Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sábado, 2 de agosto de 2014
Eleicoes 2014: a fabrica de mentiras do PT
Argentina: questoes sobre a moratoria - Barbara Kotschwar (IIE)
Ridendo, castigat mores...
Paulo Roberto de Almeida
Questions and Answers on the Argentina default
by Barbara Kotschwar |Institute for International Economics, Washington, August 1st, 2014
On July 30, negotiations in New York failed to resolve differences with a group of bondholders (some of them in speculative funds derided in Argentina as the “vulture funds”) demanding full payment on $1.3 billion in bonds it owns. The New York court overseeing the case declared Argentina to be in default on the grounds that it failed to make debt payments that fell due this week. But Argentina claims that it is not in default because it has transferred a $563 million interest payment due to a separate group of bondholders who agreed to less than full payment on its debts in negotiations that took place in 2005 and 2010. Ratings agencies have reacted by downgrading Argentina’s bonds to default grade, and the cost of insurance on Argentine bonds has risen. These latest developments are widely expected to damage Argentina’s economy and complicate future debt restructurings of problem countries. Following are some questions and answers on the outlook for Argentina.
Q: So, is Argentina in default?
In 2001 Argentina was experiencing its third year of negative GDP growth. Growth estimates for this year range from anemic to negative, but for the past decade GDP growth has been relatively robust. (According to Argentina’s data reported to the International Monetary Fund [IMF], rates were over 8 percent per annum for most of the period 2003–11). Unemployment was at about 20 percent; now it is much better, at about 7 percent. The political situation is also more stable. In 2001 two presidents had been forced to leave office. President Fernandez de Kirchner is in her second term of office.
The other difference is the impact on other Latin American countries. In 2001 there were contagion effects through markets. In this case, investors seem to consider Argentina a specific, sui generis case. Contagion may occur, however, if there is no quick resolution. If Argentina’s economy starts to be affected, it will very likely affect the Southern Common Market (Mercosur) countries, particularly Brazil, which is the most closely tied to Argentina through the goods market.
- In October of last year it settled five cases pending in front of the ICSID (International Center for the Settlement of Investment Disputes).
- In February of this year Argentina revised its methodology for reporting inflation. This was in response to IMF censure for underreporting inflation statistics. The new consumer price index, IPCNU, seems more in line with outside estimates of Argentine inflation (and substantially higher than what it had been previously reporting).
- Argentina settled with Repsol: In February, Spanish company Repsol accepted Argentina’s offer of $5 billion as compensation for the May 2012 nationalization of its YPF subsidiary.
- In May Economy Minister Axel Kiciloff reached an agreement with the Paris Club to pay off the totality of Argentina’s $9.7 billion in debt to the Paris Club over the next five years, starting with $1.15 billion before May 2015.
A few important caveats should be noted to the above.
- Caveat to the data revision: Although revised inflation data have been submitted, Argentina was also supposed to publish revised national income data, including poverty and indigence rates on April 23, 2014, but the government canceled this release, citing methodological problems. Reducing poverty has been an important platform for the government; alternative estimates place the poverty number significantly higher than the government’s 1.2 million (5.4 percent of the population): over 10 million (or 24.5 percent).
- It should be noted that the bulk of the Paris Club payments will fall to Cristina Fernandez de Kirchner’s successor, who will take office in December 2015.
- Not everybody was buying the Argentine success story: In March Moody’s downgraded Argentine bonds to Caa1, citing rampant inflation and falling reserves, plus the threat posed by pending debt legislation.
- The Argentine economy remains highly distorted. The government has announced the reduction of some subsidies on water and electricity, but price controls and various subsidies remain, putting pressure on the government budget.
As mentioned above, Argentina is currently facing a number of economic pressure points: low (some estimate negative) economic growth, falling reserves, and the second- or third-highest inflation rate in the world, behind that of Venezuela and maybe that of Iran. One could envision pressure on the peso and the already large gap between official and blue (black market) rate, which might lead to another devaluation. This could lead to more protests and pressure to raise wages, which could have even more upward pressure on inflation.
