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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

A Ordem Econômica Mundial e a América Latina: um novo livro - Paulo Roberto de Almeida

Meu novo livro, pronto e revisto, desta vez em Kindle, já publicado:


A ordem econômica mundial e a América Latina
ensaios sobre dois séculos de história econômica



Índice

Apresentação

1. As ideias e as realidades: a economia mundial do século XIX ao XX
     1.1. A força das ideias: os novos conceitos da história global
     1.2. A força das realidades: desenvolvimento desigual entre regiões e países
     
2. Economia mundial: de onde viemos, para onde vamos? 
     2.1. Existe uma economia mundial?
     2.2. Da Grande Divergência para uma modesta Convergência?

3. O equilíbrio europeu de poderes e os imperialismos 
     3.1. O retorno ao colonialismo, com tinturas imperialistas
     3.2. A importância econômica das colônias
     3.3. O novo exclusivo colonial e as restrições comerciais

4. O que move o mundo? A energia e suas transformações
     4.1. Uma história econômica essencial: a energia, sob todas as suas formas
     4.2. Todas as revoluções industriais são também revoluções energéticas
     4.3. A era do petróleo, e dos grandes conflitos globais
     4.4. Grandes mudanças institucionais, e políticas, no terreno energético 
     4.5. Brasil: acertos e equívocos em suas erráticas políticas energéticas
4.6. Quais perspectivas futuras na geopolítica da energia?

5. Os cinquenta anos que mudaram o mundo 
     5.1. As alavancas da grande transformação
     5.2. A divergência na prática

6. Sobressaltos da globalização, da belle époque ao entre guerras 
     6.1. O “mundo de ontem” foi de fato melhor?
     6.2. A segunda onda da globalização e o grande retrocesso
     6.3. Uma primeira desglobalização
     6.4. Inflação, desvalorização, depressão

7. Economia mundial: do livre comércio ao protecionismo 
     7.1. O eterno debate entre livre comércio e protecionismo
     7.2. Todas as nações são mais favorecidas, antes do retrocesso
     7.3. Justificativas oportunistas para o retorno ao protecionismo
     7.4. Antes da guerra real, a ‘guerra das tarifas’
     7.5. Do escudo tarifário à muralha dos contingenciamentos
     7.6. O impossível cálculo econômico na comunidade capitalista
     7.7. O pensamento econômico da diplomacia brasileira

8. As grandes mudanças da ordem econômica mundial desde o século XIX
     8.1. Do liberalismo clássico ao neoliberalismo contemporâneo
     8.2. Intervencionismo estatal e multilateralismo econômico no pós-guerra
     8.3. Existem analogias atuais com o mundo econômico do passado?
8.4. Existem lições a tirar, partindo dos grandes desastres do passado?

9. Os dois grandes conflitos globais: impactos econômicos 
     9.1. O espírito guerreiro, quase feudal, do início do século XX
     9.2. O nacionalismo belicoso
     9.2. Os orçamentos das guerras
     9.3. Consequências econômicas das guerras
     9.4. A grande mudança nas políticas econômicas

10. Finanças internacionais: do padrão ouro às desvalorizações agressivas 
     10.1. Construção e desconstrução do sistema financeiro internacional
     10.2. A grande transformação nas finanças internacionais
     10.3. Formação progressiva e percalços do padrão ouro
     10.4. Descoordenação monetária e cambial: as dívidas da guerra
     10.5. Novos tremores, e a descida para a anarquia monetária

11. Fundamentos de uma nova ordem econômica mundial: Bretton Woods
     11.1. O aprofundamento da desorganização econômica mundial
     11.2. Bretton Woods começou no Brasil, em 1942

12. A grande divergência e a América Latina, 1890-1940
     12.1. A concentração industrial na origem da grande divergência
     12.2. A lógica da economia malthusiana e a disparidade de rendas no mundo
     12.3. A difusão diferenciada de tecnologias inovadoras ao redor do mundo
     12.4. A América Latina começa a ficar para trás
     12.5. Rico como um argentino? Apenas por algum tempo...
12.6. As divergências se aprofundam, inclusive para o Brasil
12.7. Divergências também entre os próprios latino-americanos
12.8. Por que o mundo todo não é desenvolvido?

13. A América Latina na ordem econômica mundial desde o século XIX
     13.1. O itinerário da América Latina em dois séculos
     13.2. Como o mundo mudou, do século XIX ao século XXI?
     13.3. A América Latina no contexto da Grande Divergência
13.4. Final do século XIX: progressos modestos e inserção internacional
     13.5. A grande catástrofe de 1914-18 e suas consequências estruturais
     13.6. Padrões de convergência e de divergência ao longo do século XX
     13.7. A Ásia começa a tomar o lugar da América Latina
     13.8. A América Latina também começa a divergir internamente
            13.8.1. Os globalizados
            13.8.2. Os reticentes
            13.8.3. Os bolivarianos
     13.9. O que mudou, o que permaneceu, no longo prazo?
     13.10. Lições de um século perdido?

