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terça-feira, 20 de julho de 2010

As FARC e o governo do Brasil: afinidades (des)eletivas?

De: Raúl Reyes Para: Lula
Rodrigo Rangel
Revista Época, 30/05/2008 - 18:23 - Atualizado em 02/07/2008 - 16:57

ÉPOCA revela a história das cartas que o líder das Farc, morto em março, escreveu para o presidente brasileiro
MEIO DE CAMPO
O líder das Farc Raúl Reyes sugeriu que o então vereador do PT em Guarulhos Édson Antônio Albertão fosse a ponte entre a guerrilha e o presidente Lula

Os contatos de integrantes do governo Lula e de militantes do PT com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc, a organização que trava uma guerra interna contra o governo eleito do presidente Álvaro Uribe, sempre foram cercados de muito mistério. Até histórias de supostas doações de dinheiro das Farc para a campanha presidencial de Lula em 2002 – extraídas de papéis da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), mas jamais provadas – foram divulgadas. Até meados dos anos 90, as Farc participaram oficialmente do Foro de São Paulo, um conclave de partidos e organizações de esquerda da América Latina do qual o PT faz parte. Mas as relações com as Farc, segundo o PT, foram rompidas depois que elas abandonaram, a partir de 2002, as negociações para um acordo de paz na Colômbia e enveredaram de vez no caminho dos seqüestros e do narcotráfico. O governo Lula diz jamais ter tido qualquer tipo de contato com a organização, classificada como terrorista pelos governos da Colômbia, dos Estados Unidos e da União Européia.

ÉPOCA teve acesso agora, com exclusividade, a um lote de três cartas que mostram como as Farc tentaram oficialmente estabelecer relações com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, logo depois de sua eleição, em 2002, e em seu primeiro ano de mandato no Palácio do Planalto, em 2003. As correspondências foram enviadas por Raúl Reyes, o líder das Farc morto em março deste ano, durante um ataque das Forças Armadas da Colômbia a um acampamento da guerrilha no norte do Equador. Elas tinham como destinatário o presidente Lula. O portador das cartas no trajeto da Colômbia até o Brasil foi Édson Antônio Albertão, um vereador de Guarulhos que estava na ocasião no PT e hoje está no P-SOL. Albertão, além de freqüentar os acampamentos das Farc, era amigo pessoal de Reyes e recebeu dele a incumbência de trazer as cartas para Lula em julho de 2003 – data da última delas.

Reyes, por meio de outros portadores, já havia tentado enviar ao presidente Lula duas das três cartas trazidas por Albertão ao Brasil. A primeira delas é datada de 28 de novembro de 2002, cerca de um mês depois s da vitória de Lula no segundo turno da eleição disputada contra José Serra, então candidato do PSDB ao Palácio do Planalto. Nessa correspondência, Reyes saúda Lula pela eleição e tenta obter apoio para sua política de ataques ao presidente da Colômbia, Álvaro Uribe. “Consideramos oportuno informar-lhe que o governo paramilitar ilegítimo de Álvaro Uribe Vélez cumpre sem reparos todas as exigências do governo de (George W.) Bush sem que ninguém o pressione, e o faz por convicção e porque está plenamente identificado com as políticas do império estado-unidense”, escreveu Reyes. Na carta, o líder das Farc relaciona a aliança dos governos Uribe e George W. Bush a uma suposta “geoestratégia norte-americana em nossa extensa e rica região amazônica”.

A segunda carta é de 20 de março de 2003. Nela, Reyes trata da presença das Farc na zona de fronteira entre Colômbia e Brasil. “Queremos aproveitar para ratificar, junto ao senhor, oficialmente, a política de fronteiras das FARC-EP: nossa organização tem profundo respeito pelos povos e governos vizinhos da Colômbia. Por essas razões, nossas unidades não intervêm em assuntos internos de seus países, nem estão autorizadas para executar operações militares fora das fronteiras da Colômbia”, escreveu Reyes. A afirmação sobre o que o ex-chefe guerrilheiro chama de política fronteiriça das Farc precede um oferecimento, que pode ser interpretado também como um pedido tácito a Lula para que a fronteira do Brasil com a Colômbia pudesse ser uma zona livre para a guerrilha: “Em troca, trabalhamos entusiasmados para fazer das fronteiras verdadeiros remansos de irmandade, concórdia e paz com nossos vizinhos, no marco de boas relações políticas de benefício recíproco”. Até recentemente, as Farc atuavam em áreas ermas e despovoadas da Floresta Amazônica, muito próximas da fronteira entre Colômbia e Brasil.

