O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

sábado, 25 de abril de 2015

Chefe da quadrilha: seria ele um intocavel, um inimputavel? Ate quando?

Léo Pinheiro entrega Lula. Saiba três revelações da matéria de capa da VEJA

VEJA LulaTrês pedaços da bomba atômica de VEJA deste fim de semana já vazaram.

Saboreie como entrada:

1) Induzido por Lula, o empreiteiro Léo Pinheiro, presidente da OAS, mandou reformar o sítio que está em nome de um sócio do filho Lulinha, mas que Lula diz ser seu.

2) Léo Pinheiro recebeu de um emissário de Lula a missão de arranjar serviço e dinheiro para o marido de Rosemary Noronha, a amante de Lula que ameaçava contar tudo que sabia dos esquemas do petista após ser abandonada.

3) Léo Pinheiro conta como Lula virou dono do tríplex no edifício Solaris, no Guarujá (SP), em uma das oito obras assumidas pela OAS depois da quebra em 2006 da Bancoop, então presidida por João Vaccari Neto.

Captura de Tela 2015-04-25 às 00.45.50

Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Politica no Brasil: PT e PCdoB sao a favor da corrupcao, e de roubar trabalhadores

Bem, é isso que se pode concluir da nota abaixo, retirada da coluna do jornalista Carlos Brickmann, para 25/04/2015:

Poupou? Agora pague!
No Postalis, fundo de pensão dos funcionários do Correio, há um buraco de R$ 5,6 bilhões de reais (e os beneficiários, que ali poupavam para a aposentadoria, terão de cobri-lo). O Postalis, entre outras genialidades financeiras, comprou títulos da Venezuela. O Funcef, da Caixa Econômica Federal, tem déficit de R$ 5,5 bilhões. O Petros, da Petrobras, está com déficit técnico de R$ 6,2 bilhões. O Previ, da Previdência, apresentou em 2014 déficit de R$ 7,8 bilhões.

Para esclarecer esses problemas, os deputados Carlos Sampaio, PSDB, Rubens Bueno, Sandro Alex e Carmen Zanotto, PPS, pediram uma CPI dos Fundos de Pensão. Como só podem funcionar cinco CPIs ao mesmo tempo, esta entrou na fila. Será interessante descobrir onde foi parar o dinheiro da poupança dos empregados.

O estrondo do silêncio
Fundo de pensão é assunto que afeta diretamente os assalariados. Nenhum deputado do PT ou do PCdoB assinou o pedido da CPI dos Fundos de Pensão.

China: um tsunami de 14 TRILHOES de dolares? - Felipe Miranda

China: um tsunami de 14 TRILHOES de dolares?
Felipe Miranda
Empiricus Research, 23.04.2015

Nesta semana a economia chinesa emitiu sinais fortes, no pior sentido possível...

O Grupo Kaisa tornou-se o primeiro do setor de construção civil do país a declarar default.

O Grupo não conseguiu honrar dois compromissos com credores, da ordem de US$ 52 milhões. Sua dívida total estimada é de US$ 2,5 bilhões.

No boom imobiliário local, o grupo Kaisa utilizou de uma prática comum no setor na China... tomou empréstimos baratos em dólares para financiar um plano agressivo de compras de terrenos.

Com a expressiva valorização do dólar, o grupo viu sua dívida multiplicar.

Não faltou alerta:

Às vésperas do estouro da crise das hipotecas nos EUA, em 2008, o setor de construção civil respondia por 16% do crescimento do PIB americano...


Entre 2011 e 2014, a construção civil respondeu por impressionantes 50% da expansão do PIB na China.

Nos EUA, no auge do subprime, um cidadão americano precisava em média de 4,3 anos de sua renda para comprar uma casa. Na China atual, são necessários 18 anos em média.

O estouro da bolha imobiliária chinesa pode fazer a crise das hipotecas de alto risco nos EUA parecer brincadeira.

No começo de abril, coluna minha em O Antagonista! alertava para o óbvio, como você pode ver ao lado.


A economia chinesa acaba de registrar, no primeiro trimestre de 2015 (anualizado), seu menor ritmo de crescimento em seis anos.

Os 7% de crescimento chinês podem parecer muito para nós brasileiros, cuja economia está em recessão, mas são preocupantes para um PIB que cresceu em média 10% ao ano nas últimas três décadas.