14. Dinâmicas da economia no século XX 
     14.1. As grandes tendências da economia mundial
     14.2. Transformações econômicas na primeira metade do século XX
     14.3. Expansão e crise econômica no pós-II Guerra Mundial
14.4. Tendências do comércio mundial: liberalismo, protecionismo, multilateralismo e neoprotecionismo
14.5. Tendências das finanças mundiais: padrão-ouro, padrão ouro-dólar e flutuação generalizada de moedas
14.6. A globalização capitalista e as desigualdades estruturais
14.7. A estrutura institucional da economia internacional

15. O Bric e a substituição de hegemonias: um exercício duvidoso
15.1. Por que o Bric e apenas o Bric?
15.2. Bric: uma nova categoria conceitual ou apenas um acrônimo apelativo?
15.3. O Bric na ordem global: papel relevante, ou apenas instância formal?
15.4. O Bric e a economia política da ordem mundial: contrastes e confrontos
15.5. Grandezas e misérias da substituição hegemônica: lições da História
15.6. Um acrônimo talvez invertido

16. O Brasil no Brics
16.1. O Brasil e os principais componentes de sua geoeconomia elementar
16.2. O sistema político brasileiro e sua posição na geopolítica mundial
16.3. Potencial e limitações da economia brasileira no contexto mundial
16.4. A emergência econômica e a presença política internacional do Brasil
16.5. A política externa brasileira e sua atuação no âmbito do Brics
16.6. O que busca o Brasil nos Brics? O que deveria, talvez, buscar?

17. A longa trajetória da América Latina na economia mundial
17.1. Da independência política à dependência econômica
17.2. A integração latino-americana no contexto da economia mundial
17.3. O Mercosul e a sub-regionalização da integração
17.4. A América Latina troca de lugar com a Ásia Pacífico
17.5. A América Latina começa uma fase de declínio na economia mundial
17.6. A América Latina e o fantasma do “neoliberalismo”
17.7. Por que a América Latina não decola? Alguma explicação plausível?
17.8. Avanços e recuos da América Latina: diagnóstico e prescrições
       17.8.1. Estabilidade macroeconômica
17.8.2. Microeconomia competitiva
17.8.3. Boa governança, instituições sólidas, regras estáveis
17.8.4. Alta qualidade dos recursos humanos, via educação geral e especializada
17.8.5. Abertura ao comércio internacional e aos investimentos estrangeiros
17.9. Aprofundamento do declínio ou superação dos impasses? 


Apêndices:
Livros publicados pelo autor
Nota sobre o autor 


Índice de tabelas e ilustrações: 

     1.1. Desempenho econômico em diferentes épocas, 1500-1980
     1.2. Crescimento da população, do PIB e do PIB per capita, 1870-1950
1.3. Evolução da população, do PIB e do PIB per capita, 1870-1950

     3.1. Importância econômica das colônias, 1913
     3.2. Domínios coloniais e semicoloniais em 1914
     3.3. Comércio dentro dos impérios (formais e informais), 1929-1938
     
     5.1. Indicadores econômicos de base das grandes potências, 1913-1940
     5.2. Evolução da renda per capita nas grandes potências, 1890-1945

     6.1. Evolução da produção de petróleo, 1890-1938
     
     7.1. Preços de commodities selecionadas, 1883-1913
     7.2. Tarifas sobre bens manufaturados, 1902-2000
     7.3. Tarifas médias de manufaturados importados, 1875 e 1913
     7.4. Tarifas Gerais e de Manufaturados, 1913 e 1925
     7.5. Tarifas médias ad valorem aplicadas a produtos manufaturados, 1913
     7.6. Declínio nos valores do comércio internacional, 1928-1938
     7.7. Declínio nos valores e recuperação nos volumes do comércio mundial, 1929-1937

     9.1. Valores per capita dos gastos militares (inclusive navais), 1870-1914
9.2. Despesas militares em % do PIB 1a. e 2a. guerras mundiais

     10.1. Estrutura internacional do padrão-ouro, final do século XIX
     10.2. EUA: Empréstimos estrangeiros insolventes, 31/12/1936