Matéria da Veja, Encontro de dinossauros

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Ligacao do PT com as FARC afeta, ou nao, a politica externa?

O caso é antigo, já se sabe. Desde a fundação do Foro de São Paulo, sob o alto patrocínio da ditadura castrista, e a colaboração organizacional do PT, esse partido se relacionou intimamente com as FARC, uma notória força terrorista cuja atividade principal, nos últimos anos (talvez nas últimas décadas) tem sido mais sequestros, atentados, assassinatos e tráfico de drogas (ativamente), do que propriamente a luta política contra não se sabe qual ditadura burguesa na Colômbia. Estes são fatos indesmentíveis.
Ao ocupar o PT o governo, esses fatos passaram a afetar a política externa, de uma maneira ainda não de todo transparente ou esclarecida. Um dia, quem sabe, se houver documentos ou testemunhos, provas (digamos assim) pessoais, esses fatos serão devidamente esclarecidos, pois parece que a verdade sempre aparece, mais cedo ou mais tarde. Talvez isso comprometa a imagem de certas pessoas, mas fatos são fatos, quer elas gostem ou não.
No momento, não vou retomar todos os capítulos de uma história certamente pouco edificante para os anais de nossa diplomacia, apenas deixar registro de mais alguns fatos, bem conhecidos, mas não suficientemente lembrados ou coletados conjuntamente.
O autor é um jornalista conhecido, que certas pessoas rejeitam, não propriamente porque discordem dele, politicamente (o que também é um fato), mas porque não conseguem desmenti-lo devidamente. Para sua incontida raiva e ódio supremo...
Fatos são fatos...
Paulo Roberto de Almeida

O bafafá
Reinaldo Azevedo, 19.07.2010

O que é estar “ligado” às Farc? Bem, depende, evidentemente, do que se considera “ligado”. Fazer de conta que PT e Farc são como água e óleo, por exemplo, com moléculas que não se comunicam, ah, isso é falso. Falsíssimo!

1 - O PT é um dos fundadores do Foro de São Paulo, entidade da qual as Farc faziam parte. Oficialmente, deixaram a entidade — “deixaram”, não foram expulsas. Quando estavam lá, já seqüestravam, já matavam, já mantinham campos de concentração na floresta. Sob o mesmo teto de Lula, o chefão do grupo, e de Fidel Castro, o outro chefão! Isso é estar ligado? O PT não vai me processar por isso. Não vai porque eu falo a verdade. É uma ligação?

2- Em 2005, petistas mantiveram em Brasília uma reunião com representantes das Farc. Um agente da Abin disse que a organização prometeu US$ 5 milhões ao partido. Não há comprovação de que o dinheiro tenha sido entregue. Mas a reunião aconteceu. E o PT, de novo, não vai me processar porque isso é um fato. É ligação?

3 - Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil, requisitou a mulher de Olivério Medina, representante das Farc no Brasil, para trabalhar no Ministério da Pesca em Brasília. Vai ver para catar lambari no Lago Paranoá. Num e-mail, Medina comunica o fato ao terrorista Raúl Reys (aquele pançudo que foi morto do Equador) e deixa claro que a contratação faz parte de uma operação para proteger aquela que chama “Mona” (apelido da patroa). O PT não vai me processar por isso porque o requerimento assinado por Dilma existe e porque o e-mail de Medina a Reyes existe. É uma ligação?
Assim escreveu o “marido da Mona” para o terrorista Reyes sobre a contratação:
Na segunda-feira, dia 15, a “Mona” começou em seu novo emprego e para garanti-la ou impedir que a direita em algum momento a hostilize, a colocaram na Secretaria da Pesca, trabalhando no que chamam aqui de cargo de confiança ligado à Presidência da República.

Tá bom. Publico abaixo o documento assinado por Dilma requisitando a mulher de Medina, uma grande especialista em… pesca!

