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terça-feira, 18 de julho de 2023

Vidas Paralelas? Os processos de integração da América Latina comparados com os esquemas da Ásia Pacífico (2015) - Paulo Roberto de Almeida

 Um trabalho inédito, feito em 2015, antes que o TPP fosse confirmado, e antes de muitos outros desenvolvimentos nas duas regiões: 

Vidas Paralelas? Os processos de integração da América Latina comparados com os esquemas da Ásia Pacífico

Parallel lives? Regional integration processes in Latin America compared to the schemes in the Asia Pacific region.

 

Paulo Roberto de Almeida (2015)

 

Resumo: Ensaio sobre os processos de integração regional na América Latina e na região da Ásia Pacífico, em caráter comparativo e em perspectiva histórica. Examina as diferentes modalidades e esquemas de integração, em ambas as regiões, com destaque para os experimentos de áreas preferenciais de comércio – bem mais disseminados na região asiática – e de livre comércio ou de união aduaneira, sucessivamente tentados na América Latina, mas não conduzidos até sua implementação completa. Contrasta as políticas econômicas – macro e setoriais – aplicadas em cada uma das regiões, destacando o caráter mais aberto ao comércio internacional e aos investimentos estrangeiros no Pacífico asiático e a natureza mais introvertida, ou protecionista, com maior grau de dirigismo econômico, dos esquemas existentes na região latino-americana. Observa que, desde os anos 1960 se operou uma notável inversão de inserção econômica internacional de cada uma das duas regiões, uma vez que as perspectivas relativamente favoráveis existentes para a América Latina até os anos 1970 foram finalmente transferidas para a região asiática, que se inseriu de modo mais completo na economia mundial.

Palavras-chave: Integração regional. América Latina. Ásia Pacífico. Avaliação.

 

Abstract: Analytical essay dealing with the regional integration processes in Latin America and in the Asia Pacific regions, in historical perspective and with a comparative approach. Attempts an evaluation of the various modalities of the integration schemes, from more simple forms, as the preferential trade areas – more common in the Asia Pacific region – to the more complex free trade zones or customs unions, in implementation, albeit not completely, in the Latin American region. Compare and assess their differing economic policies – both macroeconomic and sectorial – and stress the more open features of the Asia experiments, integrated into the world trade and foreign investment flows, in contrast with the more introverted and protectionist nature of the Latin American experiments, characterized by various degrees of economic intervention by the States. A final observation can be made as to the clear inversion of the roles and respective places of the two regions in the world economy, from the early 1960s to our days, since the more favorable perspectives of Latin America seem to be transferred to the Asia Pacific region, where a deeper integration into the international productive networks is being operated. 

Kew words: Regional integration. Latin America. Asia Pacific. Assessment.

 

Ler a íntegra aqui: 

https://www.academia.edu/104708639/2796_Vidas_Paralelas_Os_processos_de_integra%C3%A7%C3%A3o_da_Am%C3%A9rica_Latina_comparados_com_os_esquemas_da_%C3%81sia_Pac%C3%ADfico_2015_

sábado, 24 de junho de 2023

Ah, esse ambicionado Prêmio Nobel da Paz... - Paulo Roberto de Almeida (Crusoé)

Meu artigo publicado mais recente: 

1513. Ah, esse ambicionado Prêmio Nobel da Paz...”, Brasília, 11 junho 2023, 3 p. Artigo sobre os prêmios Nobel e a pretensão de Lula de conquistar um da Paz para si. Publicado na revista Crusoé (23/06/2023; link: https://crusoe.uol.com.br/secao/paulo-roberto-de-almeida/ah-esse-ambicionado-nobel-da-paz/?utm_source=crs-site&utm_medium=crs-login&utm_campaign=redir). Relação de Originais n.  4412.

Ah, esse ambicionado Prêmio Nobel da Paz...

  

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.

Artigo sobre os prêmios Nobel e a pretensão de Lula de conquistar um da Paz para si. Publicado na revista Crusoé

  

O testamento de Alfred Nobel, reservando uma parte de sua imensa fortuna para premiar cinco personalidades que, no ano anterior, realizaram grandes feitos em favor da humanidade, foi finalizado em 1895, prevendo a distribuição de prêmios nas seguintes áreas: física, química, medicina, literatura e a promoção da paz e da amizade entre as nações. Mas, os primeiros prêmios só foram concedidos a partir de 1901, em função de dissensões familiares quanto à repartição de seu legado. Os prêmios científicos e de literatura seriam avaliados por academias suecas dos respectivos setores, enquanto o da paz estaria a cargo do parlamento norueguês, cujo reino, naquela época, era unido ao da Suécia. Bem mais tarde, em 1968, foi introduzido um prêmio Nobel em Economia, a ser atribuído pelo Banco Nacional da Suécia. 

Ao longo dos anos, com poucas exceções, os prêmios foram sendo atribuídos, previsivelmente para cientistas, pesquisadores, literatos dos próprios países avançados, onde naturalmente estavam concentradas as pesquisas científicas e a produção intelectual. Paulatinamente, escritores e cientistas dos demais países, alguns que hoje se situam no que vem sendo chamado de Sul Global, foram sendo contemplados, alguns dos quais bem próximos do Brasil, mas jamais alguém de nacionalidade brasileira (embora alguns cientistas que viveram ou trabalharam no Brasil tenham recebido a graça). Tentativas foram feitas, candidaturas foram apresentadas, mas a sorte foi ingrata com o país abençoado por Deus, ou onde ele teria supostamente o seu lugar de eleição.

(...)

... muitas das democracias ocidentais, entre elas todos os membros da Otan, contestam, inclusive, a suposta imparcialidade do Brasil, para liderar um “clube da paz”, uma vez que Lula, mais identificado atualmente por sua simpática postura em favor de ditaduras de esquerda, tem consistentemente dado mostras de defender o lado russo. Esse posicionamento ocorre a despeito do fato de a diplomacia brasileira ter votado condenando a Rússia na Assembleia Geral da ONU, mas em resoluções puramente simbólicas da, pois que desprovidas do poder coercitivo que teria uma decisão do seu Conselho de Segurança. A proposta de “cessação de hostilidades”, agregada a uma dessas resoluções, só favoreceria a Rússia de Putin, pois que “congelando”, de certa forma, as forças sobre o terreno, sendo que a potência agressora ocupa boa parte da Ucrânia oriental e meridional. 