11.1. Valores das ações, setembro-dezembro 1929

     12.1. Potencial industrial total, 1880-1938
     12.2. Potencial industrial dos países em % do mundo, 1880-1938
     12.3. Renda per capita e crescimento econômico no mundo, 1700-1820
     12.4. Renda per capita no mundo e como % da Europa ocidental, 1820-1913
     12.5. Renda per capita e crescimento econômico no mundo, 1913-1940
     12.6. Tempo de difusão internacional, em anos, de tecnologias inovadoras
     12.7. Exportações líquidas de fios e tecidos de algodão, 1910
     12.8. População mundial e renda, % por regiões, 1879-1913
     12.9. Taxas de crescimento do PIB per capita, 1890-1929
     12.10. PIB per capita nas Américas, 1890-1940
     12.11. Crescimento econômico em países da América Latina, 1870-1950
     12.12. Concentração de exportações na periferia, 1900
     12.13. Estrutura da proteção comercial em 1913
     12.14. Taxas de matrículas no ciclo primário, 1830-1975
     12.15. Desigualdade na América Latina e na Europa ocidental pré-industriais
     12.16. Desigualdade de renda na América Latina, 1870-1970

     13.1. Renda per capita e crescimento econômico por regiões, 1700-1820
     13.2. Tarifas Aduaneiras Comparadas, 1865-1913
     13.3. Tarifas protecionistas e tarifas normais, 1913
     13.4. Integração de países da América Latina na economia mundial, 1913
     13.5. PIB per capita da América Latina em % do PIB per capita dos EUA
     13.6. Termos de intercâmbio, produtos primários
13.7. Comércio exterior da América Latina, 1913-1938
13.8. PIB per capita e taxas anuais de crescimento nas Américas, 1850-1989
13.9. Desempenho do PIB per capita em três fases do desenvolvimento capitalista
13.10. PIB per capita em % do PIB per capita dos EUA
13.11. América Latina e Ásia dinâmica comparadas

     15.1. Brics: posições no ranking mundial, indicadores selecionados, 2008
     15.2. Brics: dados macroeconômicos fundamentais, 2003-2010
     15.3. Brics: transações internacionais
     15.4. Brics: PIB em PPC em proporção do PIB mundial (%)
15.5. G7 e Brics: participação no PIB agregado, nas exportações de bens e serviços e na população mundial, 2008
     
16.1. A primeira divisão do mundo entre portugueses e espanhóis, 1493, 1494
16.2. A linha de Tordesilhas e o alargamento posterior do Brasil
16.3. Constituições e regimes políticos no Brasil, 1824-2014
16.4: Indicadores econômicos em duas fases do regime militar, 1970-1984
16.5. Indicadores econômicos nos governos FHC: 1995-2002
16.6. Indicadores econômicos nos governos Lula: 2003-2010
16.7. Indicadores econômicos agregados para as presidências FHC e Lula
16.8. Indicadores econômicos do governo Dilma Rousseff: 2011-2014
16.9. Brasil: taxas de crescimento médio anual cumulativo, 1995-2013
16.10. Quadro SWOT para o Brasil
16.11. Resultados do PISA 2012 para os países do Brics
16.12. Brics: receitas públicas em % do PIB, 2013
16.13. Doing Business, 2013, países e indicadores selecionados
16.14. Índice de Competitividade Global, 2014, países selecionados
16.15. Poupança nos Brics, 2013
16.16. Índice de preços de todas as commodities, 2000-2014

17.1. Taxas decenais de crescimento médio anual por regiões, 1980-2020


A história econômica da América Latina nos últimos dois séculos é de desenvolvimento: sua população e o produto per capita cresceram enormemente. Embora ocorrendo mais lentamente, também são observadas melhorias na expectativa de vida ao nascer e na educação. A porcentagem da população que vive em condições de pobreza tem caído substancialmente, embora com notáveis altos e baixo.
A história da região é também de instabilidade, tanto pela volatilidade do financiamento externo e dos termos de troca internacionais como pelos resultantes ciclos de atividade produtividade, com períodos de progresso sucedidos por outros de relativa estagnação ou retrocesso. É igualmente uma história de modificações frequentes e profundas nas políticas e nos modelos de desenvolvimento, em resposta a processos econômicos, sociais, políticos e a ideologias.
Finalmente, e muito importante, é uma história de desigualdade, que não apenas se expressa nas bem conhecidas desigualdades dentro de cada país, mas também naquela existente entre países latino-americanos e, mais ainda, entre esses últimos e os líderes da economia mundial.

Luis Bértola e José Antonio Ocampo: 
O desenvolvimento econômico da América Latina desde a Independência
Rio de Janeiro, Elsevier, 2015; Prefácio, p. xi-xii.