Figure 2 below plots Argentina’s and Korea’s per capita GDP as a multiple of per capita GDP in the United States. From 1870 to 1930, Argentina’s per capita was at least 60 percent of US GDP, besting Korea by a factor of six. By 2010, Argentina had sunk to about a third of US GDP; Korea, more than 70 percent. Argentina’s main challenge is, arguably, to figure out how to bring its relative standard of living back to where it was a century ago.
Posted in Global Financial Crisis
Tags: Argentina, debt, developing countries
Como pensam os soi-disant progressistas: observacoes pontuais - Paulo Roberto de Almeida
Enfim, uma simples mudança do tipo o mundo gira e a Lusitana roda (como dizia a velha publicidade de uma companhia de mudanças que não deve existir mais).
Mas, aproveitando a deixa da sinceridade e transparência, aproveito algumas expressões típicas dos companheiros, para mais uma vez constatar como pensa essa gente.
1) "Enfrenta, como toda a cidade, a especulação imobiliária – mas há resistência, da qual agora faremos parte, nós e o casarão."
PRA: Esse pessoal tem uma frase pronta, quando imóveis são derrubados, ou vendidos, para dar lugar a novos empreendimentos, geralmente comerciais, com preços de mercado bem acima daqueles anteriormente praticados no local: "especulação imobiliária".
Dito assim parece que chegam aqueles capitalistas perversos, fazendo pressão sobre os moradores, ou proprietários, e forçando-os a sair do local, para expulsar a gente pobre dali, e só deixar espaço para a elite branca, e rica.
Não lhes vem à cabeça que os "pobres", ou simples moradores ou proprietários, podem ter interesse em vender o terreno ou a casa, pelo seu valor de mercado, que é baixo, mas certamente será mais alto quando se trata de um empreendimento capitalista, para poder comprar algo melhor em outro lugar, mais moderno, etc. Inevitavelmente o que surgir ali será diferente, com uso comercial, e portanto com um valor de mercado mais alto. Pode dar certo, como pode não dar, dependendo do ambiente, da clientela, etc. Ou seja, envolve risco, e isso é especulação, dos dois lados.
Por que não deixar que essas transações se façam pelo mercado, com total liberdade entre as partes?
Por que o Estado, ou alguém, precisaria interferir numa operação especulativa para os dois lados?
Enfim, os companheiros acima vão resistir, e talvez até descubram, maravilhados, que outros prédios à volta serão transformados em empreendimentos comerciais, que o ambiente vai melhorar, que o seu próprio casarão vai se valorizar, enfim, que a vida segue adiante, e sempre fica melhor, pois assim é a natureza humana. Só pessoas muito cegas, e imobilistas (conservadoras, portanto), querem que tudo fique sempre tudo igual, sem especulação, sem risco, sem transformação, sem nada, parado...
2)"... numa época muito contraditória,..."
PRA: Nunca encontrei chavão tão perfeito, e tão contraditório. Tudo é contraditório, a vida é contraditória. O mundo sempre está em crise, ó céus, ó vida, rien n'est simple, como diria o Sempé...
3) :...em que se combinam o declínio da velha democracia,..."
PRA: Esta é a frase mais calhorda que eu encontro nesses textos dos bolivarianos, neobolcheviques, totalitários e outros dessa laia. A velha democracia é essa que temos: representativa, via partidos, parlamento, leis, Constituição, etc. Eles querem uma outra: com movimentos populares, conselhos, participação poupular nas agências públicas, sovietes, enfim, essas coisas que eles podem controlar, gramscianamente, no começo, de maneira stalinista depois. Acho melhor ficar na velha democracia, sem adjetivos, nem popular, nem burguesa, só democracia. Tá bom assim?
4) "... o risco de retrocessos civilizatórios muito graves..."
PRA: Claro: como o socialismo fez chabu, o capitalismo se expande, mesmo na China companheira e na África tão explorada, a coisa está grave. O capitalismo, como todos sabem, é um retrocesso civilizatório enorme, com esses iPhones, iPads, Facebooks, enfim, essas coisas que os companheiros usam mas no maior desprezo pelas multinacionais ou pelos simples empreendimentos de estudantes que os criaram. Bom mesmo era o socialismo, com os seus coturnos, os seus gulags, aquele repolho todo, as bandeiras vermelhas, os discursos de quatro horas ao sol, um único jornal para limpar o rabo, enfim, essas maravilhas avançadas do socialismo...