Não será, portanto, com qualquer manobra inovadora em torno do pior conflito militar na Europa, desde o final da Segunda Guerra Mundial, que Lula conquistará o ambicionado Prêmio Nobel da Paz. Ele terá de pensar em outras iniciativas, de grande peso na atualidade, para almejar o mítico prêmio. Que tal começar por um grande dever de casa, e fazer cessar, por completo, as hostilidades de madeireiros e garimpeiros contra a paz dos povos originários da Amazônia? Eis uma missão que poderia valer como um 13º trabalho de Hércules...


Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4412, 11 junho 2023

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Ler a íntegra no site da revista Crusoé: 

 https://crusoe.uol.com.br/secao/paulo-roberto-de-almeida/ah-esse-ambicionado-nobel-da-paz/?utm_source=crs-site&utm_medium=crs-login&utm_campaign=redir

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Las cuatro lecciones que Uruguay le puede enseñar al resto de América Latina - Brian Winter (La Nación)

Las cuatro lecciones que Uruguay le puede enseñar al resto de América Latina

La democracia más fuerte de la región ofrece muchas lecciones, incluido el valor de una sólida red de seguridad social

Brian Winter

 La Nación, Buenos Aires - 1.2.2023

 

Montevideo - Fue una escena que inspiró admiración, y no poca envidia, en toda América Latina. En la toma de posesión del pasado primero de enero del presidente de Brasil, Luiz Inacio Lula da Silva, estuvieron presentes no uno, sino tres presidentes de Uruguay: el actual mandatario, Luis Lacalle Pou, así como los expresidentes José “Pepe” Mujica (2010-2015) y Julio María Sanguinetti (1985-1990; 1995-2000), rivales históricos en la política uruguaya, uno de izquierda, otro de centroderecha, sonriéndose y dándose palmaditas en la espalda mientras las cámaras grababan.

En otra época, una escena así podría haberse considerado banal. Pero en esta época de extrema polarización y agitación social en toda América Latina, la muestra de unidad fue tratada nada menos que como una revelación en Twitter y demás sitios. “Los uruguayos son siempre tan civilizados que no sé cómo nos soportan como vecinos”, bromeó Bruno Bimbi, periodista argentino. “Por eso Uruguay es Uruguay, y es la democracia con más calidad de la región y una de las mejores del mundo”, escribió Daniel Zovatto, destacado politólogo en Panamá. Los periódicos brasileños señalaron celosamente el contraste con su propio país; el predecesor de Lula, Jair Bolsonaro, no asistió a la inauguración tras perder las elecciones, y en su lugar voló a Orlando, en Florida.

Francamente, no era la primera vez que Uruguay parecía estar una realidad aparte. El país tiene la renta per cápita más alta de América Latina (unos 17.000 dólares), la tasa de pobreza más baja (7%) y uno de los niveles de desigualdad más bajos. La matriz energética uruguaya es la más verde de la región, y se prevé que su economía crezca un saludable 3,6% en 2023, más del doble que el promedio latinoamericano.

Los estudios internacionales sitúan con frecuencia a Uruguay como el país menos corrupto de la región; The Economist Intelligence Unit lo clasificó como la décima tercera democracia más fuerte del mundo, por delante del Reino Unido (18), España (24) y Estados Unidos (26), y muy por delante de países de la región como Brasil (47), Colombia (59) o México (86).

Este éxito no ha pasado desapercibido en otros lugares de la región y, de hecho, del mundo. En mayo pasado se celebró en la Universidad Católica de Chile una conferencia titulada “El caso uruguayo: ¿un modelo posible?”, centrada en cómo ha combinado el crecimiento económico con una sólida red de seguridad social.

Uruguay está atrayendo cifras récord de expatriados no solo de Argentina, como suele ocurrir en tiempos de crisis, sino también de Brasil, Chile, Venezuela y otros países. La ciudad turística de Punta del Este se convirtió en un imán para los trabajadores extranjeros durante la pandemia, impulsando un boom inmobiliario estimado en 6000 millones de dólares en nuevas inversiones solo en los últimos tres años.

La idea de que Uruguay se está convirtiendo en una especie de Singapur para América del Sur, un relativo oasis para los negocios y el comercio en un continente convulso, ha atraído la atención de empresas globales y grandes potencias, por igual; el gobierno conservador de Lacalle Pou inició recientemente negociaciones para cerrar acuerdos comerciales con China y Turquía.

Tim Kaine, demócrata del Comité de Relaciones Exteriores del Senado de Estados Unidos, calificó recientemente a Uruguay de “modelo en muchos sentidos” y se preguntó por qué Estados Unidos no está invirtiendo más o impulsando su propia agenda comercial en este país.

Dado todo este interés, viajé a Montevideo en noviembre con la esperanza de responder a las preguntas: ¿qué podemos aprender de Uruguay? ¿Cuáles son los secretos de su relativo éxito? A lo largo de una semana, entrevisté a destacados políticos, analistas, líderes empresariales y gente corriente, en un esfuerzo por comprender los puntos fuertes y débiles de Uruguay, y cómo otros países de América, incluido Estados Unidos, podrían aprender de ellos. Asistí a un mitin político; caminé por la rambla de la capital; me comí un chivito, el plato nacional no oficial que consiste en carne con jamón, panceta, queso y un huevo frito. Bueno, me comí dos.

A pesar de estas delicias, una de las conclusiones más obvias de mi visita fue la siguiente: Uruguay no es un paraíso. Es un país que tuvo su mejor momento hace más de un siglo, cuando las exportaciones agrícolas lo convirtieron brevemente, junto con la Argentina, en uno de los diez países más ricos del mundo. Desde entonces, ha habido largos periodos en los que la economía apenas creció, y hoy los economistas afirman que su rendimiento está muy por debajo de su potencial, con una tasa media de crecimiento anual de solo el 1% en los cinco años anteriores a la pandemia. Montevideo puede parecer una versión más gris y menos dinámica de Buenos Aires; incluso en los barrios acomodados, a casi todo le vendría bien una mano de pintura.

