O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Politica brasileira: Partido Novo, pela reducao de impostos, do Estado, pelas liberdades economicas

Quero deixar bem claro que nunca fui membro de nenhum partido, nem pretendo ser, de qualquer um, jamais. Sou independente de partidos e de organizações. Apenas defendo causas.
As do Novo me parecem não só defensáveis como necessárias.
Se alguma não for, eu direi e combaterei. Por enquanto concordo com essas ideias.
Paulo Roberto de Almeida

A campanha presidencial de 2030 já começou para o liberal partido Novo

Grupo aguarda registro no TSE para eleger presidente que "enxugue" o Estado brasileiro

  • Enviar para Whatsapp
  • Enviar para LinkedIn12
  • Enviar para Google +14

João Amoêdo, presidente do Novo, em palestra. / DIVULGAÇÃO (PARTIDO NOVO)

Chegar ao poder para diminuir o poder de quem governa. É com essa proposta aparentemente contraditória que o Partido Novo espera eleger um presidente da República. Nas eleições de 2030. “A gente sempre falou que é um projeto de longo prazo”, explica o presidente do partido, João Dionisio Amoêdo, que é conselheiro do banco Itaú-BBA e da João Fortes Engenharia. Ciente de que terá de mudar a forma como seus potenciais eleitores enxergam o Estado brasileiro, a legenda, que ainda aguarda o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pretende usar os próximos 15 anos para intensificar seu trabalho por uma “mudança cultural”, iniciado em 2011.

“O Estado não precisa ser provedor de tudo. A gente quer mostrar que essa forma de pensar faz sentido”, diz o vice-presidente do partido, Fabio Ribeiro, um gestor de investimentos que se desdobra há quatro anos com quatro colegas em palestras de apresentação do ideário liberal por todo o Brasil. No segundo semestre de 2014, o grupo — formado originalmente por empresários e gestores do mercado financeiro e baseado principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro — chegou a organizar até quatro palestras em uma semana (uma delas em Porto Alegre, num sábado, e outra em Porto Velho, na quinta-feira seguinte), graças ao auxílio dos presidentes dos atuais nove diretórios estaduais do partido.

“Queremos falar para as pessoas que estão cansadas da política. Estamos procurando trazer a militância de um grupo da sociedade que está desiludido. Não tem como enganar essas pessoas, só vamos conseguir se a gente mantiver dentro do partido essas ideias novas”, diz Ribeiro. Segundo ele, o grupo é constantemente procurado por políticos, inclusive de partidos como PT e PSDB, e até um senador buscou aproximação. Mas todos tendem a perder o interesse ao saber de detalhes como o de que o partido pretende proibir uma segunda reeleição consecutiva para eleitos do Legislativo.

No nosso entendimento, você deve escolher qual partido quer financiar”

vice-presidente do Partido Novo, Fabio Ribeiro

Falar em enxugamento do Estado não costuma render votos no Brasil, mas os membros do Novo dizem que o número de interessados que aparecem nas palestras tem surpreendido, em um momento em que as ideias liberais ganham espaço no Brasil. "Estamos investindo na formação de pessoas para dar palestras, mas temos reduzido os gastos, e a meta agora é fazer dois eventos por mês”, comenta Ribeiro — o próximo deles está marcado para 26 de fevereiro, no Recife.

Pensado a partir da lógica empresarial, o grupo calcula que 5 milhões de reais já saíram dos bolsos de seus 181 fundadores nos quatro anos de existência do projeto. Eles apostam na formalização da sigla no TSE para atrair os filiados que, esperam, vão sustentar o partido a partir de então. Nos cálculos do Novo, sua atual estrutura demanda 190.000 reais por mês. O valor seria alcançado se pelo menos um terço dos 30.000 cadastrados no site do partido se filiarem quando o Novo começar a existir, pagando a mensalidade mínima de 27 reais.

O partido também dissemina a marca por meio de produtos como canecas e camisetas. / DIVULGAÇÃO (PARTIDO NOVO)

“No nosso entendimento, você deve escolher qual partido quer financiar”, diz Ribeiro, que defende a extinção do fundo partidário, por meio do qual os partidos políticos brasileiros dividiram 371,9 milhões de reais no ano passado. Pelo mesmo motivo, o Partido Novo também é contra o tempo de propaganda gratuito na televisão. Entre as propostas defendidas pelo grupo ainda estão a desestatização de empresas, como a Petrobras, e o incentivo ao empreendedorismo e a redução da carga tributária e do protecionismo.

