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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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sábado, 5 de agosto de 2017

IPRI: atividades promovidas na gestão de Paulo Roberto de Almeida


Um ano no IPRI: relato das atividades

Paulo Roberto de Almeida
[Um ano no IPRI; relação de eventos realizados desde agosto de 2016]


1. Palestras, seminários e iniciativas desenvolvidas na direção do IPRI
Ao tomar posse como novo diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) dei início, de imediato a atividades de cunho intelectual, que respondem, grosso modo, a dois parâmetros que estabeleci como guias para meu trabalho à frente desse think tank que, paradoxalmente, tem pouco think (por falta de pessoal especializado) e praticamente nenhum tank, por falta de recursos próprios (aliás, nem CNPJ), já que toda a parte de organização e financiamento pertencem à Funag. Por um lado, tudo o que me dá prazer intelectual, por outro atividades que não estão necessariamente na agenda do MRE.

Eventos em 2016:
22/08:
Palestra Professor James G. Hershberg, Universidade George Washington: “Secret Brazilian Diplomacy, the Cuban Revolution, and the 1962 Cuban Missile Crisis: Unearthing Hidden History” –
13/10
Palestra do Dr. Diego Solis, Diretor da Stratfor: “Tendências geopolíticas na América do Sul”
14/11
Apresentação e debate do livro “Brazil in the World” do professor Sean W Burges. 
23/11
Entrevista com embaixador Marcelo Rafaelli; no âmbito do Projeto  Relações Internacionais em Pauta.
23/11
Palestra do professor Thomas Andrew O’Keefe: “O que pode o Brasil esperar  de um governo Donald Trump nos EUA”
12/12
Embaixador  Yin Hengman , representante do governo da República Popular da China para a América Latina: “A Política da China  para a América  Latina”.
13/12
Palestra do professor Oliver Stuenkel: “Rumo  ao mundo sinocêntrico? As transformações globais  e suas  implicações  para o Brasil”.
15/12
Palestra do Embaixador  Sérgio Queiroz Duarte: “Desarmamento nuclear: uma visão brasileira”. 

Eventos em 2017:
15/03: Brasília(STD) : Apresentação-debate do livro “Desafios da Política externa Brasileira” coordenada pelos consultores do CEBRI, Matias Spektor e Oliver Stuenkel, sobre política externa brasileira;
16/03: Brasília(PNB): “Recuperação Econômica do Japão e Integração Regional na Ásia-Pacífico” palestra-debate com o Professor e economista Shujiro Urata da Universidade Waseda, Japão;
17/03: Brasília (IRBr): Encontros IRBr-IPRI: palestra no Rio Branco do Embaixador Rubens Ricupero;
21/03: Brasília(IRBr): Stefan Zweig e o Brasil: apresentação de livros e debates -- “Primeira Viagem ao Brasil” e "A Unidade Espiritual do Mundo", de Stefan Zweig --, com participação de Kristina Michahelles e Celso Lafer. O evento foi realizado por ocasião dos 75 anos do suicídio de Zweig, completados em 22 de fevereiro de 2017;
27/03: Brasília (MRE): Reunião com diplomatas e acadêmicos para debater a elaboração de livro sobre o Pensamento Diplomático Brasileiro, período de 1964 -1985.
31/03: Brasília: “O nacionalismo acadêmico brasileiro e a produção intelectual dos Brasilianistas”: palestra-debate com o historiador José Carlos Sebe Bom Meihy (USP);
17-18/04: Rio de Janeiro: Lançamento do livro "O Homem que Pensou o Brasil" e seminário Roberto Campos, no Palácio Itamaraty do Rio de Janeiro;
03/4: Brasília: Palestra-debate sobre as ideias das revoluções pernambucanas do Século XIX” com o Professor Vamireh Chacon (UnB) e os embaixadores Tarcísio Costa e Gonçalo Mourão.
11/4: Brasília(MRE): Palestra-debate com o professor de Relações Internacionais da Universidade Catholique de Louvain (Bélgica), Amine Ait-Chaalal, Sobre “A situação atual no Oriente Médio: uma equação complexa com múltiplas variáveis”.
05/05, Brasília: Fronteiras do Brasil, uma história que deu certo: palestra do embaixador Synesio Sampaio Goes, Cooperação com o Instituto Rio Branco.
10/05: Brasília: Palestra-Debate do livro “Desglobalização: Crônica de um Mundo em Mudança” a ser proferida pelo ex-diplomata e economista Marcos Prado Troyjo.
18/05: Brasília: Palestra-Debate "The United States, Peace, and World Order" com o Prof. Frank J. Gavin, diretor do Centro Henry Kissinger para Assuntos Globais da Escola de Estudos Internacionais (SAIS) da Universidade Johns Hopkins, em Washington. No Auditório do Instituto Rio Branco.
19/05: Brasília: O Brasil para refugiados: Contexto Histórico: palestra-debate com o historiador Fabio Koifman (UFRRJ) e o cientista político Charles P. Gomes.
26/05: Brasília: “Encontros IRBr-Rio Branco – Percursos Diplomáticos”, palestra com o Embaixador Marcos Castrioto de Azambuja. No Auditório do Instituto Rio Branco.
30/05: Brasília: Apresentação de “Novos olhares sobre a Política Externa Brasileira”, livro organizado pelo diplomata Gustavo Westmann.
02/06: Brasília: Palestra “A política externa brasileira no contexto internacional, 1987 - 2017” proferida pelo Embaixador Sérgio Florêncio sobrinho.
14/06: Brasília: Egmont Institute: paralelamente ao 3º. Simpósio de Segurança Regional EU-América do Sul, no Comando Militar do Planalto.
12/07: Brasília: Palestra do Sr. Dominik Stillhart - Diretor do Comitê Internacional da Cruz Vermelha - CICV no Brasil” às 15h.
21/07: Brasília (IRBr): “Encontros IRBr-Rio Branco – Percursos Diplomáticos”, palestra no Rio Branco do Embaixador Graça Lima.
1/08: Brasília: Seminário: “BRICS Co-operation: Assessment and Next Steps” em parceria com o Instituto Chongyang de Estudos Financeiros (RDCY). 


(continua...)

