O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

Mostrando postagens com marcador Xavier Sala-i-Martin. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Xavier Sala-i-Martin. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Economic Growth By Robert J. Barro and Xavier I. Sala-i-Martin: Introduction

Sempre recomendo este livro aos meus alunos: o melhor text-book, tanto no plano teórico, como no terreno histórico-empírico.

Economic Growth

Second edition

Hardcover

$110.00 £90.00ISBN: 9780262025539672 pp. | 7 in x 9 in
The long-awaited second edition of an important textbook on economic growth—a major revision incorporating the most recent work on the subject.

Summary

The long-awaited second edition of an important textbook on economic growth—a major revision incorporating the most recent work on the subject.
This graduate level text on economic growth surveys neoclassical and more recent growth theories, stressing their empirical implications and the relation of theory to data and evidence. The authors have undertaken a major revision for the long-awaited second edition of this widely used text, the first modern textbook devoted to growth theory. The book has been expanded in many areas and incorporates the latest research. After an introductory discussion of economic growth, the book examines neoclassical growth theories, from Solow-Swan in the 1950s and Cass-Koopmans in the 1960s to more recent refinements; this is followed by a discussion of extensions to the model, with expanded treatment in this edition of heterogenity of households. The book then turns to endogenous growth theory, discussing, among other topics, models of endogenous technological progress (with an expanded discussion in this edition of the role of outside competition in the growth process), technological diffusion, and an endogenous determination of labor supply and population. The authors then explain the essentials of growth accounting and apply this framework to endogenous growth models. The final chapters cover empirical analysis of regions and empirical evidence on economic growth for a broad panel of countries from 1960 to 2000. The updated treatment of cross-country growth regressions for this edition uses the new Summers-Heston data set on world income distribution compiled through 2000.
Introduction 
I.
The Importance of Growth To think about the importance of economic growth, we begin by assessing the long-term performance of the U.S. economy. The real per capita gross domestic product (GDP) in the United States grew by a factor of 10 from $3340 in 1870 to $33,330 in 2000, all measured in 1996 dollars. This increase in per capita GDP corresponds to a growth rate of 1.8 percent per year. This performance gave the United States the second-highest level of per capita GDP in the world in 2000 (after Luxembourg, a country with a population of only about 400,000).
To appreciate the consequences of apparently small differentials in growth rates when compounded over long periods of time, we can calculate where the United States would have been in 2000 if it had grown since 1870 at 0.8 percent per year, one percentage point per year below its actual rate. A growth rate of 0.8 percent per year is close to the rate experienced in the long run—from 1900 to 1987—by India (0.64 percent per year), Pakistan (0.88 percent per year), and the Philippines (0.86 percent per year). If the United States had begun in 1870 at a real per capita GDP of $3340 and had then grown at 0.8 percent per year over the next 130 years, its per capita GDP in 2000 would have been $9450, only 2.8 times the value in 1870 and 28 percent of the actual value in 2000 of $33,330. 
Then, instead of ranking second in the world in 2000, the United States would have ranked 45th out of 150 countries with data. To put it another way, if the growth rate had been lower by just 1 percentage point per year, the U.S. per capita GDP in 2000 would have been close to that in Mexico and Poland. Suppose, alternatively, that the U.S. real per capita GDP had grown since 1870 at 2.8 percent per year, 1 percentage point per year greater than the actual value. This higher growth rate is close to those experienced in the long run by Japan (2.95 percent per year from 1890 to 1990) and Taiwan (2.75 percent per year from 1900 to 1987). If the United States had still begun in 1870 at a per capita GDP of $3340 and had then grown at 2.8 percent per year over the next 130 years, its per capita GDP in 2000 would have been $127,000— 38 times the value in 1870 and 3.8 times the actual value in 2000 of $33,330. 
A per capita GDP of $127,000 is well outside the historical experience of any country and may, in fact, be infeasible (although people in 1870 probably would have thought the same about $33,330). We can say, however, that a continuation of the long-term U.S. growth rate of 1.8 percent per year implies that the United States will not attain a per capita GDP of $127,000 until 2074.
Ler toda a Introdução neste link.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Xavier Sala-i-Martin resenha o livro de Piketty sobre o perverso capital


