O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Grecia, euro, União europeia, uniao fiscal, etc - Memo do FMI e artigo do Milton Friedman

Parece que a Grécia, e a União Europeia ainda vão sofrer muito por terem começado uma aventura econômica através de decisões políticas, como esse salto no escuro da moeda única antes de terem chegado a uma união econômica verdadeira.
Vou procurar um artigo que fiz, aí por 2000, sobre o euro, para ver quanta bobagem (otimista) escrevi sobre a nova moeda, levando em conta o que se sabe agora (não só pelo benefício do chamado hinsight, mas também depois de todas essas adesões políticas).
A rigor, nem a Bélgica e a Itália poderiam ter sido admitidas na primeira leva, nem a Espanha, Portugal, na segunda, ou a Grécia na terceira. Nenhum desses países se qualificava ao abrigo do próprios critérios de Maastricht, que a Alemanha impôs como condição para abandonar o Deutsche mark e aderir a essa moeda "comunitária" (os alemães têm horror dessa concessão e sua corte constitucional fez diversas restrições aos mecanismos da união monetária).

Mas esse Memo do FMI coloca em evidência, novamente, alguns dos alertas feitos pelo economista Milton Friedman em 1997, antes, portanto, sequer do lançamento da moeda única. Lembro aqui o link: http://www.project-syndicate.org/commentary/the-euro--monetary-unity-to-political-disunity#MhlrQpL6kFk7M8gI.01

Gostaria apenas de lembrar uma coisa: isso que estão pedindo, união fiscal, é virtualmente, ou concretamente impossível, dadas as diferenças entre as obrigações fiscais de cada Estado.
Entre a carga fiscal da Irlanda e de certos países escandinavos, vai uma distância de 20 pontos, e entre as alíquotas de IVA de um país a outro da UE pode mediar uma distância de 15%, ou então de zero a 22% para certos produtos. Entre a legislação laboral francesa e o modelo anglo-saxão existem anos-luz de distância, assim em termos de impostos sobre o trabalho e sobre os lucros de vários países europeus.
A Alemanha nunca teve salário mínimo, e foi "obrigada" a adotar um agora, por força da nova coalizão CSU-SPD no poder, o que é um tiro no pé.
Enfim, não esperem paz econômica na Europa antes de muito tempo: estamos em uma segunda guerra de trinta anos, desta vez em torno da moeda única e suas exigências em matéria de requisitos formais da vida econômica.
Paulo Roberto de Almeida


CRISIS IN GREECE
The I.M.F. Is Telling Europe the Euro Doesn’t Work
The New York Times, JULY 14, 2015
It reads like a dry, 1,184-word memorandum about fiscal projections. But the International Monetary Fund’s memo on Greek debt sustainability, explaining why the I.M.F. cannot participate in a new bailout program unless other European countries agree to huge debt relief for Greece, has provided the “Emperor Has No Clothes” moment of the Greek crisis, one that may finally force eurozone members to either move closer to fiscal union or break up.
The I.M.F. memo amounts to an admission that the eurozone cannot work in its current form. It lays out three options for achieving Greek debt sustainability, all of which are tantamount to a fiscal union, an arrangement through which wealthier countries would make payments to support the Greek economy. Not coincidentally, this is the solution many economists have been telling European officials is the only way to save the euro — and which northern European countries have been resisting because it is so costly.
The three options laid out by the I.M.F. would have different operations, but they share an important feature: They involve other European countries giving Greece money without expecting to get it back. These transfers would be additional to the approximately 86 billion euros in new loans contemplated in Monday’s deal.
 “Wait a minute,” you might say. “The I.M.F. isn’t calling for a fiscal union; it’s calling for debt relief.” But once a debt relief program becomes big enough, this becomes a distinction without a difference; they’re both about other eurozone countries giving Greece money.
Indeed, one of the debt relief options proposed by the I.M.F. is “explicit annual transfers to the Greek budget,” that is, direct payments from other governments to Greece, which it could use to make its debt payments. This, obviously, is a fiscal union.
A second option is extending the grace period, during which Greece would be relieved of the obligation to make interest or principal payments on its debt to European countries, through the year 2053. That’s not a typo. Under this plan, Greece would make no more debt payments until Justin Bieber is 59 years old. This is a fiscal union by another name, since those lengthy and favorable credit terms would save the Greeks money at the expense of Greece’s creditors, most of which now are other European governments or the I.M.F.
The third option floated by the I.M.F., a cancellation of a portion of Greece’s debts, has been fiercely resisted by the German government, even though this is the option that least obviously constitutes a continuing fiscal union. Debt cancellation is a one-time fiscal transfer (if I lend you $100 and then forgive the debt, that’s much like me simply giving you $100), but at least in theory it would be done only once, with Greece expected to stand on its own otherwise. The important exception is that Greece would still need to rely on European governments to lend it money at favorable rates, though not quite as favorable as under the Old Bieber scenario.
Unfortunately, however, this is not Greece’s first bailout rodeo. Previous bailouts have had to be revised and enlarged, and as the I.M.F. notes in the section of its memo about “considerable downside risk,” that could happen again. The plans for Greece to regain solvency rely on fast economic growth and sharp rises in labor productivity that outperform the rest of Europe — something that cannot be guaranteed. They also rely on the country’s running a large primary surplus for an extended period — that is, collecting much more in taxes than it spends on government services, which typically does not prove popular with the voting public.
In other words, Europeans would have good reason to fear that a debt haircut given to Greece today would not be the last.
The memo makes clear what the real cost to Europe of continued eurozone membership for Greece is: If European governments want to keep Greece in, they’re going to have to put up a lot of money in one non-loan form or another, money they will give Greece that they never get back.
Of course, the main alternative to a deal is a Greek exit from the euro, which would also be costly to European holders of existing Greek debt, who could expect to be repaid in devalued drachmas, if at all. That is a reason for European governments to be willing to pay the price prescribed by the I.M.F. to make a Greek deal work.
But the I.M.F. officials are saying they cannot pretend that a bailout deal will lead to an eventual payment in full from Greece. If Greece stays in the euro, it will need much more financial support from the rest of Europe than was admitted in Monday’s deal, and the I.M.F. is asking European governments to put that admission on paper.

