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O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
China: um tsunami de 14 TRILHOES de dolares? - Felipe Miranda
Felipe Miranda
Empiricus Research, 23.04.2015
Nesta semana a economia chinesa emitiu sinais fortes, no pior sentido possível...
O Grupo Kaisa tornou-se o primeiro do setor de construção civil do país a declarar default.
O Grupo não conseguiu honrar dois compromissos com credores, da ordem de US$ 52 milhões. Sua dívida total estimada é de US$ 2,5 bilhões.
No boom imobiliário local, o grupo Kaisa utilizou de uma prática comum no setor na China... tomou empréstimos baratos em dólares para financiar um plano agressivo de compras de terrenos.
Com a expressiva valorização do dólar, o grupo viu sua dívida multiplicar.
Não faltou alerta:
Às vésperas do estouro da crise das hipotecas nos EUA, em 2008, o setor de construção civil respondia por 16% do crescimento do PIB americano...
Entre 2011 e 2014, a construção civil respondeu por impressionantes 50% da expansão do PIB na China.
Nos EUA, no auge do subprime, um cidadão americano precisava em média de 4,3 anos de sua renda para comprar uma casa. Na China atual, são necessários 18 anos em média.
O estouro da bolha imobiliária chinesa pode fazer a crise das hipotecas de alto risco nos EUA parecer brincadeira.
No começo de abril, coluna minha em O Antagonista! alertava para o óbvio, como você pode ver ao lado.
A economia chinesa acaba de registrar, no primeiro trimestre de 2015 (anualizado), seu menor ritmo de crescimento em seis anos.
Os 7% de crescimento chinês podem parecer muito para nós brasileiros, cuja economia está em recessão, mas são preocupantes para um PIB que cresceu em média 10% ao ano nas últimas três décadas.
Há um esgotamento do modelo de crescimento chinês.
Antes fortemente voltado para as exportações, o mesmo, desde a crise de 2008, não encontrou mais no mercado externo o ritmo necessário para fomentar suas bases. Assim, teve de voltar os esforços para a economia interna.
Como?
Via estímulos à demanda interna e concessão de crédito irrestrito. Mas parece um tanto claro que a economia local está desacelerando, não?
Utilizando o sinal acima do mercado imobiliário, existem relatos de mais de 500 cidades-fantasma na China, e de um estoque de aproximadamente 64 milhões de moradias vazias atualmente.
Pior que, no meio da desaceleração econômica chinesa, a conta ficou...
Sob o chamariz do excesso de liquidez e dos juros baixos, companhias de mercados emergentes (de países com moeda fraca) lançaram aproximadamente US$ 9 trilhões em títulos de dívida entre 2009 e 2014.
Enquanto isso, a emissão de dívida corporativa para projetos de exploração de petróleo, neste intervalo, remonta a US$ 5 trilhões.
Com a queda pela metade do preço do petróleo e a disparada do dólar, o risco de um colapso dos títulos de dívida corporativa (somente no caso acima, da ordem de US$ 14 trilhões) é substancial:
“É uma pilha de US$ 14 trilhões de dívida de empresas que não pode, eventualmente, ser paga ou rolada nas condições econômicas atuais. Se a taxa de inadimplência for da ordem de 10% - uma hipótese conservadora - esse colapso da dívida corporativa já será seis vezes maior do que as perdas com a crise imobiliária americana de 2007-2008.”
Alertou o ex-agente da CIA Jim Rickards, autor do best seller “Currency Wars”, que recentemente foi ao Senado dos EUA alertar para o fato de o Federal Reserve estar em posição de insolvência.
A caixa preta chinesa
Voltando ao iminente colapso chinês, se os recordes da Bolsa local não encontram respaldo nos fundamentos da economia, talvez encontrem no gráfico abaixo:
A alavancagem de dívida do setor privado chinês já é três vezes maior do que o PIB do país asiático.
Outro dado alarmante: levantamento da IHS Global Insight aponta que na China há cerca de US$ 1,3 trilhão em empréstimos dos chamados “shadow banks”, ou, de fontes informais de crédito, fora do sistema financeiro regulado. Empréstimos ocultos.
No ano passado, o banco JP Morgan estimou que o crédito “obscuro” foi responsável por 69% do PIB chinês em 2012.