El Uruguay actual se enfrenta a una ola de delincuencia realmente aterradora, con una tasa de homicidios que casi duplica la de la Argentina o Chile, causada en parte por la expansión de bandas criminales procedentes de otros lugares de la regiónSolo el 40% de los estudiantes terminan el bachillerato, una de las tasas más bajas de América Latina, aunque los resultados de los exámenes son altos en comparación con la región.

A fines de 2022, estalló un escándalo de corrupción que involucraba la administración de Lacalle Pou y que puso en entredicho la reputación del país de tener un gobierno no corrupto que había sido tan cuidadosamente cultivada.

Del mismo modo, es razonable preguntarse hasta qué punto el éxito de Uruguay es realmente replicable en otros lugares de América Latina.

Muchos brasileños y argentinos ponen los ojos en blanco, alegando que la pequeña población de Uruguay, de unos 3,4 millones de habitantes, hace que sea mucho más fácil gobernar. (Esto ignora el hecho de que, por ejemplo, Honduras y El Salvador también son pequeños).

Otros dicen que la historia de la inmigración europea ha hecho de Uruguay un lugar “homogéneo” y, por tanto, próspero. (Esto es manifiestamente falso, y también racista, pero lo he oído muchas veces). Otros susurran que Uruguay puede tener algunos méritos, pero que se ha beneficiado sobre todo de los errores de la Argentina y Brasil, en consonancia con su historia como Estado amortiguador sujeto a los ciclos de sus mucho más grandes vecinos.

Pero también es cierto que la historia de Uruguay es más… bueno, cercana… de lo que muchos suponen. La próspera democracia actual fue una dictadura en 1985, plagada de las mismas divisiones y violaciones de los derechos humanos que se han observado en otros lugares del continente. ¿Esa envidiable tasa de pobreza del 7%? Hace solo 20 años, alcanzaba el 40%, en medio de una crisis económica tan grave que Uruguay exportaba miles de trabajadores cualificados, en lugar de recibirlos.

Según Sanguinetti, uno de los dos expresidentes que inspiraron tanta admiración, incluso la bonhomía política que se exhibió en la toma de posesión de Lula costó trabajo construirla y corre peligro de desvanecerse.

“Si la gente cree que Uruguay siempre fue así, se equivoca”, me dijo riendo Sanguinetti, de 87 años. “Nada es fácil. Estoy seguro de que hay lecciones que humildemente podemos ofrecer a los demás”.

De hecho, hay muchas. Pero basándome en mis viajes e investigaciones, destacaría cuatro aspectos que ayudan a explicar la imperfecta historia de éxito de Uruguay:

 

1)  Una red de seguridad social refuerza la democracia

 

Mujica, el otro expresidente que viajó a la toma de posesión de Lula, consiguió seguidores en todo el mundo en la década de 2010 como una especie de oráculo del anticonsumismo, al seguir conduciendo su Volkswagen Beetle de 1987 de ida y vuelta a su humilde granja en las afueras de Montevideo todos los días mientras ocupaba el cargo, en lugar de vivir en el palacio presidencial, y también al donar el 90% de su salario a obras de caridad.

Y aunque Mujica nunca fue tan popular en su país como lo fue en el extranjero, una de sus frases más famosas capta indudablemente el ethos uruguayo: “Nadie es más que nadie”.

Esa filosofía igualitaria sobresale en América Latina, donde la mayor brecha existente en el mundo entre ricos y pobres ha alimentado innumerables conflictos sociales a lo largo de los años. Y aunque sigue siendo más un ideal que una realidad, ha sostenido lo que en algunos aspectos es el Estado de bienestar más antiguo y generoso de la región.

En la actualidad, alrededor del 90% de la población uruguaya mayor de 65 años está cubierta por el sistema de pensiones, una de las tasas más altas de la región. El Estado proporciona seguro de desempleo, transferencias monetarias a las familias de bajos ingresos, recursos para el cuidado de niños y ancianos, y un sistema de sanidad pública.

Pagar todo esto no es barato, por supuesto. Uruguay recauda alrededor del 27% de su PBI en impuestos, por encima de la media latinoamericana (22%), aunque menos que Brasil (32%) y la Argentina (29%), y muy por debajo de la media de la OCDE (34%), un club compuesto en su mayoría por países europeos desarrollados. En general, el gobierno desempeña un papel importante en la economía uruguaya: las empresas estatales dominan el sector petrolero, los préstamos hipotecarios e incluso la transmisión de datos de internet. Aproximadamente uno de cada cinco trabajadores está empleado por el sector público, según el Banco Mundial.

Javier de Haedo, economista vinculado a la centroderecha uruguaya, afirma que la economía se ha visto afectada por un ciclo de largo plazo de crecientes demandas sociales, aumentos de impuestos y reestructuraciones periódicas de la deuda. “Esa es la historia de Uruguay”, me dijo. “La única solución es crecer más”.

Lacalle Pou llegó al cargo con un programa de reformas favorables a las empresas tras 15 años de gobierno del izquierdista Frente Amplio (FA). Pero por un golpe del destino fue investido el 1 de marzo de 2020, 12 días antes de que apareciera el primer caso de Covid-19 en Uruguay. Ha pasado gran parte de su mandato gestionando la pandemia en lugar de aprobar leyes.

Pero incluso Lacalle Pou y sus aliados se centran más en introducir ajustes en el sistema vigente -por ejemplo, aumentar la edad mínima de jubilación- que en derribarlo por completo.

En Uruguay se escucha muy poco acerca de la acalorada retórica sobre el socialismo o el neoliberalismo que domina la política en otros lugares de América Latina. “Casi no importa quién esté en el poder; hay una especie de consenso socialdemócrata que no cambia en lo fundamental”, afirma Nicolás Saldías, analista uruguayo para América Latina de The Economist Intelligence Unit.“Lo que se oye son debates sobre las tasas de impuestos, más que sobre el impuesto en sí”, añade.

De Haedo, el economista crítico, reconoció que ha habido “ejemplos espectaculares” de buena administración por parte del sector público.