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terça-feira, 14 de julho de 2015

Revolucao Francesa e Patrimonio Historico - Pedro P. Palazzo

Revolução Francesa e Patrimônio Histórico

Pedro P. Palazzo

Clique para ampliar
Hoje, 14 de julho, é a data nacional da França, quando se celebra o início da Revolução Francesa representado pela “Queda da Bastilha”, em 1789. Apesar de ter sido demolida naquele mesmo ano, ou melhor, justamente por ter sido demolida, a Bastilha fez parte de um conjunto de monumentos perdidos que inspirou as primeiras iniciativas de proteção ao patrimônio cultural. Além disso, a sua vizinhança ilustra alguns conceitos universais de urbanismo.
A palavra Bastilha vem do francês antigo e significa “cidadela fortificada”. O monumento em questão era um grande castelo que defendia uma das portas na parte Leste da muralha de Paris construída a mando do Rei da França Carlos V, a partir de 1370. Quando começou a funcionar, em 1386, tinha um inovador desenho abaulado com oito torres. No entanto, rapidamente tornou-se obsoleta como fortaleza por dois motivos: a introdução dos canhões no campo de batalha, logo no início do século XV, e o crescimento da cidade, que ultrapassou a linha das muralhas. Por isso, passou a ser usada como prisão desde o final da Guerra de Cem Anos (1337–1453). O fato de muitas vezes receber presos políticos, e também de abrigar um arsenal com armas e munições, tornaram-na um objetivo importante quando as milícias revolucionárias tomaram as ruas num ímpeto, no dia 14 de julho de 1789.
(...)
Ler o texto completo neste link: http://www.abaco-arquitetura.com.br/pt-br/blogs/revolucao-francesa-patrimonio-historico

Mestrado em Economia da Universidad Francisco Marroquin - Informacoes gerais

Mestrado em Economia da Universidad Francisco Marroquin
Administrado pelo Centro de Estudios Superiores Online de Madrid Manuel Ayau





Informações neste link:
http://economia.ommayau.com/pt/index.php/P%C3%A1gina_principal


Resumo da apresentação:

Quer aprender economia?
Quantos mestrados de economia que você conhece apresentam uma defesa profunda e sistemática do capitalismo?
Certamente, não há outro no qual se reúnam as contribuições das principais escolas liberais.
Neste Mestrado de Economia da Universidad Francisco Marroquín (UFM) e do Centro de Estudios Superiores de Madrid Manuel Ayau (OMMA) preparamos um programa rigoroso que abrange as contribuições cientificas mais sólidas em defesa do livre mercado – como desenvolvidas pelas correntes mais importantes do pensamento liberal: a Escola Austríaca, a Escola de Chicago, a Escola da Escolha Pública, a Escola de Bloomington e o neoinstitucionalismo.
Ao longo do mestrado você obterá uma formação completa em disciplinas tão variadas e complementares como finanças, ciclo econômico, história econômica, tributação ou políticas públicas, de modo que, ao concluí-lo, contará com sólidos conhecimentos teóricos e práticos que lhe permitirão não somente compreender a complexa engrenagem que coordena o livre mercado, mas também refutar as falácias mais propagadas contra esse sistema.
Ademais, o título de mestrado habilitará aqueles alunos interessados em continuar sua formação econômica a realizar sua tese doutoral dentro da UFM e sob a direção de algum dos excelentes acadêmicos que fazem parte de nosso claustro (equipe).

Professores, neste linkhttp://economia.ommayau.com/pt/index.php/Professores

Nosso programa

Quantos mestrados em economia você conhece? Certamente, nenhum teórico e prático que reúna as contribuições científicas mais sólidas em defesa do livre mercado como tem sido desenvolvidas pelas correntes mais relevantes do pensamento liberal.
Nesse Mestrado em Economia UFM-OMMA, nós preparamos um programa com o objetivo de que nossos alunos aprendam quais são os processos econômicos e as instituições que explicam o bem-estar das pessoas em sociedade. O programa aprofunda tanto os aspectos técnicos da análise econômica, como as instituições sociais que impulsionam o desenvolvimento econômico. Consciente da missão da UFM e da OMMA, o Mestrado em Economia UFM-OMMA estuda e avança os princípios econômicos, mas considera o vínculo com os princípios éticos e jurídicos de uma sociedade de pessoas livres e responsáveis. Se lhe interessa a estrutura acadêmica desse Mestrado, podemos dizer que é certificado pela Universidad Francisco Marroquín (UFM) e pelo Centro de Estudios Superiores Online de Madrid Manuel Ayau (OMMA), que conta com um programa de 60 créditos ECTS e que tem duração de 12 meses. Se, por outro lado, o que realmente lhe interessa é conhecer a fundo os conteúdos de nosso programa, continue lendo e poderá ver o que lhe vamos ensinar.