Há um esgotamento do modelo de crescimento chinês.

Antes fortemente voltado para as exportações, o mesmo, desde a crise de 2008, não encontrou mais no mercado externo o ritmo necessário para fomentar suas bases. Assim, teve de voltar os esforços para a economia interna.

Como?

Via estímulos à demanda interna e concessão de crédito irrestrito. Mas parece um tanto claro que a economia local está desacelerando, não?

Utilizando o sinal acima do mercado imobiliário, existem relatos de mais de 500 cidades-fantasma na China, e de um estoque de aproximadamente 64 milhões de moradias vazias atualmente.

Pior que, no meio da desaceleração econômica chinesa, a conta ficou...

Sob o chamariz do excesso de liquidez e dos juros baixos, companhias de mercados emergentes (de países com moeda fraca) lançaram aproximadamente US$ 9 trilhões em títulos de dívida entre 2009 e 2014.

Enquanto isso, a emissão de dívida corporativa para projetos de exploração de petróleo, neste intervalo, remonta a US$ 5 trilhões.

Com a queda pela metade do preço do petróleo e a disparada do dólar, o risco de um colapso dos títulos de dívida corporativa (somente no caso acima, da ordem de US$ 14 trilhões) é substancial:

“É uma pilha de US$ 14 trilhões de dívida de empresas que não pode, eventualmente, ser paga ou rolada nas condições econômicas atuais. Se a taxa de inadimplência for da ordem de 10% - uma hipótese conservadora - esse colapso da dívida corporativa já será seis vezes maior do que as perdas com a crise imobiliária americana de 2007-2008.”

Alertou o ex-agente da CIA Jim Rickards, autor do best seller “Currency Wars”, que recentemente foi ao Senado dos EUA alertar para o fato de o Federal Reserve estar em posição de insolvência.


A caixa preta chinesa

Voltando ao iminente colapso chinês, se os recordes da Bolsa local não encontram respaldo nos fundamentos da economia, talvez encontrem no gráfico abaixo:


A alavancagem de dívida do setor privado chinês já é três vezes maior do que o PIB do país asiático.

Outro dado alarmante: levantamento da IHS Global Insight aponta que na China há cerca de US$ 1,3 trilhão em empréstimos dos chamados “shadow banks”, ou, de fontes informais de crédito, fora do sistema financeiro regulado. Empréstimos ocultos.

No ano passado, o banco JP Morgan estimou que o crédito “obscuro” foi responsável por 69% do PIB chinês em 2012.

Onde isso vai parar?

A China é o principal parceiro comercial brasileiro. Um solavanco da economia chinesa teria, portanto, impactos substanciais por aqui.

Outra questão para ficar atento...

Nos últimos anos, a China acumulou a maior reserva de títulos do governo americano do mundo, da ordem de US$ 1,3 trilhão.

Com o iminente aumento nas taxas de juros dos EUA, esses títulos fatalmente perderão valor.

Sem alternativas, o governo chinês está administrando esses riscos com a injeção de mais liquidez e promessa de novos estímulos.

Enquanto pode, contribui para inflar ainda mais a bolha.


Para a gente, este é apenas o primeiro estágio de algo muito maior...


Um abraço,
Felipe Miranda

Política de Privacidade | Disclosure | FAQ

Esta mensagem foi enviada para paulomre@gmail.com como parte da assinatura gratuita do conteúdo Empiricus. Se não deseja mais receber nenhuma de nossas newsletters, clique aqui.

Para escolher qual(is) de nossas newsletters deseja receber, clique aqui.

Empiricus Research
Rua Iguatemi, 354 cj 101
01451-010
Itaim Bibi – São Paulo/SP

Acordos comerciais simples ou tratados internacionais por inteiro? Discussao constitucional nos EUA - Robert Romano

Stop pretending Pacific trade deal is not a treaty
By Robert Romano
Americans For Limited Government, April 24, 2015

Since passage of the Trade Act of 1974, every trade agreement the U.S. has entered into under trade promotion authority has not been considered a treaty under U.S. law. This includes the currently-being-negotiated Trans-Pacific Partnership between the U.S. and Australia, Brunei Darussalam, Canada, Chile, Japan, Malaysia, Mexico, New Zealand, Peru, Singapore, and Vietnam.