O Novo também é contra a "reserva de mercado" para produções brasileiras, como a que já garante uma cota de exibição de filmes e seriados nacionais nas emissoras de TV a cabo — o Governo estuda expandir a exigência para os serviços sob demanda, como o Netflix. Apesar de deixar claro o objetivo de enxugar o Estado brasileiro, contudo, o partido admite que ainda não tem propostas para todas as áreas e planeja atrair conselheiros nos próximos anos para estruturar projetos sobre temas como educação e saúde, ambas áreas com grandes estruturas estatais envolvidas.

E o que os liberais do Novo pensam do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, doutor pela ortodoxa Universidade de Chicago e escolhido pela presidenta Dilma Rousseff para sanear a economia brasileira? “Ele está fazendo o que dá pra fazer, tentando diminuir o déficit fiscal. Mas a alternativa que lhe sobra é o aumento da carga tributária, e isso o país já mostrou que é um caminho esgotado”, diz Amoêdo. “Acho que a atuação [de Levy] é boa, é firme e transparente, pé no chão. O grande problema do governo atual é não lidar com a realidade, não aceitar os problemas. Levy encara os problemas, mas tem restrição política, está num governo onde o partido não compra essas ideias”, completa o presidente do Novo, que diz não ter aspirações eleitorais: "Minha utilidade maior está no processo de formação do partido".

Georges Bernanos no Brasil: livro, obras

Grato ao André Quirino por estas informações, que transcrevo:

Ao lado de Graham Greene, Flannery O’Connor, Paul Claudel e Walker Percy, o francês Georges Bernanos figura entre os grandes escritores cristãos do século XX, ao ponto de o grande teólogo alemão Hans Urs von Balthasar ter-lhe dedicado um livro inteiro.
Sua obra tem sido publicada no Brasil  e agora sua passagem pelo país é narrada ao público local. O estudo de Sébastien Lapaque “Sob o Sol do Exílio: Georges Bernanos no Brasil (1938-1945)” acaba de ser publicado, trazendo à luz a visita de Bernanos a várias cidade do Rio de Janeiro e Minas Gerais, sua estadia no sítio Cruz das Almas, sua revolta contra a mediocridade dos intelectuais e a ascensão do totalitarismo, sua amizade com pensadores brasileiros e a visita que Stefan Zweig lhe fez à véspera de se suicidar.

Matérias na Folha de S. Paulo a propósito do lançamento do livro: http://goo.gl/O8iFve e http://goo.gl/ymS4lL
Para ler algumas páginas de “Sob o Sol do Exílio”: http://goo.gl/6hAEOM

Confira também:
Diálogos das Carmelitas: http://goo.gl/Yy3ir3
Joana, Relapsa e Santa: http://goo.gl/CAzTTk
Um Sonho Ruim: http://goo.gl/Kd091z Diário de um Pároco de Aldeia: http://goo.gl/ISErLc
Sob o Sol de Satã: http://goo.gl/qo18Uu
Nova História de Mouchette: http://goo.gl/BjXsgm

Politica brasileira: a culpa de FHC - O Antagonista

Partilho inteiramente o julgamento severo sobre FHC feito pelos jornalistas de O Antagonista, e acrescentaria mais: ele é também culpado por não ter esquecido inteiramente várias más ideias que teve quando era sociólogo (que eu tambem tive, por sinal, até pela influência de vários acadêmicos uspianos), e que podia ter aposentado quando se tornou um político improvisado.
Para isso não precisava ter inventado nenhuma nova teoria para substituir ideias emboloradas que mantinha. Bastava observar a realidade, como muitos fizeram, eu inclusive.
Paulo Roberto de Almeida

A culpa é, sim, de FHC

O Antagonista, 23/02/2015

Fernando Henrique Cardoso foi um dos melhores -- se não o melhor -- presidentes que o Brasil teve ou terá. Com todos os problemas que enfrentou ou possam ser atribuídos a ele na Presidência, o país subiu vários degraus na economia, na organização social, na respeitabilidade internacional e até mesmo no nível da política feita em Brasília quando comparada àquelas anteriores e posteriores aos seus mandatos.