    Programa
Introdução à Economia
 Problema económico: alocação de recursos e comunicação de informação dispersa. O ponto de vista econômico. Necessidades, bem-estar e geração de riqueza. Economia, mercados e sociedade. Instituições: dos direitos de propriedade e a liberdade contratual à moeda. A economia como ciência da ação humana.

Processos de Mercado  
A economia como processo de coordenação. Valor e preço de bens /serviços de consumo. A variável tempo na economia: a interação entre preferências temporais e estrutura de produção. Preços de bens / serviços de produção: salários e renda da terra. O sistema de preços relativos como sistema de comunicação de informação dispersa. A demanda e a empresa. Concorrência e monopólio: instituições e eficiência. Externalidade, bens públicos, informação assimétrica: das “falhas de mercado” às “falhas do governo”.

Análise Econômica do Socialismo  
A disciplina de Análise Econômico do Socialismo visa explicar como realmente funcionavam os sistemas socialistas na hora de planificar a produção e coordenar seus aparelhos burocráticos, identificando os insuperáveis problemas de informação e incentivos com os quais lidavam.

Teoria Monetária e Bancária  
O propósito dessa disciplina é decifrar a natureza do dinheiro e do crédito, explicando seu papel coordenador da divisão do trabalho, mas também descoordenador da mesma através do ciclo econômico.

História do Pensamento Econômico  
Nessa disciplina, o aluno aprofundará seu aprendizado daquelas ideias, autores e assuntos que têm contribuído para a formação do estado atual da ciência econômica, com todos os seus erros e acertos. Ao longo dessa viagem intelectual, o aluno conhecerá em detalhes como e porque se desenvolveram as boas e más ideias que, de uma forma ou outra, seguem governando o mundo atual.

História Econômica Global
 Um bom economista necessita não somente possuir um conhecimento profundo da teoria econômica, mas também dos fatos econômicos tal como ocorreram ao longo da história. A disciplina de história econômica constituirá não somente de uma narração de como o capitalismo enriqueceu as nações, mas também de como o estatismo freou esse processo sadio de enriquecimento generalizado.

Economia e Instituições
 Nessa disciplina serão analisadas as diferentes instituições que existem na sociedade pela perspectiva das seguintes escolas de pensamento: Escola Neoinstitucionalista, Escola Austríaca, Escola de Chicago, Escola de Bloomington e Escola da Escolha Pública (Public Choice).

Ambiente Econômico
 Em geral, as decisões empresariais e econômicas são tomadas sob a influência do ambiente econômico. Questões como a arbitrariedade do poder político, a robustez das instituições, o crescimento econômico, o nível de abertura dos mercados, a intervenção regulatória do governo ou a situação financeira do Estado determinam, em grande medida, a estratégia que uma empresa adotará durante sua vida. Essa disciplina foi desenhada para analisar o ambiente econômico que os empresários, políticos e agentes econômicos em geral devem estudar para tomar decisões de sucesso. O conteúdo da disciplina divide-se em três partes. A primeira explora os fatores que determinam a competitividade de uma economia. Os empresários preferem desenvolver seus projetos empresariais em mercados altamente competitivos, especialmente se planejam competir no mercado internacional ou com empresas que são referência na economia global. A segunda estuda os fatores específicos que determinam a dificuldade ou facilidade relativa de abertura, administração e fechamento de uma empresa. A terceira e última avalia o grau de liberdade econômica de cada país. A liberdade de empresa, assim como outros tipos de liberdade relacionados à atividade econômica têm se tornado fatores-chave para o desenvolvimento econômico. Nela, trataremos de descobrir os nexos causais entre a liberdade e o crescimento econômico.

Conjuntura Econômica
 A disciplina de Conjuntura Econômica busca facilitar a aplicação dos conteúdos teóricos do módulo de Macroeconomia à análise da atualidade. Longe de nos concentrarmos no comportamento dos enganosos macroagregados, prosseguiremos a analisar a situação e a evolução financeira dos distintos agentes que efetivamente tomam decisões econômicas no mercado: famílias, empresas, bancos e governos.
O objetivo final da disciplina é dotar o aluno das habilidades para poder, por um lado, interpretar corretamente o ambiente econômico que a rodeia e, por outro, redigir um relatório de conjuntura a partir de um exame atento das distintas magnitudes que interferem ao longo do ciclo econômico: consumo, investimento, taxas de juros, preços, emprego, flutuações creditícias, gasto público, etc. .

Inovação e Empresa
 Embora os modelos de economia estacionária e equilíbrio geral e parcial tenham servido tradicionalmente para nos aproximar da compreensão dos fenômenos econômicos, são cada vez mais evidentes as limitações de tais paradigmas na explicação do desenvolvimento real da economia moderna.
É por isso que essa disciplina tratará da descrição e do estudo do mundo econômico e empresarial entendendo-o como um processo de “destruição criativa”, recorrendo à célebre expressão de Joseph Schumpeter.
Com esse paradigma dinâmico, revisaremos os diferentes tipos de inovações e os produtos que se desenvolvem a partir das mesmas. Assim mesmo, estudaremos as causas e as formas distintas de crescimento empresarial, dando ênfase à relação existente entre a estrutura de mercado de uma indústria e seu grau de maturidade.