Onde isso vai parar?
A China é o principal parceiro comercial brasileiro. Um solavanco da economia chinesa teria, portanto, impactos substanciais por aqui.
Outra questão para ficar atento...
Nos últimos anos, a China acumulou a maior reserva de títulos do governo americano do mundo, da ordem de US$ 1,3 trilhão.
Com o iminente aumento nas taxas de juros dos EUA, esses títulos fatalmente perderão valor.
Sem alternativas, o governo chinês está administrando esses riscos com a injeção de mais liquidez e promessa de novos estímulos.
Enquanto pode, contribui para inflar ainda mais a bolha.
Para a gente, este é apenas o primeiro estágio de algo muito maior...
Um abraço,
Felipe Miranda
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segunda-feira, 19 de maio de 2014
Universidades brasileiras sao IRRESPONSAVELMENTE autonomas: nao conseguem se manter - Editorial Estadao
As federais só não foram ainda à falência porque os salários dos professores e funcionários caem na conta do governo, ou seja, são pagos por todos os brasileiros, inclusive pelos paulistas.
Além da baixa produtividade inacreditável dessas universidades, elas gastam mais do que tem, e justamente não parecem capazes de se corrigir.
Eu decretaria a autonomia verdadeira, ou seja, estabeleceria um "mensalão" mínimo, e diria o seguinte: "Para o resto, virem-se. Se não tiverem dinheiro para pagar os professores, cobrem mensalidades ou demitam os excedentes. Não tem mais dinheiro para cobrir a irresponsabilidade de vocês."
Paulo Roberto de Almeida
A crise nas universidades
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Tribulacoes do Mercosul - Entrevista de PRA (eu mesmo) ao Instituto Millenium
“Para ser bem-sucedido, o Mercosul tem de voltar ao básico”, afirma diplomata
Se impérios militares podem ser vencidos por uma coalizão de oponentes ou por algum adversário mais poderoso, um império baseado na inteligência e na interdependência é relativamente indestrutível. Na atual configuração da economia mundial, pode-se prever um declínio muito relativo para os EUA, e para a própria Europa. Eles são impérios da sociedade do conhecimento e, por mais avanços industriais que possam ocorrer em outras regiões, sempre estarão na vanguarda das descobertas científicas e das inovações tecnológicas.
Instituto Millenium: Quais seriam os impactos deste acordo para o Brasil e para a América Latina?
Almeida: Acordos regionais de comércio são potencialmente discriminatórios contra terceiras partes e podem reforçar as tendências ao desvio de comércio e de investimentos, mais do que ao crescimento global desses fluxos. No caso da UE e dos Estados Unidos, porém, essas ameaças são relativamente insignificantes, tendo em vista as barreiras tarifárias bastante reduzidas efetivamente existentes, exceto no setor agrícola, e o amplo grau de uniformização de práticas comerciais e contábeis já alcançadas dentro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
No entanto, não é improvável que, em um cenário como esse, os países da orla do Pacífico, e até do Índico e da Oceania, acelerem suas próprias negociações, algumas já em curso, com o objetivo de também estabelecer uma vasta área de preferências tarifárias, podendo evoluir, em médio prazo, para um acordo de livre comércio. Não foi por outra razão que alguns países latino-americanos – Chile, Peru, Colômbia e México – decidiram consolidar antigos laços de liberalização comercial parcial em um esquema que leva o significativo nome de “Aliança do Pacífico”.
A preocupação de países visivelmente excluídos desses processos de liberalização comercial pode levar a acordos de integração regional, entre eles, em especial, os do Mercosul, bloco que parece experimentar uma fase de retrocessos econômicos e de certa recaída na retórica integracionista de cunho político com efeitos totalmente inócuos para a integração real de suas economias.
Instituto Millenium: O Brasil enfrenta dificuldades para realizar acordos internacionais por pertencer ao Mercosul. O bloco representa 58% do Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina, porém o país enfrenta o protecionismo argentino, o Paraguai foi suspenso e a Venezuela encontra-se em crise econômica. Qual a sua análise sobre o Mercosul?
