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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

domingo, 1 de julho de 2018

O Brasil dos Brasilianistas (2001), Envisioning Brazil (2005) e Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil (2010)


Livros sobre o Brasil e os brasilianistas e sobre as relações Brasil-Estados Unidos organizados/editados por Paulo Roberto de Almeida

Nota conjunta sobre livros
Paulo Roberto de Almeida
Lisboa-Porto, 29 de junho – 1 de julgo de 2018


Um pesquisador brasileiro contatou-me a propósito do Envisioning Brazil(2005), uma versão americana do Brasil dos Brasilianistas (2002) que eu havia composto com o sociólogo da Vanderbilt University Marshall Eakin, assim como sobre o Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil(2010), este último disponível livremente na Biblioteca Digital da Funag. Tive de fornecer-lhe algumas explicações sobre cada uma dessas publicações, as quais reproduzo abaixo, antes de colocar novamente as informações editoriais de cada um desses livros. Permito-me agregar agora uma informação adicional sobre o livro que organizei sobre as relações Brasil-Estados Unidos, resultante do último seminário que organizei ainda na embaixada em Washington, em 2003)

Brasil dos Brasilianistas não é exatamente igual ao Envisioning Brazil. O primeiro foi feito às pressas, pois o embaixador Rubens Barbosa o queria publicado o mais rapidamente possível. Então, a despeito de meus cuidados com a revisão, ele foi feito, digamos, a toque de caixa e saiu publicado pela Paz e Terra em 2002, tendo sido terminado no final de 2001. Pode ter sido relativamente sacrificado por uma revisão apressada no plano puramente formal, o que não diminui em nada o seu valor intrínseco.
 Já a versão americana do conjunto do material preparado em 2001 beneficiou-se de extensa revisão, correção, atualização até 2004, e constitui, assim, um texto mais conforme ao que eu e o Marshall Eakin queríamos. O trabalho final de revisão de quase todos os capítulos ficou a cargo do Marshall, mas eu procedi a uma cuidadosa revisão de minhas colaborações, inclusive na parte da bibliografia.
 Em todo caso, ambas edições constituem uma informação útil e uma discussão importante sobre o relevante papel dos estudiosos do Brasil nos EUA na construção da pós-graduação brasileira nas áreas de Humanidades e Ciências Sociais, numa fase que poderíamos chamar de "substituição de importações" da produção acadêmica.
 Já o Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil foi feito também em 2001, e demorou muito tempo para ser publicado pela Funag. Só saiu em 2011, e eu fiz algumas revisões e atualizações no intervalo, mas não sei se tudo o que está lá ainda é válido. A razão é que o processo de digitalização dos arquivos americanos – National Archives, arquivos presidenciais, fundos documentais em universidades – caminhou rapidamente nessa década e atualmente existem dezenas, centenas, milhares de novas fontes acessíveis online.

Paulo Roberto de Almeida
Lisboa-Porto, 29 de junho – 1 de julgo de 2018


O Brasil dos Brasilianistas
um Guia dos Estudos sobre o Brasil
nos Estados Unidos, 1945-2000

Rubens Antonio Barbosa
Marshall C. Eakin
Paulo Roberto de Almeida
(editores)
(São Paulo: Paz e Terra, 2002)

Índice

Perfil dos autores

Apresentação
Os estudos brasileiros nos Estados Unidos: um projeto em desenvolvimento
      Rubens Antônio Barbosa 

Introdução:
1. Uma certa idéia do Brasil: as afinidades eletivas dos brasilianistas
      Marshall C. Eakin e Paulo Roberto de Almeida

Primeira Parte
Desenvolvimento geral dos estudos brasileiros nos Estados Unidos
2. Tendências e perspectivas dos estudos brasileiros nos Estados Unidos 
      Paulo Roberto de Almeida 
3. Pesquisa: fontes e materiais de arquivos, instituições relevantes, abordagens
      Robert M. Levine
4. Ensino: uma revisão dos programas sobre o Brasil nos Estados Unidos 
      Theodore R. Young

Segunda Parte
Pesquisa disciplinar e produção seletiva publicada, 1945-2000
5. Língua portuguesa e estudos brasileiros 
      Carmen Chaves Tesser
6. Literatura e cultura 
      K. David Jackson
7. Artes e Música 
      José Neistein
8. História 
      Judy Bieber
9. Antropologia 
      Janet Chernela
10. Economia 
      Werner Baer
11. Ciências Sociais 
      Marshall C. Eakin
12. Relações internacionais 
Scott D. Tollefson
13. Geografia 
Cyrus B. Dawsey III
14. Brasiliana nos Estados Unidos: fontes de referência e documentação
Ann Hartness
Terceira Parte
Informação sobre a produção acadêmica brasilianista, 1945-2001
15. Uma cronologia das relações Brasil-EUA e da produção acadêmica, 1945-2001
      Paulo Roberto de Almeida
16. A contribuição britânica ao brasilianismo acadêmico 
      Leslie Bethell
17. Desenvolvimento comparado do estudo do Brasil nos Estados Unidos e na França
      Edward A. Riedinger
18. Bibliografia seletiva
      Paulo Roberto de Almeida

Apêndice:
Nota sobre os comentaristas dos capítulos



Envisioning Brazil:
A Guide to Brazilian Studies 
in the United States, 1945-2003  
Edited by
Marshall C. Eakin and
Paulo Roberto de Almeida
(Madison: Wisconsin University Press, 2005)

In Memory of 
Robert M. Levine
1941-2003

Contents

Preface 
Brazilian Studies in the United States: A Project in Development 
            Rubens Antônio Barbosa 

Introduction
Envisioning Brazil and Brazilianists 
            Marshall C. Eakin and Paulo Roberto de Almeida 