- Reportagem da jornal El Tiempo, da Colômbia - integra aqui, demonstra que Medina continua ligado aos terroristas. Na verdade, é um dos chefões de uma organização que tem 400 núcleos espalhados pelo mundo. No Brasil, segundo o El Tiempo, ele responde pela troca de drogas por armas. E sua mulher, não obstante, foi requisita pessoalmente por Dilma para trabalhar em Brasília. O PT não vai me processar por isso porque a reportagem, com fartura de dados, existe. Isso é uma ligação?

- A Revista Cambio, da Colombia, publicou um série de e-mails que estavam no computador do terrorista Raul Reyes, morto por forças colombianas no Equador, listando aqueles que seriam “os amigos” das Farc no Brasil, a saber: José Dirceu, Roberto Amaral, Gilberto Carvalho, Erika Kokay, Celso Amorim, Marco Aurélio Garcia, Perly Cipriano (da Secretaria de Direitos Humanos), Paulo Vannuchi e Selvino Heck, assessor de Lula. A integra da reportagem da revista colombiana está aqui. Carvalho, chefe de gabinete de Lula, chegou a se manifestar. Disse ter intercedido em favor de Medina quando estava preso por motivos humanitários. Marco Aurélio afirmou que os e-mails eram uma armação. A Interpol o desmentiu: são verdadeiros. O PT não vai me processar por isso porque os e-mails existem, e a reportagem existe. Não vai também porque o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, forneceu os documentos a Lula. Não aconteceu nada.

No e-mail, datado de 29 de julho de 2005, por exemplo, Medina escrevia para o chefão do terror: “Os amigos daqui [do Brasil] me advertiram que deveria ficar atento, pois há uma comissão da Procuradoria que tem uma ordem de captura”. Em seguida, Medina diz que esses amigos lhe asseguraram que não deveria se preocupar porque “a cúpula do governo com apoio de Celso Amorim estavam a par. Eles não apoiariam uma captura por crimes políticos”. Isso é uma ligação?

Em entrevista histórica ao jornal Le Figaro, Marco Aurélio Garcia, aquele que aparece como amigo das Farc na revista Cambio, afirma que o Brasil é neutro sobre o caráter terrorista das Farc. Marco Aurélio acha que um grupo que seqüestra, degola, assalta, faz tráfico de droga não pode ser considerado ainda terrorista. A entrevista está neste link: ESCÂNDALO! ESCÁRNIO! ESTUPIDEZ! É TOP TOP GARCIA NA ÁREA. E vocês certamente se lembram da imagem inesquecível deste senhor, com o seu chapéu Panamá, se embrenhando na selva, numa operação liderada pela turma de Chávez, para libertar reféns, numa operação NEGOCIADA com as Farc, que não tinha o endosso do governo colombiano. O PT não vai me processar por isso também. Porque isso também é um fato.

Encerro
Não sou político, não pertenço a partido nenhum e não preciso dançar o minueto com o PT. Se Lula pode subir num palanque em Diadema e MENTIR que o governo de São Paulo cria dificuldades para as obras do PAC em São Paulo, acho que posso falar a verdade sobre este binômio “PT-Farc”. A reação petista tem muito de cálculo. Segundo li, está mais interessado em desqualificar o deputado Índio da Costa, com a ajuda das franjas petistas ou filopetistas da imprensa, do que em negar propriamente a ligação com as Farc. Usa a entrevista do outro como uma janela de oportunidades.

O PT gosta de democracia? Não gosta! E a VEJA fez muito bem em estampar na capa, na edição passada, o monstrengo do autoritarismo. Ou aquele programa do “rubriquei, mas não traguei” não era mais uma iniciativa, entre tantas, para censurar a imprensa? O Brasil está mais democrático com o PT? Uma ova! Crescimento econômico e distribuição de renda podem se combinar bem com democracia, mas não são coisas sinônimas. Um governo que viola o sigilo bancário de um caseiro e o sigilo fiscal de um dirigente da oposição não está mais democrático, mas menos. Já expliquei aqui por quê. Confundir melhoria das condições de vida com mais democracia é coisa que agrada a ditadores. Ou o Brasil do ciclo militar foi mais democrático do que o país que o antecedeu?