2. Algumas das contribuições autônomas, mas conectadas ao trabalho no IPRI
Ademais dos eventos listados acima – que parecem simples, e todavia sempre envolvem algum trabalho de preparação não apenas logística, mas também substantiva, e que requerem, por exemplo, alguma leitura prévia, dos materiais e das pesquisas vinculadas aos convidados, com vistas ao debate subsequente – eu continuei produzindo vários outros trabalhos, não estritamente incluídos na agenda de atividades programada para o IPRI ou a Funag, mas relacionados ao universo :mental” com o qual e no qual essas entidades trabalham, e que me permito relacionar abaixo, uma vez que eles integram, de pleno direito, ou legitimamente, os esforços que venho fazendo para trazer a debate, no Itamaraty e fora dele, as questões mais relevantes da política externa e das relações internacionais do Brasil, de modo amplo. Não incluo na relação, obviamente, reuniões ou trabalhos internos, não destinados a divulgação pública.
Uma das minhas grandes iniciativas – e, como apreciador de história, estou sempre atento a essas datas “redondas”, centenários e outras mais – foi a preparação de diversos materiais relativos à vida e obra de Roberto Campos, um colega infelizmente já desaparecido – não chegou aos cem anos como Meira Penna – mas que foi, apenas e simplesmente, um dos maiores estadistas de nossa história, junto com o barão do Rio Branco, Oswaldo Aranha, San Tiago Dantas e poucos (muito poucos) outros. Em 17 de abril comemoramos, dignamente, seu centenário, por meio de um seminário e de um livro, mas desde antes eu participava de outros empreendimentos na mesma linha, como listo abaixo, estes três primeiros, que representaram contribuições a uma obra coletiva:
3073. “Roberto Campos: receita para desenvolver um país”, Brasília, 1 janeiro 2017, 3 p. Colaboração a obra coletiva sobre Roberto Campos, organizada por Paulo Rabello de Castro e Ives Gandra Martins. Publicado in: Ives Gandra da Silva Martins e Paulo Rabello de Castro (orgs.), Lanterna na Proa: Roberto Campos ano 100 (São Luís, MA: Resistência Cultural Editora, 2017, 344 p; ISBN: 978-85-66418-13-2), p. 245-248; reproduzido no blog Diplomatizzando (05/01/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/01/roberto-campos-receita-para-desenvolver.html). Relação de Publicados n. 1259.
3081. “Bretton Woods: o aprendizado da economia na prática”, Brasília, 7 fevereiro 2017, 4 p. Colaboração a obra coletiva sobre Roberto Campos, organizada por Paulo Rabello de Castro e Ives Gandra Martins. Publicado in: Ives Gandra da Silva Martins e Paulo Rabello de Castro (orgs.), Lanterna na Proa: Roberto Campos ano 100 (São Luís, MA: Resistência Cultural Editora, 2017, 344 p; ISBN: 978-85-66418-13-2), p. 52-56. Reproduzido no blog Diplomatizzando (05/08/2017; link: https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/bretton-woods-o-nascimento-da-atual.html). Relação de Publicados n. 1257.
3082. “Fundando um banco de desenvolvimento: o BNDE”, Brasília, 8 fevereiro 2017, 3 p. Colaboração a obra coletiva sobre Roberto Campos, organizada por Paulo Rabello de Castro e Ives Gandra Martins. Publicado in: Ives Gandra da Silva Martins e Paulo Rabello de Castro (orgs.), Lanterna na Proa: Roberto Campos ano 100 (São Luís, MA: Resistência Cultural Editora, 2017, 344 p; ISBN: 978-85-66418-13-2), p. 71-74. Reproduzido no blog Diplomatizzando (05/08/2017; link: https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/fundando-um-banco-de-desenvolvimento-o.html). Relação de Publicados n. 1258.

Pouco adiante, eu produzia os meus próprios textos sobre Roberto Campos, como relaciono a seguir: um enorme capítulo retraçando todo o seu itinerário intelectual e diplomático, com ênfase em seu pensamento econômico, tendo eu, para tal, percorrido toda a sua obra (dezenas de livros, centenas de artigos, milhares de páginas), passando noites e noites lendo sistematicamente tudo, ou quase tudo, que ele tinha produzido, desde sua tese de mestrado, defendida na George Washington University, em 1947 (que eu já havia lido quando trabalhei na embaixada em Washington), até seus últimos escritos. Eu tinha convidado diversos outros amigos, acadêmicos ou diplomatas, para também colaborar no exercício, que foi plenamente exitoso, tendo o livro sido publicado pela Appris, num enorme esforço de aceleração editorial. Os resultados, junto com um texto subsequente de introdução ao volume, mais um artigo de imprensa, foram estes:
3087. “Roberto Campos: uma trajetória intelectual no século XX”, Brasília, 28 fevereiro 2017, 144 p. Colaboração a livro organizado por mim em torno da vida, da obra e do pensamento do diplomata-economista que se tornou um dos maiores estadistas do Brasil. Publicado in: Paulo Roberto de Almeida (org.), O Homem que Pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos (Curitiba: Editora Appris, 2017, 373 p.; ISBN: 978-85-473-0485-0), p. 203-356. Relação de Publicados n. 1251.
3088. “Roberto Campos: uma vida a serviço do progresso do Brasil”, Brasília, 28 fevereiro 2017, 7 p. Introdução ao livro sobre Roberto Campos, consistindo numa reformulação ampliada do trabalho 3059/2016; Publicado, sob o título de “Roberto Campos: o homem que pensou o Brasil”, in: Paulo Roberto de Almeida (org.), O Homem que Pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos (Curitiba: Editora Appris, 2017, 373 p.; ISBN: 978-85-473-0485-0), p. 19-33. Índice postado no blog Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/03/o-homem-que-pensou-o-brasil-roberto_21.html). Relação de Publicados n. 1260.
3095. “Roberto Campos: o homem que pensou o Brasil”, Brasília, 19 março 2017, 15 p. Reformulação dos textos 3088 e 3090, para servir de capítulo introdutório ao livro sobre Roberto Campos; in: Paulo Roberto de Almeida (org.), O Homem que Pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos; (Curitiba: Editora Appris, 2017, 373 p.; ISBN: 978-85-473-0485-0), p. 19-33.  Primeira versão já disponibilizada no blog Diplomatizzando (15/03/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/03/o-homem-que-pensou-o-brasil-roberto.html).Relação de Publicados n. 1251.
3101. “Roberto Campos, 100 anos: sempre atual”, Brasília, 9 abril 2017, 3 p. Artigo para a página de Opinião do Estado de S. Paulo, falando dos dois livros sendo lançados dia 17/04: O Homem que Pensou o Brasil, e Lanterna na Proa. Publicado no jornal O Estado de S. Paulo (15/04/2016; link: http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,roberto-campos-100-anos-e-sempre-atual,70001738944). Relação de Publicados n. 1252.

