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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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segunda-feira, 13 de abril de 2015

Ladra, mentirosa, quem seria? InfoLatam mira o Brasil... (Agencia Efe)

Gostei dessa foto, ou melhor, dos cartazes. Eles resumem bem o que pensam todos os que marcharam pelas ruas de mais de 200 cidades brasileiras neste último domingo, protestando contra as ratazanas do petismo, a inépcia do poste e todos os demais tráficos cometidos pelos mafiosos totalitários.
Paulo Roberto de Almeida

Brasil protestas

El Gobierno brasileño dice que menor número de manifestantes no reduce alerta

Infolatam/Efe
Brasilia, 13 de abril de 2015

Las claves
  • La declaración de Temer, que la semana pasada asumió la función de coordinador político del Gobierno, fue la única hecha por una alta autoridad sobre las multitudinarias protestas de la víspera en varias ciudades para protestar contra la corrupción y pedir la renuncia o la destitución de la presidenta Dilma Rousseff.
El Gobierno brasileño consideró  que hay que escuchar y dar respuesta a la insatisfacción mostrada en las protestas registradas el domingo en todo el país, sin importar que el número de participantes fuera menor al de convocatorias previas.
“El hecho de tener menos personas en las calles no reduce la importancia de la alerta que está dando la población y que muestra que es fundamental que el Gobierno comprenda que hay la necesidad de dialogar y escuchar más”, afirmó  el vicepresidente Michel Temer a través de su asesoría de prensa.
La declaración de Temer, que la semana pasada asumió la función de coordinador político del Gobierno, fue la única hecha por una alta autoridad sobre las multitudinarias protestas de la víspera en varias ciudades para protestar contra la corrupción y pedir la renuncia o la destitución de la presidenta Dilma Rousseff.
El ministro de la Secretaría de Comunicación de la Presidencia, Edinho Silva, dejó claro que esa sería por ahora la única respuesta del Gobierno a las manifestaciones, al asegurar que Rousseff endosa todo lo dicho por su vicepresidente.
La popularidad de Rousseff está en mínimos históricos pese a que sólo lleva 103 días de su segundo mandato de cuatro años.
Las protestas fueron convocadas por las mismas organizaciones que el 15 de marzo congregaron a cerca de dos millones de manifestantes, aunque esta vez sólo movilizaron a unas 700.000 en unas 150 ciudades.
Los organizadores admitieron la reducción del número de manifestantes, pero advirtieron de que hasta las encuestas muestran que la insatisfacción de la población continúa creciendo.
Según una encuesta divulgada el sábado por la firma Datafolha, el 75 % de los brasileños aprueba las protestas y un 63 % apoya que el Congreso abra un juicio político con miras a la destitución de Rousseff por su supuesta responsabilidad en el escándalo de corrupción en la petrolera Petrobras.
“El Gobierno está atento a estas manifestaciones. Revelan, en primer lugar y obvio, una democracia poderosa y. en segundo, que el Gobierno necesita identificar cuáles son las reivindicaciones para atenderlas. Es eso lo que el Gobierno está haciendo”, dijo Temer al negar que las autoridades estén aliviadas con la reducción del número de manifestantes.
A diferencia de las protestas del 15 de marzo, cuando dos ministros concedieron una rueda de prensa y enumeraron lo hecho por el Gobierno para atender las reivindicaciones, principalmente las medidas adoptadas contra la corrupción, el Gobierno optó en esta oportunidad por no responder directamente a los manifestantes.
El ministro de la Secretaría de Comunicación Social dijo en declaraciones a periodistas que el descontento es generalizado y que por eso los partidos de la oposición no consiguen capitalizar el malestar de las calles.
“El desgaste se extiende a todos los poderes de la República y la presidenta Dilma terminó catalizando ese descontento por ser el poder central”, afirmó.
El expresidente Fernando Henrique Cardoso afirmó hoy que los partidos de la oposición tienen que mantener distancia de las protestas para no parecer que quieren apropiarse de un movimiento surgido de la sociedad civil y para evitar un agravamiento de la actual crisis política del país.
“Los movimientos tienen una dinámica propia y no fueron convocados por los partidos políticos. Los partidos tienen una responsabilidad institucional”, afirmó Cardoso, que gobernó Brasil de 1995 a 2002, y para quien la crisis puede agravarse si los partidos deciden protestar también en las calles.
Las protestas fueron convocadas en internet por grupos sin vínculo político como el Movimiento Ven a la Calle Brasil, Revoltosos Online y Movimiento Brasil Libre y fueron respaldadas por la oposición, que sin embargo se abstuvo de exhibir sus banderas en la calle.
El senador Aécio Neves, principal líder de la oposición y presidente del PSDB, manifestó su solidaridad con los manifestantes pero se abstuvo de engrosar las marchas para, explicó, no darles una “connotación partidaria”.
Neves, derrotado en la segunda vuelta de las elecciones presidenciales de octubre por la presidenta Rousseff por sólo tres puntos porcentuales, dijo respaldar a “los miles de brasileños que regresaron a las calles para, una vez más, manifestar legítimamente su repudio e indignación contra la corrupción sistemática que avergüenza al país, y exigir soluciones para el agravamiento de la crisis económica”.