Dito isso, Fernando Henrique Cardoso é culpado.

Culpado por ter instituído a reeleição, movido pela vaidade pessoal.

Culpado por ter torpedeado a primeira tentativa de José Serra eleger-se presidente, tanto por rivalidade pessoal como pelo desejo de passar a faixa a um "operário", no que enxergava ser o coroamento da transição democrática.

Culpado por ter preservado Lula durante o auge do mensalão, quando até mesmo os petistas não acreditavam que ele pudesse livrar-se de ser tragado pelas denúncias. 

Culpado por ter acreditado que, preservando Lula, o "operário" se juntaria a ele na formação de um grande partido de centro-esquerda que uniria PSDB e PT, legitimado por movimentos sindicais.

Nada disso é especulação ou simples análise histórica. Tudo é fato.

A culpa política de ter chegarmos a este ponto é, sim, de FHC.

A esquizofrenia economica da Constituicao - artigo dividido em partes Instituto Millenium - Paulo Roberto de Almeida

Uma longa análise sobre os equívocos econômicos da Constituição brasileira, quando da "comemoração" do seu primeiro quarto de século, dividido em sete partes, a ler a partir do primeiro link, colocando em último lugar nesta lista.
Paulo Roberto de Almeida

A Constituição brasileira aos 25 anos: Um caso especial de esquizofrenia econômica (VII)

Uma Constituição economicamente esquizofrênica Não cabe estender ainda mais as demonstrações de irracionalidade econômica contidas na maior parte dos dispositivos constitucionais que pretendem assegurar a todos os brasileiros sua cota de felicidade terrena, se possível assessorados, assistidos, ajudados e financiados por um Estado generoso, concebido pelos constituintes como sendo capaz ... Leia mais

A Constituição brasileira aos 25 anos: Um caso especial de esquizofrenia econômica (VI)

A Constituição dos “direitos sociais”: sem qualquer análise dos custos O Título VIII (Da Ordem Social), encerra, como se sabe, a visão generosa, e totalmente antieconômica, dos constituintes, ao determinar a prestação universal, não discriminatória, de diversos serviços públicos coletivos, sem que jamais tenha sido efetuada alguma avaliação sobre os ... Leia mais

A Constituição brasileira aos 25 anos: Um caso especial de esquizofrenia econômica (IV)

A Constituição “parlamentar”: muitos privilégios, baixa produtividade Os maiores problemas econômicos do processo legislativo não são decorrentes, explicitamente, de disposições constitucionais, mas de certas interpretações especiosas, quando não fantasiosas, quanto ao sentido que se deve dar às medidas executivas aprovadas pelo Congresso, em primeiro lugar, o orçamento, a peça básica ... Leia mais

A Constituição brasileira aos 25 anos: Um caso especial de esquizofrenia econômica (II)

A Constituição “cidadã”: distribuindo bondades para todos Já o Preâmbulo da Carta estabelece o compromisso dos constituintes com a instituição de “um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos ... Leia mais

Cixi: The Concubine Who Launched Modern China (book excerpt) - Delanceyplace

Today's selection -- from Empress Dowager Cixi by Jung Chang.
Upon the death of Emperor Xianfeng (1831-1861), his five-year-old son succeeded to the throne under the supervision of a Board of Regents. At the time of his father's death, his mother, imperial consort Cixi, had no political standing. In fact, she was not even considered the young emperor's official mother. The widowed Empress Zhen was officially the empress dowager. Both women distrusted the young emperor's Regents since they had poorly advised his father during the opium wars, and they worked together to both be recognized as Dowager Empresses -- and then staged a coup:

Portrait of Empress Dowager Ci'an (co-regent with Cixi)

"The Two Dowager Empresses ... decided on different honorific names. Empress Zhen took 'Ci'an', which means 'kindly and serene',  and Cixi, hitherto called Imperial Concubine Yi, took Cixi, meaning 'kindly and joyous'.  ... They went on to form a political alliance and launch a coup. Cixi was twenty-five years old and Empress Zhen a year younger. Facing them were eight powerful men in control of the state machine. The women were well aware of the risk they were taking. A coup was treason, and if it failed punishment would be the most painful ling-chi, death by a thousand cuts. ...