O tema “centenário de Roberto Campos” continuou “rendendo” palestras e debates, assim como apresentações diversas, o que relaciono aqui para informação:
3102. “Sessão especial no Senado em homenagem a Roberto Campos”, Brasília, 10 abril 2017, 3 p. Texto lido na sessão especial do dia 17/04/2017; divulgado antecipadamente no blog Diplomatizzando (16/04/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/04/roberto-campos-sessao-especial-no.html); vídeo da sessão disponível no YouTube (26/04/2017; link: https://youtu.be/4z8Dz4Ul0nI; link de minha intervenção: (YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=XobuvjMuy7k&t=189s). Notas no Jornal do Senado (ano XXIII, n. 4680, 18/04/2017, p. 1, 6-7). Divulgado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/04/roberto-campos-materia-no-jornal-do.html). Relação de Publicados n. 1255.
3103. “Roberto Campos, 100 anos: atualidade de suas ideias”, Brasília, 21 abril 2017, 5 p. Texto para servir de apoio a palestra na FAAP, no quadro de Curso “Agenda Brasil”, para jornalistas. Mundorama ( http://www.mundorama.net/?p=23501) e Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/04/roberto-campos-atualidade-de-suas.html). Relação de Publicados n. 1253.
3114. “Liberalismo e o Brasil de Hoje: Lições de Roberto Campos”, Brasília, 7 maio 2017, 7 p. Notas para palestra a convite do LIDE-Mato Grosso, em Cuiabá, em 9 maio 2017, presidido por Pedro Neves, com a participação de Marcos Troyjo, do BRICLab da Columbia University. Texto preparado usando partes do trabalho 3103 (“Roberto Campos, 100 anos: atualidade de suas ideias”), e novos desenvolvimentos. Divulgado no blog Diplomatizzando (10/05/2017, link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/05/o-homem-que-pensou-ao-brasil-de-volta.html).

Um dos eventos que mais me deram prazer intelectual em organizar foi aquele “comemorativo” dos 75 anos do suicídio de Stefan Zweig, em Petrópolis, no carnaval de 1942, desesperado com a guerra europeia e os avanços do nazi-fascismo sobre outros países. Na ocasião, organizamos um debate em colaboração com a Casa Stefan Zweig, de Petrópolis, a propósito do lançamento do livro que, organizado por Israel Beloch, trouxe a conferência que Zweig fez no Brasil, por ocasião de sua primeira visita, em 1936, “A Unidade Espiritual do Mundo”, com introdução de Celso Lafer, uma obra única no Brasil, pois que ricamente ilustrada, contendo o texto original em alemão e sua tradução em quatro outras línguas: inglês, francês, espanhol e português. Para esse evento eu tinha preparado uma apresentação em Power Point, que acabou não sendo mostrada, em vista do documentário produzido pela Casa Stefan Zweig com a figura do biógrafo de Zweig, Alberto Dines, a quem lamento não ter podido trazer a Brasília, dada sua situação delicada de saúde. Eis o que eu preparei para a ocasião:


Outra área de atividades se refere à política externa brasileira na era militar, que deverá ser objeto de um trabalho sobre a economia política do regime militar (ou seja, o processo econômico, as políticas econômicas e o pensamento econômico no período), ainda em preparação. Como “aquecimento”, produzi este pequeno trabalho (para os meus padrões), de apenas 20 páginas, para um livro coletivo:
3078. “As relações internacionais do Brasil na era militar (1964-1985)”, Buenos Aires, 25 janeiro 2017, 22 p. Ensaio historiográfico para o 4o. volume da 2a. edição do livro de Jorge Ferreira e Lucília de Almeida Neves Delgado (orgs.), Brasil Republicano (Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2003, 4 vols.).

Paralelamente aos muitos eventos organizados por mim no IPRI, ou no âmbito da Funag, eu sempre produzi textos analíticos, ou de comentários, que não foram, necessariamente, publicados em conexão com o evento, pois geralmente assumo uma atitude discreta nessas ocasiões, para não ter de discrepar abertamente de muitas das posturas ou orientações dos acadêmicos presentes, ou até de colegas de carreira. Um dos exemplos é este aqui, objeto de um simples resumo, e depois comentado mais amplamente no segundo trabalho relacionado abaixo. Imediatamente após eu elaborei a minha própria lista de “desafios”, que não estão exatamente identificados com a política externa, ou não dependem do ambiente internacional para serem resolvidos; trata-se do terceiro texto informado aqui:
3084. Dez desafios da politica externa brasileira – CEBRI”, Brasília, 10 fevereiro 2017, 3 p. Resumo do livro: Spektor, Matias (editor executivo): 10 Desafios da Política Externa Brasileira (Rio de Janeiro: Centro Brasileiro de Relações Internacionais; Fundação Konrad Adenauer, 2016, 144p.; ISBN: 978-85-89534-11-6), conectado ao seminário-debate com os autores dos ensaios no livro do CEBRI, no Itamaraty, em 15 de março de 2017. Postado no blog Diplomatizzando (em 11/02 e em 06/032017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/03/dez-desafios-da-politica-externa.html).
3092. “Alguns desafios ao Brasil e à sua política externa: notas de leitura”, Brasília, 11 março 2017, 19 p. Análise crítica dos capítulos conceituais da publicação resumida no trabalho n. 3084: Spektor, Matias (editor executivo): 10 Desafios da Política Externa Brasileira (Rio de Janeiro: Centro Brasileiro de Relações Internacionais; Fundação Konrad Adenauer, 2016, 144p.). Distribuído, em caráter informal, aos participantes do debate organizado pelo IPRI, no Itamaraty, em circuito fechado, no dia 15/03/2017. Disponível na plataforma Academia.edu (23/05/2017; link: https://www.academia.edu/s/fc4d6e3a75/alguns-desafios-ao-brasil-e-a-sua-politica-externa-notas-de-leitura). Postado no blog Diplomatizzando (25/05/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/05/dez-ou-mais-desafios-para-politica.html).
3093. “Dez grandes desafios da política externa brasileira: uma visão alternativa dos problemas diplomáticos atuais, e constantes”, Brasília, 14 março 2017, 2 p. Apenas um divertissement, com certos desafios colocados ao país. Postado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/03/dez-grandes-desafios-da-politica.html).