5) "... e a esperança do pós-capitalismo,..."
PRA: Nunca morre: os companheiros sempre vão esperar a próxima crise do capitalismo para ver se daquela vez, finalmente, o pessoalzinho miúdo se convence de que o capitalismo não dá mesmo. Quando será que os historiadores gramscianos vão descobrir que já vivemos em pós-capitalismo? Aliás, onde estão aqueles velhos capitalistas donos de fábricas? Agora só aparecerem esses garotos que ameaçam mudar nossas vidas com suas invenções absolutamente sem esperança, sem esperança que tudo fique igual ao que sempre foi, sempre nos obrigando a grudar na mais recente novidade, como os companheiros, por exemplo, que já aderiam aos blogs, aos twitters, ao FB, enfim, essas coisas que só o socialismo, ou o pós-capitalismo são capazes de inventar...
6) "...é uma aventura que envolve risco..."
PRA: Eu desejo muita sorte aos companheiros, para que eles não corram muitos riscos no novo casarão, e sejam felizes. Ah, não esqueçam de se conectar online para nos avisar quando vão estar funcionando sem riscos na nova morada..
Sejam felizes...
Paulo Roberto de Almeida
Prata da Casa: os livros dos diplomatas - edição de autor, julho de 2014
Os que ainda não tinham tomado conhecimento, podem downloadar este livro que deveria ter sido publicado pela Funag (ou Fundação Alexandre de Gusmão, do Ministério das Relações Exteriores) em novembro de 2013, mas parece que alguém cismou com duas frases pouco politicamente corretas, uma delas sobre o Mercosul, a outra já nem me lembro mais do que era. São dessas coisas totalmente ridículas, mas que podem acontecer numa instituição tão venerável quanto o Itamaraty.
Eu não iria cometer uma violência contra mim mesmo, me autocensurando. Como acho que não sou eu quem perde mais, e sim potenciais leitores e estudantes, não dou a mínima.
Como eles também fariam, a despeito de conseguirem uma audiência provavelmente maior, e mais focada no público universitário, eu também posso colocar o livro inteiro totalmente disponível em meu site e plataformas de produção acadêmica, como faço agora.
Apenas um aviso aos incautos: trata-se de um arquivo pesado, pois é um livro de 700 páginas (e isso que não coloquei todas as resenhas de livros, e sim aquelas que tinham a ver estritamente com a produção dos diplomatas ou sobre temas diplomáticos, de política externa do Brasil e de relações internacionais do Brasil e de política internacional, de forma geral).
Muitas dessas miniresenhas ou mesmo resenhas completas já estão disponíveis individualmente na minha página da plataforma Academia.edu, sendo portanto arquivos menores e dirigidos a uma, ou algumas poucas publicações. Basta ver as resenhas de livros neste link:
https://uniceub.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida/Book-Reviews
Não transcrevo aqui o sumário pois ele é enorme, mas vou preparar arquivos com o sumário e com índice remissivo.
Aqui vai a ficha do livro:
Prata da Casa: os livros dos diplomatas
(Hartford: Edição de autor, 2014, 700 p.)
Disponível nos links:
Academia.edu: página do livro: https://www.academia.edu/5763121/Prata_da_Casa_os_livros_dos_diplomatas_Edicao_de_Autor_2014_;
link direto para download do arquivo em pdf: https://www.academia.edu/attachments/34209509/download_file?s=work_strip&ct=MTQwNzAwODExOCwxNDA3MDExMjI5LDc4NTEwNjY;
divulgado neste link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/07/prata-da-casa-os-livros-dos-diplomatas.html).
Relação de Originais n. 2533. Relação de publicados n. 1136
Divirtam-se (com perdão da expressão).