"Cixi devised an ingenious plan. She had noticed a loophole in her husband's deathbed arrangements. The Qing emperors demonstrated their authority by writing in crimson ink. For nearly 200 years, beginning with Emperor Kangxi as a young adult, these crimson-inked instructions had always been written strictly by the hand of the emperor. Now, however, the monarch was a child and could not hold the brush. When the decrees were issued by the Board of Regents in the child's name, there was nothing to show authority. ... This deficiency was pointed out to the Board after it issued the first batch of decrees. It was told, then, that the late emperor had given one informal seal to the child, which was kept by Cixi, and another similar seal to Empress Zhen. It was suggested to the Board that these seals could be stamped on the decrees as the equivalent of the crimson-ink writing, to authenticate them. ...

"The Board of Regents accepted the solution and announced that all future edicts would be stamped with the seals. ... The authority of the seals was thus established, an accomplishment that would be vital in the forthcoming coup. ... Next the women tried to secure Prince Gong as an ally. The prince was the foremost nobleman in the land and was held in high esteem. ... 

"[W]ithin days of her husband's death, Cixi quietly extracted an edict out of the Regents allowing Prince Gong to visit the Hunting Lodge to bid his late half-brother farewell -- in spite of the late emperor's order.  ... Prince Gong was [given] a very long audience [with the Empresses], much longer than any the Regents had been given. But it rang no alarm bells with them. ...

"Knowing how prudent the prince was, Cixi, it seems, did not broach the idea of a coup at this first meeting. Overturning the late emperor's solemn will was not something he would readily contemplate. What the conversation seems to have achieved was an acceptance from Prince Gong that the empire should not be left entirely in the hands of the Board of Regents, who, after all, had such a woeful track record. On this basis, the prince agreed to get someone in his camp to petition for the Two Dowager Empresses to take part in decision-making, and for 'one or two close princes of the blood to be selected to assist with the affairs'. The petition would not mention Prince Gong by name. He clearly wanted to avoid the impression that he coveted power, even though he had solid ground to stake a claim.

Empress Dowager Cixi

"This idea was secretly conveyed to Prince Gong's camp in Beijing, and a relatively junior subordinate was designated to write the petition. Prince Gong feared that the Board of Regents might detect the link with him when they saw the petition, so he left the Hunting Lodge before it arrived. ... As expected, the Regents rejected the petition unequivocally, on the grounds that the late emperor's will could not be altered, plus the cast-iron rule that women must be kept away from politics. Cixi now had to make the Regents do something inexcusable so that Prince Gong would agree to oust them. She and Empress Zhen set out to provoke an offence. Cradling the child emperor, they summoned the Regents and engaged them in a heated confrontation about the petition. The men grew angry and replied contemptuously that, as Regents, they did not have to answer to the two women. As they roared, the child became scared and cried and wet his pants. After a prolonged row, Cixi gave the impression that she bowed to their verdict. The petition was publicly rejected in the name of the child emperor.

"Cixi had engineered a major offence by the Regents -- that they dared to shout and behave disrespectfully in front of the emperor and had frightened him. Citing this event, she drafted by hand an edict in her son's name condemning the Regents. ...

"On the last day of the ninth lunar month of 1861 ... Cixi ignited the fuse of her coup. She told Prince Gong to bring his associates to her and Empress Zhen, and when they arrived she had the coup edict declared to them. In a winsome show of grief, the Two Dowager Empresses denounced the Regents for bullying them and the child emperor. All present showed great indignation. In the middle of the denunciation, the Regents who had been travelling with Cixi rushed into the palace and shouted outside the hall that the women had broken a cardinal rule by calling the male officials into the harem. Cixi, looking mightily incensed, ordered a second edict written and stamped there and then: for the arrest of the Regents, on the grounds that they were trying to prevent the emperor from seeing his officials, which was a major crime.