Justamente a propósito desse tipo de debate, acabei produzindo textos que eu classificaria como “semiclandestinos”, pois que não destinados a maior divulgação, como estes dois, uma reflexão sobre o papel do diplomata e uma resenha de livro:
3085. “Diplomatas que pensam: qual é a nossa função?”, Brasília, 11 fevereiro 2017, 3 p. Reflexões sobre nossa missão didática e de facilitação de interações humanas, sociais, internacionais. Postado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/02/diplomatas-que-pensam-qual-e-nossa.html).
3116. “Crimes econômicos do lulopetismo na frente externa”, Brasília, 12 maio 2017, 7 p. Resenha do livro de Fabio Zanini, Euforia e fracasso do Brasil grande: política externa e multinacionais brasileiras na era Lula (São Paulo: Contexto, 2017, 224 p.; ISBN: 978-85-7244-988-5). Publicada em Amálgama (13/05/2017; link: https://www.revistaamalgama.com.br/05/2017/resenha-euforia-e-fracasso-do-brasil-grande-fabio-zanini/); divulgado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/05/crimes-economicos-do-lulopetismo-na.html). Relação de Publicados n. 1263.

Um outro exemplo é esta crítica a documento produzido no âmbito da SAE, que considero uma boa oportunidade para um debate aberto sobre os rumos da política externa brasileira e sobre as funções da diplomacia, mas que parece não ter sido bem recebido no Itamaraty. Pretendia organizar um debate aberto a respeito, mas nem um fechado foi possível empreender. Fica, portanto, o meu texto analítico e de comentários.
3126. “Uma visão crítica da política externa brasileira: a da SAE-SG/PR”, Brasília, 17 junho 2017, 22 p. Considerações críticas sobre o documento da SAE, sobre uma “grande estratégia” para o Brasil. Postado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/s/28ae2de83d/uma-visao-critica-da-politica-externa-brasileira-a-da-sae-sgpr?source=link) e em Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/317636574_Uma_visao_critica_da_politica_externa_brasileira_a_da_SAE-SGPR); DOI: 10.13140/RG.2.2.29591.78249.

Tampouco deixei de comparecer a seminários e encontros profissionais, sempre que minha agenda de trabalho, no IPRI e no Uniceub, o permitia, a exemplo de um debate organizado em Porto Alegre. Por outro lado, tenho mais convites do que posso, razoavelmente atender, e geralmente acabo produzindo textos, mas nem sempre comparecendo ao evento, de que são exemplos os registros seguintes:
3096. “O que esperar de 2017: economia e política internacional”, Brasília, 20 março 2017, 14 p. Notas para participação em seminário na Assembleia Legislativa do RS, a convite do Deputado Marcel Van Hatten, com Percival Puggina, em 23/03/2017. Postado no mesmo dia em Mundorama (21/03/2017; link: http://www.mundorama.net/?p=23347) e no Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/03/o-que-esperar-de-2017-economia-e.html).
3109. “A economia política das relações econômicas internacionais do Brasil: paradigmas e realidades, de Bretton Woods à atualidade”, Brasília, 30 abril 2017, 20 p. Trabalho apresentado ao GT-4: Política Externa, Inserção Internacional e Integração Regional do II Encontro de Economia Política Internacional (PEPI-UFRJ); Rio de Janeiro, 10 a 12 de maio de 2017 (IE-UFRJ, Praia Vermelha); sem comparecimento; enviado em formato Word para inclusão nos Anais em 26/07/2017. Serviu de base a apresentação no Ipea, em 2/06/2017; disponível em Academia.edu (https://www.academia.edu/s/cbb5ae9c50/the-political-economy-of-international-economic-relations-of-brazil-1944-2016).
3112. “O caso ainda não resolvido do pensamento diplomático brasileiro: hipóteses sobre o regime militar (1964-1985)”, Brasília, 3 maio 2017, 13 p. Texto preliminar sobre a existência de um pensamento diplomático na era militar, enviado à II Jornada de Pensamento Político Brasileiro (IESP-UERJ), para o GT de Pensamento Internacional Brasileiro (http://jornadapensamento.com.br/programacao-ii-jppb-2017/), no dia 10/08/2017. Texto revisto e enviado em 14 de junho de 2017. Inserido em Academia.edu (5/08/2017; link: https://www.academia.edu/s/64e2552ba9/o-caso-ainda-nao-resolvido-do-pensamento-diplomatico-brasileiro-hipoteses-sobre-o-regime-militar1964-1985?source=link), Diplomatizzando (https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/o-caso-ainda-nao-resolvido-do.html).

Neste último, um encontro da ABRI em Belo Horizonte, pude comparecer a um painel de debates sobre as “perspectivas da política externa brasileira num mundo em redefinição”, sendo que eu resolver inverter os termos do debate, pois me parece que é o Brasil que está em redefinição:
3131. “Perspectivas da política externa em um Brasil em redefinição”, Brasília, Lisboa, 22-26 junho 2017, 7 p. Notas para mesa redonda no 5o. encontro da ABRI em Belo Horizonte, em 27 de julho. Postado no blog Diplomatizzando (26/07/2017; link: https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/07/perspectivas-da-politica-externa-em-um.html).

Outros exemplos desse tipo de atividade são dados por aulas inaugurais ou palestras em cursos da área:
3098. “A política externa e a diplomacia brasileira no século XXI”, Brasília, 24 março 2017, 12 p. Notas para aula inaugural no Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Diplomacia e Relações Internacionais da UFG, em Goiânia, em 24/03/2017, a convite do Prof. Diego Trindade D’Ávila Magalhães, coordenador do curso. Publicado no Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/03/a-politica-externa-e-diplomacia.html). Refeito em 20/04 e aproveitado para palestra no Curso de Direito da USP, a convite do Prof. Wagner Menezes, em 24 de abril de 2017. Versão disponibilizada em 21/04/2017 no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/04/a-politica-externa-e-diplomacia.html).
3110. “A globalização micro e a antiglobalização macro: contentes e descontentes com um processo indomável”, Brasília, 1 maio 2017, 3 p. Notas para palestra na Semana de Relações Internacionais da UDF, no dia 3 de maio de 2017. Diplomatizzando (6/05/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/05/globalizacao-micro-e-antiglobalizacao.html).


Um outro é esta aula dada no Instituto Rio Branco, a primeira vez que isso ocorre em quase duas décadas, uma vez que o regime companheiro me vetou totalmente a possibilidade de “influenciar” os alunos da academia diplomática:
3100. “Da velha guerra fria geopolítica à nova guerra fria econômica: cenários prospectivos das relações internacionais”, Brasília, 7 abril 2017, 15 p. Aula no Instituto Rio Branco, a pedido do Ministro Alessandro Candeas, encarregado de nova cadeira de Defesa e Segurança no IRBr, no dia 7/04/2017. Postado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/04/da-velha-guerra-fria-geopolitica-nova.html).