Xavier Sala-i-Martin sobre Piketty

Um dos meus economistas preferidos, Xavier Sala-i-Martin, escreveu uma crítica contundente e detalhada sobre o best-seller do momento, “O Capital no Século XXI”, do francês Thomas Piketty. Vale uma conferida, principalmente por aqueles que desconfiam das estatísticas, por saberem que a maneira mais eficiente e insidiosa de construir um sofisma é através da leitura enviesada e parcial dos dados. Segue abaixo uma tradução livre da conclusão do autor:
Piketty escreveu um livro muito interessante, de grande impacto, que deve ser felicitado. Os dados apresentados são importantes e devem ser analisados pelos analistas econômicos. A leitura destes dados, no entanto, é frequentemente parcial e incorreta. Como um resumo, deixe-me colocar uma lista dos erros de interpretação de Piketty:
Primeiro, que a taxa de retorno sobre o capital é maior que a taxa de crescimento da economia, o famoso ‘r>g’, não implica a existência de algumas dinastias de pessoas abastadas que apropriam uma parte cada vez mais importante da riqueza. Esta taxa de retorno é compatível com e sem heranças (e, portanto, sem dinastias), ou com heranças que desaparecem após uma ou duas gerações. A desigualdade ‘r> g’ é uma medida da eficiência dinâmica da economia e não tem nada a ver com a distribuição da riqueza de um país, desde que é compatível com desigualdades crescentes, decrescentes ou constantes.
Segundo, a maior parte do aumento do capital durante a segunda metade do século XX é devido ao aumento do valor das habitações e não tem nada a ver com o relato de capitalistas que apropriam os meios de produção e exploram os trabalhadores.
Embora Piketty tenha claro para onde vai o futuro, infelizmente isso é baseado mais na sua ideologia e sua opinião que nos dados fornecidos por ele mesmo
Em terceiro lugar, as desigualdades de riqueza e renda nos países analisados diminuíram ao longo do último século. Só a partir de 1970 elas tiveram uma tendência ascendente. Apesar disso, Piketty argumenta que a tendência natural é de aumento, porque o período de redução das desigualdades é uma exceção histórica. Mas Piketty nunca demonstra essa afirmação. Há razões para pensar que a exceção é, na realidade, o período pós 1970, com a incorporação do ‘baby boom’ e de 4 bilhões de cidadãos asiáticos e europeus das ex-ditaduras comunistas no mercado de trabalho global, um fenômeno que certamente não voltará a acontecer.
Em quarto lugar, o aumento das desigualdades de renda desde 1980 é perfeitamente compatível com a mudança tecnológica, que aumentou as receitas de toda uma série de inovadores super ricos (Bill Gates, Steve Jobs, Mark Zuckerberg, Larry Page e Sergei Brinn). Piketty diz que esta teoria é “tautológica e arbitrária”. Sua tese é que, ”a partir de 1980, a sociedade passou a aceitar a remuneração estratosférica dos CEOs de empresas”. Mas, sem uma teoria para essa “aceitação social”, tal interpretação também é tautológica e arbitrária.
Em quinto lugar, a análise da fração da riqueza total, possuída pelos super-ricos da lista da Forbes, tem uma grande falha conceitual: as dinastias a que pertencem os super-ricos não são as mesmas no início do século XX, em 1987 ou em 2013.
E, finalmente, depois de escrever um livro sobre a evolução da desigualdade, Piketty falha em explicar por que as desigualdades são importantes. Ele expõe uma vaga teoria que diz que desigualdade gera instabilidade social. Mas, ao não formular uma teoria precisa, não sabemos se as desigualdades que importam são as desigualdades dentro dos países (que tem aumentado desde 1980), ou as globais (incluindo as desigualdades entre países, que decaíram desde 1970, graças a grande convergência dos países emergentes). As desigualdades globais experimentaram um declínio entre 1970 e 2012.
Depois de ler o livro de Piketty, tem-se a impressão de que a economia capitalista é um desastre que gera aumentos de desigualdade infinitos, especialmente durante as últimas quatro décadas. Mas se considerarmos a evolução da economia mundial, especialmente durante as últimas quatro décadas, percebemos que as taxas de pobreza no mundo foram reduzidas como nunca antes, as desigualdades globais são cada vez menores e os indicadores de educação, mortalidade, expectativa de vida, saúde, liberdade e democracia são melhores em quase todos os cantos do planeta. É verdade que as desigualdades dentro dos países têm crescido, embora depois de ler o livro “Capital no século XXI”, não possamos saber ao certo se esta é uma tendência que irá perpetuar-se ao longo do tempo ou simplesmente desaparecer. Embora Piketty tenha claro para onde vai o futuro, infelizmente isso é baseado mais na sua ideologia e sua opinião que nos dados fornecidos por ele mesmo.
Graças ao sistema capitalista, Thomas Piketty vai ganhar muito dinheiro com as vendas do seu agora famoso livro. Uma parte importante irá para o governo francês, que ele ajudou a chegar ao poder no ano passado. O resto ele pode gastar como quiser: fazendo festas, comprando livros, guardando para sua aposentadoria… ou mesmo fazendo algo tão nojento como deixar em herança para seus filhos. Liberdade para escolher, Thomas, eis a beleza do capitalismo no século XXI!
Fonte: Instituto Liberal