Puede que el modelo uruguayo no sea para todos. Pero en una época en la que las demandas de mayores derechos sociales y servicios han invadido América Latina, provocando violentas protestas y una grave inestabilidad en países como Chile, Ecuador, Perú y otros, es difícil no darse cuenta de que Uruguay está… bastante tranquilo. Incluso después de la pandemia, los uruguayos consideraban en general que sus necesidades básicas estaban cubiertas.

En una encuesta publicada en mayo de 2022 por las Naciones Unidas, el 37% de los uruguayos dijo que su situación socioeconómica era buena, el 48% la consideró ni buena ni mala, y solo el 14% la calificó como mala. Dada la relativa satisfacción con el statu quo, no parece casualidad que Uruguay nunca haya elegido a un verdadero populista ideológicamente de izquierda o de derecha, mientras que los pilares fundamentales de una economía estable basada en el mercado también son ampliamente aceptados.

Hablé con un grupo de jóvenes activistas del Partido Nacional de Lacalle Pou, de centroderecha, y ellos también parecían apreciar el equilibrio. “La gente en Uruguay se siente protegida”, dice María Ángela Rosario, de 27 años. “No conozco a nadie que quiera cambiar eso en lo fundamental”.

2) La carrera se gana despacio y con constancia

Hacer algo a la uruguaya significa hacerlo despacio, gradual y deliberadamente. Es un aspecto célebre de la cultura local, tan uruguayo como tomar mate o contemplar la puesta de sol sobre el Río de la Plata (ambas cosas, no por casualidad, se deben hacer a la uruguaya).

Y, como tantas otras cosas aquí, puede ser un arma de doble filo.

Cuando se propone una nueva legislación, los políticos dicen que suele debatirse, y debatirse, y luego volver a debatirse. Las reformas a menudo no se consideran definitivas hasta que son aprobadas a través de plebiscitos o referéndums populares, cuya organización puede llevar años, los cuales se han utilizado desde la década de 1990 para votar sobre la privatización de los servicios públicos, leyes de amnistía, políticas contra la delincuencia, derechos sobre el agua y otras cuestiones.

A veces, cuando el cambio entra en vigor, el mundo ya ha cambiado. “He visto a Uruguay perder muchas oportunidades porque no pudimos actuar a tiempo”, me dijo un abogado que trabaja con inversionistas internacionales, haciendo referencia a puertos de aguas profundas, centros de datos y más.

De hecho, incluso en Montevideo, el ritmo de todo -comercio, política y vida cotidiana- puede resultar un poco extraño para quienes están acostumbrados a Buenos Aires, Lima o Ciudad de México. Una mañana cometí el pecado capital del periodista: se me acabó el espacio en mi cuaderno.

Eran las 11.30 de un miércoles y estaba en pleno centro. Encontré una papelería a dos cuadras; las llaves estaban en la puerta principal, la cual abrí lentamente, y me quedé esperando unos minutos hasta que un hombre mayor, mate en mano, apareció en la parte de atrás de la tienda. “¡Buen día!”, dijo alegremente. “No abrimos hasta, no sé, las 12.45 o 13. Intente cruzando la calle”. Así lo hice: “Ah, no me quedan cuadernos”, me dijo el vendedor. “Vuelva el lunes o el martes. O puede intentar al otro lado de la calle”. Al final me rendí y le pedí uno prestado a un periodista uruguayo. Otros expatriados compartieron historias similares acerca de un país que rara vez parece tener prisa. Un amigo de Sen Paulo me dijo: “Todos los días quiero gritar”.

Pero tomar la vida con calma tiene sus ventajas, sobre todo en política. Una reforma puede tardar mucho en aprobarse y luego sobrevivir a un referéndum. Pero una vez que lo hace, el cambio se considera legítimo y establecido, y la gente generalmente sigue adelante. “Tenemos una cultura política de tomar decisiones y luego aceptarlas”, afirma Yamandú Orsi, intendente de Canelones, una ciudad al norte de Montevideo, y posible candidato presidencial en las elecciones de 2024. “Lo que desde fuera puede parecer lento, muchas veces es una búsqueda democrática de diálogo y consenso”.

Como resultado, Uruguay ha visto poco de la política extrema en otras partes de América Latina, así como en los Estados Unidos y Europa, en que los gobiernos asumen el poder decididos a deshacer los logros de sus predecesores. Esta estabilidad ha dado certeza a los inversionistas, un sentido de dirección a largo plazo que generalmente no existe en el resto de la región. “Aburrido es bueno. Dios, ojalá la Argentina y Brasil fueran así de aburridos”, me dijo un inversionista. Como con tantas otras cosas en Uruguay, me quedé pensando si era posible separar lo positivo de lo negativo.

3) Las instituciones importan, sobre todo, cuando son accesibles para el público

Mientras estaba en el país, un gran escándalo se desató en torno a un esquema en el que funcionarios del gobierno supuestamente vendieron docenas, y quizás cientos, de pasaportes falsos a extranjeros, incluidos rusos que huían de su país tras la invasión de Ucrania.

A medida que los fiscales investigaban el caso, también encontraron indicios de que el guardaespaldas presidencial de Lacalle Pou intentó vender un software que podría utilizarse para rastrear a líderes de la oposición. (El presidente, su guardaespaldas y otros funcionarios negaron haber actuado indebidamente).

A pesar de todo, los fiscales hicieron su trabajo con normalidad, sin interferencias políticas, como es costumbre en Uruguay. “El fuerte sentido republicano hace que el uruguayo promedio entienda que ninguno de los poderes del Estado puede pisar al otro. Por encima de todo, el sistema judicial es una salvaguarda”, dijo Agustín Mayer, abogado del despacho Ferrere. Y aunque el escándalo fue claramente vergonzoso y un golpe a la reputación del país, algunos vieron una oportunidad para fortalecer aún más la democracia uruguaya.

“Lo que veo es a la sociedad debatiendo esto, procesándolo, tratando de entender lo que pasó”, dijo Adolfo Garcé, analista político. “Eso es lo que hacemos. Esta es una democracia con una tremenda capacidad de aprendizaje”.

Algo que distingue a las instituciones uruguayas es lo abiertas que son y lo integradas que están en la sociedad. Casi todo el mundo parece formar parte de algo: un partido político, un sindicato, un club de barrio, que a su vez tiene vínculos, o al menos cierta conectividad, con el Estado. “Los movimientos sociales activos han sido el motor de la política y la democracia uruguayas”, me dijo Carolina Cosse, intendenta de Montevideo y otra posible aspirante a la presidencia.