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quarta-feira, 1 de julho de 2020

Con su prestigio en juego, la diplomacia brasileña cuestiona a Bolsonaro - Janaina Figueiredo (La Nación




Con su prestigio en juego, la diplomacia brasileña cuestiona a Bolsonaro


En alianza con el ministro de Economía, Paulo Guedes, este nuevo Itamaraty relegó totalmente la integración regional en nombre de sus intereses prioritario Fuente: Reuters

La Nación, 1 de julio de 2020 

RÍO DE JANEIRO.- A fines de junio, los gobiernos de Francia y Alemania promovieron la realización de un encuentro virtual de la llamada Alianza para el Multilateralismo, nacida en abril, en plena pandemia del coronavirus . El gobierno de Brasil crítico feroz del multilateralismo , no participó, así como no participa de muchos foros internacionales y regionales considerados poco importantes por el gobierno del presidente Jair Bolsonaro .
En palabras de excancilleres, entre ellos el también el expresidente Fernando Henrique Cardoso la política exterior de Bolsonaro "transgrede la Constitución , impone al país costos de difícil reparación, como el desmoronamiento de la credibilidad externa, pérdidas de mercados y fuga de inversiones". Así lo expresaron en una carta pública que, según diplomáticos entrevistados por LA NACION, representa el sentimiento de un sector importante del hasta hace no mucho tiempo respetado Itamaraty .

Bolsonaro y Trump, en una reunión en 2009

En la semana en que habrá una cumbre virtual de presidentes del Mercosur, la peor relación con la Argentina en muchas décadas es solo uno de los aspectos cuestionados por embajadores ya retirados, excancilleres y pocos que siguen en actividad y se atreven a desafiar un régimen que varios consideran de miedo dentro de la cancillería brasileña, capitaneada por el polémico Ernesto Araújo , que dijo recientemente que el mundo sufría una pandemia de "comunavirus".
En alianza con el ministro de Economía, Paulo Guedes, este nuevo Itamaraty relegó totalmente la integración regional en nombre de sus intereses prioritarios. En este sentido, la tradicional alianza con la la Arg entina fue dejada de lado , ya que representa un obstáculo para los planes de Guedes de avanzar en la negociación de nuevos acuerdos de libre comercio, con o sin el consenso de todo el Mercosur.
Según explicó un negociador brasileño, "la nueva modalidad vigente en el bloque es la del "Mercosur a la carta" , o sea, en cada negociación los países miembros toman lo que les interese, sin perjudicar a los demás" . No está nada claro como esto funcionará en la práctica, pero la idea de Brasil, en principio aceptada por una Argentina que tampoco tiene interés en seguir los pasos del liberal Guedes, es esa. Poco se avanzará en la integración con países que no sigan el ritmo pretendido por Brasil, un poco alterado por la pandemia .

Transformaciones
Mientras tanto, pasa por transformaciones en función de los nuevos tiempos. La reforma interna implementada por Araújo generó resistencias. La sensación, entre muchos, es que la política exterior brasileña adquirió, según lo definió el veterano embajador Marcos Azambuja (muy recordado por su paso por Buenos Aires), "un comportamiento lunático" .
"Tenemos peleas gratuitas con China en plena pandemia, prácticamente no nos relacionamos con la Argentina y apostamos a una alianza exclusiva con Estados Unidos. Se están destruyendo décadas de trabajo de Itamaraty ", lamentó Azambuja.
Así llegó Brasil a la primera cumbre virtual del Mercosur . Con su política exterior atacada por grandes nombres de la diplomacia de las últimas décadas, alterando posiciones históricas en ámbitos como las Naciones Unidas y pensando, inclusive, en contratar asesores extranjeros. Según se supo recientemente, Araújo pretende incorporar al ejecutivo financiero norteamericano Gerald Brant -cercano a Steve Bannon , exasesor del presidente Donald Trump- a su equipo, lo que implicaría la necesidad de modificar el reglamento de contrataciones del Ministerio de Relaciones Exteriores.
"Lo que nos falta es tener un asesor del canciller que hable inglés, ya sería realmente el colmo de todo lo que estamos viviendo. Quedaría, apenas, adoptar el inglés como lengua oficial de Itamaraty", dijo el embajador Rubens Ricupero, que fue ministro del Medio Ambiente y de Hacienda, y es autor de libros como La diplomacia en la construcción de Brasil, 1750-2016 .
El embajador cree que desde que Bolsonaro llegó al poder, en enero de 2019, Brasil perdió su "capital de soft power , un activo esencial en los organismos multilaterales . En temas como medio ambiente y derechos humanos, por ejemplo, siempre ayudamos a construir. Hoy todas nuestras posiciones son negativas. Bolsonaro no busca resultados, busca lealtad ideológica ".