Não poderia deixar de lado, tampouco, a Revista Brasileira de Política Internacional, fazendo 60 anos de publicação contínua em 2017, para a qual fui um dos principais artífices, senão o principal, de sua transferência do Rio de Janeiro, onde estava para desaparecer depois da morte de Cleantho de Paiva Leite, para Brasília, onde foi reconstruída e melhorada. Dei uma entrevista sobre esse percurso para seu atual editor, professor Antonio Carlos Lessa:
3104. “RBPI: itinerário de uma revista essencial”, Brasília, 22 abril 2017, 3 p. Texto de comemoração dos 60 anos da RBPI, para divulgação em Mundorama (25/04/2017; link: <http://www.mundorama.net/?p=23514>). Precedido por entrevista concedida em vídeo gravado ao professor Antonio Carlos Lessa, no IRel-UnB em março de 2017; in: LESSA, A. C. “A RBPI e o pensamento brasileiro de Relações Internacionais: entrevista com Paulo Roberto de Almeida [online]”, SciELO em Perspectiva: Humanas, 2017 [viewed 29 April 2017]; YouTube; links: http://humanas.blog.scielo.org/blog/2017/04/25/a-rbpi-e-o-pensamento-brasileiro-de-relacoes-internacionais-entrevista-com-paulo-roberto-de-almeida/; http://www.mundorama.net/?p=23555; https://www.youtube.com/watch?v=JibvvjOnAgw). Publicados ns. 1254 e 1261.

Como os partidários da “diplomacia lulopetista” – um termo tão ideológico quanto o utilizado pelos companheiros, durante todos os anos de sua dominação cultural, para caracterizar um suposto “regime neoliberal” que teria existindo antes da preeminência gloriosa da “diplomacia ativa e altiva”, e que teria sido submissa ao Consenso de Washington ou outras mentiras fabricadas por eles – continuassem, mesmo depois de sua “deposição” constitucional, a fabricar mentiras sobre a alegada “rendição” da nova política externa ao imperialismo e a outros monstros metafísicos, resolvi reunir todos os meus trabalhos sobre a diplomacia brasileira escritos durante todo o período companheiro e oferecer aos curiosos e interessados um volume organizado de forma cronológica com essas análises e debates. O que é interessante de registrar, neste momento, é que ao início do regime companheiro, acompanhando justamente as grandes promessas do nouveau régime, eu fui bastante simpático às orientações proclamadas pelos dirigentes da diplomacia companheira. Isso durou mais ou menos dois ou três anos, até que o escândalo do Mensalão veio a revelar uma faceta da política companheira que não conhecíamos muito bem: um regime altamente corrupto, capaz de desviar dinheiro do Estado (ou seja, de todos nós) para instalar um monopólio de poder à base de compra de parlamentares ou de inteiras bancadas partidárias. Pouco depois revelou-se também o lado mais abjeto da diplomacia companheira, capaz de devolver à ditadura cubana dois refugiados do regime comunista, com aviões encomendados rapidamente a um outro regime caudilhesco, o populista chavista, e se aliando a várias outras ditaduras que por acaso simulassem qualquer atitude anti-hegemônica. A coleção de ensaios reflete exatamente essa evolução analítica, como refletida no volume:
3121. Quinze anos de política externa: ensaios sobre a diplomacia brasileira, 2002-2017; Brasília: Edição do Autor, 2017, 366 p. Volume de ensaios compilados na área das relações internacionais. Disponibilizado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/33186849/QUINZE_ANOS_DE_POLITICA_EXTERNA_ENSAIOS_SOBRE_A_DIPLOMACIA_BRASILEIRA_2002-2017). Informado no blog Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/05/quinze-anos-de-politica-externa-ensaios.html; twittado neste link: https://shar.es/1Rvapr).

Na parte dos livros editados e publicados pela Funag, tenho colaborado de forma eventual com a preparação de originais, do tipo preparar prefácios, orelhas ou textos de apresentação, como para esta reedição de um livro publicado anteriormente na Suécia:
3139. “Righteous Among the Nations: Souza Dantas and Raoul Wallenberg”, Brasília, 12 julho 2017, 2 p. Prefácio a livro de Fabio Koifman e Jill Blonsky, a ser editado pela Funag.

Desejo, finalmente, anunciar a próxima publicação da terceira edição, revista e ampliada, de minha grande obra de pesquisa historiográfica, Formação da Diplomacia Econômica no Brasil, para a qual redigi um novo prefácio:
3083. “Prefácio do autor à terceira edição”, Brasília, 9 fevereiro 2017, 6 p. Apresentação à nova edição, pela Funag, da obra Formação da Diplomacia Econômica do Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (Brasília: Funag, 2017); em publicação.

Termino por onde comecei, uma rememoração de um ano inteiro de atividades profissionais e acadêmicas coincidindo com minha volta dos EUA, no final de 2015 e, seis meses depois, o início das atividades no IPRI, tal como refletido na postagem inicial desta dupla postagem de informação e balanço:
3145. “IPRI-Funag/MRE: como cheguei à sua direção?”, Brasília, Brasília, 4 agosto 2017, 7 p. Relato sobre os trabalhos realizados até dar início às atividades como Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, IPRI-Funag/MRE. Transcrição dos principais textos produzidos nos meses anteriores a agosto de 2016. Postado no blog Diplomatizzando (link: (https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/apos-um-ano-no-comando-do-ipri-um.html).

Até o próximo balanço. Grato pela atenção.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 5 de agosto de 2017


Apos um ano no comando do IPRI: um relato sobre como cheguei la - Paulo Roberto de Almeida

Antes de fazer o balanço-relatório de todas as atividades que conduzi, desde agosto de 2016 na direção do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI-Funag/MRE), elaborei um pequeno relato sobre como cheguei lá, e o que produzi até dar início de verdade às múltiplas atividades que lá venho desenvolvendo.


IPRI-Funag/MRE: como cheguei à sua direção?

Paulo Roberto de Almeida
 [Antes do IPRI; relação de trabalhos realizados até agosto de 2016] 


1. Uma trajetória a propósito de vantagens comparativas intelectuais
Antes mesmo de ser efetivado como novo diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) – que é, com o CHDD do Rio de Janeiro, um dos órgãos subordinados à Fundação Alexandre de Gusmão, por sua vez vinculada ao Ministério das Relações Exteriores –, eu já me encontrava trabalhando em prol de determinadas atividades vinculadas a minhas preferências intelectuais, como, por exemplo, este projeto em torno do patrono da nossa historiografia, que elaborei em caráter voluntário:

Elaborei, imediatamente, um projeto de exposição, que depois, quando de sua materialização, muito se beneficiou de exposição bem mais abrangente e sofisticada, preparada pelo Colégio Porto Seguro, de São Paulo, e que também serviu de base para a exposição feito no Instituto Rio Branco, quando do seminário. Também refiz o projeto de livro, com identificação dos colaboradores.
2917. “Documento de Planejamento de Exposição pela Funag: 31/03/2016 - Homenagem ao historiador-diplomata Francisco Adolfo de Varnhagen”, Brasília, 13 janeiro 2016, 4 p. Roteiro para 15 painéis com texto e ilustrações sobre o historiador. Enviada à Funag, com cópia para Arno Wehling e Luis Claudio Villafañe.
2919. “Varnhagen (1816-2016): diplomacia e pensamento estratégico”, Brasília, 18 janeiro 2016, 3 p. Projeto de livro para a Funag. Desenvolvido sob o n. 2948.