En su opinión, prácticamente “todas” las reformas sociales de los últimos años se iniciaron desde las bases, y mencionó la sanidad universal, la matrimonio igualitario y una nueva universidad en el interior del país como causas que los políticos asumieron como propias. Cosse y otros destacaron la gran importancia de los partidos políticos: Los mismos tres partidos han dominado la política uruguaya durante décadas, han defendido ideologías generalmente consistentes en lugar de servir como vehículos personalistas, y cuentan con miles de personas de a pie entre sus miembros.

Toda esta mezcla de gente común y funcionarios electos también desmitifica un poco la política, y en este punto, de acuerdo, el tamaño del país puede tener mucho que ver. Cuatro personas diferentes me enseñaron selfies con Lacalle Pou, tomadas en heladerías, restaurantes y en la calle. Esto también puede contribuir a la cultura de transparencia de Uruguay.

“Si un político se compra un coche nuevo y caro, todo el mundo lo sabe. Vivimos uno al lado del otro, nos vemos en el supermercado”, afirma Martín Aguirre, director del diario El País. Como prueba de ello, al salir de comer (chivito, naturalmente), nos topamos con su tía. Charlaron durante 15 minutos; cuando nos íbamos, él sonrió y se encogió de hombros. “¡Pequeño país!”

4) La civilidad es difícil, pero merece la pena

Sería tentador concluir que el énfasis en el civismo en la política uruguaya es también un resultado de la que la gente viva codo con codo. Pero no siempre fue así, especialmente en los años 60 y 70, cuando Uruguay cayó en la misma espiral de violencia guerrillera y represión brutal que asoló gran parte de la región.

En nuestra conversación, Sanguinetti me dijo que él y Mujica solían ser “no solo adversarios, sino enemigos”, señalando que Mujica fue líder del grupo rebelde Tupamaro, que no se reincorporó plenamente a la vida política hasta que retornó la democracia en los años ochenta.

Sanar esas divisiones llevó tiempo y esfuerzo. Mujica, que pasó 13 años en la cárcel, ha hablado de forma conmovedora a lo largo de los años sobre su propio camino. “Yo tengo mi buena cantidad de defectos, soy pasional, pero en mi jardín hace décadas que no cultivo el odio”, dijo Mujica al retirarse de la política cotidiana en 2020. “Aprendí una dura lección que me impuso la vida, que el odio termina estupidizando, nos hace perder objetividad”.

Esos sentimientos parecen haber calado en el conjunto de la sociedad. Orsi habló de la importancia de las “reglas no escritas” en la política uruguaya, en concreto el respeto a la oposición por parte del gobierno que esté en el poder, y señaló que Lacalle Pou asistió a su toma de posesión como intendente a pesar de ser de partidos rivales. “Eso es algo que nunca olvidaré”, dijo Orsi.

Orsi tiene 55 años y el presidente, 49, lo que sugiere que estas tradiciones se están transmitiendo a una nueva generación de dirigentes. No obstante, otros uruguayos con los que hablé expresaron la sensación de que estas tradiciones están bajo amenaza por las redes sociales y las presiones que afectan al resto de América Latina tras la pandemia. Algunos observaron con preocupación que un partido de tendencia populista quedó en cuarto lugar en las elecciones de 2019. Chile es un ejemplo de cómo incluso las más cacareadas historias de éxito de la región pueden desmoronarse rápidamente y sin previo aviso.

Y por eso Sanguinetti y Mujica, incluso a sus 87 años, siguen haciendo de su relación un escaparate, hasta el punto de escribir juntos un libro recientemente. “Seguimos discrepando en muchas cosas, cosas fundamentales”, dijo Sanguinetti. “Pero bueno, estos viejos intentan demostrar a las nuevas generaciones que se puede discrepar, sin perder la civilidad”.

“Creo que otros también pueden hacer esto”, añadió. “Uruguay no tiene nada de especial”.

  

Esta columna fue publicada originalmente en Americas Quarterly. El autor es su editor general y vicepresidente de la Americas Society and Council of the Americas.

 

Para acessar a íntegra:

https://www.lanacion.com.ar/el-mundo/las-cuatro-lecciones-que-uruguay-le-puede-ensenar-al-resto-de-america-latina-nid01022023/

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

A esquerda latino-americana continua com os velhos cacoetes e manias - Christopher Garman, entrevista a José Fucs

‘A ESQUERDA ESTÁ DE MÃOS ATADAS NA AMÉRICA LATINA’!

José Fucs

O Estado de S. Paulo, 18/08/2022

O cientista político Christopher Garman, não “compra” a ideia de que o avanço da esquerda na América Latina se deve a uma guinada ideológica dos eleitores, como dizem por aí políticos e militantes do grupo. Segundo ele, o que está levando a esquerda a vitórias em série na região é “um profundo sentimento desencanto com o sistema e de revolta contra o status quo”. Nesta entrevista, que faz parte da série sobre o avanço das esquerdas na América Latina lançada pelo Estadão, ele afirma também que, no atual cenário regional e global, os governantes do grupo na região “estão de mãos atadas” e terão dificuldade para cumprir as promessas de campanha.

Como o sr. analisa a atual onda de governos de esquerda na América Latina? O que está levando a esta guinada para a esquerda na região? 

Isto não está acontecendo por causa de uma predisposição em favor de plataformas de esquerda. É um movimento de revolta contra o status quo. Quando a gente olha as pesquisas, a América Latina aparece no topo do ranking global de desencanto. A geologia da opinião pública está podre. Estamos vivendo um ambiente de insatisfação muito grande com a qualidade dos serviços públicos, com falta de confiança no sistema de forma mais ampla. A confiança nas lideranças políticas, nos partidos, no Judiciário, na mídia, está num nível muito baixo.

 

Na sua visão, a que se deve este alto grau de desencanto? 