El vínculo con la Argentina, en su peor momento
El vínculo con la Argentina vive su peor momento . Después de haber establecido una muy buena relación con el gobierno de Mauricio Macri, el gobierno de Brasil dejó claro, desde un primer momento, que todo cambiaría el día en que Alberto Fernández asumiera el poder. Existe entre ambos presidentes un rechazo mutuo y, por parte de Brasil, la decisión de enfriar al máximo la interacción entre los dos gobiernos.
Hubo un veranito pasajero en febrero, cuando el canciller Felipe Solá visitó Brasilia. Fue recibido por Bolsonaro y se pensó en la posibilidad de un encuentro entre los dos presidentes en Montevideo, en el marco de la asunción de Luis Lacalle Pou . Eso finalmente no ocurrió y la relación se enfrió totalmente.
Felipe Solá se reunió con su par de Brasil, Ernesto Araujo, en febrero pasadoFelipe Solá se reunió con su par de Brasil, Ernesto Araujo, en febrero pasado Fuente: Reuters
El contacto de la embajada brasileña con el gobierno argentino está reducido a temas técnicos. No hay relación política y quedó claro que no la habría cuando Solá, ya designado canciller, intentó un encuentro con el embajador Sergio Danese, que en breve dejará Buenos Aires,y fracasó.
El ahora confirmado embajador argentino en Brasil, Daniel Scioli, tiene la expectativa de mejorar la relación y el tiempo dirá si lo logra. Pero el contexto que enfrentará es desfavorable .

"Lo único que importa es la relación con Trump"
"Para Araújo, lo único que importa es la relación con Trump. Ya lo era antes de que fuera nombrado canciller. Recuerdo haber organizado seminarios donde él, en ese momento un desconocido, hablaba de teorías de la conspiración, de combatir el globalismo y otras locuras. Lo eligieron porque siempre fue una persona de derecha, discreto y manipulable . Quien controla la política exterior es el presidente, junto con su hijo Eduardo (diputado) y asesores como Filipe Martins", aseguró el embajador Paulo Roberto de Almeida, crítico de varios gobiernos y también de Bolsonaro. Por sus ataques públicos a la gestión de Araújo enfrenta procesos administrativos internos y el intento de expulsarlo de la carrera diplomática.
Almeida opina que "el virtual canciller de Brasil es Eduardo Bolsonaro y eso se nota en momentos claves , como cuando mataron al general iraní Qassem Soleimani , el 3 de enero de este año. La nota de Itamaraty no fue escrita por diplomáticos de carrera". El texto decía que Brasil "manifiesta su apoyo a la lucha en contra del flagelo del terrorismo", lo que fue interpretado por Irán como un claro respaldo a Estados Unidos.
Diplomáticos brasileños tuvieron que explicar en Teherán porque el gobierno de Bolsonaro afirmó que "esa lucha (en contra del terrorismo) requiere la cooperación de toda la comunidad internacional sin que se busque cualquier justificativa o relativización del terrorismo".
Brasil, recordó el embajador Almeida, también dejó de condenar el bloqueo a Cuba y respaldó la política de Trump sobre Israel y los territorios palestinos. Por estas actitudes, entre otras, los excancilleres brasileños dijeron en la carta de repudio a la política exterior de Bolsonaro que "no se puede conciliar la independencia nacional con la subordinación a un gobierno extranjero cuyo confesado programa político es la promoción de su propio interés, por encima de cualquier otra consideración. Aliena la independencia un gobierno que se declara aliado de ese país, asumiendo como propia una agenda que amenaza arrastrar Brasil a conflictos con naciones con las cuales mantenemos relaciones de amistad e interés mutuo".
En alianza con el ministro de Economía, Paulo Guedes, este nuevo Itamaraty relegó totalmente la integración regional en nombre de sus intereses prioritario
En alianza con el ministro de Economía, Paulo Guedes, este nuevo Itamaraty relegó totalmente la integración regional en nombre de sus intereses prioritario Fuente: Reuters

Existem ministros ruins, e existem ministros piores, mas não piores que o chefe...

Bolsonaro é aconselhado a substituir Salles e Ernesto Araújo
Política ambiental e falta de pragmatismo no Itamaraty incomodam parlamentares
Jussara Soares e Camila Turtelli, O Estado de S.Paulo 
O Estado de S. Pulo, 30 de junho de 2020 | 05h00 