Procedi, como é meu  hábito para qualquer empreendimento intelectual no qual me engajo, a uma leitura geral de muitos livros, artigos, teses e dissertações de e sobre Varnhagen, tendo rapidamente selecionado as questões importantes que pretendia tratar, o que apresentei nesta pequena nota preparatória:
2930. “O pensamento estratégico de Francisco Adolfo de Varnhagen”, Brasília, 17 fevereiro 2016, 8 p. Resumo dos trabalhos em preparação, para o boletim Mundorama; publicado em duas partes (primeira parte, 17/02/2016, link: http://www.mundorama.net/2016/02/17/o-pensamento-estrategico-de-francisco-adolfo-de-varnhagen-por-paulo-roberto-de-almeida/); divulgado por inteiro no Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/02/o-pensamento-estrategico-de-varnhagen.html). Relação de Publicados n. 1212.

Elaborei logo em seguida o meu capítulo, baseado numa leitura aprofundada de um texto pouco conhecido de Varnhagen, o Memorial Orgânico, de 1849, que tinha sido objeto de uma edição critica pelo presidente do IHGB, historiador Arno Wehling, tendo eu feito uma reflexão sobre sua atualidade, como consignei neste trabalho:
2944. “O pensamento estratégico de Varnhagen: contexto e atualidade”, Brasília, 23 março 2016, 44 p. Texto preparado para o seminário “Varnhagen (1816-2016): diplomacia e pensamento estratégico”, realizado em 1/04/2016 no Instituto Rio Branco, e destinado a integrar livro a ser publicado pela Funag: Varnhagen (1816-1878): diplomacia e pensamento estratégico (em preparação). Disponível na plataforma Academia.edu (https://www.academia.edu/24088709/O_pensamento_estrategico_de_Varnhagen_contexto_e_atualidade). Informado no Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/04/livro-sobre-varnhagen-ser-apresentado.html). Revisto e atualizado, 47 páginas, em 5/04/2016. Revisão final, acréscimos em 10/05/2016; novamente em 30/05/2016, 48 p. Disponibilizado no blog Diplomatizzando (9/05/2016; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/varnhagen-1816-1878-diplomacia-e.html). Publicado no livro Sérgio Eduardo Moreira Lima (Org.). Varnhagen (1816-1878): diplomacia e pensamento estratégico (Brasília: Funag, 2016; ISBN: 978-85-7631-613-8; p. 125-197; disponível no site da Funag, link: http://funag.gov.br/loja/download/1156-varnhagen-1816-1878.pdf). Relação de Publicados n. 1237.

Pouco depois, o livro ficou pronto, o que consignei neste registro:
2948. Varnhagen: diplomacia e pensamento estratégico, Brasília, 27 março 2016, 143 p. Versão preliminar de livro a ser editado pelo Presidente da Funag, para seminário em homenagem aos 200 anos de nascimento de Francisco Adolfo de Varnhagen, com a colaboração de Arno Wehling, Luiz Felipe de Seixas Corrêa, Synesio Sampaio Goes Filho, Carlos Henrique Cardim, Paulo Roberto de Almeida e Luís Cláudio Villafañe Gomes Santos, sob a coordenação de Sergio Eduardo Moreira Lima. Feita brochura para o seminário em 1ro de abril. Revisão concluída por mim em 9/05/2016, em volume de 151 p., encaminhada a todos os colaboradores e à Funag, para revisão editorial e publicação. Livro composto sob o título de Varnhagen (1816-1878): diplomacia e pensamento estratégico, ed. por Sérgio Eduardo Moreira Lima (Brasília: Funag, 2016; ISBN: 978-85-7631-613-8); nota em 9/05/2016 no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/varnhagen-1816-1878-diplomacia-e.html).

O livro foi acompanhado de diversos elementos editoriais, ou seja, textos para orelhas e contracapa, ademais desta pequena nota biográfica sobre o personagem:
2970. “Minibiografia de Varnhagen”, Brasília, 2 maio 2016, 2 p. Pequena nota para ser incluída no livro “Varnhagen (1816-1878): diplomacia e pensamento estratégico”.

Com o livro publicado e divulgado, outros eventos foram organizados em torno do autor, ou de seu pensamento estratégico, como uma apresentação que fiz num seminário internacional na Universidade da Força Aérea e num outro no IHGB, ambos no Rio de Janeiro, como registrado abaixo:
2996. “Planejamento estratégico brasileiro no pensamento de Varnhagen: sua atualidade”, Brasília, 15 junho 2016, 30 p. Texto preparado com base no trabalho 2944, reduzido e ampliado (na parte de pensamento estratégico) para o II Seminário Internacional de Planejamento Estratégico de Defesa Nacional (Rio de Janeiro, campus da Unifa, 17/06/2016, a cargo do Centro de Estudos Estratégicos-CEE da Universidade da Força Aérea. Feita apresentação em poucos slides para leitura e debate. Texto disponível em Academia.edu (link: https://www.academia.edu/26171203/Planejamento_estrategico_brasileiro_no_pensamento_de_Varnhagen_sua_atualidade) e em Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/303989768_Planejamento_estrategico_brasileiro_no_pensamento_de_Varnhagen_sua_atualidade).
3037. “Varnhagen, então e agora: o Memorial Orgânico como projeto de nação, ainda atual, Brasília, 9 setembro 2016, 14 slides. Power Point de apresentação no seminário “Varnhagen, 200 anos”, realizado sob os auspícios do IHGB, no Rio de Janeiro, em 26 de outubro de 2016, preparado com base no trabalho 2996.