É fruto de uma expansão brutal da classe média no período de alta dos preços das commodities, do início dos anos 2000 até 2011, 2012. Milhões de famílias saíram da miséria. Isso levou a uma mudança nas demandas eleitorais. A preocupação passou a ser mais segurança, saúde, educação. O eleitor associou a corrupção à má qualidade dos serviços públicos. Antes da pandemia, a corrupção havia se tornado o primeiro ou o segundo tema mais relevante no Brasil, no Chile, na Colômbia, no México, no Peru, e houve esse descrédito total no sistema. No fundo, o que a gente está vendo é uma combinação deste choque de falta de confiança com novas demandas de uma classe média emergente que são difíceis de entregar num contexto de crescimento econômico mais baixo.

 

Como a pandemia se encaixa neste cenário?

A pandemia pegou a América Latina, em termos epidemiológicos, com mais força do que outras regiões. Então, houve uma queda mais acentuada do PIB (Produto Interno Bruto), a desigualdade aumentou e a capacidade de os governos atenderem a essas demandas caiu. Isso exacerbou esse mal estar. Para completar, veio o choque de inflação global que reforçou a queda de renda das famílias mais pobres. Este é o caldeirão de revolta que está elegendo a esquerda na região. Como mais governos de direita e de centro estavam no poder, eles estão sentindo mais. A esquerda estava mais bem posicionada para navegar nesta onda.

 

Em que medida esta nova onda de esquerda é diferente da que se propagou pela América Latina do início dos anos 2000 até meados da década passada?

O quadro atual é muito diferente. A primeira onda aconteceu em meio ao boom das commodities e a um superciclo econômico e político que proporcionou uma abundância de recursos e levou a taxas de aprovação muito altas dos governantes. Agora, este ambiente de desencanto vai impactar a esquerda politicamente. Os governantes vão ter uma lua de mel curta e uma taxa de aprovação estruturalmente baixa. A capacidade de os governantes se reelegerem também deve diminuir estruturalmente.

 

Agora, hoje também está ocorrendo uma alta das commodities. Isto também não pode ter um impacto positivo para os atuais governantes latino-americanos? 

Sim, isto ajuda o governo do lado da arrecadação. Mas, em termos de trocas, não está ajudando muito, porque o valor das importações, dos insumos, também subiu muito. Os preços das commodities estão elevados, mas a renda caiu no Brasil e em outros países. A sensação de bem estar não está acompanhando este ciclo. Os ganhos políticos, portanto, não são os mesmos que os da primeira onda. Além disso, há um cenário de recessão nos Estados Unidos, na Europa, e de desaceleração na China. Isso deverá conter esta alta das commodities. Todos os países da América Latina aumentaram os juros para tentar controlar a inflação. A conta vai chegar nos próximos 12 meses. 

Que efeito isso deve ter? 

Os mesmos fatores que estão levando líderes da esquerda a ganhar as eleições vão dificultar seus governos e colocar restrições no que podem entregar e fazer. Por isso, o potencial de estrago da esquerda hoje está mais limitado, porque eles não vão ter capacidade de se reeleger, de encaminhar medidas mais ambiciosas, até porque muitas vezes não têm apoio parlamentar e terão de compor com o centro. Então, os governos de esquerda estão com as mãos atadas.


sexta-feira, 24 de junho de 2022

A ordem econômica mundial e a América Latina: ensaios sobre dois séculos de história econômica - livro de Paulo Roberto de Almeida

Eu, pessoalmente, gosto muito desse livro, pois que condensa muitos anos de pesquisa econômica e de sínteses de livros de história econômica, assim como de questões da atualidade econômica do Brasil e da América Latina: 

A ordem econômica mundial e a América Latina: ensaios sobre dois séculos de história econômica (Pensamento Político Livro 2) por [Paulo Roberto de Almeida]

A ordem econômica mundial e a América Latina: ensaios sobre dois séculos de história econômica 

(Pensamento Político Livro 2) eBook Kindle 


Os ensaios coletados neste livro consolidam uma longa trajetória de pesquisas acadêmicas e de atuação prática – no quadro da diplomacia brasileira – em torno dos grandes temas das relações econômicas internacionais, do século XIX à atualidade, e da inserção da América Latina na economia global. Eles resultam, por um lado, do estudo aplicado à história econômica mundial e, por outro, do papel nela desempenhado pelas economias dos principais países latino-americanos, assim como derivam da experiência adquirida pelo autor no campo da representação diplomática e das negociações práticas em diversos foros de debate e de conformação de acordos e instituições internacionais e regionais voltados para o comércio, as finanças e os investimentos internacionais, assim como aos processo de integração econômica. Eles condensam muitos anos, ou mesmo várias décadas, de leituras e de reflexões sobre os temas do desenvolvimento econômico e das relações internacionais do Brasil no contexto mundial e regional. 
Os ensaios podem tanto servir de guia de estudos para os estudantes dessas áreas, quanto como material de discussão sobre problemas concretos da economia internacional dos últimos dois séculos, com ênfase para a América Latina, desde o século XIX até a fase contemporânea. Os capítulos – complementados por muitas tabelas estatísticas e gráficos ilustrativos – são os seguintes: 
1. As ideias e as realidades: a economia mundial do século XIX ao XX
2. Economia mundial: de onde viemos, para onde vamos? 
3. O equilíbrio europeu de poderes e os imperialismos 
4. O que move o mundo? A energia e suas transformações
5. Os cinquenta anos que mudaram o mundo 
6. Sobressaltos da globalização, da belle époque ao entre guerras 
7. Economia mundial: do livre comércio ao protecionismo 
8. As grandes mudanças da ordem econômica mundial desde o século XIX
9. Os dois grandes conflitos globais: impactos econômicos 
10. Finanças internacionais: do padrão ouro às desvalorizações agressivas 
11. Fundamentos de uma nova ordem econômica mundial: Bretton Woods
12. A grande divergência e a América Latina, 1890-1940
13. A América Latina na ordem econômica mundial desde o século XIX
14. Dinâmicas da economia no século XX 
15. O Bric e a substituição de hegemonias: um exercício duvidoso
16. O Brasil no Brics
17. A longa trajetória da América Latina na economia mundial

https://www.amazon.com.br/ordem-econ%C3%B4mica-mundial-Am%C3%A9rica-Latina-ebook/dp/B08CCFDVM2/ref=sr_1_37?crid=38E44Y68V88S3&keywords=paulo+roberto+de+almeida&qid=1656119134&sprefix=Paulo+Roberto+de+%2Caps%2C320&sr=8-37 



sábado, 30 de abril de 2022

Latin America Faces Unusually High Risks - Santiago Acosta-Ormaechea, Ilan Goldfajn and Jorge Roldos (IMF)

 IMF 

Latin America Faces Unusually High Risks

April 26, 2022

By Santiago Acosta-OrmaecheaIlan Goldfajn and Jorge Roldos


The War in Ukraine, higher inflation, tighter financial conditions, economic decelerations of key trading partners, and social discontent may dim growth prospects.

