Friedman
OVER the past few weeks I’ve been reading Ken Adelman’s fascinating history “Reagan at Reykjavik: Forty-Eight Hours That Ended the Cold War.” Adelman, who led Reagan’s arms control agency, was an adviser at Reagan’s 1986 Iceland summit meeting with Soviet President Mikhail Gorbachev. Using some newly declassified documents, Adelman fills out the extraordinary dialogue between the two leaders that set in motion a dramatic cut in nuclear arms.
You learn a lot about Reagan’s leadership in the book. For me, the most impressive thing was not Reagan’s attachment to his “Star Wars” strategic defense initiative, which is overrated in ending the Cold War. What is most impressive about Reagan is that he grasped that Gorbachev was a radically different kind of Soviet leader — one with whom he could make history — long before his intelligence community did. That made a big difference.
These days there is a lot of “if-only-Obama-could-lead-like-Reagan” talk by conservatives. I’ll leave it to historians to figure out years from now who was the better president. But what I’d argue is this: In several critical areas, Reagan had a much easier world to lead in than Obama does now.
“Easier world, are you kidding?” say conservatives. “Reagan was up against a Communist superpower that had thousands of nuclear missiles aimed at us! How can you say that?”
Here’s how: The defining struggle in Reagan’s day was the Cold War, and the defining feature of the Cold War was that it was a war between two differentsystems of order: Communism versus democratic capitalism. But both systems competed to build order — to reinforce weak states around the world with military and economic aid and win their support in the Cold War. And when either Moscow or Washington telephoned another state around the world, there was almost always someone to answer the phone. They even ensured that their proxy wars — like Vietnam and Afghanistan — were relatively contained.
Obama’s world is different. It is increasingly divided by regions of order and regions of disorder, where there is no one to answer the phone, and the main competition is not between two organized superpowers but between a superpower and many superempowered angry men. On 9/11, we were attacked, and badly hurt, by a person: Osama bin Laden, and his superempowered gang. When superempowered angry men have more open space within which to operate, and more powerful weapons and communication tools, just one needle in a haystack can hurt us.
Most important, Reagan’s chief rival, Gorbachev, won the Nobel Peace Prize in 1990 for doing something he never wanted to do: peacefully letting go of Eastern Europe. Obama’s foes, like the Islamic State, will never win the Nobel Peace Prize. Reagan could comfortably challenge Gorbachev in Berlin to “tear down this wall” because on the other side of that wall was a bad system — Communism — that was suppressing a civilization in Eastern and Central Europe, and part of Russia, that was naturally and historically inclined toward democratic capitalism. And there were leaders there — like Lech Walesa, another Nobel Peace Prize winner — to lead the transition. We just needed to help remove the bad system and step aside.
“The countries of Eastern and Central Europe were forcibly part of a Communist empire but culturally were always part of Western civilization,” explained Michael Mandelbaum, the Johns Hopkins University foreign policy specialist and author of “The Road to Global Prosperity.” “They never saw themselves as Communist, but rather as Westerners who had been kidnapped.” After Gorbachev, under pressure from Reagan and the West, released them, “they ran as fast as they could to embrace Western institutions.”
In the Middle East, which has consumed so much of Obama’s energy, the people tore down their walls — their systems — but underneath was not a civilization with the suppressed experience, habits and aspirations of democracy and free markets. Instead it was a toxic mix of Islamism, tribalism, sectarianism and an inchoate aspiration for democracy.
Reagan’s leadership challenge was to bring down a wall and then reap the peace dividends by just letting nature take its course. Obama’s challenge is that on the other side of the wall that the Arabs took down lies the world’s biggest nation-building project, with a civilization that is traumatized, divided and often culturally hostile to Western values and institutions. It’s an enormous job that only the locals can lead.
The one time that Reagan faced the miniversion of Obama’s challenge was in Lebanon. After Israel toppled the Palestinian ministate there, Reagan hoped it would unleash a naturally democratic order, with just a little midwifing help from American Marines. But after 241 U.S. servicemen were blown up in Beirut in 1983, Reagan realized that the civilization there was a mix of Islamists, sectarian Christians, Syrians, Shiite militias, Palestinian refugees and democrats. It required a lot more than us just standing guard. It required nation-building. And what did Reagan do? He left.
I was there to wave goodbye to the last Marines on the beaches of Beirut.
So comparing Reagan with Obama in foreign policy is inevitable. But when you do, also compare their respective contexts. The difference is revealing.