Se o PT não quer ser confundido com um partido da desordem, que, então, não se confunda com ele. Ademais, as Farc não são o único grupo terrorista com o qual a legenda já flertou. Lula já manifestou o interesse em bater um papinho com o Hamas. E é hoje o grande aliado de Ahmadinejad, que financia o terror em três outros países.

Entendo que o PT, os petistas e os jornalistas isentos estejam bravos. Mas não dá pra turma posar de vestal indignada a esta altura do campeonato. Se o PSDB e até o DEM ficam com receio de chamar as coisas pelo nome, eu não fico. Com os devidos links para o divertimento dos meus leitores.

Por Reinaldo Azevedo

Farc no Brasil

sábado, 17 de julho de 2010

As FARC na Venezuela: se nao é cumplicidade, deve ser amizade...

Farc tienen 1.500 hombres en 28 campamentos en Venezuela
El Espectador (Colombia) 15.07.2010

El Espectador reveló en mayo las pruebas que tiene el Gobierno sobre la presencia de 'Iván Márquez', 'Timochenko', 'Grannobles', Rodrigo Granda en Venezuela.

El Espectador conoció un informe secreto de los organismos de inteligencia del Estado y el DAS en el que se evidenciaría cómo se mueven las Farc en Venezuela y Cuba, con información precisa de campamentos guerrilleros y supuestas alianzas para exportar el proyecto bolivariano a Colombia.

Coordenadas de centros de entrenamiento de las Farc en la frontera con Arauca, ubicados en los estados de Apure y Zulia, son descritas en el documento, y se especifica que en dicha área se encuentran unos 1.500 hombres de las Farc en 28 campamentos usados "como alivio para los combatientes que vienen de Colombia y para brindarles primeros auxilios". Además, en esas áreas se autorizan despegues de aeronaves para el narcotráfico.

Se reporta que alias Iván Márquez, transita libremente entre las regiones de Nula y Machiques, donde tiene un campamento de entrenamiento militar y político en el sitio Acunflar. El documento dice que Rodrigo Londoño, alias Timochenko, y Bertulfo Álvarez desarrollan operaciones en la Serranía del Perijá, y aporta pistas sobre el paradero de los jefes máximos del Eln Antonio García y Nicolás Rodríguez Bautista, alias Gabino, de quienes se dice que "deambulan libremente entre La Victoria y Guasdualito".

En particular, se afirma que Germán Briceño Suárez, mandamás de las Farc en la fronteriza región de Arauca, se mueve como Pedro por su casa por Elorza, Achaguas y Mantecal en el vecino país, que un ganadero y comerciante venezolano lo protege en su casa y que además se beneficia con contratos oficiales y obras públicas a través de terceros. Las revelaciones del informe dan cuenta de la infiltración del grupo ilegal en el vecino país.

En el documento se relacionan nombres, cargos y perfiles de supuestos venezolanos que tendrían relaciones con la guerrilla en Guasdualito, Valencia, la Sierra del Perijá, Elorza o Machiques, e incluso se reseñan identidades de presuntos militares y civiles que coordinarían entregas de armas o explosivos. El Espectador no publica sus nombres, pero se lee en el informe que oficiales venezolanos tendrían vínculos con instructores de las Farc, agentes cubanos y el Frente Bolivariano de Liberación (FBL).

Se resalta que en los municipios Rómulo Gallegos, Pedro Camejo y Muñoz, las Farc se abastecen de equipos de comunicación y armas. En marzo de 2010, un testigo protegido del DAS relató que conoció de un enlace que se encarga de conducir a centros de entrenamientos de las Farc a civiles. En esos centros, ubicados en Apure, Maturín, Monagas, Aragua, Santa Cruz de Aragua y en la periferia de Maracay, estarían integrantes del grupo terrorista vasco Eta y también "algunos grupos de iraníes" con miembros del frente 59 de las Farc.