Part One
The Development of Brazilian Studies in the United States

1. Trends, Perspectives, and Prospects 
            Paulo Roberto de Almeida  
2. Research on Brazil in the United States
            Robert M. Levine  
3. Teaching Brazil in United States Universities 
            Theodore R. Young 

Part Two
Perspectives from the Disciplines

4. Brazilian Portuguese Language and Linguistics  
            Carmen Chaves Tesser
5. Literature, Culture, and Civilization 
            K. David Jackson 
6. Arts and Music 
            José Neistein 
7. History 
            Judy Bieber 
8. Ethnology    
            Janet M. Chernela 
9. The Brazilian Economic System through U.S. Lenses 
            Werner Baer & Roberto Guimarães  
10. Political Science and Sociology  
            Marshall C. Eakin 
11. International Relations 
     Scott D. Tollefson
12. Geography 
    Cyrus B. Dawsey III 

Part Three
Counterpoints: Brazilian Studies in Britain and France

13. The British Contribution to the Study of Brazil
            Leslie Bethell  
14. Comparative Development of the Study of Brazil in the United States and France 
            Edward A. Riedinger 

Part Four
Bibliographic and Reference Sources

15. A Chronology of Brazilian-U.S. Relations and Academic Publications, 1945-2002 
           Paulo Roberto de Almeida 
16. Brasiliana in the United States: Reference Sources and Documents
          Ann Hartness
17. Selective Bibliography 
          Paulo Roberto de Almeida 

 Notes on Contributors



GUIA DOS ARQUIVOS
AMERICANOS SOBRE O BRASIL
Coleções Documentais sobre o Brasil nos Estados Unidos

PAULO ROBERTO DE ALMEIDA
RUBENS ANTÔNIO BARBOSA
FRANCISCO ROGIDO FINS
Organizadores
(Brasília: Funag, 2011)

In Memoriam
Embaixador Wladimir Murtinho,
um grande construtor, promotor, incentivador, colecionador, defensor e propagandista de tudo o que dizia respeito à arte, à cultura e à memória histórica do Brasil, um diplomata completo e um homem renascentista no sentido mais amplo do termo.
A homenagem dos organizadores ao grande promotor do Projeto Resgate 

ÍNDICE

Agradecimentos  
Apresentação ao Volume 
Apresentação Geral do Projeto Resgate 
Esther Caldas Bertoletti, Biblioteca Nacional - IHGB  
Prefácio
Embaixador Rubens Antonio Barbosa  
Introdução
Paulo Roberto de Almeida e Francisco Rogido Fins

1. National Archives and Records Administration
1.1.   Informações gerais  
1.2.   Principais Record Groups relacionados com o Brasil 
1.2.1.  RG 39 –Department of Treasury, Bureau of Accounts
1.2.2.  RG 40 – Department of Commerce
1.2.3.  RG 43 –International Conferences, Commissions and Expositions
1.2.4.  RG 59 –Department of State
1.2.5.  RG 63 – Committee on Public Information
1.2.6.  RG 65 – Federal Bureau of Investigation
1.2.7.  RG 84 – Foreign Service Posts of the Department of State 
1.2.8.  RG 90 – Public Health Service
1.2.9.  RG 122 – Federal Trade Commission 
1.2.10.  RG 166 – Foreign Agricultural Service  
1.2.11.  RG 169 – Foreign Economic Administration 
1.2.12.  RG 229 – Office of Inter-American Affairs
1.2.13.  RG 263 – Central Intelligence Agency 
1.2.14.  RG 275 – Export-Import Bank of the United States 
1.2.15.  RG 333 – International Military Agencies 
1.3.      Materiais referentes ao Brasil  
1.3.1.   Disponíveis no Brasil 
1.3.2.   Disponíveis nos EUA 

2. Bibliotecas Presidenciais  
Materiais históricos doados 
Arquivos presidenciais 
Materiais históricos presidenciais da Administração Nixon 
2.1.   Herbert Hoover Library     
2.1.1.Informações gerais
2.1.2.Materiais referentes ao Brasil  
2.2.   Franklin D. Roosevelt Library
2.2.1.Informações gerais 
2.2.2.Materiais referentes ao Brasil 
2.3.   Harry Truman Library  
2.3.1.Informações gerais  
2.3.2.Materiais referentes ao Brasil 
2.4.   Dwight D. Eisenhower Library 
2.4.1.Informações gerais 
2.4.2.Materiais referentes ao Brasil 
2.5.   John F. Kennedy Library 
2.5.1.Informações gerais  
2.5.2.Materiais referentes ao Brasil  
2.6.   Lyndon B. Johnson Library 
2.6.1.Informações gerais  
2.6.2.Materiais referentes ao Brasil  
2.7.Nixon Presidential Materials Staff  
2.7.1.Informações gerais  
2.7.2.Materiais referentes ao Brasil  
2.8.   Gerald R. Ford Library and Museum 
2.8.1.Informações gerais  
2.8.2.Materiais referentes ao Brasil 
2.9.Jimmy Carter Library 
2.9.1.Informações gerais  
2.9.2.Materiais referentes ao Brasil 
2.10.Ronald Regan Library 
2.10.1.Informações gerais  
2.10.2.Materiais referentes ao Brasil  
2.11.George Bush Library  
2.11.1.Informações gerais 
2.11.2.Materiais referentes ao Brasil 
2.12.William J. Clinton Presidential Library and Museum  
2.12.1.Informações gerais   
2.12.2.Materiais referentes ao Brasil  
2.13.George W. Bush Presidential Library 
2.13.1.Informações gerais  
2.13.2.Materiais referentes ao Brasil  

3. Outras Bibliotecas e Instituições  
3.1.   Library of Congress – Washington, DC
3.1.1.Informações gerais 
3.1.2.Materiais referentes ao Brasil 
3.2.   Oliveira Lima Library – Washington, DC 
3.2.1.Informações gerais   
3.2.2.Materiais referentes ao Brasil  
3.3.   Benson Latin American Collection – Austin, TX  
3.3.1.Informações gerais  
3.3.2.   Materiais referentes ao Brasil  
3.4.   John Carter Brown Library – Providence, RI 
3.4.1.Informações gerais  
3.4.2.Materiais referentes ao Brasil 
3.5.Columbus Memorial Library – Washington, DC
3.5.1.Informações gerais  
3.5.2.Materiais referentes ao Brasil  
3.6.   Yale University – New Haven, CT 
3.6.1.Informações gerais  
3.6.2.Materiais referentes ao Brasil 
3.7.   Howard-Tilton Memorial Library – New Orleans, LA 
3.7.1.Informações gerais  
3.7.2.Materiais referentes ao Brasil 
3.8.   Joseph Mark Lauinger Library – Washington, DC
3.8.1.Informações gerais 
3.8.2.Materiais referentes ao Brasil 
3.9.Newberry Library – Chicago, IL  
3.9.1.Informações gerais 
3.9.2.Materiais referentes ao Brasil  
3.10.Smithsonian Institution – Washington, DC 
3.10.1.Informações gerais 
3.10.2.Materiais referentes ao Brasil 
3.11.New York Public Library – New York, NY 
3.11.1.Informações gerais 
3.11.2.Materiais referentes ao Brasil 
3.12.National Security Archive – Washington, DC 
3.12.1.Informações gerais 
3.12.2.Materiais referentes ao Brasil   
3.13.Center for Research Libraries - Latin American Microform Project  
3.13.1.Informações gerais  
3.13.2.Materiais referentes ao Brasil  

4. Apêndices 
4.1.RG 59 – General Records of the Department of State 
4.1.1.   Microfilmes disponíveis no Brasil  
4.1.2.Microfilmes disponíveis nos EUA 
4.2.RG 263 – Central Intelligence Agency 
4.3.Chefes de Missão dos Estados Unidos no Brasil, 1825-2010  
4.4.Chefes de Missão do Brasil nos Estados Unidos, 1824-2010 
4.5.Modelo de carta para recurso ao FOIA  
4.6.Recursos para pesquisa online   
4.7.Feriados nacionais nos Estados Unidos

5. Referências Bibliográficas   

Notas sobre os Organizadores  




Relações Brasil-Estados Unidos

assimetrias e convergências

Paulo Roberto de Almeida
Rubens Antônio Barbosa
(Organizadores)
(São Paulo: Saraiva, 2005)

Índice


Lista de tabelas e figuras

Prefácio

1. Novas relações para um novo século: a parceria Brasil-Estados Unidos
Rubens Antônio Barbosa e Paulo Roberto de Almeida

Primeira Parte
Relações Brasil-Estados Unidos em perspectiva histórica

2. As relações do Brasil com os Estados Unidos em perspectiva histórica
Paulo Roberto de Almeida 
1. Introdução
2. Breve retrospecto histórico
3. Substituição de hegemonias na era do café
4. Tio Sam e a americanização do Brasil na era da Guerra Fria
5. Redemocratização brasileira e acirramento de conflitos comerciais
6. A era FHC: globalização assimétrica e crises financeiras
7. As principais questões da agenda diplomática Brasil-Estados Unidos
8. Conclusões: a presidência Lula e a busca de uma relação madura

3. Variações do nacionalismo: meio século de relações brasileiro-americanas
Lincoln Gordon
1. Retrospecto histórico
2. Nacionalismo positivo e nacionalismo negativo
3. Crescimento acelerado, instabilidade, golpe de estado e supercrescimento acelerado
4. Nacionalismo romântico
5. Rumo a um relacionamento mais estável e durável — parceria sem hegemonia
6. Uma parceria madura
Comentários: Thomas E. Skidmore; Eduardo Viola

Segunda Parte
Processos paralelos de desenvolvimento e de interdependência econômica
4. Etapas iniciais do desenvolvimento e da interdependência econômica 
John DeWitt
1. Introdução
2. Ventos, correntes e comércio
2.1 Rota dos pesqueiros
2.2 Rota do Caribe
2.3 Rota do Brasil
2.4 Sistemas de trocas e comércio do Atlântico
3. Duas novas civilizações mundiais
3.1 A civilização da América de plantation
3.2 A civilização marítima e de fazendas familiares
3.2.1 Pesca
3.2.2 Caça à baleia
3.2.3 Construção de navios
3.2.4 "Invisíveis"
3.2.5 Trocas e comércio
3.2.6 Agricultura em fazendas familiares
4. 1808 e as relações com a Grã-Bretanha
4.1 Estados Unidos: desastre marítimo ativa a revolução industrial
4.2 Brasil: da frigideira do mercantilismo para o fogo do livre-comércio
5. Transformações do século XIX
5.1 Sistemas de distribuição de terras
5.2 Estados Unidos: fazendas para famílias de fazendeiros
5.3 Brasil: fazendas para grandes proprietários 
5.4 A plantação de café no planalto de São Paulo
5.5 Dificuldades dos pobres do meio rural da América de plantation
6. Enfrentando o século XX 
7. Interações econômicas e diplomáticas
8. Conclusões

5. Uma perspectiva macroeconômica do crescimento brasileiro: comparações internacionais
Eliana Cardoso
1. Introdução
2. Comparações internacionais
3. Modelos e hipóteses sobre as raízes da diferença entre o desenvolvimento no Brasil e nos Estados Unidos
4. O século XX e a macroeconomia
5. O Brasil e a macroeconomia
Comentários: Joseph Love, p. 173

Terceira Parte
Comércio bilateral e regional e negociações hemisféricas e multilaterais
6. As relações econômicas Brasil-Estados Unidos e as negociações comerciais 
Rubens AntônioBarbosa
1. As relações econômico-comerciais em perspectiva histórica
2. Brasil e Estados Unidos no sistema multilateral de comércio: de Punta del Este a Doha
3. Experiências diferenciadas de regionalização: Nafta e Mercosul
4. Brasil e Estados Unidos nas negociações hemisféricas e multilaterais: visão brasileira

7. As relações comerciais entre os Estados Unidos e o Brasil numa nova era
Jeffrey Schott
1. Comércio e investimento
2. Atritos do comércio bilateral
3. Encurtando as distâncias
Conclusão
Comentários: Marcelo de Paiva Abreu; Paolo Giordano

Quarta Parte
Perspectivas futuras das relações bilaterais

8. Perspectivas do Brasil como modelador das relações bilaterais com os Estados Unidos
Thomaz Guedes da Costa 
1. Introdução
2. O foco atual: novamente um pragmatismo responsável?
3. Negociações comerciais: luzes ofuscantes e nuvens escuras?
4. Problemas de segurança internacional
4.1 As Nações Unidas e o multilateralismo
4.2 A região de três fronteiras
4.3 Colômbia
5. Nenhuma relação exclusiva — entrelaçar-se a vários
5.1 América do Sul
5.2 Reforçando outras parcerias estratégicas
Conclusão: O Brasil como modelador

9. As relações Brasil-Estados Unidos: a parceria indefinida
Peter Hakim
1. A indefinível importância das relações bilaterais
2. Os anos Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)
3. Lula assume (2003- )
4. Olhando para o futuro

Apêndices:
1. Cronologia das relações Brasil-EUA no contexto regional e mundial, 1994-2003
2. Atos bilaterais e mecanismos de consulta entre os dois países
3. Bibliografia seletiva
4. Notas sobre os autores e comentaristas 

sábado, 30 de junho de 2018

Civil-Military Relations - Samuel Huntington (NRRBs)

ESSAY
Should We Worry About Trump’s Fawning Admiration of the Military?
By Gary J. Bass
The New York Review of Books, June 29, 2018

In his short time in office, President Trump has surrounded himself with senior military officers and expressed unquestioning admiration for the armed forces, even going so far as to propose a military parade on Veterans Day— something more typical of Beijing or Moscow. Should we be worried?
The best answer can be found in a book by Samuel Huntington that came out more than six decades ago. When most people think of Huntington, they remember his book “The Clash of Civilizations and the Remaking of World Order,” or perhaps his hostility to Latino immigration in his latter years, but they would be far better off reading “The Soldier and the State: The Theory and Politics of Civil-Military Relations.” First published in 1957, it is by far the most influential book on the subject — and itself a source of no small controversy.
Ambitious and deftly written, “The Soldier and the State” is an argument for civilian mastery over a professional military. For Huntington, modern military officers were like doctors or lawyers, with a specific professional expertise: managing violence. Whether in the United States or even the Soviet Union, their proper ethic was realistic, conservative and prudent, more wary of going to war than their reckless or crusading civilian masters.
Crucially, a suitably professionalized military stands aloof from politics. It should avoid the disastrous examples of Germany’s domineering general staff in World War I or Japan’s bellicose generals in World War II, whose political dominance brought confusion, fanaticism and ruin. Instead, Huntington believed that maximizing the professionalism of the armed forces would render them “politically sterile and neutral.” There would be no need to fear military domination or coups, because the officer corps would shun politics.



sexta-feira, 29 de junho de 2018

O agente secreto britânico que provocou inflação na França revolucionaria, colocou Adam Smith em gráficos e também tinha autorização para matar... (book review)

Published by EH.Net (June 2018)

Bruce Berkowitz, Playfair: The True Story of the British Secret Agent Who Changed How We See the World
Fairfax, VA: George Mason University Press, 2018. xxv + 477 pp. $40 (hardcover), ISBN: 978-1-942695-04-2.
Reviewed for EH.Net by 
Maria Pia Paganelli, Department of Economics, Trinity University.

I reluctantly agreed to review this book. I am glad I that did: It is a delight.

The book reads like a novel and its content is fit for a novel. It is the story of William Playfair, a late eighteenth century Scot who worked for James Watt, lived in France through the French Revolution, edited the 1805 edition of Adam Smith’s Wealth of Nations, adding graphs and new materials to it — convinced that this was what Smith would have done had he lived long enough to know more — and who died sick and desolate, leaving behind a wife and two children, one of whom blind.
Before Berkowitz’s book, Playfair was mostly known as the man who introduced visual representation of numbers, such as graphs, bars and pie charts. Allegedly the first graphs ever published were his visual representation of English Imports and Exports between 1700 and 1782 and of the National Debt of Britain from the Revolution to the End of the War with America (1787).
Berkowitz, in what seems like a colossal feat of archival and non-archival research, presents a much, much more complex character than previously described, and shows us someone who was highly involved with diplomacy and the main political figures of Britain, France, and the United States. Berkowitz’s task seem to be to rebuild Playfair’s story, trying to make sense of all the loose ends present in the various accounts of his life. The main conclusion: Playfair was the mind and the engine behind a massive production of counterfeit money that showed up in France at exactly the same time of the assignats hyperinflation and the eventual collapse of Revolutionary France.
Berkowitz is careful not to explicitly claim causation, but the way in which he presents the correlation of events can easily induce a reader to think that there is more than just coincidence in some events simultaneously happening.
That the Revolutionary government of France suffered from the presence of a large amount of counterfeit currency is no news. Whether the counterfeiting came for personal gain or from explicit plans to bring the French Revolutionary government to its knees, from either domestic or foreign sources, has always been rumored but unproven. Berkowitz claims to have proof that the French high inflation was, at least in part, an active attack from the British government, and that it was planned and implemented by William Playfair.
Banknotes were printed in Britain, at the Haughton castle mill, and shipped to France where they flooded the streets. Active propaganda questioning the amount of assignats in circulation (again planned and executed by Playfair), thus further undermining them, did not help. Inflation became rampant. The French government did not know how to pay its escalating bills. And Napoleon showed up.
Playfair’s understanding of economics seems unquestionable. He studied his Smith well. He understood Smith’s claim of the link between the stability of an economy, its government, and the stability of its currency. Over issuing of paper money would be destabilizing. Smith claimed that if the printing of paper money is left in the hand of private banks, despite some ups and downs, one would expect stability. So how to introduce instability? And enough of it so that an economy would be crippled? By artificially over-issuing paper money, without any constraints; that is, by injecting the market with immense amount of fake money, produced with the explicit intention of doing it.
Playfair was connected with papermakers, engravers, bankers, anybody who could have helped in this massive operation, including top politicians, such as the British Secretary of State of War, to name but a few of his many influential contacts. There are now reports, letters, and three paper molds (including one of a legitimate bank in which Playfair was involved) as evidence.
Why did previous accounts of Playfair tell another story? According to Berkowitz, mostly because Playfair himself took great care not to leave explicit trace of this secret operation, because modern technology makes such research much easier, and, patting himself on his own shoulder, because Berkowitz was curious and knowledgeable enough to put all the pieces together.
The secrecy and lack of official records is linked to the absence of a secret service agency at the time of Playfair. “Secret agents,” like Playfair, worked at their own risk, as individuals, for individual politicians. Playfair, in part searching of adventure, in part strongly believing that the French Revolution was an evil that needed to be stopped, in part looking for ways to support himself and his family, tried to sell his ideas and information to the British government, sometimes successfully and sometimes not, like all other “secret agents” at the time. The British government seemed to get onboard with Playfair’s secret plan for the forgery operation, but regrettably it did not care to listen to Playfair’s warning that Napoleon was planning to escape from Elba Island to which he was sent in exile.
Playfair’s search for money led him to be involved, early in his life, in a sale operation of land in Ohio to French people running from the violence of France. It turned into a scandal. But it saw Playfair already involved with all the top government officials of the United States, from Washington to Jefferson and Hamilton. Late in his life, always desperately searching for ways to make a living, he was involved in blackmail writing (blackmail was not a crime then), writing something contentious, and asking for money not to publish it. In between he wrote several pamphlets and books, including the above mentioned 1805 edition of Smith’s Wealth of Nations (with his additions and commentaries), An Inquiry into the Permanent Causes of the Decline and Fall of Powerful and Wealthy Nations (1805), The Commercial and Political Atlas (1786, where he first introduced graphs), An Essay on the National Debt, with copper plate charts, for comparing annuities with perpetual loans (1787), For the Use of the Enemies of England: A Real Statement of the Finances and Resources of Great Britain (1796), Lineal Arithmetic (1798), The Statistical Breviary (1801), Statistical Account of the United States of America (1802), and the list goes on and on…
I found this book intriguing and worth reading. Its prose is engaging; its story informative: one is almost effortlessly drawn into learning more about historiography, the major economic, political, and social changes of the end of the eighteenth and the early nineteenth century and seeing how they are far more linked to Playfair than one would expect.

Maria Pia Paganelli’s recent publications include “David Hume on Banking and Hoarding” Southern Economic Journal.

Copyright (c) 2018 by EH.Net. All rights reserved. This work may be copied for non-profit educational uses if proper credit is given to the author and the list. For other permission, please contact the EH.Net Administrator (administrator@eh.net). Published by EH.Net (June 2018). All EH.Net reviews are archived at http://www.eh.net/BookReview.

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Resumo no site da Amazon: 

William Playfair is best known as an ingenious Scot of questionable repute who happened to invent "statistical graphics"―the line, bar, and pie charts we use today. Some are also aware he developed theories explaining international trade and investment, made contributions to concepts like price indexes and measures of national power, and pioneered strategic analysis.
Yet even those familiar with his work will be surprised to learn that Playfair was, in fact, a secret agent, carrying out espionage and subversion against France on behalf of Great Britain. Many of his contributions to economics and statistics were a direct result of his most audacious operation, the first full-scale campaign to collapse a nation’s currency, as the French First Republic turned radical.
Playfair had a remarkable knack for appearing at―or propelling―the major events of his era. He’s at James Watt’s side for the birth of the Industrial Revolution. He is on the scene during the storming of the Bastille. He even helps trigger the first major political scandal in the newly formed United States, a land speculation gone bad involving Washington, Hamilton, and Jefferson.
This is the first book to uncover the full, true account of this remarkable, colorful man―undeniably brilliant, hopelessly flawed, and fundamentally important. Part biography, part history, and part detective story, its pages reveal the astounding inventions and adventures of this larger-than-life swashbuckler, rogue, genius, and patriot.
Distributed for George Mason University Press

Troco uma centena de corruptos por um STF novo - Percival Puggina

Transcrevo o mais recente artigo de meu amigo Percival Puggina, que fui buscar no blog de meu outro amigo Orlando Tambosi.

Troco uma centena de corruptos por um STF novo
Percival Puggina

Percival Puggina, indignado como todos os cidadãos honestos do país, comenta as últimas façanhas - medonhas - da Corte Suprema:


Faríamos bom negócio se trocássemos cem corruptos por um STF novo. Com um Supremo formado por juristas de alto nível, juízes de verdade, conscientes de seus deveres e responsabilidades, ficaríamos livre desse flagelo que mantém a nação em sobressalto. E os corruptos acertariam suas contas com a sociedade porque é isso que acontece quando as instituições funcionam.

Não estou sendo sarcástico. É incalculável o montante dos prejuízos que esse STF vem causando à política, à moral do povo, à credibilidade das instituições, à segurança jurídica e à estabilidade necessária ao funcionamento regular da economia.

Não há adjetivo polido para a conduta do ministro Dias Toffoli na sessão de ontem (26/06) da Segunda Turma do STF. A finalidade da sessão era abrir as portas da liberdade a um grupo de condenados da Lava Jato com culpa confirmada pelo TRF-4. No lote, para disfarçar, o ex-chefe José Dirceu. A ideia do trio Toffoli, Lewandowski e Gilmar era romper o entendimento colegiado da corte sobre a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância.

abem todos os ministros, sabem os advogados dos presos, sabem os condenados, sabe o Brasil que prisão após o trânsito em julgado de sentença condenatória é sinônimo de liberdade eterna para quem roubou muito. E um tanto mais breve para quem roubou pouco. É uma liberdade alugada com dinheiro das vítimas. É, também, outro nome que se pode atribuir à impunidade, benefício mais importante para o criminoso do que o produto de sua atividade.

Na imagem e possibilidade mais remota e positiva, o STF é um conjunto de 11 pessoas que, segundo maiorias instáveis e seus bestuntos individuais, impõem ao país o convívio com o intolerável. Na imagem mais provável, a coisa fica muito pior. Só para lembrar: em 10 de março de 2015, o ministro que coordenou a operação no dia de ontem enviou ofício ao colega Lewandowski, que presidia o STF, manifestando interesse em ser transferido da Primeira para a Segunda Turma da Corte, ocupando a vaga aberta pela morte de Teori Zavaski. Com essa mudança, o grupo que, por mera coincidência, tinha a seu encargo os processos da Lava Jato ganhava a atual configuração.

Para quem não sabe, ou já esqueceu, quando José Dirceu era chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dias Toffoli foi seu subchefe da área de Assuntos Jurídicos. Em junho de 2005, acusado por Roberto Jefferson de ser o mentor do mensalão, Dirceu foi obrigado a demitir-se do cargo, sendo substituído por Dilma Rousseff, a quem Toffoli, imediatamente, solicitou a própria demissão. O fato confirma a estreita ligação entre os dois. Quem disse que gratidão é sempre uma virtude?

Não é de hoje que o STF vem cuidando bem da criminalidade de jatinho. Em fevereiro de 2014, esse Supremo, com voto decisivo do recém-nomeado e gratíssimo ministro Roberto Barroso, decidiu que não houve formação de quadrilha no mensalão. Ela não só houve como jamais interrompeu suas atividades e agora tem tratamento VIP nesse STF que não nega os fatos, mas soluça com os condenados falando em “sanha punitivista”.

Mensagem recebida de um amigo - Paulo Roberto de Almeida

Recebi, há pouco, o testemunho de um querido amigo, que não é da carreira diplomática, mas que acompanhou a minha por muitos anos, que me escreveu o que segue:

“On 29 Jun 2018, at 03:34, Xxxxxx Xxxxxxx wrote:

Meu caro, ilustre e velho amigo Paulo Roberto,

Não sabe a alegria que tive ao saber da noticia de sua promoção a Embaixador. 

Parei um instante para sentir plenamente a sensação de justiça, de merecimento e lógica de tal ato. 

Durante anos, acompanhei de longe, mas com genuína solidariedade, sua longa travessia pelo deserto. Lembro ter encontrá-lo várias vezes em diferentes lugares e constatar que, independentemente do nítido infórtunio, seu entusiasmo, criatividade e produtividade (e generosidade para com os outros) continuavam inabaláveis e, porventura, cada vez mais fortes! Por isso, e por muitas outras razões, você serve de exemplo e referencia para muitos. 

Tenho a certeza que muitas novas e boas oportunidades se apresentarão e seu caminho tomará ainda mais voltas, ricas em experiências únicas e contatos instrutivos. Faço votos que o caminho seja longo e agradável, na companhia da Carmen Lícia e todos os seus. 

Saiba que cada vez que nós, seus companheiros, discípulos e amigos, cruzamos consigo ao longo do caminho, é motivo de grande orgulho, respeito e amizade.

Bravo!
Forte abraço,
Xxxxxx Xxxxxxx”

Acabo de responder-lhe da seguinte maneira:

“Meu queridíssimo amigo,
Fiquei extremamente sensibilizado pelas suas palavras mais do que gentis: carinhosas no mais puro sentido da expressão. Enfrentei, como vc diz, uma longa travessia do deserto, mas não deixei de dar o meu testemunho sobre como os responsáveis tinham certa razão em me deixar no ostracismo, uma vez que eu contestei sistematicamente a maior parte das bobagens (e até dos crimes econômicos) por eles perpetrados, e que consolidei em meu livro “Nunca Antes na Diplomacia...”.
Em dois textos meus, eu tentei dar as razões para essa longa travessia do deserto: 

“Como atravessar o deserto (e permanecer digno ao fim e ao cabo)”, Brasília, 18 dezembro 2016, 7 p. Divulgado no blog Diplomatizzando (24/06/2018; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2018/06/uma-longa-travessia-do-deserto.html).    

Duas pedras no meio do caminho... (a propósito de uma promoção tardia)”, Estoril, 26 junho 2018, 4 p. Esclarecimento a propósito de minha promoção tardia na carreira. Postado no blog Diplomatizzando(26/06/2018; link:  https://diplomatizzando.blogspot.com/2018/06/duas-pedras-no-meio-do-caminho-paulo.html)
O abraço, desde Lisboa, saindo esta manhã bem cedo para o Porto, do
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Paulo Roberto de Almeida
www.pralmeida.org
diplomatizzando.blogspot.com”

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Indulging with myself: cumprimentos pela promoção - Paulo Roberto de Almeida (and others)

Cumprimentos recebidos (alguns poucos) e minhas respostas:

No seguimento de minha promoção tardia, recebi dezenas, talvez centenas de cumprimentos, pelos mais diversos meios ou ferramentas sociais: e-mails institucionais ou pessoais, mensagens via FB, WhatsApp, e telefonemas diretos. Tentei ser gentil com todo mundo, agradecendo a todos de maneira individual, mas não sei se consegui, uma por estar em viagem, absorvido inteiramente pelo Estoril Political Forum, um seminário de três dias intensos e completos, da manhã até a noite, depois por palestras em Lisboa, para pessoal das áreas do Direito e de Relações Internacionais. Se deixei de agradecer a alguém, peço desculpas, mas a multiplicação de mensagens e a diversidade dos modos de comunicação pode ter prejudicado o esforço empreendido, em meio a deslocamentos, mudança de hotéis, etc.
A maior parte das mensagens é puramente formal, o que é normal e esperado, outras são de amigos, e portanto suspeitos de afeição "indevida", mas algumas são de pessoas apenas conhecidas, e que revelam um conhecimento ainda maior de meus escritos do que de minha pessoa estrito senso. Essas, acredito, são as mensagens mais sinceras, que expressam, assim interpreto, o reconhecimento de meus trabalhos publicados, ou divulgados livremente em meus canais de informação, no processo de estudos ou até de formação pessoal em determinadas etapas de suas vidas respectivas, como candidatos à carreira diplomática, ou como jovens secretários.
Posto aqui algumas dessas mensagens (muitas se perderam na sucessão interminável, respondi por celular ou iPad) que me pareceram mais significativas.
Paulo Roberto de Almeida 
Lisboa, 28 de junho de 2018, 19:34

Indulging with myself (I):

Um amigo querido e um colega de carreira, mais jovem, escreveu-me o que segue abaixo, que eu me permito postar num leve deslize narcisístico. Respondi agradecendo e dizendo que perseveraria nos mesmos objetivos que têm sido os meus desde que me reconheço como trabalhador intelectual.
Paulo Roberto de Almeida
Estoril, 27/06/2018

“Caro Paulo Roberto,
Fiquei exultante com sua promoção, que retifica clamorosa injustiça contra um diplomata que tanto tem contribuído para promover a imagem da diplomacia brasileira, em especial nos círculos acadêmicos. 
Creio que o importante debate sobre política externa assumiu maior evidência e melhor qualidade, no últimos tempos, em parte graças ao admirável trabalho que você vem desenvolvendo, tanto na Funag como nas redes sociais. Eu gostaria muito de ter podido contar, nos anos iniciais de minha carreira e mesmo ainda como aspirante, com as observações inteligentes e honestas de um diplomata experiente. Eis um serviço inestimável que você tem prestado ao Itamaraty e à sociedade brasileira em geral.
Agora é curtir a nova etapa!
Abraço saudoso,
Xxxxxxxx”



New indulging with myself (II): 
Um colega mais jovem me escreve:
Prezado Paulo,
Fiquei muito feliz em ver a notícia de sua justa promoção. Corrige-se, com isso, grande injustiça. Sua atividade acadêmica e intelectual, porém, foi essencial para a construção da visão de muitos hoje jovens diplomatas, como o meu caso. Desde a época dos estudos universitários - RI na UnB -, acompanhava seu blog e lia atento a seus textos, que muito possibilitaram expandir minha visão sobre a política externa brasileira.
Um abraço,
Xxxxx
Ao que respondi o seguinte:
Muito grato pelas suas palavras meu caro, que muito me sensibilizaram. Vc acaba de justamente descrever todo o sentido dessa minha segunda profissão, talvez a primeira, que é a dedicação ao estudo e a interpretação dos mais interessantes temas de nosso interesse funcional, mas também intelectual. O grande abraço do PRA
A um outro que me escreveu nos seguintes termos:
Paulo,
Parabéns pela promoção. Pode tardar, às vezes, mas não falha a Casa no reconhecimento dos méritos e destaques da nossa confraria. Como os teus. Abraços.
Eu respondi o que segue:
Muito grato pela sua mensagem meu caro Xxxxx, mas sinto discordar: a Casa falhou, e muito. Nem me refiro ao aspecto político da coisa, pois foi pura mesquinharia e comportamento desprezível de quem foi responsável pela decisão de me vetar, não uma, mas várias vezes, tudo explicável pela canalhice normal do lulopetismo. Eu me refiro mesmo ao aspecto administrativo da minha “não existência”, algo kafkiano. Em todo caso, assim como atravessei silencioso esse novo exílio, totalmente involuntário, não pretendo personalizar
Coloquei no meu blog um texto interpretativo sobre os longos anos de travessia do deserto.
O abraço do PRA
Ele me pediu meu "texto interpretativo".
Mandei este link:
Duas pedras no meio do caminho... (a propósito de uma promoção tardia)”, Estoril, 26 junho 2018, 4 p. Esclarecimento a propósito de minha promoção tardia na carreira. Postado no blog Diplomatizzando(26/06/2018; link:  https://diplomatizzando.blogspot.com/2018/06/duas-pedras-no-meio-do-caminho-paulo.html).
Mas, este é mais explicativo sobre o processo todo: 
“Como atravessar o deserto (e permanecer digno ao fim e ao cabo)”, Brasília, 18 dezembro 2016, 7 p. Divulgado no blog Diplomatizzando (24/06/2018; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2018/06/uma-longa-travessia-do-deserto.html).

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Meus papers no Social Sciences Research Network - Paulo Roberto de Almeida

Acabo de postar o meu "Tocqueville":

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De La (Non) Démocratie En Amérique (Latine): A Tocqueville Report on the State of Governance in Latin AmericaYes
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Regional Integration in Latin America: Historical Developments, Current Challenges, Especially in MercosurYes
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A Brazilian Adam Smith: Cairu as the Founding Father of Political Economy in Brazil at the Beginning of the 19th CenturyYes
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05/19/2018
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Paulo Roberto de AlmeidaDISTRIBUTED168  
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Pobre Mexico: tao perto dos investidores estrangeiros, tao longe do desenvolvimento nacional - Delanceyplace (book excerpt)

Today's selection -- from Villa and Zapata: A History of the Mexican Revolution by Frank McLynn. 

In the early 1900s, under the policies of longtime Mexican president Porfirio Díaz, Americans owned three­ quarters of the mines and more than half of the oil fields in Mexico:

"[Porfirio Díaz led] a hard-driven programme of industrialisation. Iron and steel works were constructed in Nuevo León, textile mills in Veracruz, and there was a massive mining boom, especially of lead and copper, stimulated by new technologies for refining precious metals. Most of all there was oil, the black gold of the twentieth century. The first geological discoveries and drillings took place on the coast of the Gulf of Mexico at the turn of the century, making Tampico the new boom town. Oilwells were spudded in and production began in 1901. By 1910 Mexico was one of the world's leading producers and by 1918 was second only to the United States. Such was Díaz's myopia, however, that his 1884 mining code vested the ownership of subsoil rights in the proprietor of the surface land. Those who had acquired public lands at a giveaway price now found they had a second and much more lucrative bite of the cherry when petroleum was found on their territories.
"The porfirista policy according Pineda"
"This was the context in which foreign capital, already a leech on the Mexican economy, became a veritable octopus. It is doubtful if Díaz ever did say: 'Poor Mexico, so far from God, so near to the United States' -- it sounds too witty for him -- but he was aware of the truth contained in the remark. Viewing the Mexico stabilised at gunpoint by Díaz as an investment cornucopia, American capitalists flooded across the border. Among the famous names with substantial holdings south of the Rio Grande were Hearst, Guggenheim, McCormick and Doheny; Mexicans became familiar with the corporate identities of Standard Oil, Anaconda, United States Steel, and many others. Soon the Americans owned three­quarters of the mines and more than half the oil fields and they also diversified into sugar, coffee, cotton, rubber, orchilla, maguey and, in the northern provinces of Sonora and Chihuahua, cattle. Out of a total foreign investment of nearly three billion dollars in Mexico by 1910, the American share was 38 per cent, or over one billion dollars, more than the total capital owned by native Mexicans. In 1900 Edward L. Doheny acquired huge swathes of oil-rich Tamaulipas, near Tampico, complete with subsoil rights, for less than a dollar an acre. Once oilwells were installed, Doheny's plant could literally suck Mexican national treasure out of the ground, to the tune of 50,000 barrels a day, all completely tax­free except for an infinitesimal stamp duty.

"The Americans were not the only economic predators. The British (who still held 55 per cent of all foreign investment in Latin America as a whole), were well represented with 29 per cent of foreign investment in Mexico, mainly in mines, banks and oilwells. The great English entrepreneur in Mexico was Weetman Pearson, later Lord Cowdray, whose construction firm, Pearson & Son, had built the Blackwall Tunnel in London, the East River tunnel in New York and a number of railway bridges in Mexico. As a personal friend of Díaz, Pearson was able to cash in on the oil bonanza and obtained the rights to the Tuxpan fields in 1909; Díaz thought it a good idea to build up Pearson's oil company, Mexican Eagle, as a counterweight to Doheny and Rockefeller's Standard Oil. Eventually, Lord Cowdray (as he became in 1910) extended his business ambitions into Ecuador, Colombia and Costa Rica, exacerbating pre-existing Anglo-American tensions in Latin America and leading Washington to invoke the Monroe Doctrine.

"The Anglo-Saxon nations, though by far the biggest foreign investors, were not the only ones. The French, forgiven for their sins of the 1860s, were allowed to control the textile industry while the widely hated Spanish or gachupines dominated the retail trade and the tobacco plantations. All foreign capitalists were secretly resented to greater or lesser degrees -- the Spanish sometimes openly -- but Díaz rigged his judiciary so that in any dispute involving foreign companies and Mexican nationals, the foreigners would always get a favourable judgement. It was a standing joke that only gringos and bullfighters (another of Díaz's favourite groups) could get justice from a Mexican court. Nor did the foreigners endear themselves to the locals by their lifestyle and obvious contempt for Mexico and Mexicans. Disdaining to acquire Mexican citizenship, the expatriate community lived in splendid and luxurious isolation, repatriating profits and making sure their own nationals rode the privileged managerial gravy-trains. To all complaints about the exploiters in their midst Díaz returned the same answer: the foreigners were needed to make Mexico a modern nation, since the Mexicans themselves lacked the know-how."
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Villa and Zapata: A History of the Mexican Revolution
Author: Frank McLynn
Publisher: Basic Books
Copyright 2000 by Frank McLynn
Pages: 5-8

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