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro tem sido aconselhado por auxiliares e parlamentares a ampliar sua “agenda positiva” na relação com outros Poderes e substituir os ministros Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e Ernesto Araújo, das Relações Exteriores. Embora contem com o apreço do presidente e do núcleo ideológico, os dois são considerados problemáticos por integrantes do próprio governo e vistos como entraves para o avanço de acordos comerciais internacionais.  
A condução da política ambiental de Salles é apontada como um empecilho para acordos comerciais bilaterais e, até mesmo, para que o País receba investimentos externos. Na semana passada, um grupo formado por quase 30 fundos de investimento com US$ 3,7 trilhões exigiu que o Brasil freie o crescente desmatamento no País.  
Jair BolsonaroBolsonaro tem sido cobrado a ser mais pragmático nas nomeações do governo Foto: Dida Sampaio / Estadão
Já o caso de Ernesto Araújo, alinhado ao guru ideológico Olavo de Carvalho, é mais delicado e o motivo é a necessidade de alguém mais pragmático à frente do Itamaraty. Numa conversa neste fim de semana com um integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), um ministro de Bolsonaro disse que o chanceler se inviabilizou na função, apesar de contar com o apoio dos filhos do presidente. É a mesma situação do ex-ministro Abraham Weintraub.  
Na segunda-feira, 29, em uma reunião no gabinete da Vice-Presidência, o governo discutiu a estratégia de reação às cobranças internacionais. Está prevista para a próxima semana uma reunião com integrantes de alguns dos signatários da carta que pediram um freio no desmatamento. Além do vice Hamilton Mourão, de Salles e de Araújo, participaram a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o presidente da Apex, Sérgio Segovia.  
Havia um grupo que defendia que Salles ficasse de fora da conversa com investidores, mas a reunião ontem definiu que o ministro do Meio Ambiente participará e fará a defesa da agenda de pagamento de serviços ambientais, enquanto que a Mourão caberá explanar sobre o Conselho da Amazônia e as ações de fiscalização. Já ministra Tereza Cristina defenderá a regularização fundiária, e Araújo falará das relações comerciais envolvendo Mercosul e União Europeia
As queixas de parlamentares sobre a atuação de Salles e Araújo têm chegado a Mourão. O deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), da Frente Ambientalista, tem sido um porta-voz da insatisfação. “Ele (Salles) perdeu credibilidade para estar à frente do Ministério do Meio Ambiente. Foram vários pedidos de impeachment protocolados, inclusive da sociedade civil. Já fez o Brasil passar vergonha demais. Está na contramão da história, infelizmente”, afirmou ele ao Estadão.  
Também integrante da bancada ruralista e líder do Solidariedade na Câmara, o deputado Zé Silva(MG) é outro que levou ao governo a preocupação com o atual cenário. “Os sinais dos compradores do agro brasileiro e do mercado financeiro acedem um sinal amarelo em relação à administração das políticas ambientais do País”, disse. 
A Câmara tenta acelerar a votação de projetos ambientais, diante de críticas internacionais sobre a gestão do setor no governo brasileiro. A ideia é dar sinais positivos para acalmar investidores estrangeiros, principalmente do agronegócio.  
Em um acordo entre ambientalistas e ruralistas, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pautou para essa semana a votação do Protocolo de Nagoya. “É o mais importante regulamento da Convenção de Biodiversidade. O Brasil ajudou a escrever o documento, assinou, mas nunca ratificou. Ficou parado de anos”, afirmou o deputado Rodrigo Agostinho. 

Contrapartida
A votação é uma das respostas do Parlamento sobre a questão ambiental. A contrapartida seria a substituição de Salles. O ministro é alvo de um pedido de impeachment feito por deputados. Desde sua fala revelada no vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, em que diz querer “aproveitar esse período de pandemia para passar a boiada” e simplificar as normas ambientais por decreto, o incômodo com a permanência de Salles no governo, por parte de empresários e da oposição, aumentou. 
O ministro se defende e diz que é normal haver críticas à uma postura “mais econômica” sobre o meio ambiente. Segundo ele, a pasta tem “uma visão muito clara de que é preciso dar valor econômico ao ativo florestal brasileiro”. “Trazer recursos financeiros para remunerar a floresta em pé, os serviços ambientais e para ter instrumentos que tragam prosperidade para as pessoas melhorarem de vida e com isso respeitarem mais o meio ambiente”, afirmou Salles.  
Para o ministro, as críticas são algo normal. “Que vai haver pressão política contra a visão do governo, contra essa postura mais econômica de dar destinação sempre vai haver, a política é assim. É normal”, disse ele.

terça-feira, 30 de junho de 2020

The New Cold War USA-China - Stephen Walt (Foreign Policy)



Everyone Misunderstands the Reason for the U.S.-China Cold War
The left says it’s U.S. arrogance. The right says it’s Chinese malevolence. Both are wrong.
FOREIGN POLICY, JUNE 30, 2020, 11:02 AM