"The original edict had only ordered the Regents' dismissal from their positions. Now Prince Gong took the new decree and went to arrest the Regents who had been shouting. They bellowed: 'We are the ones who write decrees! Yours can't be proper since we did not write them!' But the two magic seals silenced them. Guards brought
by the prince dragged them away. "

Empress Dowager Cixi: The Concubine Who Launched Modern China
Author: Jung Chang
Publisher: Alfred A Knopf
Copyright 2013 by Globalflair, Ltd
Pages 41-48

Delanceyplace is a brief daily email with an excerpt or quote we view as interesting or noteworthy, offered with commentary to provide context.  There is no theme, except that most excerpts will come from a non-fiction work, mainly works of history, are occasionally controversial, and we hope will have a more universal relevance than simply the subject of the book from which they came. 

Delanceyplace.com | 1807 Delancey Place | Philadelphia | PA | 19103

Revista Contexto Internacional - chamada para numeros especiais - Call for Special Issues

Contexto Internacional: journal of global connections
Call for Proposals – Special Issues 2016

The Editors of Contexto Internacional: journal of global connections invite proposals for Special Issues for the year 2016. Editors welcome proposals that promote and encourage the development of International Relations (IR), with a particular scope in the dynamics and challenges experienced within and around the Global South. Submissions that contribute to an understanding of the plurality of perspectives present in the field of IR and that advance our understanding of the connections between situated knowledges and global affairs are therefore preferred.  Up to two special issues will be published in 2016.

Contexto Internacional is one of the leading journals in international relations within Brazil. Submissions in English, French, Portuguese and Spanish are accepted. Contexto is published in English three times a year.

Proposals will be reviewed in the language of submission. If the review process results in a decision to publish, it is the responsibility of the author alone to translate the article into English. All contributions are submitted to double blind peer review and are rigorously evaluated by experts.

Normally, a special issue includes 5-7 research articles speaking to a common theme / set of questions. The articles are selected through an open call for contributions. The articles should follow the standard guidelines for submissions and will be subjected to the same blind peer review process as normal articles. In collaboration with the Contexto editorial team, the Guest Editor(s) will formulate the call for papers and select the articles to be peer reviewed, oversee the review process, and be involved in finalizing the editorial.  The total length of the proposal should not exceed 4000 words.

Proposal for special issues must include: 1. Title of Special Issue, 2.Name, affiliation, contact details, and short bio of Guest Editor(s),3. Brief statement about the issue theme, 4. A rationale justifying the proposal, 5. Titles, abstracts, and five keywords of any article the Guest Editor would like to include and 6. Names, affiliation, and contact details of each contributor.

Proposals for special issues are to be submitted by May 15, 2015.
Acceptance decisions will be announced in June 2015.
Proposals and correspondence should be directed to Carolina Moulin,
Editor: contextointernacional@puc-rio.br

For more information about Contexto Internacional, consult the journal’s webpage: http://contextointernacional.iri.puc-rio.br
Individual research articles as well as review essays can be submitted on a continuous basis. See our instructions for authors at: http://contextointernacional.iri.puc-rio.br

Carolina Moulin, IRI/PUC-Rio (Editor)
Alina Sajed, McMaster University (Associate Editor)
Anna Leander, Copenhagen Business School and IRI/PUC-Rio (Associate Editor)
Roberto Yamato, IRI/PUC-Rio (Associate Editor)

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Impeachment, 15/03: "Hoje, o bandido e' o proprio governo." - Jose Gobbo Ferreira