Teoria do Estado  
O Estado é um ator (agente) fundamental dentro das economias atuais. Todo o intervencionismo econômico se assenta sobre certa concepção do poder público que legitima suas medidas coercivas sobre a sociedade. Contudo, as razões para justificar a existência de um monopólio territorial da violência não têm sido sempre as mesmas: nessa disciplina estudaremos e criticaremos a evolução das diferentes visões.

Políticas Públicas  
O intervencionismo estatal materializa-se em toda uma série de políticas setoriais dirigidas a corrigir as supostas “falhas de mercado”. Nessa disciplina serão analisadas quais são elas, seu significado, se podem ser corrigidos pelo intervencionismo estatal sem que estes tornem-se piores “falhas de governo” e, finalmente, estudaremos como funcionaria o livre mercado em matéria educativa, sanitária, previdenciária, urbanista ou meio ambiente.

Comércio Internacional e Globalização  
Provavelmente, o fenómeno económico mais crucial das ultimas quatro décadas tenha sido a progressiva redução das barreiras comerciais dos países e a consequente globalização. A globalização tem permitido a multiplicação dos fluxos de bens e capitais entre países, favorecendo o barateamento do consumo e do investimento no Ocidente, assim como o aparecimento de uma classe média incipiente nos países em desenvolvimento. Contudo, a globalização também é submetida a todos os tipos de críticas, especialmente por parte de aqueles que competem diretamente com os novos empresários dentro do mercado global. Nessa disciplina analisaremos as vantagens da globalização e revisaremos as críticas mais frequentes.

Mercado de Capitais e Investimento  
Uma das consequências mais positivas da globalização tem sido a criação de um mercado mundial de capitais ao qual as empresas podem recorrem para obter financiamento para implementar seus planos de negócios internacionais. Os mercados mundiais de capitais, todavia, também produzem certos riscos que devem ser considerados dentro do marco atual de papel moeda inconversível e bancos centrais inflacionistas.

Finanças Públicas e Política Fiscal
 Os impostos são a razão última que justifica a existência de um Estado, assim como a manifestação que mais gera distorções no mercado. O propósito dessa disciplina é compreender, precisamente, os diversos efeitos distorcivos que a política tributária gera no comportamento dos agentes econômicos: sua poupança, seu investimento, seu consumo, a composição e o perfil do seu patrimônio, seu tempo de serviço, seu custo de financiamento ou sua capacidade de geração de riqueza no longo prazo.

Horário e duração das aulas
Nosso Mestrado em Economia UFM-OMMA tem duração de 12 meses + tese. As aulas ocorrem nas terças e quintas das 12:30 às 15:30 horas (horário de Brasília) a partir de 17 de setembro de 2015.
No caso de o aluno não poder assistir a alguma das aulas, poderemos disponibilizar a gravação das mesmas quantas vezes sejam necessárias, em qualquer momento, para que assim não perca nenhum dos conteúdos tratados.
A nota de cada disciplina é composta de:
•    80% de trabalhos e/ou provas
•    10% de presença (70% ou mais de presença = nota máxima de presença).
•    10% de participação do aluno em aula.

Método
Acreditamos que os alunos devem ser protagonistas de sua própria formação. Por isso, nesse Mestrado em Economia da OMMA-UFM, tratamos de oferecer aos nossos alunos elementos e ambiente apropriados para a formulação das perguntas sobre as quais construirão seu processo de aprendizagem. Além disso, acreditamos que para cumprir esse objetivo é necessário combinar o método socrático e o estudo de casos práticos nas aulas online, em tempo real. Queremos ajudar nossos alunos a liderarem sua formação e seguir aprendendo com eles.
Perfil do aluno e oportunidades de carreira
O Mestrado em Economia OMMA-UFM é direcionado a todos os economistas ou profissionais das chamadas ciências sociais; a quem deseja trabalhar ou está criando think tanks e deseja melhorar sua formação com o intuito de influenciar políticas públicas; a jornalistas que desejam especializar-se no jornalismo econômico; aos interessados em carreiras acadêmicas relacionadas, particularmente, com a pesquisa e docência nas áreas da ciência econômica ou ciência social; a quem trabalha ou deseja trabalhar em organismos nacionais e internacionais; a quem deseja realizar consultoria empresarial em assuntos de economia e/ou interessados em desenvolver suas capacidades empreendedoras por um melhor entendimento do processo econômico que constitui o ambiente empresarial.
Existem varias oportunidades de carreira. O mestrado será um profissional com conhecimentos teóricos sólidos, capaz de explicar com clareza o que ocorre na economia local, nacional e global, assim como as consequências das políticas econômicos dos governos; melhorará sua capacidade empreendedora por meio do conhecimento do meio ambiente empresarial; terá capacidade de interpretar a história dos feitos e, especialmente, das ideias econômicas; aperfeiçoará sua interpretação dos processos de ação e interação humanas; conhecerá os fundamentos e benefícios de uma sociedade livre; e destacará a importância do respeito às instituições do Estado de Direito para alcançar o desenvolvimento econômico.

