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sábado, 26 de julho de 2014

Sobre os dias de qualquer coisa: que tal agregar os eventos? - Paulo Roberto de Almeida

Nos tempos de antigamente, a gente só tinha alguns poucos "dias", dedicados a causas simpáticas e incontroversas: dia das mães, dia da criança, e ficava por aí; os pais entraram mais tarde, já que ao contrário das mães, que são uma certeza, os país podem ser uma simples hipótese... (passons...)
Depois, começou a onda do politicamente correto: dia internacional das mulheres, dia internacional da paz, dia disso e mais daquilo, enfim, essas coisas que ninguém pode ser contra, já que seria altamente antipático.
Chegaram também os dias de expiação de culpas: genocídio, consciência negra, ambiente e por aí foi indo...
Aí começaram os integralismos e fundamentalismos, que por sinal se agregaram às festas religiosas já existentes em cada país: dia do evangélico, e todas essas coisas que andam por aí...
Tomo consciência (algo muito responsável) de que hoje é o dia internacional da mulher negra, sem que eu soubesse, e jamais fui informado a respeito, de que existisse tal dia. Parabéns...
Se vejo no calendário político do nosso augusto Congresso, vejo que existem dias para todas as profissões, todos os gostos (parece que tem um dia da mandioca, vejam vocês), e todas as coisas grandiosas que já se abateram sobre o nosso país, que parece ser uma potência econômica mas um anão diplomático (enfim, passons, mais uma vez...).
Imagino que se o Congresso fosse fazer sessões especiais de homenagens a todos, a todas (inclusive para aqueles gêneros ainda não oficiais), a todas as profissões úteis e imprescindíveis, a todas as coisas boas da humanidade (a minhoca, por exemplo, como ja ensinava Darwin, é um dos seres mais úteis que se possa pensar, fazendo um bem tremendo à agricultura e aos pescadores), enfim, imagino que se o Congresso fosse perder tempo com todas essas bobagens, não sobraria espaço para discutir os mais altos destinos da pátria (o que, aliás, talvez fosse uma boa coisas, mas passons, ainda desta vez...).
Geralmente, nos escritórios em que todos nós, burocratas, trabalhamos, juntamos todos os aniversariantes do mês, para fazer uma singela e rápida homenagem para essa coisa que mais detestamos: um ano a mais de vida, ou seja, o horizonte vai diminuindo lá na frente...
Sugiro, então, que o Congresso faça o mesmo: junte todas essas coisas que foram sendo inventadas pelo politicamente correto, faça um lista (que deve ultrapassar os 365 dias do ano, inclusive os bissextos), coloque no site e declare todos (e todas, inclusive os LGTBs) devidamente homenageados.
Acho que fica melhor assim...
Paulo Roberto de Almeida

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