The United States is pretty polarized these days, but nearly everyone seems to agree that China is a big problem. The Trump administration has been at odds with China on trade issues since day one, and its 2017 National Security Strategy labeled China a “revisionist power” and major strategic rival. (President Donald Trump himself seems to have been willing to give Beijing a free pass if it would help him get reelected, but that’s just a sign of his own venality and inconsistent with the administration’s other policies.) Presumptive Democratic nominee Joe Biden may have started his campaign in 2019 downplaying fears that China was going to “eat our lunch,” but his campaign has grown increasingly hawkish over time.
Not surprisingly, hard-line Republican members of Congress like Josh Hawley and Matt Gaetz have been sounding the alarm as well, while progressives and moderates warn of a “new cold war” and call for renewed dialogue to manage the relationship. Despite their differing prescriptions, all of these groups see the state of Sino-American relations as of vital importance.
Unfortunately, discussion of the Sino-American rivalry is also succumbing to a familiar tendency to attribute conflict to our opponents’ internal characteristics: their ruling ideology, domestic institutions, or the personalities of particular leaders. This tendency has a long history in the United States: The country entered World War I in order to defeat German militarism and make the world safe for democracy, and later it fought World War II to defeat fascism. At the dawn of the Cold War, George Kennan’s infamous “X” article (“The Sources of Soviet Conduct”) argued that Moscow had a relentless and internally motivated urge to expand, driven by the need for foreign enemies to justify the Communist Party’s authoritarian rule. Appeasement would not work, he argued, and the only choice was to contain the Soviet Union until its internal system “mellowed.” More recently, U.S. leaders blamed America’s problems with Iraq on Saddam Hussein’s recklessly evil ambitions and portrayed Iran’s leaders as irrational religious fanatics whose foreign-policy behavior is driven solely by ideological beliefs.
In all of these conflicts, trouble arose from the basic nature of these adversaries, not from the circumstances they found themselves in or the inherently competitive nature of international politics itself.
And so it is with China today. Former National Security Advisor H.R. McMaster maintains that China is a threat “because its leaders are promoting a closed, authoritarian model as an alternative to democratic governance and free-market economics.” Secretary of State Mike Pompeo agrees: In his view, relations have deteriorated because “it’s a different Chinese Communist Party today than it was 10 years ago. … This is a Chinese Communist Party that has come to view itself as intent upon the destruction of Western ideas, Western democracies, Western values.” According to Sen. Marco Rubio: “Chinese Communist Party power serves no purpose but to strengthen the party’s rule and to spread its influence around the world. … China is an untrustworthy partner in any endeavor whether it’s a nation-state project, an industrial capacity, or financial integration.” The only way to avoid a conflict, Vice President Mike Pence said, is for China’s rulers to “change course and return to the spirit of ‘reform and opening’ and greater freedom.”
Even far more sophisticated China watchers, such as former Australian Prime Minister Kevin Rudd, attribute much of China’s increasingly assertive stance to President Xi Jinping’s centralization of power, and Rudd sees this behavior as “an expression of Xi Jinping’s personal leadership temperament, which is impatient with the incremental bureaucratism endemic to the Chinese system, and with which the international community had become relaxed, comfortable, and thoroughly accustomed.” The implication is that a different Chinese leader would be a much less serious problem. Similarly, Timothy Garton Ash believes that the “primary cause of this new cold war is the turn taken by the Chinese communist party leadership under Xi Jinping since 2012: more oppressive at home, more aggressive abroad.” Other observers point to rising nationalism (whether spontaneous or government-sponsored) as another key factor in China’s greater foreign-policy assertiveness.
Relying on categories originally conceived by the late Kenneth Waltz, international relations scholars variously refer to such accounts as “unit-level,” “reductionist,” or “second-image” explanations. The many variations within this broad family of theories all view a country’s foreign-policy behavior as primarily the result of its internal characteristics. Thus, U.S. foreign policy is sometimes attributed to its democratic system, liberal values, or capitalist economic order, just as the behavior of other states is said to derive from the nature of their domestic regime, ruling ideology, “strategic culture,” or leaders’ personalities.
Explanations based on domestic characteristics are appealing in part because they seem so simple and straightforward: Peace-loving democracies act that way because they are (supposedly) based on norms of tolerance; by contrast, aggressors act aggressively because they are based on domination or coercion or because there are fewer constraints on what leaders can do.
Focusing on the internal characteristics of other states is also tempting because it absolves us of responsibility for conflict and allows us to pin the blame on others. If we are on the side of the angels and our own political system is based on sound and just principles, then when trouble arises, it must be because Bad States or Bad Leaders are out there doing Bad Things. This perspective also provides a ready solution: Get rid of those Bad States or those Bad Leaders! Demonizing one’s opponents is also a time-honored way of rallying public support in the face of an international challenge, and that requires highlighting the negative qualities that are supposedly making one’s rivals act as they are.
Unfortunately, pinning most of the blame for conflict on an opponent’s domestic characteristics is also dangerous. For starters, if conflict is due primarily to the nature of the opposing regime(s), then the only long-term solution is to overthrow them. Accommodation, mutual coexistence, or even extensive cooperation on matters of mutual interest are for the most part ruled out, with potentially catastrophic consequences. When rivals see the nature of the other side as a threat in itself, a struggle to the death becomes the only alternative.