Formulário de admissão: http://economia.ommayau.com/pt/index.php/Especial:Solicitud
 
Uma apresentação foi feita no dia 10 de julho, e pode ser vista neste link: 
 

Foreign Policy resume o acordo sobre o programa nuclear iraniano: vai funcionar?

Esta é a pergunta que vale milhões, ou uma nova corrida nuclear na região.
Se os demais países acreditarem nesse acordo -- que ainda precisa passar pela aprovação, ou rejeição, do Congresso americano -- pode ser que se evite nova onda de proliferação.
Do contrário, as perspectivas são relativamente obscuras quanto às suas consequências...
Paulo Roberto de Almeida

The Deal is Done
By Paul McLeary and Adam Rawnsley
Foreign Policy Daily Report, July 14, 2015

It starts here. An agreement has been reached. After an intense 18 days of negotiation, six world powers and Iran finally managed to strike a historic deal Tuesday to curb Iran's nuclear program in exchange for billions of dollars in relief from international sanctions. The agreement will prevent Iran from producing enough material for a nuclear weapon for at least a decade while giving the international community access to Iranian facilities, including military sites, to ensure compliance.

For Iran, the deal will give the country access to more than $100 billion in assets frozen overseas -- money that critics fear will be used to step up Tehran's support for its armed proxies in Syria, Lebanon, Iraq and elsewhere.

A key provision calls for the U.N. arms embargo on the country to stay in place for at least five more years, though it could end earlier if the International Atomic Energy Agency can certify that Iran has stopped all work on nuclear weapons. A U.N. restriction on the transfer of ballistic missile technology to Tehran is set to stay in place for up to eight more years.

FP’s Colum Lynch and Dan De Luce tackle the highly contentious arms embargo issue, writing that U.S. negotiators believe the embargo -- which prevents Iran from importing a range of military hardware, including warplanes and battle tanks -- “has done little to impede Iran’s ability to arm and equip its proxies throughout the region, including in Lebanon, Syria, and Iraq.”

On the other hand, the agreement mostly leaves in place the infrastructure that Tehran has built up at its main nuclear sites, though much of it will be taken apart and placed in storage. Iran will also be allowed to continue enriching smaller amounts of lower-grade uranium and plutonium.

Fallout. The administration will now start trying to sell the deal to skeptics on Capitol Hill and throughout the Middle East, where both Israel and Gulf powers like Saudi Arabia believe the agreement will eventually allow for Iran to attain a bomb.

The deal will likely set off a new round of weapons buys by Gulf countries who have eyed the Iran talks warily. FP recently reported on the potential Gulfie wish list: more expensive missile defense systems, more long-range radar units, and better command and control equipment to stitch the region’s various missile defense batteries into a networked whole.

Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu -- one of the biggest critics of the talks on the world stage -- said on Tuesday in Jerusalem that the deal was "a historic mistake for the world,” since “in every area where it was supposed to prevent Iran attaining nuclear arms capability, there were huge compromises.”

Netanyahu gave a high-profile speech on Capitol Hill lobbying against a potential deal earlier this year; now that one has been reached he and Israel's top diplomats are sure to do what they can to derail the deal or tighten its terms.

Speaking early Tuesday morning at the White House, President Barack Obama said that the deal “is not built on trust, it is built on verification,” while insisting that the U.S. would reinstate sanctions -- and potentially use force -- if Iran cheated and continued work towards a nuclear weapon. Obama also said he would veto any attempt by the Republican-controlled Congress to scuttle the agreement.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Mestrado em Economia online: comeca no dia 17/09/2015 - P.R.Almeida, Historia Economica Global

Recebi um convite, que espero poder aceitar, para ministrar a cadeira de História Econômica (que estou sugerindo seja Global) num novo mestrado em economia, da Universidad Francisco Marroquin, e administrada pelo Centro de Estudios Superiores Online de Madrid Manuel Ayau.

Mestrado em Economia online:
As informações sobre o curso, na sua versão original em espanhol, estão neste link: 


 
A versão brasileira, em Português, do curso, foi apresentada no dia 10 de julho, e pode ser vista neste link: 




Se estiver interessado e desejar se matricular, preencha o formulário de admissão no link abaixo:
http://economia.ommayau.com/pt/index.php/Especial:Solicitud  


No  dia 02 de agosto haverá outra sessão informativa. Confiram nos links:

 

“A produção não tem nenhum sentido, exceto como um meio para o consumo. O investimento em bens de capital não significa nada, à exceção de quando é uma estação intermediária na rota para o consumo”.

Murray Rothbard

"A humanidade estagnou por milhões de anos na pobreza, a partir da Revolução Industrial começou a grande jornada para riqueza, o bem estar e a liberdade das necessidades. Alguns indidviduos, empreenderam, inovaram e geraram crescimento economico. Hoje mais pessoas habitam o planeta e cada uma delas vive mais e melhor. Alguns países ficaram ricos e outros ficaram atrás. Como se deu tudo isso? Qual a receita do sucesso? Qual papel tiveram os mercados, os bancos, as instituições, o estado, a inovação? Porque todos os experimentos socialistas da historia fracassaram? O que explica o atual milagre economico de Coreia do Sul, de Singapura e Honk Kong? Neste mestrado voce irá aprender as respostas a todas estas perguntas e muito mais."
Adriano Gianturco
Diretor do Mestrado em Economia
  

 História Econômica Global
Vou tentar completar a bibliografia deste programa preliminar que estou preparando mais ou menos neste esquema, acrescentando todas as partes sobre a América Latina e em especial o Brasil, que não constam ainda deste programa preliminar, que foi baseado no original oferecido em Espanhol. Pretendo desenvolver com algum grau de detalhe a história econômica da América Latina e em especia do Brasil. Como estou fora de casa, sem minha biblioteca, não estou conseguindo revisar aqui minha bibliografia, que é relativamente abundante, sobretudo em Português, mas também com muitos títulos em inglês (todos facilmente encontráveis na grande rede de sebos online, www.abebooks.com).