Otras informaciones indican que se pretende reclutar a 3.000 campesinos "para entrenarlos en técnicas de combate" y escoger a 200 "para diligencias de inteligencia y contrainteligencia dirigidas a ciudadanos colombianos en ciudades como Arauca, Puerto Inírida y Mitú". Detrás de estas operaciones estarían milicianos infiltrados, "bajo la asesoría de expertos cubanos". Además se destaca otra perla: supuestamente desde Caracas se invirtieron dineros del Banco Banorte para construir una urbanización en los Valles del Tuy para "integrantes del FBL y las Farc".

Entre el 6 y el 12 de marzo de 2010, el DAS conoció de dos reuniones en las que habría participado Iván Márquez y un general en Barinas, y en diciembre del año pasado en la Sierra del Perijá trascendió un encuentro al que también asistió. Del jefe guerrillero Rodrigo Granda, de la comisión internacional de las Farc, se dice que hace presencia en el barrio 23 de enero de Caracas. Según el informe, ofrece conferencias sobre estrategias de inteligencia a simpatizantes de la guerrilla en horas de la noche.

El director del DAS, Felipe Muñoz, corroboró el informe y añadió que existen centros de entrenamiento y acopio de narcóticos de las Farc en Venezuela, y que "hay preocupación de los organismos del Estado por la penetración de cuadros bolivarianos y grupos clandestinos que quieren expandir el modelo chavista en Barranquilla, Cali, La Guajira y Bogotá". El documento describe financiación de estas células en Risaralda a través de Movimiento Socialista Bolivariano, que desde abril de 2009 desarrolla actividades en Colombia.

El caso cubano

En relación con la presencia de la guerrilla en La Habana, el informe identifica el marco geopolítico y geoeconómico de las actividades del grupo ilegal. Se sabe, por ejemplo, que entre el 3 y el 17 de agosto del año pasado se realizaron en La Habana brigadas de solidaridad con el pueblo cubano, jornadas en las que participaron representantes de izquierda de Latinoamérica y los delegados de las Farc Liliana López Palacio, alias Olga Lucía Marín y Orlay Jurado Palomino, alias Hermes Aguilera.

En el encuentro, advierte el documento, se comprometieron a colaborar con aportes mensuales procedentes de Venezuela y Colombia "para que integrantes de las brigadas viajen a Miami o Nueva York a organizar marchas de apoyo al desbloqueo comercial a la isla y a la liberación de cinco cubanos detenidos en Estados Unidos". Se refiere que Olga Marín "cuenta con un aporte mensual de 5.000 dólares, consignados en cuentas cubanas" procedentes, al parecer, de una empresa estatal de Venezuela.

El objetivo de la guerrilla es insistir en reconocimiento internacional como grupo beligerante y por eso su línea de acción busca aumentar su presencia en Estados Unidos y Honduras. Se habla del traslado de 500 terroristas al país centroamericano para desestabilizar al gobierno y "mantener conversaciones con un norteamericano que apoya las bases de izquierda en Cuba con el fin de presionar a los gobiernos de E.U. y Colombia respecto a las bases militares". Queda en evidencia que en La Habana funciona un centro alterno de las Farc.

Tras la muerte de Raúl Reyes, las actividades de la comisión internacional en Cuba cobraron fuerza y, seis meses después, se reunieron Ovidio Salinas, Rodrigo Granda y José Valerio Méndez en la sede de la Organización de Solidaridad con los Países de Asia, África y América Latina "para acordar la creación de una coordinadora de organizaciones pro Colombia en el exterior". Relata el informe que fuerzas ilegales alinderadas con las Farc utilizan a Cuba como plataforma para fortalecer el Movimiento Continental Bolivariano.

El informe secreto de 16 páginas abunda en detalles sobre las repercusiones estratégicas de las Farc en Cuba y Venezuela para mantener oxígeno político, y hace consideraciones respecto del plan del Estado colombiano para focalizar, a través de la diplomacia y la inteligencia, los efectos negativos de la guerrilla en la región. Según el análisis del DAS, los emisarios internacionales de las Farc se siguen moviendo y lo hacen con nexos financieros que hoy indaga la justicia.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Colombia-FARC: guerra sem treguas

Parece que se trata de uma situação de guerra, efetivamente. Vai que alguém tem ideia de se oferecer para mediação...
Nunca se sabe: toda guerra leva à perda de vidas humanas, e algumas são mais preciosas do que outras. Tem gente que se especializa em mediação. Pode ser que dê certo, desta vez... (PRA)

Colombia: abatidos en bombardeo 12 guerrilleros de las FARC
Uribe precisó que la operación se registró "en los Montes de María".