The war in Ukraine is shaking the global economy and raising uncertainty about the outlook for Latin America and the Caribbean.

The impact is being felt in Latin America through higher inflation that is affecting real incomes, especially of the most vulnerable. Policymakers are reacting to this challenge by tightening monetary policy and implementing measures to soften the blow on the most vulnerable and contain the risks of social unrest.

But there are other risks looming. A possible escalation of the war could eventually lead to global financial distress and tighter financial conditions for the region.

In addition, the ongoing tightening of monetary policy in the United States, as the Federal Reserve takes a more hawkish stance, could eventually affect global financial conditions.

Higher global and domestic financing costs can accelerate capital outflows and represent a challenge for the region, given large public and external financing needs in some countries and the limited resources to finance investment in the region.

Any greater growth deceleration in China, because of the pandemic or other reasons, could also have an impact on key export prices and trade in the region. All these risks cloud growth prospects for Latin America and require policy action.

Latin America’s rebound poised to slow

Even before the war, the region’s recovery from the growth-sapping pandemic was losing momentum. After a sharp rebound last year, growth is returning to its pre-pandemic trend rate as policies shift, slowing to 2.5 percent for 2022. Exports and investment are resuming their role as main growth drivers, but central banks have had to tighten monetary policy to combat an increase in inflation.

We forecast Brazil’s expansion will slow to 0.8 percent this year following last year’s growth of 4.6 percent. Mexico will decelerate to 2 percent. Colombia will likely post a lower deceleration with growth at 5.8 percent. Growth in Chile and Peru will be 1.5 percent and 3 percent, respectively, pointing to very significant reductions relative to their prior year’s double-digit rates.

Responding to higher food and energy prices 

Poverty and inequality remain key concerns as well given that the increase in inflation has an uneven impact on the population. The most vulnerable groups in the region are being hit hard by the increase in basic food and energy prices, while still struggling to recover from the economic impact of the pandemic.

Indeed, since the war began, several countries in the region have acted to contain the effects of rising prices on vulnerable groups—ranging from tax and import tariff reductions to price caps or social transfers.

Close to 40 percent of countries have introduced new measures, mostly on the tax side, with an estimated average fiscal cost equal to 0.3 percent of gross domestic product for this year.

To ensure social cohesion and reduce the risk of social unrest, governments should provide targeted and temporary support to low-income and vulnerable households, while allowing domestic prices to adjust to international prices. This would help vulnerable groups and contain fiscal costs, while also incentivizing production and restraining consumption. In countries with well-developed social safety nets, access could be expanded to temporarily cover larger groups of the population.

Where safety nets are not well developed, governments can implement temporary mechanisms to smooth the pass-through of international price surges to domestic prices. Although this strategy would protect households from the volatility of commodity prices, it may also have a significant fiscal cost while distorting price incentives for consumers and producers.

Countries benefiting from improvements in their terms of trade—a measure of prices for a country’s exports relative to its imports—may find it easier to finance these new measures. However, any additional fiscal space should be used wisely given the unusually high risks surrounding the global recovery and the evolution of commodity prices, as well as the increasing costs for government financing.

Inclusive consolidation is needed

With public debt-to-GDP ratios above pre-pandemic levels and borrowing costs rising amid higher local and global interest rates, countries will need to ensure the sustainability of public finances to help preserve credibility and rebuild fiscal space. However, it will be equally important to implement measures that protect the most vulnerable.

This will require a strategy that focuses on inclusive consolidation. Spending on social programs, health, education, and public investment should be protected, while implementing tax reforms (such as strengthening personal income taxes) that will bolster growth in an inclusive manner and help countries maintain fiscal sustainability.

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Livro sobre Guerra Civil Espanhola e a América Latina, capítulo de Paulo Roberto de Almeida (livremente disponível)

Meu trabalho publicado mais recente: 

1436. “O Brasil no turbilhão da guerra civil espanhola”, in: Ismara Izepe de Souza, Angela Meirelles de Oliveira e Matheus Cardoso da Silva (orgs.), A Guerra Civil espanhola e as Américas (São Paulo: Todas as Musas, 2022, 215 p.; e-book-pdf; ISBN: 978-65-88543-52-8, p. 161-196). Relação de Originais n. 3535.



Sumário de meu capítulo: 

O cenário geral da geopolítica internacional na primeira metade do século XX, 162

A situação da Espanha no contexto internacional dos anos 1930, 164

Exacerbação do conflito internacional no Brasil nos anos 1930, 168

As Brigadas Internacionais na Guerra Civil Espanhola, 174

Os voluntários brasileiros na Guerra Civil Espanhola, 180

Derrota e evacuação, 186

Referências, 192 

Apresentação do editor e dos organizadores:

Um livro sobre a guerra civil espanhola e a América Latina, do qual participei, livremente disponível em versão digital:
A Guerra Civil Espanhola e as Américas
Organização de:
Ângela Meirelles de Oliveira
(Professora da Unioeste e Doutora em História Social pela USP),
Ismara Izepe de Souza
(Professora da UNIFESP e Doutora em História Social pela USP) e
Matheus Cardoso da Silva
(Doutor em História Social pela USP)
A Guerra Civil Espanhola e as Américas
Sinopse:
Os textos que ora se apresentam trazem ao leitor múltiplas dimensões da internacionalização do conflito civil espanhol, contribuindo para o robusto arcabouço de conhecimento sobre um dos eventos europeus mais estudados no século XX. Tal interesse pela Guerra Civil Espanhola pode ser atribuído a inúmeros motivos, mas é fato que um dos principais está em sua capacidade de despertar a atenção, o engajamento e a solidariedade dos povos americanos.