HISTÓRIA ECONÔMICA GLOBAL
Professor
Paulo Roberto de Almeida

Descrição:
O conteúdo geral da matéria é a história econômica global, a partir da baixa Idade Média até o período recente, com especial atenção aos progressos das sociedades ocidentais e à experiência de desenvolvimento econômico na América Latina e no Brasil em particular.
Objetivos:
O aluno adquirirá a capacidade de:
·        Traçar um relato sobre o itinerário econômico das sociedades ocidentais nos últimos dez séculos.
·        Adquirir uma visão de conjunto da história econômica da Europa ocidental e do hemisfério americano.
·        Entender o nascimento e o desenvolvimento histórico do capitalismo e as transformações que ele provocou.
·        Organizar um mapa mental dos progressos que tornaram possível o mundo atual.
Compreender como se chegou ao momento presente e porque o mundo se configura do modo como o faz.

CONTEÚDO
SESSÃO 1 (VIDEOCONFERÊNCIA): O DESLANCHAR DA ECONOMIA EUROPEIA
Descrição: A economia de Europa ocidental deslancha depois da relativa estagnação da alta Idade Média. As cidades renascem, o comércio floresce, assim como a população e a riqueza disponível.
Conceitos: Comércio internacional, expansão demográfica.
Objetivos: Explicar como uma região atrasada do globo, que estava há vários séculos dominada pela pobreza mais absoluta, deslancha economicamente e se prepara para, ao final dessa etapa de cinco séculos, colocar-se na vanguarda do mundo.
Leituras recomendadas: David Landes, A Riqueza e a Pobreza das Nações; Henri Pirenne, As cidades da Idade Média; Frédéric Mauro, História Econômica Mundial; Jared Diamond, Armas, Germes e Aço.

SESSÃO 2 (VIDEOCONFERÊNCIA): A EXPANSÃO EUROPEIA
Descrição: Em finais do século XV, com os descobrimentos, a Europa se abre ao mundo formando a primeira rede comercial de alcance global da história. Isto altera o equilíbrio mundial por completo. A expansão gera um crescimento econômico e uma riqueza como não se havia visto antes, ao mesmo tempo que o Estado se concentra e se fortalece.
Conceitos: Comércio intercontinental, consolidação do Estado, aparecimento das Américas na economia global.
Objetivos: Explicar quais fatores impulsionaram as nações costeiras da Europa ocidental a lançar-se nos oceanos desconhecidos e como essa decisão constitui a primeira onda de globalização real. Tratar da gênese do Estado moderno.
Leituras recomendadas: Carlo Maria Cipolla, História econômica da Europa pré-industrial; Pierre Villar, Ouro e Moeda na História;

SESSÃO 3 (VIDEOCONFERÊNCIA): O FIM DO MUNDO DE ONTEM
Descrição: A primeira fase dessa expansão dá origem a um mundo bastante diferente do medieval. O Estado consolidou o seu poder sob a forma do absolutismo monárquico, que inventa a “política econômica”. A América se incorpora ao sistema mundial enquanto a China começa se longo e lento processo de decadência. Na Europa, a acumulação de capital aumenta. Os mercados financeiros se sofisticam.
Conceitos: O Estado toma forma, o poder real se consolida e se impõe.
Objetivos: Explicar como Europa alcança a hegemonia mundial colocando-se na vanguarda em praticamente todas as áreas relevantes. Descrever a concentração e a consolidação dos Estados modernos cuja interferência na economia passará a ser fundamental.
Leituras recomendadas: David Landes, A Riqueza e a Pobreza das Nações; Frédéric Mauro, História Econômica Mundial; [Completar]

SESSÃO 4 (VIDEOCONFERÊNCIA): A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA INGLATERRA
Descrição: Entre o final do século XVIII e princípios do XIX se produz na Grã-Bretanha um processo de crescimento econômico caracterizado por um aumento da produtividade e da renda disponível como não se havia visto em nenhum momento anterior, aumento que se sustentou até a atualidade.
Conceitos: Novas tecnologias, novas formas de organização. Explosão demográfica, livre-comércio.
Objetivos: Explicar como e porque ocorreu o processo industrial y porque ele aconteceu na Grã-Bretanha. Detalhar as consequências que tal processo acarretou no curto prazo.
Leituras recomendadas: David Landes, Prometeu Desacorrentado. [Completar]

SESSÃO 5 (VIDEOCONFERÊNCIA): UM PROCESSO INCONTIDO E INCONTÍVEL: A REVOLUÇÃO SE DISSEMINA
Descrição: Depois das guerras napoleônicas, o modelo econômico inglês se estende à Europa ocidental e à América do Norte, alimentado pela irrupção do carvão e das ferrovias. Isso vem acompanhado de uma inédita explosão demográfica no Ocidente, não comprometida por fomes ou miséria. As monarquias absolutas se desmantelam e nasce o Estado liberal, que irá adquirir um papel cada vez mais preponderante. As finanças entram em cena com força inusitada até aquele momento.
Conceitos: Revolução energética e dos transportes, finanças
Objetivos: Explicar como e porque a Europa ocidental e a América do Norte se incorporam à revolução industrial e que consequências isso trouxe.
Leituras recomendadas: David Landes, A riqueza e a pobreza das naçõe; Niall Ferguson, The Ascent of Money.