Infolatam
Bogotá, 6 de julio de 2010

Un total de doce guerrilleros de las FARC fueron abatidos en un bombardeo en el norte de Colombia y otros seis fueron detenidos en una acción conjunta de la Fuerza Aérea y la Armada, informó el presidente colombiano, Álvaro Uribe. Además, la Policía antinarcóticos de Colombia ha hallado un laboratorio de las FARC y se incautó de 723 kilos de cocaína

"A las cuatro de la mañana de hoy (09.00 GMT), después de una gran labor de inteligencia de la Armada y una acción de la Fuerza Aérea Colombiana, fueron abatidos 12 bandidos y capturados seis", señaló Uribe en un acto público en Bogotá. Añadió que "entre los abatidos está 'Canaguaro' y está 'Ciro', que venían como delegados de esa alhajita, de ese embajador del terror, que es 'Iván Márquez'" (alias de Luciano Marín Arango, uno de los jefes máximos de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia- FARC).

Uribe precisó que la operación se registró "en los Montes de María" y destacó que esa zona "es una de las que mejor recuperación muestra en Colombia" y que pretendía ser retomada por los enviados de "ese diplomático del terror" (Iván Márquez).

"Canaguaro" y "Ciro", dijo el presidente, "organizaron lo que podríamos llamar el intento del terrorismo de las FARC de la retoma de los Montes de María", tras la muerte en otro bombardeo en octubre de 2007, de Gustavo Rueda Díaz, alias "Martín Caballero", jefe del llamado "Bloque Caribe" de la principal guerrilla colombiana.

Uribe aludió a Jaime Manuel Lara Hernández o "Canaguaro", actual jefe del frente 35 de las FARC desde la muerte de "Martín Caballero", quien recientemente apareció en el documental "La Insurgencia del siglo XXI". Ese documental, de 112 minutos de duración y que despertó una polémica, señala que los miembros de las FARC son campesinos que cultivan la tierra y también muestra cómo decenas, cientos de jóvenes guerrilleros estudian en bibliotecas y forman grupos de lectura en plena selva. "Sabemos dónde está ese bandido de 'Iván Márquez'", puntualizó Uribe.

Además, la Policía antinarcóticos de Colombia halló un laboratorio de refinado de drogas de las FARC en una zona selvática y montañosa del departamento del Cauca (suroeste) y se incautó de 723 kilos de cocaína, informaron fuentes oficiales. Según las fuentes, el laboratorio pertenecía al frente 30 de las FARC.

En un comunicado, la Policía detalló que al llegar al lugar las unidades de antinarcóticos fueron recibidas por disparos de los guerrilleros al mando de alias "Mincho". Sin embargo, los comandos Jungla coparon el lugar y las unidades de investigación iniciaron el trabajo de recolección de material probatorio mediante el cual hallaron los 723 kilos de cocaína y 5,6 toneladas de sustancias químicas.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dois amigos em conflito na Colombia: espaço para mediacao criativa...

Leio, em em fontes de informação colombianas, o que segue (resumindo uma história bem mais movimentada):

FARC y ELN se enfrentan a balazos por control de región cocalera: 20 muertos
Cronica Viva
Jueves, 03 Junio 2010 (BBC Mundo)

BOGOTA - Guerrilleros de de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC) y del Ejército de Liberación Nacional (ELN) se enfrentaron en la zona cocalera del Arauco que, de acuerdo a un diputado , dejó por lo menos 20 muertos y decenas de heridos, en una convulsionada zona del oriente y fronteriza con Venezuela donde se ubican numerosos campamentos de los narcotraficantes.
Los choques, que comenzaron el pasado fin de semana, se deben a la disputa entre esas dos guerrillas por el control de una región con ricos yacimientos petroleros, hatos ganaderos y actividades de narcotráfico, informó la cadena británica.

Colombia: nueve muertos en combates entre las FARC y ELN
América Economia

Los enfrentamientos se registraron en zona rural del municipio de Arauquita, en una zona fronteriza con Venezuela, por el control de una zona estratégica para el narcotráfico.

