Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Universidade para o povo? - Simon Schwartzman
O Brasil fica menos inteligente, e mais racista: cotas ditas sociais e novo Apartheid
Talvez não o Brasil, mas pelo menos certas categorias de "representantes do povo", que fazem tudo para piorar o Brasil, acabando com o mérito.
Quanto aos militantes do Apartheid, eles nada mais fazem senão cumprir sua agenda racista.
A universidade regride, mas não apenas por isso: ela já estava regredindo antes, por outras causas, mas esta é uma das "melhores"...
Paulo Roberto de Almeida
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Auto-governanca: o exemplo de uma pequena comuna europeia
at [a nearby] hotel, at some neighboring shops, and at both of the railway stations … [but still couldn't be told] how to reach Neutral Moresnet; they had no idea at all, or guessed at random at various impossible stations.[3]
its stress on clearly written and accessible law, [which] was a major step in replacing the previous patchwork of feudal laws.… Laws could be applied only if they had been duly promulgated, and only if they had been published officially (including provisions for publishing delays, given the means of communication available at the time); thus no secret laws were authorized. It [also] prohibited ex post factor laws.[9]
head-quarters were … "under his hat." He went about town and held court wherever he happened to be when his service as justice was required, which, happily, was not often. When complaint was made to him, he would listen patiently and attentively … [then] whistle some favorite air, and thus take time to resolve the matter in his mind.… His judgments were always intelligible and fair, insomuch that they were never excepted to or appealed from during all his term of thirty-five years.[14]
profound [conviction] that every nationalism offers humanity only the greatest unhappiness.… It is true that the nationalism of oppressed peoples — as a natural self-defensive reaction — is much more excusable than the nationalism of peoples who oppress; but, if the nationalism of the strong is ignoble, the nationalism of the weak is imprudent; both give birth to and support each other.[29]
one of the smallest and strangest territories in the world … an encircling ridge of high mountains veritably buries it from neighboring civilization and culture and leaves it in a little world of its own.… [And] for nearly a century, the inhabitants have never experienced the feeling of being under the rule of an emperor, king or president. They are independent, governed by no one, at liberty to do as they please.[36]
The fate of Moresnet has been forgotten in this immense catastrophe. We must bear it in mind. After the victory the plenipotentiaries who draw up the conditions of peace must not neglect this poor little piece of independence which has been victimized.[40]
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Copyright © 2012 by the Ludwig von Mises Institute.
Brazil e Africa: novos horizontes - New York Times
Brazil Gains Business and Influence as It Offers Aid and Loans in Africa
By SIMON ROMERO
The New York Times, August 7, 2012
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A version of this article appeared in print on August 8, 2012, on page A4 of the New York edition with the headline: Brazil Gains Business and Influence as It Offers Aid and Loans in Africa.
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Mark Twain: ator de cinema? - filme de Thomas A. Edison
CULTURA
Veja filme gravado por Thomas Edison do escritor Mark Twain
Filme mudo capturado em 1909 mostra autor em cenas cotidianas
Teoria "Marquissista" I e II - concurso para "profeçor" da Unesp
Em princípio, deveria exigir conhecimentos amplos sobre essa área, desde os primeiros pensadores da política (isto é, os gregos), passando por Santo Agostinho, Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu, e chegando até os clássicos contemporâneos, ou seja Tocqueville, Marx, Weber, e todos os pensadores da teoria política no século XX, entre liberais, conservadores, socialistas, a exemplo de Raymond Aron e vários outros.
Esta a chamada:
Período de Inscrição: de 02/08/2012 até 31/08/2012
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Acham-se abertas, nos termos do Despacho nº 627/2012-RUNESP, de 28/06/2012, publicado no Diário Oficial do Estado – DOE – Poder Executivo – Seção I de 29/06/2012, com base no Estatuto e Regimento Geral da Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” – UNESP, bem como na legislação em vigor, as inscrições para o concurso público de provas e títulos para provimento de 01 (um) cargo de PROFESSOR ASSISTENTE, com titulação mínima de Doutor, em Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa – RDIDP, junto ao Departamento de Ciências Políticas e Econômicas, da Faculdade de Filosofia e Ciências, do Campus de Marília, nas disciplinas “Teoria Política I e II”.
Mas vejam o programa:
Programa:
1- Marx e a crítica da política
2- Marx e as revoluções de 1848
3- Marx e a Internacional
4- Marx e o movimento operário alemão
5- Engels e a social democracia
6- As vertentes teóricas da social democracia
7- A teoria do partido revolucionário
8 - A teoria da revolução democrática
9 - A teoria da transição socialista
10 - A teoria dos conselhos
11 - Estado e sociedade civil
12 - Luta de classes e hegemonia
Ou seja, a "teoria política" da Unesp se resume, em tudo e por tudo (e não é pouco, reconheçamos), a uma suposta teoria da revolução segundo os cânones do marxismo-leninismo. Edificante, não é mesmo?
Inclusive uma tal de "transição socialista" que, como todos sabemos, está na ordem do dia.
E eis a Bibliografia recomendada (aliás obrigatória, do contrário, o pobre do candidato não conseguiria passar em tão complicada prova de conhecimentos revolucionários aplicados à realidade do mundo atual).
Bibliografia
BARATTA, G. I quaderni e le rose. Roma: Gamberetti, 1999.
BARATTA, G.; CATONE, A. Tempi moderni: Gramsci e la critica dell´americanismo. Roma: Edizione Associate, 1989.