SESSÃO 6 (VIDEOCONFERENCIA): O CIMENTO DO MUNDO MODERNO
Descrição: A partir de 1870 tem lugar nas nações industrializadas o maior processo de crescimento econômico da história, e que se mantém de un modo sustentado durante meio século. Todos os elementos da primeira industrialização são aperfeiçoados, incorporando pela primeira vez inovações substantivas, como o telégrafo. Se produz também um fenômeno inédito: migrações maciças entre os continentes que reposicionam a mão-de-obra y unificam o mundo. O livre-comércio e o Estado regulador se impõem. Apogeu do padrão ouro.
Conceitos: Globalização, a grande empresa, as migrações.
Objetivos: Explicar como a economia mundial vai adquirindo sua forma atual com duas áreas de desenvolvimento econômico bem delimitadas em função de sua participação nessa revolução tecnológica.
Leituras recomendadas: Barry Eichengreen, A globalização do capital. [Completar]

SESSÃO 7 (VIDEOCONFERENCIA): CRESCIMENTO, APESAR DAS CRISES
Descrição: O período compreendido entre 1914 y 1945 foi marcado por duas guerras mundiais, pela ascensão dos totalitarismos de tipo socialista, pela instabilidade global, pela hiperinflação alemã e pela crise de 1929. Apesar disso, o motor do mundo não se detém. A economia começa a ficar dependente da política de forma permanente.
Conceitos: Inflação, quebra de 1929, economia de guerra.
Objetivos: Descrever a delicada situação mundial dessa época, enfatizando seus efeitos devastadores sobre a economia. Compreender os efeitos da 1a. Guerra Mundial, a crise de 1929 e suas consequências, e as causas econômicas que motivaram a ascensão dos nazistas ao poder.
Leituras recomendadas: Murray N. Rothbard, A grande depressão; Ludwig von Mises, Autobiografia.

SESIÓN 8 (VIDEOCONFERENCIA): O SOCIALISMO REAL
Descrição: Entre 1917 e a década dos 90 se realiza a maior experiência econômica jamais levada a cabo: o socialismo real. Afeta em seu ponto máximo, durante os anos 70, países e povos de quatro continentes que compreendiam um terço da humanidade. 
Conceitos: Socialismo. Planejamento econômico centralizado. Mercados.
Objetivos: Explicar en que consistiu a economia socialista planificada, como ela foi implantada, como evoluiu com o passar dos anos, como implodiu e que ensinamentos se podem extrair de semelhante experimento.
Leituras recomendadas: Ludwig von Mises, Socialismo; [Completar]

SESSÃO 9 (VIDEOCONFERÊNCIA): O GRANDE CONSENSO
Descrição: Entre o final da 2ª Guerra Mundial e a crise do petróleo de 1973 se registra um extraordinário crescimento econômico, acompanhado de grandes inovações e novas tecnologias. Tudo sob o patrocínio dos EUA, que se perfila já como a nova superpotência mundial. Uma espécie de idade do ouro do capitalismo que trazia embutida sua própria maldição.
Conceitos: Consenso socialdemocrata, Primeiro e Terceiro mundo.
Objetivos: Explicar como se produziu um crescimento tão pujante e sustentado no tempo e porque terminou estagnando nos anos 70.   
Leituras recomendadas: [Completar]

SESSÃO 10 (VIDEOCONFERÊNCIA): O SUPER-CICLO EXPANSIVO
Descrição: A crise dos anos 70 deu lugar a um ciclo expansivo global que foi incorporando novos atores y crescendo durante três décadas para terminar abruptamente na crise financeira de 2008, com todas as suas ramificações. Esse super-ciclo registrou o regresso da economia chinesa no cenário econômico mundial e a emergência de economias periféricas.
Conceitos: Bolha creditícia, unificação do mundo.
Objetivos: Explicar a crise dos anos 70 e o modo pelo qual se saiu dela, a recuperação econômica do Ocidente na década seguinte, a incorporação do antigo bloco soviético ao mercado mundial e a irrupção da Ásia como novo e principal ator econômico global para o século XXI. 
Leituras recomendadas: [Completar]

Voltarei ao assunto.
Paulo Roberto de Almeida





  

Mercosul tem mais uma reuniao de cupula; vai fazer alguma diferenca? Dificilmente...

Não sou eu quem está dizendo que o Mercosul não tem muito mais a oferecer. Essa cúpula vai fazer alguma diferença? Provavelmente não. Por que não poupar dinheiro para o ajuste fiscal? Qualquer 5 centavos sempre é uma grande ajuda...