SOBRE JOÃO LUIZ MAUAD


João Luiz Mauad

Administrador de empresas formado pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas (EBAP/FGV-RJ), João Luiz Mauad é articulista dos jornais “O Globo” e “Diário do Comércio”. Escreve regularmente para os sites “Midia@Mais” e “Ordem Livre”.

domingo, 25 de março de 2012

Economic Growth: R. Barro - Xavier Sala-i-Martin


A very important book, for students of all social sciences. Paulo Roberto de Almeida 

Economic Growth
Robert J. Barro and Xavier Sala-i-Martin
2nd Edition; Cambridge, Mass.; The MIT Press, 2003

This graduate level text on economic growth surveys neoclassical and more recent growth theories, stressing their empirical implications and the relation of theory to data and evidence. The authors have undertaken a major revision for the long-awaited second edition of this widely used text, the first modern textbook devoted to growth theory. The book has been expanded in many areas and incorporates the latest research.

After an introductory discussion of economic growth, the book examines neoclassical growth theories, from Solow-Swan in the 1950s and Cass-Koopmans in the 1960s to more recent refinements; this is followed by a discussion of extensions to the model, with expanded treatment in this edition of heterogenity of households. The book then turns to endogenous growth theory, discussing, among other topics, models of endogenous technological progress (with an expanded discussion in this edition of the role of outside competition in the growth process), technological diffusion, and an endogenous determination of labor supply and population. The authors then explain the essentials of growth accounting and apply this framework to endogenous growth models. The final chapters cover empirical analysis of regions and empirical evidence on economic growth for a broad panel of countries from 1960 to 2000. The updated treatment of cross-country growth regressions for this edition uses the new Summers-Heston data set on world income distribution compiled through 2000.

About the Authors
Robert J. Barro is Robert C. Waggoner Professor of Economics at Harvard University and a senior fellow of the Hoover Institution at Stanford University.

About Robert Barro:
"He has changed the way economists think about everything from the long-run effects of government deficits to the forces that favor economic growth."
--Sylvia Nasar, New York Times

Xavier Sala-i-Martin is Professor of Economics at Columbia University, and visiting professor at the University of Pompeu Fabra, Barcelona.

Table of Contents

Economic Growth, 2nd Edition
Robert J. Barro and Xavier Sala-i-Martin

Preface
Download Chapter as PDF Sample Chapter - Download PDF (24 KB) xvii
Introduction
Download Chapter as PDF Sample Chapter - Download PDF (167 KB) 1
1. Growth Models with Exogenous Saving Rates (the Solow-Swan Model)
Download Chapter as PDF Sample Chapter - Download PDF (341 KB) 23
2. Growth Models with Consumer Optimization (the Ramsey Model) 85
3. Extensions of the Ramsey Growth Model 143
4. One-Sector Models of Endogenous Growth 205
5, Two-Sector Models of Endogenous Growth (with Special Attention to the Role of Human Capital) 239
6. Technological Change: Models with an Expanding Variety of Products 285
7. Technological Change: Schumpterian Models of Quality Ladders 317
8. The Diffusion of Technology 349
9. Labor Supply and Population 383
10. Growth Accounting 433
11. Empirical Analysis of Regional Data Sets 461
12. Empirical Analysis of a Cross-Section of Countries 511
Appendix on Mathematical Methods 567
References
Download Chapter as PDF Sample Chapter - Download PDF (80 KB) 627
Index
Download Chapter as PDF Sample Chapter - Download PDF (69 KB) 641

Endorsements
"Barro and Sala-i-Martin have done a superb job of synthesizing much of the existing theoretical and empirical research on the mechanisms and determinants of economic growth and convergence. Though it incorporates much new material, this updated version is fully accessible to a third year undergraduate student, while remaining of invaluable use to any research scholar seriously interested in growth and development economics."
--Phillipe Aghion, Department of Economics, Harvard University

"This is an invaluable book for a first graduate course in economic growth. The exposition is clear and easy to follow, but also rigorous. It is an excellent stepping stone for research in the field."
--K. Daron Acemoglu, Professor of Economics, MIT

"Barro and Sala-i-Martin provide an outstanding and comprehensive treatment of growth theory and empirics--an instant classic! I learn something new every time I pull my copy from the shelf."
--Charles I. Jones, Department of Economics, University of California, Berkeley