Aos meus amigos e aos amigos dos meus amigos
José Gobbo Ferreira
...O Congresso é um ajuntamento de corporações- sindicatos, empreiteiras, multinacionais. Ninguém ali fala pelo povo. Se deixar tudo calmo, não fazem nada ou só fazem coisas do interesse de determinados grupos. Por isso, sempre digo: não esperem nada do Congresso. Só tem mudança com o povo da rua. Foi assim nas grandes questões.
Senador Pedro Simon, 30/01/2015
Caríssimos:
Tenho a convicção absoluta que estamos no melhor momento dos últimos anos para vencer o bolivarianismo e o gramscismo do Foro de São Paulo, representados pelo PT.  Como o então senador Pedro Simon, tenho certeza que só o povo nas ruas pode cauterizar definitivamente essa neoplasia maligna chamada PT que, em um processo metástico avassalador, contaminou todos os setores do governo e da sociedade brasileira. 
No Executivo, foram inventados 39 ministérios para alojar mediocridades da chamada “base aliada”. A maioria deles é absolutamente inútil e ocupada por personalidades não só incompetentes como suspeitas de diversos desvios de conduta.  Foram criados cerca de 25.000 cargos “de confiança” para abrigar a mais variada fauna de aproveitadores à disposição das manobras do Executivo. O governo aloca recursos para o pagamento deles e eles restituem grande parte ao partido, como ”contribuição voluntária”. Existe forma mais fácil e segura de lavar dinheiro que entra nos cofres do PT?
No Legislativo, campeia a compra ostensiva e indecente de consciências. A mais recente foi a desmoralização da Lei de Responsabilidade Fiscal em troca de verbas parlamentares; antes, o clássico mensalão onde votos foram mercantilizados por dinheiro vivo, e agora o petrolão no qual aquelas práticas foram aperfeiçoadas e elevadas à décima potência. E, daqui para a frente, outros “ãos”  ainda aparecerão (Eletrobras, BNDES...), pois a cada dia somos surpreendidos pela descoberta de mais e mais corrupção em tudo aquilo em que o PT se envolve.
No Judiciário, o STF está sob ameaça de bolivarização. Já foi infiltrado até por candidato sem qualquer notório saber, jurídico ou não, inapto mesmo para a magistratura de primeira instância e com a reputação tisnada pela condição de estar sub judice no momento da nomeação. Tinha, porém, um currículo de bons serviços prestados ao partido e a seus líderes. Diga-se de passagem que até hoje tem feito lealmente a lição de casa no STF. Se nada mudar, o partido nomeará mais cinco correligionários para o Supremo nos próximos anos e completará sua venezuelização.
A corrupção é fruto da imperfeição do ser humano. Sempre existiu e só desaparecerá com a evolução espiritual do homem. Até a chegada do PT ao poder, era praticada por bandidos, em seu próprio proveito, por sua própria conta e risco e combatida pelos órgãos competentes do governo, com maior ou menor taxa de êxito. 
Hoje, o bandido é o próprio governo, que organiza a corrupção valendo-se de sua posição majoritária nas empresas estatais, nomeando marginais de seus quadros, (matéria prima abundante), para ocupar postos chave nos quais possam conluiar-se com prestadores de serviços e desviar quantias astronômicas para os cofres do partido.
Agora, o ministro da justiça conluia-se com advogados de empreiteiras investigadas, o TCU se vende ao governo e juntos montam um esquema para que elas possam se safar com poucos arranhões da operação Lava Jato e, em troca, se abstenham de delatar o nível de participação do ex e da atual presidente no esquema. A imoralidade está presente em cada pensamento, cada decisão, cada ato desse governo. 
A reeleição foi conquistada com o maior estelionato eleitoral de que se tem notícia e, aparentemente, valendo-se de recursos financeiros oriundos da corrupção. A máquina pública se pôs desavergonhadamente a serviço da campanha. A mentira, a fraude, a ameaça, a destruição de reputações e a divisão do país entre “nós e eles” foram (como sempre) as armas do PT.
A situação econômica do País degringola. Durante 2015, a energia elétrica deve aumentar até 70% no Rio e São Paulo (O Globo, 22/02) e nem por isso estamos livres de um apagão. O litro daquilo que o governo chama de gasolina (750 ml de gasolina ordinária + 250 ml de álcool – por enquanto) terá aumentos acima de 10%. As últimas obras de vulto em infraestrutura datam da época do regime militar e esse é o maior componente do Custo Brasil, que contribui para o colapso de nossas transações externas. A taxa SELIC está em 12,25%, a maior taxa real do mundo, o PIB é negativo e a inflação volta a nos aterrorizar. É a obra prima do PT: a estagflação.
A insegurança atinge níveis intoleráveis e tende a piorar, porque a inadimplência dispara e o desemprego aumenta, ainda que disfarçado pelos milhões de beneficiários de bolsas assistencialistas do governo, que não trabalham, mas como nem pensam em procurar trabalho, não são considerados desempregados.  
A farra dos gastos em ano eleitoral para assegurar a reeleição de um poste apagado e para aparelhar todos os escaninhos do poder lançou as contas nacionais em um deficit que agora o governo pretende corrigir extorquindo impostos, cerceando direitos e impondo restrições à vida dos cidadãos. 
A falta de seriedade, de responsabilidade, de honestidade e de compromisso com a verdade da figura que ocupa o Planalto pode ser constatada no vídeo anexo.
No dia 15 de março haverá passeatas em inúmeras cidades do País para deixar clara nossa revolta contra esse estado de coisas. A oportunidade é rara. A aprovação popular do governo desaba e a Câmara de Deputados é presidida por um parlamentar que, embora não seja pessoalmente adepto da hipótese de impeachment, com certeza não colocará sua opinião pessoal acima da vontade soberana do povo. Cabe a nós deixar bem clara qual é essa vontade. Não dependemos de ninguém para mudar nosso Brasil senão de nós mesmos. Ninguém fará por nós aquilo que nos compete fazer.
Nossos vizinhos argentinos deram uma magnífica lição de civismo reunindo centenas de milhares de manifestantes, embaixo de chuva, para protestar contra o assassinato do promotor Nisman, aparentemente com envolvimento do governo bolivariano de lá. No domingo da virada, 15 de março, vamos seguir esse exemplo e inundar as ruas com nossa fúria sagrada contra o assassinato de nossas esperanças de um Brasil melhor, livre, democrático e republicano.

Venezuela: documentando as ultimas horas de um regime ditatorial - Simon Romero (NYT)

Photo
A sample bank note with the face of President Nicolás Maduro of Venezuela and the word “devaluated.” Above, t Credit Jorge Silva/Reuters
CARACAS, Venezuela — For a glimpse into Venezuela’s economic disarray, slip into a travel agency here and book a round-trip flight to Maracaibo, on the other side of the country, for just $16. Need a book to read on the plane? For those with hard currency, a new copy of “50 Shades of Grey” goes for $2.50. Forget your toothpaste? A tube of Colgate costs 7 cents.
Quite the bargain, right?
But for the majority of Venezuelans who lack easy access to dollars, such surreal prices reflect a tremendous currency devaluation and a crumbling economy expected to contract 7 percent this year as oil income plunges and price controls produce acute shortages of items including milk, detergent and condoms.
“I’ve seen people die on the operating table because we didn’t have the basic tools for surgeries,” said Valentina Herrera, 35, a pediatrician at a public hospital in Maracay, a city near Caracas. She said she planned to look for other work because making ends meet on her salary of 5,622 bolívars a month — $33 at a new exchange rate unveiled recently — was impossible.
Faced with tumbling approval ratings as Venezuelans reel from the economic shock, President Nicolás Maduro is intensifying a crackdown on his opponents, reflected in last week’s arrest of Antonio Ledezma, the mayor of Caracas, and his indictment on charges of conspiracy and plotting an American-backed coup.
Mr. Maduro, a protégé of President Hugo Chávez, who died in 2013, has adopted an increasingly shrill tone against critics of Venezuela’s so-called Bolivarian Revolution. As evidence against Mr. Ledezma, Mr. Maduro pointed to an open letter this month calling for “a national agreement for a transition” that was signed by Mr. Ledezma; Leopoldo López, another opposition figure who has been imprisoned for the past year; and María Corina Machado, an opposition politician charged in December with plotting to assassinate Mr. Maduro.
“In Venezuela we are thwarting a coup supported and promoted from the north,” Mr. Maduro said over the weekend on Twitter. “The aggression of power from the United States is total and on a daily basis.”
Mr. Maduro is taking a page from Mr. Chávez, who was briefly ousted in a 2002 coup with the Bush administration’s tacit approval, then made attacking Washington and locking up people suspected of being putschists a fixture of his government. But the State Department has disputed Mr. Maduro’s claims, saying the United States is not promoting unrest in Venezuela.
At the same time, the move by Mr. Maduro points to a hardening in how opposition figures here are treated. Thirty-three of the 50 opposition mayors in the country are now facing legal action in connection with antigovernment protests last year that left 43 people dead, according to Gerardo Blyde, the mayor of Baruta, a Caracas municipality.
One prominent opposition mayor, Daniel Ceballos of the city of San Cristóbal, has been in jail for the past year, while another, Enzo Scarano of the industrial town of San Diego in Carabobo State, was transferred from jail to house arrest last month because of deteriorating health.
The arrest of Mr. Ledezma, 59, who was democratically elected but had much of his authority stripped away in 2009, has even some pro-Chávez analysts questioning the wisdom of Mr. Maduro’s move. While Mr. Ledezma joined a hardline faction of the opposition last year called “the Exit,” he was not viewed as especially prominent or influential.
“Fueling suspicion is a distraction tactic from the huge currency devaluation we’ve had to withstand,” said Nicmer Evans, a pro-Chávez political consultant who is among those on the left here now openly criticizing Mr. Maduro. “What’s not clear is the proof of wrongdoing in this case.”
With inflation soaring to a rate of 68 percent, the Venezuelan authorities are seeking to manage the economic crisis with a complex web of three official exchange rates. For instance, some basic goods are imported at rates of 6.3 and 12 bolívars to the dollar, but a new floating rate of about 171 was introduced last week, effectively reflecting a devaluation of nearly 70 percent.