What unit-level explanations either overlook or downplay are the broader structural factors that have made Sino-American rivalry inevitable. First and foremost, the two most powerful countries in the international system are overwhelmingly likely to be at odds with each other. Because each is the other’s greatest potential threat, they will inevitably eye each other warily, go to considerable lengths to reduce the other’s ability to threaten their core interests, and constantly look for ways to gain an advantage, if only to ensure that the other side does not gain an advantage over them.
Even if it were possible (or worth the risk), internal changes in either the United States or China are unlikely to eliminate these incentives (or at least not anytime soon). Each country is trying—with varying degrees of skill and success—to avoid being in a position where the other can threaten its security, prosperity, or domestic way of life. And because neither can be completely sure what the other might do in the future—a reality amply demonstrated by the erratic course of U.S. foreign policy in recent years—both are actively competing for power and influence in a variety of domains.
This troubling situation is exacerbated by the incompatibility of their respective strategic objectives, which derive in part from geography and from the legacies of the past century. Quite understandably, China’s leaders would like to live in as secure a neighborhood as possible, for the same reasons that the United States formulated and eventually enforced the Monroe Doctrine in the Western Hemisphere. Beijing need not impose one-party state capitalist regimes around its periphery; it just wants all of its neighbors to be mindful of its interests and does not want any of them to pose a significant threat. Toward that end, it would like to push the United States out of the region so that it no longer has to worry as much about U.S. military power and so that its neighbors cannot count on American help. This goal is hardly mystifying or irrational: Would any great power be happy if the world’s most powerful country had significant military forces arrayed nearby and had close military alliances with many of its immediate neighbors?
The United States has good reasons to remain in Asia, however. As John Mearsheimer and I have explained elsewhere, preventing China from establishing a dominant position in Asia strengthens U.S. security by forcing China to focus more attention closer to home and making it harder (though of course not impossible) for China to project power elsewhere in the world (including areas closer to the United States itself). This strategic logic would still apply if China were to liberalize or if America were to adopt Chinese-style state capitalism. The result, unfortunately, is a zero-sum conflict: Neither side can get what it wants without depriving the other.
Thus, the roots of the present Sino-American rivalry have less to do with particular leaders or regime types and more to do with the distribution of power and the particular strategies that the two sides are pursuing. This is not to say that domestic politics or individual leadership do not matter at all, either in influencing the intensity of the competition or the skill with which each side wages it. Some leaders are more (or less) risk acceptant, and Americans are currently getting (another) painful demonstration of the harm that incompetent leadership can inflict. But the more important point is that new leaders or profound domestic changes are not going to alter the inherently competitive nature of U.S.-Chinese relations.
From this perspective, both progressives and hard-liners in the United States are getting it wrong. The former believe that China poses at most a modest threat to U.S. interests and that some combination of accommodation and skillful diplomacy can eliminate most if not all of the friction and head off a new cold war. I’m all for skillful diplomacy, but I do not believe it will suffice to prevent an intense competition that is primarily rooted in the distribution of power.
As Trump said of his trade war, hard-liners think a competition with China will be “good and easy to win.” In their view, all it takes is more and tougher sanctions, a decoupling of the U.S. and Chinese economies, a big increase in U.S. defense spending, and a rallying of like-minded democracies to the U.S. side, with the ultimate goal of ending Chinese Communist Party rule. Apart from the obvious costs and risks of this course of action, this view overstates Chinese vulnerabilities, understates the costs to the United States, and greatly exaggerates other states’ willingness to join an anti-Beijing crusade. China’s neighbors do not want it to dominate them and are eager to maintain ties with Washington, but they have no desire to get dragged into a violent conflict. And there is little reason to believe that a supposedly more liberal China would be any less interested in defending its own interests and any more willing to accept permanent inferiority to the United States.
So what does a more structural view of this situation imply?
First, it tells us that we are in it for the long haul; no clever strategy or bold stroke of genius is going to solve this conflict once and for all—at least not anytime soon.
Second, it is a serious rivalry, and the United States should conduct in a serious way. You don’t deal with an ambitious peer competitor with a bunch of amateurs in charge or with a president who puts his personal agenda ahead of the country’s. It will take intelligent military investments, to be sure, but a major diplomatic effort by knowledgeable and well-trained officials is going to be of equal if not greater importance. Maintaining a healthy set of Asian alliances is essential because the United States simply cannot remain an influential power in Asia without a lot of local support. The bottom line: America cannot entrust the care and feeding of those relationships to campaign contributors, party hacks, or dilettantes.
Third, and perhaps most important, both sides have a genuine and shared interest in keeping their rivalry within boundaries, both to avoid unnecessary clashes and to facilitate cooperation on issues where U.S. and Chinese interests overlap (climate change, pandemic prevention, etc.). One cannot eliminate all risks and prevent future crises, but Washington must be clear about its own red lines and make sure it understands Beijing’s. This is where unit-level factors kick in: The rivalry may be hard-wired into today’s international system, but how each side handles the competition will be determined by who is in charge and by the quality of their domestic institutions. I would not assume that America’s will fall short, but I wouldn’t be complacent about that either.

Stephen M. Walt is the Robert and Renée Belfer professor of international relations at Harvard University.