Politica economica: o debate de qualidade - Blog do Mansueto Almeida




Bons artigos e entrevistas nos jornais

Que tal aproveitar o domingo para ter um bom choque de realidade? Os jornais de hoje trazem artigos muito bons de excelentes economistas que nas suas análises destacam os pontos certos dos nossos dilemas.
O primeiro artigo excepcional que recomendo são dos economistas e amigos Marcos Lisboa e Zeina Latif na Folha de São Paulo. Fazia tempo que não lia em um artigo tão curto as provocações corretas dos nossos dilemas que não estão sendo adequadamente discutidos no debate eleitoral (clique aqui).
Os autores advertem para a piora do cenário econômico, o que prejudica a sustentabilidade das conquistas sociais e mostram, corretamente, que o debate entre ideias não é devido a interesses contrariados mas sim “sobre a eficácia da política econômica adotada a partir de 2009, que resultou na estagnação, comprometendo a agenda social iniciada há duas décadas”
O outro artigo no mesmo jornal é do meu amigo Samuel Pessôa mostrando o mesmo ciclo de politica econômica dos governos militares e dos governo civis. Como bem destaca Samuel, não está em debate a politica social nem o tamanho do estado que é determinado pela rede de assistência social. Mas sim a politica econômica intervencionista que desde 2008 lembra muito a política econômica do ex-presidente Geisel (clique aqui para ler o artigo).
O terceiro bom artigo é do economista Gustavo Franco no jornal o Estado de São Paulo (clique aqui) que mostra de forma elegante como sempre os fatores por trás do crescimento do Brasil no governo Lula e o que explica o crescimento da classe média: “Eis a mágica da classe média: demografia e crédito, com alguma ajuda do salário mínimo. Nada disso tem a ver com o bolsa família, que tem sua utilidade para o que se passa dois extratos mais para baixo, na região da pobreza.”
Gustavo adverte corretamente que tudo isso está em risco com os erros da política econômica do governo Dilma: “O maior dos equívocos é o de sempre: a desordem nas contas públicas. Diretamente, descontada a maquiagem, ou via bancos públicos ou obrigações não reconhecidas, a situação fiscal se tornou crítica, por simples opção ideológica.”
O quarto bom artigo deste domingo é do economista e amigo José Roberto Mendonça de Barros também no Estado de São Paulo (clique aqui) . O artigo é uma das mais competentes análises de conjuntura que li recentemente. Em especial quero destacar um trecho do artigo que mostra muito bem o fracasso da nossa política industrial:
“Há poucos dias a Inepar pediu recuperação judicial, da mesma forma que já haviam feito no passado a Lupatech e a Jaraguá, três dos maiores fornecedores nacionais de equipamentos da Petrobrás. É impossível não se perguntar que política industrial é essa – que acaba por arrasar tantas companhias – que se quer proteger. Esses três casos ilustram o que já se sabe: uma economia não para impunemente.”
Como corretamente adverte José Roberto Mendonça de Barros: “Como as autoridades insistem em dizer que estão a fazer tudo certinho, e que todos os nossos problemas decorrem da situação internacional, o cenário de reeleição é o de “mais do mesmo”, incluindo baixo investimento, inflação alta, desarranjo fiscal, juros elevados e expectativas ruins.” Assino em baixo.
Por fim, e para fechar as recomendações deste domingo, tem a excelente entrevista do economista Bernard Appy (clique aqui), do qual compartilho com praticamente 90% ou mais do que ele adverte. Em especial, prestem atenção na entrevista anexa quando Bernard Appy pede aos entrevistadores para explicar a dinâmica do crescimento do gasto público e a rigidez do gasto, o que impossibilita ajuste fiscal no curto prazo por meio de corte de despesas.
Leiam todos os artigos acima e reflitam. Os mesmos serão recorrentemente citados nas minhas análises ao longos das próximas semanas.

Bons artigos e entrevistas nos jornaiswp.me/pAMib-1cc 7 hours ago

Curriculo Lattes: verificando a producao - Paulo Roberto de Almeida

Acessando esta madrugada o site do CNPq para atualizar minha lista de publicações -- sim, tenho um novo livro na praça, The Drama of Brazilian Politics, que editei com meu amigo brazilianist Ted Goertzel, sobre o qual vou informar prontamente -- minha atenção foi despertada para as estatísticas do sistema Lattes. Eu já tinha visto antes, mas achava muito desformatado para usar. Continua sendo, mas salvei apenas a parte da produção bibliográfica linear (cronologicamente falha) como arquivo em pdf e depois fui conferir. Parece que tem um bocado de coisas, aliás algumas eu nem lembrava mais (e isso sem contar os inéditos e os working files).
Eu mesmo montei a tabela abaixo totalizando a produção (parcial, porque nunca tive paciência para colocar tudo o que escrevi e publiquei no Lattes, sobretudo coisas antigas, que não existem em formato digital, sem ISBN ou ISSN), e deu nisto:


Paulo Roberto de Almeida
Lista (parcial) da Produção Acadêmica registrada no sistema Lattes, até 28/09/2014
·       Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/9470963765065128
·       Última atualização do currículo em 28/09/2014

Resumo da Produção Bibliográfica:
1) Artigos completos publicados em periódicos:                   308
2) Livros publicados:                                                               22
3) Capítulos de livros publicados:                                          103
4) Livros organizados:                                                               8
5) Trabalhos publicados em anais de eventos (completos)    22
6) Artigos publicados em jornais de notícias                          15
7) Artigos em revistas (magazines)                                         54
8) Demais produções bibliográficas (prefácios de livros)       11

Quem desejar saber tudo o que já publiquei nessas categorias, pode acessar este link da plataforma Academia.edu.
Divirtam-se.
Paulo Roberto de Almeida