No primeiro caso eu ainda não havia tomado posse como Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, o que só foi oficializado em 3 de agosto de 2016, conforme nomeação assinada pelo Chefe da Casa Civil da Presidência da República. Outro projeto que elaborei, ainda na fase anterior à minha designação, foi um conectado a uma “data redonda”, qual seja, o centenário da famosa conferência feita por Rui Barbosa em Buenos Aires, e que já comemorava o primeiro centenário, em 1916, da independência argentina, consolidada no congresso de Tucuman, em julho de 1816. Não foi possível, no entanto, realizar esse seminário, que eu propunha que fosse feito em julho, mas dele resultou um artigo, baseado na releitura da alocução feita por Rui na Faculdade de Direito da UBA, sobre os “Princípios Modernos do Direito Internacional”,  mais conhecida como “Os Deveres dos Neutros”. Aqui seguem esses registros.
2928. “Rui Barbosa e a construção de valores e princípios da diplomacia brasileira pelo direito internacional”, Brasília, 6 fevereiro 2016, 2 p. Proposta de seminário-debate em torno da conferência pronunciada por Rui Barbosa em Buenos Aires, em 14 de julho de 1916, intitulada “Os Conceitos Modernos do Direito Internacional”, para ser realizada pela Fundação Alexandre de Gusmão, em 14 de julho de 2016. Enviado ao presidente da Funag, Emb. Sérgio Eduardo Moreira Lima. Reformulado em 3 de maio, no trabalho 2971, para propor um seminário sobre “Valores e princípios da diplomacia brasileira: Ruy Barbosa, Oswaldo Aranha e San Tiago Dantas”.
3006. “Rui Barbosa e o direito internacional”, Brasília, 7 julho 2016, 3 p. Artigo sobre os 100 anos da conferência realizada por Rui Barbosa em Buenos Aires, sobre os conceitos modernos do direito internacional, mais conhecida como o dever dos neutros, para publicação na imprensa local. Versão reduzida a 2 páginas em 12/07/2016, para publicação no Correio Braziliense, conjuntamente com o presidente da Funag, embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima. Publicado no Correio Braziliense (14/07/2016), divulgado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/07/rui-barbosa-e-o-direito-internacional.html ) e no Facebook (https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1194430613953720). Relação de Publicados n. 1234.

Continuei elaborando projetos para serem desenvolvidos pelo IPRI-Funag, mesmo não estando formalmente conectado às instituições, como esta proposta para a elaboração de uma história da diplomacia brasileira, ou um outro sobre valores e princípios da diplomacia brasileira, que tampouco seguiram adiante:
2950. “Uma história da diplomacia brasileira: Relações internacionais e política externa do Brasil”, Brasília, 28 março 2016, 3 p. Reelaboração do trabalho 1453 para ser apresentado à Funag, como base de uma possível obra de síntese didática.
3002. “Valores e princípios da diplomacia brasileira no século XX: Proposta preliminar para um projeto de trabalho”, Brasília, 27 junho 2016, 5 p. Nota propositiva para a organização de um seminário de trabalho pela Funag e a edição de um livro. Submetida ao presidente da Funag, Embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima.

No intervalo continuei participando de diversas atividades acadêmicas, como este seminário na PUC-RJ, no qual, na verdade, discorri sobre a integração regional, e um colóquio-debate que organizei no Uniceub, onde sou professor na pós-graduação em Direito, de conformidade com os registros abaixo:
2955. “Conflict Resolution in Latin America and Europe”, Brasília, 6 abril 2016, 13 p. Notes for a workshop in PUC-Rio. Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/04/conflict-resolution-in-latin-america.html).
2976. “Desafios ao Brasil na política e na economia numa fase de transição”, Brasília, 5 maio 2016, 5 p. Compilação de argumentos para alimentar o debate sobre os grandes temas da agenda brasileira nos âmbitos político e econômico, para debates no Uniceub. Publicado no blog Diplomatizzando (14/05/2016; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/grandes-desafios-ao-brasil-politica-e_14.html) e na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/26159902/Grandes_desafios_ao_Brasil_politica_e_economia). Primeiro vídeo do evento realizado em 12/05/2016, sobre política, disponibilizado no canal YouTube do Uniceub em 14/06/2016 (link: https://youtu.be/3A3PJxsHLIU), e no canal do ILCO (link: https://www.facebook.com/ILCOLiberdade/?fref=nf). Segundo vídeo do evento realizado em 13/05/2016, relativo à economia, com a participação de Roberto Ellery e Mansueto Almeida, disponibilizado no canal YouTube do Uniceub em 15/06/2016 (link: https://youtu.be/0OYEd_dOcYo). Relação de Publicados n. 1230.

Para o próprio IPRI, colaborei com um projeto do seu então diretor interino, que me convidou para falar sobre os estudos de relações internacionais no Brasil, no quadro de uma série que ele tinha criado. Aqui o registro:
2967. “O Estudo das Relações Internacionais do Brasil”, Brasília, 29/04/2016, 10 p. Notas para uma entrevista gravada com Alessandro Candeas, do IPRI, para divulgar tendências recentes da pesquisa e estudo nessa área. Disponibilizada no blog Diplomatizzando (30/04/2016; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/04/o-estudo-das-relacoes-internacionais-do.html). Entrevista divulgada em 10/06/2016, link: https://www.youtube.com/watch?v=As78ES-kFSk).

O que realmente eu tinha em mente, como grande projeto, seria começar a organizar uma série de atividades apontando para o bicentenário da independência brasileira, em 2022:
3015. “O Brasil e o mundo em 1822 (e nos duzentos anos que se seguiram)”, Brasília, 24 julho 2016, 1 p. Esquema de livro a ser preparado para ficar pronto em 2020 ou 2021, contando a história do mundo do ponto de vista do Brasil e a trajetória da nação nos seus 200 anos de independência. Para ser desenvolvido paulatinamente.
3016. “Minuta de memorando sobre organização do Itamaraty em previsão das festividades do bicentenário em 2022”, Brasília, 30 julho 2016, 2 p. Proposta de história institucional do Itamaraty no quadro do bicentenário, para envio pelo presidente da Funag ao SG-MRE.


2. Os trabalhos imediatamente anteriores ao início de minha gestão no IPRI
Já praticamente empossado como Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais – ofereceram-me assumir o cargo antes de formalizado o ato oficial, o que recusei; todavia, continuei trabalhando em casa em prol da futura função –, decidi desenvolver algumas reflexões sobre minha trajetória pregressa até chegar ao cargo. Como sempre, faço questão de deixar registro público dessas reflexões:
3003. “Considerações sobre o caráter efêmero das memórias, e das funções públicas (inspiradas em Chateaubriand)”, Brasília, 27 junho, 7 e 20 agosto 2016, 6 p. Notas reflexivas ao assumir funções como diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, subordinado à Funag. Divulgado no blog Diplomatizzando (03/08/2016, link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/08/nomeacao-para-ipri-in-lieu-of.html).
3004. “Crônica final de um limbo imaginário?”, Brasília, 1 julho 2016, 2 p. Reflexões sobre o encerramento de uma etapa e o início de outra. Divulgado no blog Diplomatizzando (link: (http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/07/cronica-final-de-um-limbo-imaginario.html).