On the black market, which some Venezuelans already use to carry out basic transactions, the rate is even higher.
Even for some Chávez loyalists, Mr. Maduro seems to be in over his head in dealing with the scramble for hard currency. Jorge Giordani, one of the late president’s top economic advisers, said this month that Venezuela was emerging as Latin America’s “laughingstock,” citing corruption and labyrinthine bureaucracy as factors accentuating the economic quagmire.
“We need to acknowledge the crisis, comrades,” said Mr. Giordani, whom the president ousted last year as finance and planning minister.
Indeed, some economists say that the government’s hesitance to overhaul its perplexing currency controls could intensify Venezuela’s economic problems.
“The system is going haywire,” said Francisco Rodríguez, chief Andean economist at Bank of America Merrill Lynch, emphasizing that galloping price increases could soon enter the realm of hyperinflation, accelerating to triple digits this year and to more than 1,000 percent in 2016 if policies are maintained.
Mr. Maduro seems to recognize that some profound economic changes are needed in Venezuela, which commands the world’s largest oil reserves, creating the illusion of inexhaustible wealth. He supports raising the price of gasoline, which costs less than 10 cents a gallon at the strongest official exchange rate; there is considerable resistance to such a shift even though the fuel subsidy costs the government more than $12 billion a year.
But ahead of congressional elections this year in which Mr. Maduro’s supporters seem vulnerable, the president is also seeking to shore up his base.
Mr. Ledezma’s wife, Mitzy, told Reuters on Sunday that the president was showing his dictatorial tendencies. “He knows that every day there are more opponents,” she said.
Despite the widespread complaints about hardship and high levels of violent crime, some here remain loyal to Mr. Maduro out of gratitude for a vast array of social welfare programs.
“I’ll vote for Maduro until I die,” said Marco Miraval, 77, who sells coconuts in 23 de Enero, a sprawling housing complex that is a bastion for pro-Chávez groups, pointing to Mr. Maduro’s support of subsidized university education and health care. He said Venezuela’s economic problems were a result of Washington’s pressure on the government. “It’s because they’re being sabotaged by this economic war,” he said.
Still, while Venezuela’s opposition remains divided and hampered by the arrests of some leading figures, Mr. Maduro lacks the oratorical skill of Mr. Chávez, who skewered his opponents in what often seemed like a stream-of-consciousness approach to governing that kept many Venezuelans on the edge of their seats.
“Maduro is trying to consolidate his leadership without having the charisma to do so,” said Margarita López Maya, a historian who studies protest movements, describing his latest moves as amounting to “an excess of authoritarianism.”
In the meantime, bizarre prices persist for many basic services, punishing those who earn and save in bolívars while benefiting an elite with access to hard currency in bank accounts abroad. For instance, monthly broadband service from the state telecommunications company costs less than the equivalent of $1. The monthly electricity bill for a huge luxury apartment, with air-conditioning on at all hours, comes to less than $2.
Even that absurdly cheap flight to Maracaibo is more complicated than it appears since some airlines have trouble obtaining the dollars they need to maintain their planes.
“You’ll see things you’ll never believe: half a dozen aircraft from just one airline just waiting on the ground because they don’t have parts,” said Nicolás Veloz, a pilot based in Caracas.
For some Venezuelans who are struggling to get by, the economic disorder they see explains the president’s targeting of his opponents. “Maduro is terrified, and so he’s using more totalitarian methods, putting politicians in prison with so many police,” said Eduardo de Sousa, 28, a pharmaceutical lab assistant. “They know that the revolution is over, and they’re scared.”