Os ratos roubaram a ratoeira do restaurante; recuperaremos - Guilherme Fiuza

Os ratos petralhas roubam de tudo, até ratoeiras que são feitas para pegá-los, eles tentam roubar e esconder. Vamos ter de redobrar nossa pressão, para retirar os ratos das redondezas...
Paulo Roberto de Almeida

A inocência dos roedores
Guilherme Fiuza,
O Globo, 11/04/2015

Delações indicaram que algumas centenas de milhões de reais escoaram do esquema para a campanha de Dilma

Se Dilma fosse uma ópera, ela se chamaria “Erenice”. Uma ópera em dois atos: 2010, a ascensão; 2015, a queda. A presidente ainda não caiu, mas o Brasil já está caindo. Ainda não se sabe se no abismo ou na real.
Dilma Rousseff declarou que sua campanha não recebeu “dinheiro de suborno”. Já o Lobo Mau declarou que não comeu a vovozinha. Cada um com a sua tática. Se os caçadores da floresta não tivessem aberto a barriga do Lobo, ele teria devorado também a Chapeuzinho. Os caçadores da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça estão abrindo a barriga do PT e tirando um mundo lá de dentro. Mas a cabeça falante do partido continua jurando inocência pela boca da presidente da República. E a Chapeuzinho verde-amarela, coitada, continua na dúvida se acredita.
Antes de voltarmos à ópera, uma última contribuição à fábula. Querida Chapeuzinho: se o seu plano é ser devorada, fique à vontade. Continue acreditando em Dilma quando ela diz, por exemplo, que vai salvar a Petrobras. O humorista inglês John Oliver já caiu na gargalhada diante da presunção de inocência da presidente brasileira — e riu não por ser humorista, mas por ser inglês. Se bem que já há estrangeiros em vários países não achando a menor graça nessa novela. São investidores lesados pelo petrolão e, ao contrário da cordial Chapeuzinho, resolveram chamar a polícia. E lá a chantagem emocional dos guerreiros do povo não protege ninguém. Bandido é bandido.
As delações premiadas de ex-diretores da Petrobras e de empreiteiras convergiram com a do doleiro Alberto Youssef e cravaram: o PT transformou propinas do petrolão em doação legal ao partido. Em mais uma contribuição progressista para a História, os companheiros inventaram a propina oficial. Nada dos arcaicos recursos não contabilizados do mensalão: tudo certinho, tudo declarado, enfim, um roubo absolutamente dentro da legalidade. E as delações indicaram que algumas centenas de milhões de reais escoaram do esquema para a campanha presidencial de Dilma — aquela que não recebeu “dinheiro de suborno”. O acusado de operar esse milagre é o tesoureiro do PT, João Vaccari, que por essas e outras acaba de virar réu no processo da Operação Lava-Jato.
Vejam como Dilma Rousseff realmente é uma ópera. Toda essa engenhosa sucção nacionalista foi montada sob a presidência dela no Conselho de Administração da Petrobras. Está gravado e filmado para quem quiser ver: o ex-diretor da estatal e protagonista do escândalo, Paulo Roberto Costa, acha “estranho” que Dilma não soubesse do esquema. Mais estranho ainda sabendo-se que a montagem do esquema é atribuída a figuras-chave do partido dela, às quais a presidente jamais negou solidariedade — inclusive àquelas condenadas pelo mensalão. O que a inocência de Dilma foi fazer no meio dessa podridão?
Melhor reler o libreto. Está lá, no primeiro ato. Ano de 2010, eleição presidencial (na qual, maldita coincidência, outro delator aponta “dinheiro de suborno” na campanha de Dilma). Ali, nasce uma estrela: Erenice Guerra, braço-direito da candidata à Presidência, entra para a História ao levar a Casa Civil para as páginas policiais, demitida e investigada por tráfico de influência. Erenice era a mulher de confiança de Dilma, preparada por ela para ser sua superministra. Claro que os métodos de Erenice Guerra e a inocência de Dilma Rousseff jamais se cruzaram nos corredores do palácio. É estranho à beça, como diria Paulo Roberto Costa, mas a vida é assim mesmo. Estranha.
Saltando para 2015, o libreto da ópera faz ressurgir a grande personagem. Na Operação Zelotes da Polícia Federal, quem surge no seio de um escândalo bilionário envolvendo a Receita Federal? Erenice Guerra, agindo como principal assessora da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Mas Chapeuzinho verde-amarela continua chupando o dedo e ouvindo Dilma dizer que vai limpar tudo e nunca viu dinheiro de suborno. Adivinhem o que vai acontecer com essa menina distraída em mais quatro anos de ópera?
Quando Vaccari entrou na CPI da Petrobras, ratos foram soltos no recinto. Mas logo se deixaram capturar. Amadores. Vaccari admitiu que esteve no escritório do doleiro Alberto Youssef, mas disse que não sabia por que foi parar lá. Questão de ginga.
Ficar assistindo a esse show de inocência não é para qualquer estômago. O Brasil já desceu da arquibancada uma vez, e vai descer de novo. Os roedores não estão nem aí — continuarão ostensivamente oprimidos, anunciando que o petróleo salvará a educação, e roendo em nome da lei. Até que os brasileiros se cansem dessa cândida obscenidade e os enxote da sala.
Ou pararam de pagar ?

Guilherme Fiuza é jornalista