Veja o Sumário do livro

 

Prefácio – A Guerra Civil Espanhola e a Moral Histórica Americana

       José Carlos Sebe Bom Meihy, 7 

 

Introdução

       Ângela Meirelles de Oliveira, Ismara Izepe de Souza e MatheuCardoso da Silva, 12

 

Entre la diplomacia y la propaganda: reflejos de la Guerra Civil Española en América Latina

       Nuria Tabanera García, 25

 

Entre rojos y fascistas, el consulado argentino en Alicante. Solidaridad y no intervención en la guerra civil española

       Beatriz Figallo, 57

 

A imprensa e a internacionalizaçãda Guerra Civil Espanhola nCone Sul (1936-1939)

       Ângela Meirelles de Oliveira e Ismara Izepe de Souza, 93

 

Guerra Civil Espanhola e a história alternativa da Intervenção dos Estados Unidos da América

       ChristopheVials, 111

 

A conferência emergencial internacional de apoio aos refugiados espanhóis de julho de 1939: o apoihumanitário às timada Guerra Civil Espanhola como causa transnacional

       MatheuCardoso da Silva, 137

 

O Brasil no turbilhão da Guerra Civil Espanhola

       PaulRoberto de Almeida, 161

 

Mulherena guerra e a memória dconflitcivil espanhol

       Maria Helena Rolim Capelato197

 

Autores e Autoras, 213

 

Conheça os autores e autoras do livro

 

 

 

AUTORES E AUTORAS

 

ÂNGELA MEIRELLES DE OLIVEIRA

 

Doutora em Hisria Sociapela Universidade de São Paulo (USP), com pós-doutoradpelamesma universidade. Pesquisou o antifas- cismeperspectiva transnacional nos países do ConeSul e nos Estados Unidos. É autora do livro Palavras como Balas. Intelectuais e imprensaantifascista no Cone Sul (1933-1939)publicadpela Editora Alameda (2015). Atualmente éprofessora de História das Américas na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus MarechaCândido Rondon, Paraná, Brasil.

 

BEATRIZ JOSEFINA FIGALLO

 

Doctora en Historia Contemporánea por la Universidad Complutense de Madrid. Miembro denúmero de la Academia Nacional de la His- toria de la República Argentina. Profesora titular deHistoria del Siglo XX en la Facultad de Derecho y Ciencias Sociales de la Universi- dadCatólica Argentina. Investigadora deCONICET y directora a cargo de su Unidad Ejecutora enReIDEHESI (Instituto de Estudios Históricos, Económicos, Sociales e Internacionales). Se hadedicado al estudio de la historia internacional de la Argentina, en sus nculos con AméricaLatina y España. Entre sus publicaciones destacan: El Protocolo Perón-Franco. Relacioneshispano-argentinas, 1942-1952 (1992)Diplomáticos y marinos argentinos en la crisis española. Los asilos de la guerra civil (2007), Argentina-EspaEntre la pasión y el escepticismo (2014),“LRevolución Libertadora y la Guerra Civil Española como mito de origen. Identificaciones ypara- dojas de dos dictaduras de liberación” (2018). Ha editadel libro Desarrollismo, franquismoy neohispanidad. Historias conectadas entre Espa, América Latina y Argentina (2018).

 

CHRISTOPHER VIALS

 

Professor of English and the Director of American Studies at the University of Connecticut. Heis the author of Haunted by Hitler: Liber- als, the Left, and the Fight against Fascism in theUnited States (2014) and co-editor, with Bill Mullen, of The US AntifascisReade(2020). He isalso in the leadership of his country’s Campus Antifas- cist NetworkVials researches U.S. leftand righwing movements and their cultural impacts, and is currently at work on a book on right-wing violence in the United States. He has spoken on the sub- ject of fascism on NPR, PBS, andCBC radio.

 

ISMARA IZEPE DE SOUZA

 

Professora do Departamento de Relações Internacionais da Univer- sidade Federal de São Paulo (UNIFESP), no qual leciona na área de Política Externa Brasileira: história e contemporânea e docente do Programa de Pós-graduação em Relações Internacionais da Univer- sidade Federal do ABC (UFABC). É doutora e mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), possuindo pesquisas e publicações sobre os seguintes temas: Imigração Espanhola; Rela- ções diplomáticas entre Brasil e Espanha; Política Externa Brasileira e suas intersecções com aimprensa.

 

MARIA HELENA ROLIM CAPELATO

 

Professora Titular de História da América Latina Departamento de História da Faculdade deFilosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paul(2006) e Professora Sênior damesma universidade (2018). Pesquisadora do CNPQ 1 A (Área de Hisria) Coordenadora doComi de Avaliação da área de História/ CNPq, de 2008 a 2009 e 1997 e 1998. É autora do livroMultidões em Cena. Propaganda política no varguismo e peronismopublicadpela EditoraUNESP (2008).


 

MATHEUS CARDOSO DA SILVA

 

Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo, com s- doutorado peloDepartamento de História da Universidade Estadual Paulista e estágio de pós-doutorado na QueenMaryUniversity of London. Atualmente es preparando livro sobre a atuação transna- cional doLeft Book Club, editora que exerceu grande influência entre os grupos da esquerda britânica de1936 e 1948.

 

NURIA TABANERA GARCIA

 

Licenciada en Historia de América por la Universidad Complutense de Madrid y Doctora enHistoripor la Universidad de Valencia, donde ahora ejerce como Profesora Titular eeldepartamento de Historia Moderna y Contemporánea. Se ha especializado en Historia de lasRelaciones Internacionales y en la historia de las culturas polí- ticas en América latina. Entre susúltimos trabajos está Historia In- ternacional de América Latina (1776-1945), Madrid, Síntesis,2018.

 

PAULO ROBERTO DE ALMEIDA

 

Doutor em Ciências Sociais (Universidade de Bruxelas, 1984), mestre em PlanejamentoEconômicos (Universidade de Antuérpia1976) e diplomata de carreira desde 1977, tendodesempenhado diversas funções na Secretaria de Estado e em postos no exterior. Foi diretor doInstituto de Pesquisas de RelaçõeInternacionais da Fundação Alexandre de Gusmão, vinculadaao Itamaraty (2016-2019); possuvárias obras nas áreas de relações internacionais e de históriadiplo- mática.