Bogotá. Nueve presuntos guerrilleros izquierdistas murieron el martes en el noreste de Colombia en combates entre las FARC y el ELN, parte de una confrontación entre los dos grupos rebeldes por el control de una zona estratégica para el narcotráfico, informó un oficial.
El comandante de la 18º brigada del Ejército, general Rafael Neira, dijo que los enfrentamientos se registraron en zona rural del municipio de Arauquita, en el departamento de Arauca, fronterizo con Venezuela.
"Los enfrentamientos entre las dos facciones terroristas dejan nueve muertos que son miembros de uno u otro de los bandos enfrentados", explicó Neira en una comunicación telefónica con Reuters.
El oficial sostuvo que los combates se produjeron entre rebeldes de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC) y del Ejército de Liberación Nacional (ELN), que desde hace años mantienen una confrontación en varias regiones del país que ha dejado cientos de muertos.
La guerra se reactivó después de meses de una tregua declarada por los máximos comandantes de las FARC y del ELN que anunciaron que después de una negociación habían llegado a un acuerdo para poner fin a la disputa y unir sus frentes para combatir contra las Fuerzas Armadas del gobierno.
El departamento de Arauca, en donde se registraron los combates, es una próspera región petrolera y ganadera, que por años fue controlada política y militarmente por los dos grupos guerrilleros.
Pero las columnas rebeldes fueron obligadas a replegarse a apartadas zonas montañosas y selváticas por una ofensiva militar que ordenó el presidente Alvaro Uribe desde que asumió el poder en 2002 y que ha contado con el apoyo de Estados Unidos.
La ofensiva permitió reducir los asesinatos, las masacres, los secuestros, los asaltos a pueblos y los ataques contra la infraestructura económica del país.
En Arauca eran frecuentes los ataques con explosivos por parte de la guerrilla contra un importante oleoducto e instalaciones petroleras, pero la estrategia de seguridad respaldada por Estados Unidos permitió reducir las hostilidades.

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Uma observação e uma sugestão:
1) Por que será que esses enfrentamentos entre grupos armados rivais (que já foram aliados em certo Foro de discussões inocentes) se dão no "departamento de Arauca, fronterizo con Venezuela"? Antigamente a guerrilha operava em outras regiões...
2) Como é lamentável ver esse tipo de enfrentamento, qualquer enfrentamente, perda de vidas humanas, ameaças à paz, se poderia pensar em alguma grande mediação para trazer novamente a paz a essa região conflagrada. Pode-se inclusive fazer apelo a gente preparada e disposta a enfrentar os dossiês mais espinhosos, gente que se desloca de um continente a outro apenas para mostrar o poder do diálogo e do entendimento...
(PRA)

terça-feira, 2 de março de 2010

1734) A cooperacao internacional para... o terrorismo

Juez español: cooperacíon de Venezuela a la alianza FARC-ETA
Yoldi
El País, 2.03.2010

La Audiencia Nacional tiene indicios de que hubo una “cooperación gubernamental venezolana en la ilícita colaboración entre las FARC (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia) y ETA”, especialmente por medio del etarra Arturo Cubillas Fontán, responsable del colectivo de ETA en esa zona de América y que en 2005 fue nombrado director adscrito a la Oficina de Administración y Servicios del Ministerio de Agricultura y Tierras de Venezuela. Así consta en el auto del juez Eloy Velasco, que ha procesado por tenencia de explosivos, colaboración con banda terrorista y conspiración para cometer homicidios terroristas a seis presuntos miembros de ETA y siete de las FARC.

ETA se comprometió a localizar objetivos terroristas para las FARC en España

El magistrado ha remitido su resolución a los ministerios de Asuntos Exteriores y de Interior españoles para que realicen gestiones ante las autoridades cubanas y, especialmente, ante las venezolanas, para que éstas cooperen y procedan a la extradición de algunos de los procesados, en especial Cubillas, “pues obran diligencias en este procedimiento que ponen de manifiesto la cooperación gubernamental venezolana en la ilícita colaboración entre las FARC y ETA”.

Ayer mismo, el ministro Miguel Ángel Moratinos llamó a Chávez para pedir explicaciones sobre esta cuestión.