BERTELLI, A. R. Capitalismo de estado e socialismo. São Paulo: IAP: IPSO, 1999.
BUKHARIN, N. Le vie della rivoluzione. Roma: Riuniti, 1980.
BURGIO, A.; SANTUCCI, A. Gramsci e la rivoluzione in occidente. Roma: Riuniti, 1999.
DEL ROIO, M. O império universal e seus antípodas: a ocidentalização do mundo. São Paulo: Ícone, 1998.
______. Os prismas de Gramsci: a fórmula política da frente única. São Paulo: Xamã: IAP, 2005.
______. Marxismo e oriente: quando as periferias se tornam o centro. São Paulo: Ícone; Marília: Oficina Universitária Unesp, 2008.
ENGELS, F. Anti-Duhring. São Paulo: Paz e Terra, 1977.
______. Revolução e contra-revolução na Alemanha. Lisboa: Avante, 1981.
FEUERBACH, L. A essência do cristianismo. Campinas: Papirus, 1997.
FREDERICO, C. O jovem Marx: as origens da ontologia do ser social. São Paulo: Cortez, 1995.
FREDERICO, C.; SAMPAIO, B. A. Dialética e materialismo: Marx entre Hegel e Feurebach. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2006.
GRAMSCI, A. Cadernos do cárcere. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004. 6 v.
GRUPPI, L. Il pensiero de Lenin. Roma: Riuniti, 1970.
______. O conceito de hegemonia em Gramsci. Rio de Janeiro: Graal, 1980.
HEGEL, G. W. F. Princípios da filosofia do direito. São Paulo: Ícone, 1997.
HOBSBAWN, E. (Org.). Storia del marxismo. Torino: Einaudi, 1978-1982. 4 t.
LENIN, V. Duas táticas da social democracia na revolução democrática. Rio de Janeiro: Vitória, 1945.
______. Que fazer? Lisboa: Estampa, 1973.
______ . Obras escogidas. Moscú: Progreso, 1975. 12 t.
______. O estado e a revolução. São Paulo: Hucitec, 1979.
______. O desenvolvimento do capitalismo na Rússia: o processo de formação do mercado
interno para a grande indústria. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
LOSURDO, D. Antonio Gramsci dall liberalismo al comunismo crítico. Roma: Gamberetti, 1997.
LOWY, M. A teoria da revolução no jovem Marx. Petrópolis: Vozes, 2002.
LUKACS, G. Ontologia do ser social: a falsa e a verdadeira ontologia de Hegel. São Paulo: Ciências Humanas, 1979.
_____. Ontologia do ser social: os princípios ontológicos fundamentais de Marx. São Paulo: Ciências Humanas, 1979.
_____. História e consciência de classe. Lisboa: Martins Fontes, 2003.
LUXEMBURG, R. Scritti politici. Roma: Riuniti, 1976.
MARTORANO, L. C. A burocracia e os desafios da transição socialista. São Paulo: Xamã, 2002.
______. Conselhos e democracia. São Paulo: Expressão Popular, 2011.
MARX, K. Luta de classes na França. Introdução e organização de Friedrich Engels. Rio de Janeiro: Vitória, 1956.
______. El capital. México: FCE, 1976. 3 v.
______. A questão judaica. São Paulo: Centauro, 2000.
______. Introdução a crítica da filosofia do direito de Hegel. São Paulo: Boitempo, 2002.
______. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004.
MARX, K.; ENGELS, F. Obras escolhidas. Rio de Janeiro: Vitória, 1956. 3v.
______. Manifesto comunista. São Paulo: Boitempo, 1998.
______. A sagrada família. São Paulo: Boitempo, 2002.
______. A ideologia alemã. São Paulo: Boitempo, 2007.
______. Luta de classes na Alemanha. São Paulo: Boitempo, 2010.
MCLELLAN, D. Karl Marx: vida e pensamento. Petrópolis: Vozes, 1990.
MESZAROS, I. Para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2003.
______. A teoria da alienação em Marx. São Paulo: Boitempo, 2007.
NETTO, J. P. Capitalismo e reificação. São Paulo: LECH, 1981.
SANTOS, A. Marx, Engels e a luta de partido na Primeira Internacional (1864-1874). Londrina: Ed. UEL, 2002.
TEXIER, J. Revolução e democracia em Marx e Engels. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2005.
TROTSKY, L. A revolução permanente. São Paulo: LECH, 1979
O redator do edital e responsável pelo programa é, indiscutivelmente, um adepto da bibliografia italiana, sendo, sem sombra de dúvida, um remanescente do exílio italiano, do qual ele ainda não conseguiu se liberar. Tanto é assim, que cita a obra dirigida pelo Hobsbawm na sua edição italiana -- Storia del marxismo -- quando existe uma edição em Português desde muitos anos. O autor do edital espera, entretanto, que os candidatos não apenas leiam a edição italiana, mas que eles leiam, como "teoria política", exclusivamente essa bibliografia sectária.
É ou não é um concurso destinado apenas a um companheiro desempregado?
Edificante como se notam progressos fantásticos no que se converteu em lixo das humanidades nas universidades públicas brasileiras.
Eu poderia passar no concurso, pois conheço toda essa bibliografia marxista, mas suponho que na prova didática os companheiros só vão selecionar aqueles plenamente identificados com o seu "marquissismo" altamente idiota.
Paulo Roberto de Almeida
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Addendum em 9/08/2012:
Um comentário que merece promoção de nota de rodapé a corpo de texto: