Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Lixo atomico: a extraordinaria irresponsabilidade do Estado Sovietico e do Estado Russo: a montanha de plutonio
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Companhia de Opera de NY decreta falencia e sai de cena
Ópera de Nova York fecha as portas e declara falência
Companhia não conseguiu levantar recursos suficientes para continuar em atividade
O Brasil, 'a frente dos ricos da OCDE, mas em ministerios e cargos aparelhados...
Paulo Roberto de Almeida
Brasil: mais um pouco de fascismo dos nossos maoistas e das agencias publicas
No artigo abaixo, um ridículo, mas não menos fascista. A proibição pelo governo do GDF da venda de brinquedos simulando armas.
ARTIGO
Revolução Cultural em Brasília
“É uma grande honra sancionar essa lei. Se nossas crianças são educadas nessa cultura de não violência, quando chegarem à adolescência e forem apresentadas às armas terão todo o conhecimento para evitá-las e isso é um exemplo que queremos levar para todo o Brasil”, disse o governador Agnelo Queiroz. “Estamos em busca de uma nova cultura, a da não violência, que tem que vir de nossas crianças”, afirmou Valéria de Velasco, secretária para a proteção de vítimas de violência no governo do DF, ao jornal inglês The Guardian. “É um trabalho de transformação cultural. Armas de brinquedo não matam, mas simbolizam uma atitude.” Segundo a secretária, a nova lei foi elaborada como parte de um conjunto mais amplo de ações de políticas públicas destinadas a reduzir a violência e “construir uma nova cultura – a cultura da paz”.
As falas do governador e da secretária são mais uma prova – se é que alguma prova ainda é realmente necessária – da tentativa de doutrinação esquerdista/progressista sobre nossos filhos. São pessoas que ainda insistem em “criar um novo homem”. Nada muito diferente dos programas de reeducação de Mao Tsé-tung, durante a famigerada Revolução Cultural chinesa.
Brincar com armas de brinquedo tem sido a diversão de milhões de crianças, mundo afora, desde priscas eras, fossem elas manufaturadas ou simplesmente esculpidas em madeira. Para dar uma ideia do ridículo, eu pergunto: depois dessa lei esdrúxula, também vão punir os garotos que apontarem o dedo para outros, ou mesmo aqueles que venham a utilizar canetas e outros objetos como imitação de armas?
Quando meninos e meninas apontam suas armas ou esguicham água uns nos outros, a brincadeira geralmente envolve proteger os mocinhos dos bandidos. Isso os ajuda a diferenciar o bem do mal, o justo do injusto, o certo do errado. Será que estamos falando de algo tão ruim, meu Deus? Será que esses “proibicionistas” não tiveram infância? Será que já pesquisaram a proporção de crianças que, no passado, brincaram de polícia x bandido e se tornaram adultos honestos e trabalhadores? Acho que não.
Esse tipo de atitude não servirá para outra coisa senão incutir em nossas crianças mais insegurança, mais medo e mais desconfiança. Os pequenos aprendem pelo exemplo, e o exemplo que estamos dando a eles é o da paranoia, da fobia, da pusilanimidade. No afã de protegê-los, estamos comprometendo o futuro deles. Em vez de querer regulamentar até as brincadeiras infantis, deixem nossos filhos brincar em paz, aproveitar a vida, usar a imaginação. E o mais importante: sob a tutela da família, não do Estado-babá. Por favor, não os transformem em adultos traumatizados, covardes e sem iniciativa.
João Luiz Mauad, administrador de empresas, é especialista do Instituto Liberal.
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15 de Setembro de 2013 - 07:00
Motoristas e caroneiros combinam na internet valor pago em viagens,
classificadas pelo DER-MG como 'transporte ilegal de passageiros'
A justica a servico dos ideologos autoritarios - Bruno Garschagen
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Across the whale in (less than) a month (15): bye-bye Grand Canyon
Government shutdown would block access to Grand Canyon
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O triunfo de Paulo Freire no aumento do analfabetismo: ou o Brasil acaba com as sauvas, ou...
Pois bem: o Brasil acabou com as saúvas, ou melhor, modernizou a agricultura, adotou defensivos e métodos para a produção acrescida no setor primário, sendo hoje um campeão mundial, absoluta e relativamente, na produção agrícola competitiva, isto é, em condições de mercado, sem subsídios e sem proteção (a que existe são para as saúvas do MDA, o ministério do MST, que vive sugando recursos públicos sem produzir nada).
Mas as saúvas não morreram: elas estão vivinhas da silva, fortes e cada vez mais prósperas, desde que se mudaram todas para o MEC, desde os anos 1960, aliás, quando uma outra praga, muito mais poderosa, se instalou no Brasil para nunca mais largar e nunca mais ser combatida, aliás, até promovida pelos ignorantes que fazem de líderes deste país do nunca antes: refiro-me à pedagogia do oprimido, essa idiotice absoluta de um dos grandes idiotas da nação, Paulo Freire.
Todas as saúvas freireanas campeiam soltas nas faculdades de pedagogia e dominação a educação brasileira, do pré-primário ao pós-doc. São elas que estão enterrando o Brasil no abismo da ignorância, da estupidez, da burrice consumada. São elas as responsáveis por esse quadro lamentável refletido no editorial do Estadão.
Paulo Roberto de Almeida
The Meaning of Reading - Christopher Molaro (HuffPost Books)
O modo de producao lulista: uma nova categoria da historia universal
Paulo Roberto de Almeida
Em meio a esta barafunda, não causam estranheza o ataque, o controle e a sujeição do Supremo Tribunal Federal à horda lulista
O grande empresariado foi se transformando em um dos braços do Estado. A cada dia aumentou sua dependência dos humores governamentais. Ter uma boa relação com o Palácio do Planalto virou condição indispensável para o sucesso. O empresário se tornou capitalista do capital alheio, do capital público. Para a burguesia lulista, nenhum empreendimento pode ter êxito sem a participação dos fundos de pensão dos bancos e empresas estatais, dos generosos empréstimos do BNDES e da ação direta do governo criando um arcabouço legal para facilitar a acumulação de capital — sem esquecer as obras no exterior, extremamente lucrativas, de risco inexistente, onde a empresa recebe de mão beijada, sem concorrência, como as realizadas na África e na América Latina.
A petrificação da pobreza se transformou em êxito. Coisas do lulismo. As 14 milhões de famílias que recebem o benefício do Bolsa Família são, hoje, um importante patrimônio político. Se cada família tiver, em média, 4 eleitores, estamos falando de 1/3 do eleitorado. A permanênciaad aeternum no programa virou meio de vida. E de ganhar eleição. Que candidato a presidente teria coragem de anunciar o desejo de reformar o programa estabelecendo metas de permanência no Bolsa Família?
A máquina do Estado foi inchada por milhares de petistas e neopetistas. Além dos quase 25 mil cargos de assessoria, nos últimos onze anos foram admitidos milhares de novos funcionários concursados — portanto, estáveis. Diversamente do que seria razoável, a maior parte não está nas áreas mais necessitadas. Um bom (e triste) exemplo é o das universidades federais. Foi realizada uma expansão absolutamente irresponsável. Faculdades, campi, cursos, milhares de funcionários e docentes, para quê? Havia algum projeto de desenvolvimento científico? A criação dos cursos esteve vinculada às necessidades econômicas regionais? Foi realizado algum estudo das carências locais? Ou tudo não passou, simplesmente, de atendimento de demandas oligárquicas, corporativas e para dourar os números do MEC sobre o total de universitários no país?
Sem ter qualquer projeto para o futuro, foi acentuado o perfil neocolonial da nossa economia. Vivemos dependentes da evolução dos preços das commodities no mercado internacional — e rezando para que a China continue crescendo. Não temos uma política industrial. O setor foi perdendo importância. O investimento em ciência e tecnologia é ínfimo. A chamada nova economia tem importância desprezível no nosso PIB. A qualificação da força de trabalho é precária. Convivemos com milhões de analfabetos como se fosse um dado imutável da natureza.
A política externa amarrou o destino do Brasil a um terceiromundismo absolutamente fora de época. Nos fóruns internacionais, o país se transformou em aliado preferencial das ditaduras e adversário contumaz dos Estados Unidos. Abandonamos o estabelecimento de acordos bilaterais para fomentar o comércio. Enquanto o eixo dinâmico do capitalismo foi se transferindo para a região Ásia-Pacífico, o Brasil aprofundou ainda mais sua relação com o Mercosul. Em vez de buscar novas parcerias, optamos por transformar os governos bolivarianos em aliados incondicionais.
Entre os artistas, a dependência estatal foi se ampliando. Uma simples peça de teatro, um filme, um show musical, nada mais é realizado sem que tenha a participação do Estado, direta ou indiretamente. Ter bons relações com o lulismo virou condição indispensável para a obtenção de “apoio cultural”. Nunca na história republicana artistas foram tão dependentes do governo — nem no Estado Novo. E cumprem servilmente o dever de obediência ao governo, sem qualquer questionamento.
O movimento sindical foi apresado pelo governo. Os novos pelegos controlam com mão de ferro “seus” sindicatos. Recebem repasses milionários sem ter de prestar contas a nenhum organismo independente. Não vai causar estranheza se o Congresso — nesta escalada de reconhecer novas profissões — instituir a de sindicalista. A maioria dos dirigentes passou rapidamente pela fábrica ou escritório e está há décadas “servindo” os trabalhadores. Ser sindicalista virou um instrumento de ascensão social. E caminho para alçar altos voos na política.
O filé mignon do sindicalismo são os fundos de pensão das empresas e bancos estatais. Seus diretores — do dia para a noite — entraram no topo da carreira de profissionais do mercado financeiro. Recebem salários e bonificações de dar inveja aos executivos privados. Passam a conviver com a elite econômica. São mimoseados pela burguesia financeira de olho nos recursos milionários dos fundos. Mas ser designado para a direção do Fundo de Amparo ao Trabalhador é o sonho dourado dos novos pelegos.
Em meio a esta barafunda, não causam estranheza o ataque, o controle e a sujeição do Supremo Tribunal Federal à horda lulista. Os valores éticos e republicanos não combinam com sua ação política. Daí a necessidade de aparelhar todas as instâncias do Estado. E colocá-las a seu serviço, como já o fez com o Congresso Nacional; hoje, mero puxadinho do Palácio do Planalto.
Na república lulista, não há futuro, só existe o tempo.
Marco Antonio Villa é historiador
Leia mais sobre esse assunto emhttp://oglobo.globo.com/opiniao/a-heranca-maldita-