Cumbre Mercosur

Mercosur se reúne en Brasil con el comercio estancado y tensiones regionales

Infolatam/Efe
Brasilia, 13 de julio de 2015
Las claves
  • Está previsto que se siga tratando la adhesión de Bolivia, ya aprobada por los parlamentos de Venezuela, Uruguay y Argentina, así como el acuerdo comercial que negocia el Mercosur con la Unión Europea (UE), al que se opone el mandatario boliviano, Evo Morales.
  • Exento de conflictos regionales, Brasil oficiará de anfitrión en horas bajas, con una economía debilitada, una aguda crisis política y un gigantesco escándalo de corrupción en la estatal Petrobras, por el que se investiga a medio centenar de políticos.
Estancado en lo comercial y con diversas tensiones regionales como telón de fondo, el Mercosur, formado por Argentina, Brasil, Paraguay, Uruguay y Venezuela, celebrará los próximos jueves y viernes en Brasilia una nueva cumbre semestral.
En la cumbre se espera la presencia de los mandatarios de Chile, Perú, Ecuador, Bolivia, Colombia, Surinam y Guyana, que tienen estatus de Estados asociados al bloque, lo que significa que en realidad el ámbito de la reunión será la Unión Suramericana de Naciones (Unasur) al completo.
En el marco del encuentro, del que no se espera ningún tipo de anuncio concreto, Brasil le traspasará la presidencia rotativa a Paraguay, que la asumirá por primera vez desde que fue suspendido en 2012 a raíz de la destitución del entonces presidente Fernando Lugo, vista por el bloque como una “ruptura” del orden democrático.
También está previsto que se siga tratando la adhesión de Bolivia, ya aprobada por los parlamentos de Venezuela, Uruguay y Argentina, así como el acuerdo comercial que negocia el Mercosur con la Unión Europea (UE), al que se opone el mandatario boliviano, Evo Morales.
“Si Mercosur quiere forjar un acuerdo de libre comercio con la Unión Europea, Bolivia va a tener que retirarse”, declaró Morales el mes pasado, anticipando un nuevo obstáculo al dilatado proceso de adhesión de su país al bloque.
Las negociaciones con la UE comenzaron en 1999, pero permanecen estancadas por diferencias en las áreas industrial y agrícola, aunque también por la reticencia de Argentina a establecer un acuerdo que impondría una mayor apertura comercial.
Sin embargo, ahora Brasil está decidido a avanzar con la UE y la presidenta Dilma Rousseff ha instado a flexibilizar la norma según la cual todo acuerdo comercial debe negociarse en forma conjunta, para facilitar el proceso con el bloque europeo y una ampliación de los limitados horizontes comerciales del Mercosur.
Ésta es una vieja reclamación de Uruguay y Paraguay que tradicionalmente encontró el rechazo de Argentina y Brasil, los otros dos socios del bloque al que Venezuela se sumó en 2011, aunque aún no participa en negociaciones comerciales.
Precisamente Venezuela será otro de los focos de atención de la cumbre debido a la crisis política que atraviesa el país, que ha llevado a algunos miembros del Mercosur, como Brasil, a elevar el tono frente al Gobierno de Nicolás Maduro.
Rousseff, que tiene relaciones de “amistad” con Maduro, llegó a calificar de “inaceptables” los incidentes ocurridos durante una visita a Venezuela de senadores brasileños que pretendían visitar a líderes opositores presos y se toparon con protestas de militantes “chavistas”.
No obstante, el Mercosur expresó su satisfacción por la decisión de las autoridades electorales venezolanas de convocar los comicios parlamentarios para el próximo 6 de diciembre, un anuncio que exigían tanto la oposición a Maduro como la comunidad internacional.
Otro asunto que pudiera deslizarse en la cumbre es el conflicto de Venezuela con Guyana por la región conocida como Esequibo, que Maduro pretende denunciar ante la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur).
Las relaciones entre Maduro y el presidente de Guyana, David Granger, están congeladas desde mayo, cuando el líder bolivariano emitió un decreto estableciendo como venezolanas todas las aguas marítimas frente a la costa del Esequibo, donde la petrolera Exxon Mobil confirmó el hallazgo de importantes reservas de petróleo.
En la costa del Pacífico, una demanda marítima también mantiene enfrentados a Chile y Bolivia, cuyos presidentes, Michelle Bachelet y Evo Morales, respectivamente, son esperados en Brasilia.
Bolivia mantiene su reclamo de una salida soberana al mar y desde 2013 pleitea ante la Corte Internacional de Justicia en busca de un fallo que “obligue” a Chile a negociar una solución.
Exento de conflictos regionales, Brasil oficiará de anfitrión en horas bajas, con una economía debilitada, una aguda crisis política y un gigantesco escándalo de corrupción en la estatal Petrobras, por el que se investiga a medio centenar de políticos.
La economía brasileña, que durante años fue el motor de América Latina, sólo creció un 0,1 % en 2014 y, según las proyecciones oficiales, se contraerá un 1,2 % en 2015, el peor resultado desde 1990.
La realidad brasileña contrasta con la de Uruguay y Paraguay, cuyas economías lideraron el crecimiento del bloque en 2014 y se prevé que lo volverán a hacer este año.
Argentina, por su parte, acude con las elecciones presidenciales a la vuelta de la esquina, por lo que la cumbre podría ser la última de la presidenta Cristina Fernández, a quien la Constitución le impide una nueva reelección.
El nuevo mandatario de Argentina asumirá el 10 de diciembre y, a menos que Paraguay convoque la próxima cumbre antes de esa fecha, la cita de Brasilia marcará la despedida de Fernández del Mercosur.
grande ajuda...
Paulo Roberto de Almeida