Também continuei a elaborar projetos de trabalhos futuros, no âmbito do IPRI: um deles, seleção de um projeto maior sobre a diplomacia brasileira no período militar, estava focado no governo Geisel e seu festejado chanceler, Azeredo da Silveira; três outros propunham um plano estratégico de atividades no período 2017-2022, tendo como objetivo a preparação adequada da Funag e do IPRI para o bicentenário de nossa independência, um enfoque mais específico sobre a situação do Brasil e do mundo em 1822, e diversas outras iniciativas no mesmo contexto, este último, aliás, no próprio dia em que fui confirmado no novo cargo:
3008. “A diplomacia do pragmatismo responsável (1974-1979)”, Brasília, 11 julho 2016, 11 p. Compilação de trechos do trabalho 2910, relativos aos anos Geisel-Silveira na política externa brasileira, complementado por referências retiradas dos livros de Eugênio Vargas Garcia, Cronologia das Relações Internacionais do Brasil (1999) e Diplomacia brasileira e política externa: documentos históricos, 1493-2008 (2009), para fins de elaboração de um projeto de estudo, ou de livro sobre o período, destacando a ação do chanceler inovador da era militar.
3011. “Um projeto para 2022: bicentenário da Independência brasileira”, Brasília, 13 julho 2016, 2 p. Proposta de atividade multianual, de agora a 2022, sobre o processo de independência do Brasil, em cooperação com as autoridades portuguesas. Encaminhada ao presidente da Funag.
3015. “O Brasil e o mundo em 1822 (e nos duzentos anos que se seguiram)”, Brasília, 24 julho 2016, 1 p. Esquema de livro a ser preparado para ficar pronto em 2020 ou 2021, contando a história do mundo do ponto de vista do Brasil e a trajetória da nação nos seus 200 anos de independência. Para ser desenvolvido paulatinamente.
3019. “Projetos para o Bicentenário da Independência do Brasil em 2022”, Brasília, 3 agosto 2016, 2 p. Novas propostas para a Funag, em torno de 2022.

Nessa altura, como se tratava de dar continuidade, no novo cargo, a um projeto que propus em 2012, e que resultou na obra “Pensamento Diplomático Brasileiro: 1750-1964” (Funag, 2013, 3 vols.), elaborei um novo, para cobrir o período imediatamente subsequente, ou seja, tratando do período militar. Esse projeto ainda se encontra em andamento, mas não sou o seu editor ou organizador:
3012. “Pensamento Diplomático Brasileiro: o período autoritário (1964-1985)”, Brasília, 13 julho 2016, 43 p. Proposta de trabalho para a Funag, no seguimento do primeiro projeto, que cobriu o período 1750-1964. Entregue ao presidente da Funag.

Pouco antes de assumir o cargo de diretor do IPRI, elaborei uma mensagem a ser expedida a todos os meus correspondentes mais chegados, o que acabou não ocorrendo, mas fica o registro do gesto:
3014. “Envio de mensagem de assunção de cargo de Diretor do IPRI”, Brasília, 24 julho 2016, 3 p. Mensagem destinada a todos os interlocutores pessoais e institucionais para informar sobre minha assunção como Diretor do IPRI-Funag, e para receber sugestões e indicações de possíveis programas de trabalho para 2017. Em português, inglês, francês e espanhol. Poucos envios efetivos.

No mesmo dia da oficialização no cargo, recebi convite do presidente da Associação Brasileira de Direito Internacional, Professor Wagner Menezes, para participar do congresso da ABDI, que se realizaria dentro de um mês em Gramado. Elaborei às pressas algumas sugestões para minha participação, e a do presidente da Funag, e comecei a preparar um trabalho que tivesse pertinência para os objetivos do Congresso, e comecei imediatamente a trabalhar, alinhando absolutamente todos os volumes (dezenas) dos pareceres publicados dos consultores jurídicos do Itamaraty, como registrado abaixo.
3020. “14o. Congresso Brasileiro de Direito Internacional – Funag, IPRI; Gramado, 31/08 a 3/09/2016”, Brasília, 3 agosto 2016, 1 p. Propostas para a participação do Presidente da Funag e do Diretor do IPRI no congresso da ABDI, a convite do prof. Wagner Menezes. Em preparação.
3023. “A construção do direito internacional do Brasil a partir dos pareceres dos consultores jurídicos do Itamaraty: do Império à República”, Brasília, 19 agosto 2016, 49 p. Ensaio bibliográfico a partir dos pareceres dos consultores jurídicos do Itamaraty e das consultas da seção dos Negócios Estrangeiros do Conselho de Estado nas obras publicadas pela Funag e Senado Federal; preparado primordialmente para o 14o. Congresso Brasileiro de Direito Internacional, realizado em Gramado, RS, de 31/08 a 3/09/2016. Postado na plataforma Academia.edu (26/08/2016, link: https://www.academia.edu/s/224fb86980/3023-a-construcao-do-direito-internacional-do-brasil-a-partir-dos-pareceres-dos-consultores-juridicos-do-itamaraty-do-imperio-a-republica-2016). Feita versão visual em Power Point para apresentação no Congresso de Gramado, sob n.  3028, postada igualmente na plataforma Academia.edu (link: http://www.academia.edu/28053979/3028_Apresentacao_Paulo_Roberto_de_Almeida_Gramado_2016_). Publicado nos Cadernos de Política Exterior (Brasília: Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, Funag-MRE; ano II, n. 4, segundo semestre 2016, p. 241-298; ISSN: 2359-5280; link: http://funag.gov.br/loja/download/1186-cadernos-de-politica-exterior-ano-2-volume-4.pdf). Relação de publicados n. 1248.

A partir daí enveredei por uma série de eventos que organizei no âmbito do IPRI, e que se confundem, em grande medida, com minha visão de como deve trabalhar um “think tank” a serviço da diplomacia brasileira, num ambiente de debates abertos, e de posicionamentos críticos, sobre a política externa e sobre a política internacional de modo geral. Em relatório subsequente, vou alinhar todos os encontros, palestras e seminários que organizei, com a ajuda de meu Diretor de Pesquisas, Conselheiro Marco Túlio Scarpelli Cabral, e de todo o pessoal do IPRI e da Funag.

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 4 de agosto de 201