Paulo Roberto de Almeida
Diplomacia ideologica? Comentarios edificantes do site 247 (2+4+7?; uau...)
A matéria que li foi o resumo feito no site 247 (uma soma significativa, sem dúvida) da entrevista concedida à revista Época pelo assessor de assuntos internacionais da PR, que criticou as críticas à diplomacia dos companheiros como sendo "ideológicas". OK, que sejam, todo mundo tem o direito de ser ideológico, não é mesmo?
Mas, os comentários que seguem, aqui transcritos seletivamente, refletem o padrão esperado no público do 247. O que é que vocês queriam? Em face da mídia golpista, a reação só pode ser essa mesma...
Paulo Roberto de Almeida
Crítica à diplomacia é "eleitoral" e "ideológica"
2 de Agosto de 2014 às 11:56
Comentários
33 comentários em "Crítica à diplomacia é "eleitoral" e "ideológica""Os comentários aqui postados expressam a opinião
dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247
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eros alonso 2.08.2014 às 14:02CORTEM AS RELAÇÕES COM A PULGA ATÔMICA. UM ANÃOZINHO ATÔMICO, UMA PULGA ASSASSINA, UMA SARNE NO ORIENTE MÉDIO QUE INCOMODA DESDE QUE NASCEU.NASCEU? FOI CRIADA EM LABORATÓRIO. ASSASSINOS. SUJAM A RAÇA SEMITA, COLOCAM OS JUDEUS EM SITUAÇÃO RUIM. SÃO SIONISTAS NAZISTAS.MANTER RELAÇÕES COM ESSA GENTE NÃO DÁ.CORTEM AS RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS.OU ISSO OU SOMOS ANÕES MESMO. QUEM CHAMA O BRASIL DE ANÃO MERECE ALGUMA SINAGOGAS QUEIMADAS SIM. CANALHAS.
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Manoel 2.08.2014 às 13:41O Brasil precisa cancelar todo relacionamento comercial com iSSrael, principalmente o militar. Não podemos ser cúmplices os estado sionista iSSraelense.
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A BESTA ESTÁ COMEÇANDO A POR A CABEÇA DE FORA 2.08.2014 às 13:35O mundo vai ser testemunha desse tipo de gente de Israel, eles estão sendo indicados como o estopim de uma guerra mundial, eles são terroristas e fazedores de terroristas. Veja bem, uma pessoa vê toda sua prole morta num ataque covarde, o que essa pessoa pode se transformar? Pense se isso acontecesse com você? Como você agiria? Ia alisar as cabeças deles? Mas é claro que não, toda a sua família foi morta e que não tinha nada a ver com o problema. O que você acha? Matar um inimigo sem arma, é covardia e isso o mundo não tolera. Tratar os outros países como insignificantes também não é legal. Matar alguém que não teve possibilidade de se defender, é uma maldade enorme e isso eles fizeram. Quer matar terroristas, façam como os Estados Unidos fizeram, foi lá e acabou com Bin Laden, mas quando não tem competência se utiliza de meios assassinos e covardes.
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PSDB APOIA UM ESTADO GENOCIDA 2.08.2014 às 13:30Os chapas-pretas, favoráveis ao morticínio covarde em Gaza, criticam a diplomacia brasileira por ter se oposto aos crimes de guerra de Israel. Essa gente é cruel, não se comove nem frente à morte de crianças inocentes. Esse tipo de gente não pode governar o Brasil.
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OS PSDBISTAS QUEREM PRENDER, OU MATAR, TRABALHADOR 2.08.2014 às 13:19SM na era psdbista: US$ 60.00; SM nos governos trabalhistas: US$ 300.00. O PSDB quer o mal dos trabalhadores.
PSDB APOIA UM ESTADO GENOCIDA 2.08.2014 às 13:15
Se você ainda não escolheu seu candidato, repare bem como se expressam aqui os defensores da oposição. Usam palavrões, deboches, mentiras e calúnias. São fofoqueiros, estão invariavelmente contra o que é popular e contra o Brasil. Torcem pelo pior. São os chamados chapas-pretas. Essa gente não merece o Brasil e, muito menos, o seu voto.