Cubillas, responsable del colectivo de ETA en Venezuela, participó de forma decisiva, según el auto, en la intensificación de contactos entre ETA y las FARC. Por un lado, varios miembros de ETA recibieron cursos de adiestramiento militar en campamentos de las FARC en la selva colombiana y, como contrapartida, ETA se comprometió a la localización en España de objetivos de acción terrorista por parte de los colombianos. Así, entre los citados objetivos figuraban el ex presidente colombiano Andrés Pastrana; la ex embajadora en España Noemí Sanín Posada; el ex candidato presidencial y dos veces alcalde de Bogotá Antanas Mockus; el vicepresidente Francisco Santos y otros cargos políticos y militares colombianos contra los que iban a atentar durante su estancia en España. Más adelante, a la lista añadieron el periodista y ex guerrillero del Ejército Popular de Liberación ya fallecido Bernardo Gutiérrez; el senador Carlos Ardile e incluso en la última etapa, al propio presidente colombiano, Álvaro Uribe.

Entre marzo y septiembre de 2000, el miembro de las FARC Victor Ramón Vargas Salazar, Chato, siguiendo instrucciones del dirigente de la organización terrorista Edgar Gustavo Navarro Morales, El Mocho, viajó a España en dos ocasiones para realizar vigilancias de la Embajada colombiana en Madrid y para controlar los itinerarios de Pastrana.

El auto del juez Eloy Velasco destaca que dos etarras, Ignacio Domínguez Achalandabaso, Txomin, y otro apodado Martín Capa, impartieron un cursillo terrorista en la selva venezolana, en una finca cercana a Guadalito, en el Estado de Apure. Fueron unos 20 días en jornadas de dos horas a 13 miembros de las FARC y a otros siete del FLB, todo bajo la dirección del comandante Pizarro, sobre técnicas avanzadas de manejo del explosivo C4, un plástico de mayor capacidad destructiva que la dinamita, pero de menor volumen, de fácil adquisición en Venezuela. Domínguez se encargó del adiestramiento de la iniciación de los explosivos por medio de teléfonos móviles.

El curso fue repetido a miembros del denominado Bloque Caribe de las FARC y al mismo, según la resolución del juez Velasco, “acudieron viajando por tierra vía Maracaibo, con el conocimiento y la compañía de una persona que vestía chaleco con escudo de la DIM (Dirección de Inteligencia Militar, de Venezuela) y de un vehículo escolta con militares venezolanos”. El curso fue gestionado y organizado por Arturo Cubillas, por parte de ETA, y Remedios García Albert, La Médica, miembro de la comisión de las FARC que despachaba con el comandante Luciano Martín Arango, Iván Márquez, y Omar Arturo Zabala, Lucas Gualdrón.

Los etarras Carlos, identificado como José María Zaldúa Corta, Aitona, y otro apodado Schumacher, cuya identidad no ha sido establecida todavía, también impartieron cursos a miembros de las FARC sobre la aplicación de técnicas de guerrilla urbana, uso de explosivos y la confección de artefactos activados por movimiento o mediante móviles.

En 2003, los cursos fueron impartidos por guerrilleros de las FARC a cuatro integrantes de ETA sobre fabricación y utilización de morteros tipo JOTAKE.

Gran parte de la información se ha obtenido de los documentos intervenidos al jefe de las FARC Raúl Reyes, muerto en enfrentamiento con el ejército colombiano el 1 de marzo de 2008 en un campamento en la frontera con Ecuador.

Los procesados, para los que se ha ordenado la prisión y busca y captura internacional, son: Arturo Cubillas Fontán, José Ignacio Echarte Urbieta, José Ángel Urtiaga Martínez, José Miguel Arrugaeta San Emeterio, Ignacio Domínguez Achalandabaso y José María Zaldúa Corta, por parte de ETA; y Emiro del Carmen Ropero Suárez, Rodrigo Granda Escobar, Víctor Ramón Vargas Salazar, Edgar Gustavo Navarro Morales, Luciano Martín Arango y Omar Arturo Zabala Padilla, por parte de las FARC. Remedios García Albert, que reside en España, ha sido citada a declarar el próximo 24 de marzo.