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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Estado Palestino: Quarteto atua de modo responsavel
Esse reconhecimento, feito de forma demagógica (e contra normas elementares do direito internacional), dificulta essa solução, e pode até aumentar a tensão nos territórios ocupados e o risco de novos atentados contra Israel dos extremistas de sempre.
Paulo Roberto de Almeida
Quartet refuses to endorse unilateral state; PA upset
By TOVAH LAZAROFF AND KHALED ABU TOAMEH
Jerusalem Post, 02/06/2011
Erekat hopes for "historic decisions in light of the danger facing the region because of Israeli occupation and policies."
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Palestinians said they were disappointed that the Quartet refused to heed their call for unilateral statehood and instead continued to throw its support behind a negotiated solution, when it met on Saturday in Germany.
“Unilateral actions by either party cannot prejudge the outcome of negotiations and will not be recognized by the international community,” the group said in a statement it issued after the meeting.
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Erekat dismisses latest Israeli incentive package to PA
Chief PLO negotiator Saeb Erekat said the Palestinians had hoped the Quartet would issue “historic decisions in light of the danger facing the region because of Israeli occupation and policies.” The West should stop “dealing with Israel as a state above the law,” Erekat said.
The Palestinians had expected the Quartet to recognize a Palestinian state on the 1967 borders, with east Jerusalem as its capital, and oblige Israel to stop all settlement activities, according to Erekat.
Instead, the West’s attitude toward Israel is “pushing the region toward violence, anarchy, extremism and bloodshed,” Erekat said.
The real danger today is not Iran, as the West claims, but “Israeli occupation and policies,” he added.
The Quartet, however, called on both the Israelis and the Palestinians to reach a negotiated solution by September 2011. It said it planed with the help of its envoys to work with both parties before its next gathering in March.
The quartet – the UN, the US, the EU and Russia – met on the sidelines of the Munich Security Conference amid ongoing pro-democracy protests in Egypt.
EU foreign policy chief Catherine Ashton told reporters after the meeting that the Quartet should not be distracted from its task by the events in Egypt.
“I believe that regional events shouldn’t distract us from that objective for the future. We want to see peace and stability in the region, we believe the Middle East peace process is an essential part of that,” said Ashton.
“In view of developments in the Middle East, the Quartet expressed its belief that further delay in the resumption of negotiations [between Israelis and Palestinians] is detrimental to the prospects for regional peace and security,” the group said in a statement.
It commended Palestinian Authority President Mahmoud Abbas’ leadership and the continued Palestinian state-building efforts. It also welcomed Netanyahu’s incentives package to the Palestinians.
The group chastised Israel for not renewing its 10- month moratorium on new settlement construction and condemned Palestinian rocket fire from Gaza into Israel.
In a statement to the media, the Quartet said that “it took note of dramatic developments in Egypt and elsewhere in the region in recent days.
The Quartet members considered the implications of these events for Arab-Israeli peace and agreed to discuss this further in upcoming meetings as a matter of high priority.”
After the meeting Ashton defended the EU – and herself – over criticism that the 27- nation bloc had been slow and timid in its response to events in Egypt.
“I really don’t accept that we have been slow. I think that we have to be very measured, and very clear,” she said.
Outside of Ashton, United Nations Secretary-General Ban Ki-moon, Russian Foreign Minister Sergey Lavrov, United States Secretary of State Hillary Clinton, United States Special Envoy for Middle East Peace George Mitchell and Quartet Representative Tony Blair were present at the meeting.
AP contributed to this report.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
O esporte execravel de atirar no mensageiro - Al-Jazira e palestinos
Nesses tempos de Wikileaks, muitos políticos, pegos de surpresa por declarações que eles pensavam em off, se apressam em desmentir as revelações, dizendo que suas palavras foram distorcidas, fabricadas, seja lá o que for.
Pior ainda, sem dúvida, é responsabilizar o transmissor pelo conteúdo substantivo, e retaliar em cima, como feito pelos palestinos. Um péssimo esporte, sem dúvida.
Paulo Roberto de Almeida
Grupo de palestinos ataca escritório da Al-Jazira na Cisjordânia
AE - Agência Estado, 24 de janeiro de 2011
Emissora havia divulgado documentos sobre as negociações de paz entre Isarel e Palestina
CIDADE DE GAZA - Um grupo de partidários do presidente palestino Mahmoud Abbas atacou nesta segunda-feira, 24, o escritório da rede de televisão Al-Jazira na Cisjordânia, após a emissora divulgar documentos vazados que mostram as negociações secretas da Autoridade Nacional Palestina (ANP) com Israel.
Na noite de hoje (horário local), cerca de 250 pessoas ligadas a Abbas se reuniram em apoio ao presidente na frente do prédio onde fica o escritório local da Al-Jazira. Um pequeno grupo subiu as escadas até os escritórios da emissora, onde quebraram câmeras de segurança e uma porta de vidro com o logo da rede. Grafites pintados nas paredes diziam "Al-Jazira é espiã" e "Al-Jazira é igual a Israel". A polícia retirou os manifestantes do prédio e evitou que as pessoas que estavam do lado de fora entrassem no edifício.
Separadamente, Yasser Abed Rabbo, um importante auxiliar do presidente Abbas, condenou a Al-Jazira pela divulgação dos documentos. Segundo ele, a emissora entrou em "jogos de mídia... para enganar e corromper o cidadão comum". "O que a Al-Jazira está fazendo hoje é uma tentativa de distorcer a posição nacional da liderança palestina", disse, afirmando que a matéria foi feita com base em citações fora de contexto, insinuações e informações fabricadas. "A Al-Jazira chegou a conclusões com base em documentos e textos falsos, cortando uma palavra aqui e ali e juntando imagens de pessoas sem relação com as negociações".
Segundo Rabbo, a divulgação das informações é "uma campanha política de primeiro grau" vinda de "uma decisão política do nível mais alto de nosso irmão Catar". Embora tenha desmentido o conteúdo geral dos documentos, Rabbo foi vago ao contestar os dados. Segundo ele, a ANP não vai tomar nenhuma medida contra os correspondentes locais da Al-Jazira. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.
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