It is not a treaty, says the president and members of Congress; and, as such, it is not subject to a two-thirds ratification vote in the Senate. Our trade partners certainly seem to think it's a treaty, like Australia, but let's leave that aside for the time being.

But that is not how commercial treaties were originally treated under the U.S. Constitution.

In 1795, Supreme Court Chief Justice John Jay negotiated a commercial treaty with Great Britain, "The Treaty of Amity, Commerce, and Navigation, Between His Britannic Majesty and The United States of America."

It was put to the Senate for ratification by a two-thirds vote, which eventually came on June 24, 1795. But not before the House of Representatives raised several objections, chiefly, that the treaty could not be binding if the House did not approve, too, since it regulated commerce with foreign nations, a power the Constitution vested in all of Congress.

Heretofore, the congressional foreign commerce power had simply been thought to include tariffs and sanctions and the like. But not treaties, which was the sole province of the president and Senate. This was a new argument and was led, oddly enough, by James Madison, the so-called Father of the Constitution and leader of the then-Republican Party in the House.

Oddly, because throughout the entire ratification process for the Constitution, nobody had considered the House would have any role in approving treaties, let alone commercial treaties.

In fact, countered the Federalist Party, if the Virginia ratifying convention, led by Madison, had thought that commercial treaties required additional House approval to be binding, then why did it propose an amendment that would have required commercial treaties to only be ratified by two-thirds of all sitting senators, rather than those present. This clearly indicated the ratifying conventions believed the treaty power also included trade agreements with foreign nations.

The matter was such a controversy that, even after the treaty's ratification, then-President George Washington had to send a letter to the House dated March 30, 1796 to address it.

Treaties, including commercial treaties, were only to be put to the Senate for ratification, per Washington, as a matter of federalism and states' rights. Because, he wrote, "the smaller states were admitted to an equal representation in the Senate with the larger states, and that this branch of government was invested with great powers, for on the equal representation of those powers the sovereignty and political safety of the smaller states were deemed essentially to depend."

That is to say, the smaller states would not — and did not — agree to a Constitution where the proportionally-represented House of Representatives would have final say on treaties. Including commercial treaties.

In fact, according to Washington, at the convention a motion was made "that no treaty should be binding on the United States which was not ratified by law," and, wrote Washington, "the proposition was explicitly rejected."

So, everyone at the convention agreed that commercial treaties had to be put to the Senate for ratification. The state ratifying conventions, even ones that raised objections to the provision asking for a higher threshold for commercial treaties, agreed that these agreements had to be put to the Senate for ratification. The constitutional convention, which Washington chaired, even considered the question of including the House in the treaty process, and explicitly rejected it.

Thus, Washington said, "The assent of the House of Representatives is not necessary to the validity of a treaty."

That more or less settled the matter such that when it came time for President James Madison to submit his own commercial treaty with Great Britain, the United Kingdom Commerce and Navigation Treaty of 1815, which was a free trade agreement, it too required a two-thirds Senate majority to ratify. By that time, Madison had ceded the argument.

200 years later, however, the two-thirds vote in the Senate constitutional requirement for commercial treaties is nowhere to be found.

Thanks to the Trade Act of 1974, which created an entirely new method of enacting trade agreements. It was signed into law by Gerald Ford. Now, the House and Senate authorize the President to negotiate trade deals, and then they are adopted by simple majority votes in the House and the Senate on an expedited basis — so-called fast track legislation.

Consider that not even the Madisonians denied that the two-thirds vote in the Senate was necessary. Their only quibble was that the House had no say. But they never would have considered a construction that allowed a commercial treaty to be adopted by simple majorities in both houses.

As Americans for Limited Government President Rick Manning recently noted, "Trade promotion authority via an executive-legislative branch agreement is an unconstitutional fabrication of the modern administrative state."

Yet, every single trade agreement the U.S. has entered into for the past 40 years was somehow not considered to be a treaty, was not submitted to the Senate as such, and was adopted via this dubious process. This raises the worrisome prospect that every one of those trade deals is unconstitutional. Too bad.

The point is, members of Congress who claim fidelity to the Constitution, and to be an originalist, cannot in good conscience embrace trade promotion authority for any president. It is an aberration under the constitutional framework set forth in 1787, designed to get around the two-thirds majority requirement for treaty ratification in the Senate. Nothing more.

So stop pretending.

Robert Romano is the senior editor of Americans for Limited Government.