Almeida: A base de todo empreendimento integracionista é a existência de uma vontade comum aos participantes em adotar as medidas necessárias para viabilizar os requerimentos do processo de desmantelamento de barreiras à formação de um espaço econômico comum. Se, em algum momento, essa comunhão de propósitos existiu entre os membros do Mercosul, essa vontade, há muito, parece ter deixado de existir. Basta observar, no decurso da segunda década do bloco, a adoção progressivamente crescente de medidas unilaterais de caráter exclusivamente nacional que passaram a afetar a conformação jurídica do quadro regional enquanto personalidade de direito internacional sob a forma de união aduaneira.
Todos reconhecem que, a despeito dos avanços realizados nos primeiros dez anos, os impulsos do Mercosul em direção a uma maior liberalização comercial e para a constituição de um espaço econômico unificado no Cone Sul foram paralisados a partir de 1999, e até retrocederam nos anos seguintes. A união aduaneira sequer consolidou-se sob uma autoridade comum, dotada de aplicação uniforme de suas regras, havendo, inclusive, a coexistência de enorme volume de exclusões à Tarifa Externa Comum.
Os governos dos países-membros favoreceram, em diversos setores da área econômica, o retorno a velhas posturas nacionalistas e estatizantes, atitudes que estavam em nítida contradição com os requisitos tradicionais da integração, que são a abertura econômica e liberalização comercial.
Instituto Millenium: O senhor vê solução para o bloco?
Almeida: Para ser bem-sucedido, o Mercosul tem de voltar ao básico, e cumprir o acordado no 1º artigo do Tratado de Assunção (TA), ou então começar por assumir a responsabilidade de efetuar uma reforma profunda de seus instrumentos constitutivos. Um bom começo de um processo de reformas seria um diagnóstico realista dos impedimentos sistêmicos ou contingentes ao acabamento da união aduaneira, a partir do qual se poderia prescrever uma arquitetura institucional, para a qual as autoridades políticas dos atuais parceiros poderiam concordar em dar apoio.
Nenhuma solução “cooperativa” em torno de um processo de integração elude, porém, a necessidade de reformas internas em cada um dos países participantes. E um compromisso inquebrantável com o respeito à legalidade democrática e aos bons princípios do estado de direito seria uma condição essencial para o sucesso de todo e qualquer esquema integracionista que se empreenda na região.
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Comentário recebido da leitora Regina Caldas:
segunda-feira, 25 de março de 2013
Russia invade Chipre para recuperar seu capital
Paulo Roberto de Almeida
Cyprus Bailout Agrees Large Losses on Uninsured Depositors.
Citi Research, 25/03/2013
Deal consists of €10bn financial assistance envelope to be disbursed via the ESM, with some contributions possibly from IMF and Russia. In exchange, Cyprus agreed to resolve its second largest bank, Popular Bank of Cyprus (Laiki), merging its “good” assets and insured depositors into Bank of Cyprus. Insured deposits (below €100k) in both banks are safeguarded. Equity shareholders and all bondholders in both banks will be fully bailed in. Uninsured deposits in Laiki will be fully bailed in, while uninsured deposits in Bank of Cyprus will be converted into equity and suffer major losses targeted to ensure that the bank capital ratio ultimately is brought to 9%. Uninsured deposits in Bank of Cyprus will be frozen during the process and major liquidity restrictions and capital controls are being put in place. Legislation on a bank resolution regime was already approved by Cypriot parliament, allowing government to implement decisions taken last night without further parliamentary approval. Comment: The deal is a much more straightforward way of dealing with insolvent banks, rather than spreading the costs throughout the whole banking system. The deal removes to a large extent short-term uncertainty and the risk of uncontrolled bank bankruptcies which might possibly have led to Cyprus exiting EMU. However, with confidence in the Cyprus banking sector severely hit by developments of the past week, the risk of major deposit outflows occurring when capital controls are eventually removed (or softened) remains significant, in our view.
domingo, 3 de fevereiro de 2013
A crise financeira estudantil do capitalismo americano
Num outro trabalho, ja fruto de sua genialidade politica (mas ele era economicamente estupido), ele dizia que o esquerdismo era a doenca infantil (ou juvenil) do socialismo, mas isso era para consagrar o monopolio da verdade no comite central do PCUS controlado por ele.
Pois bem, parece que chegamos 'a crise juvenil do capitalismo maduro, no proprio coracao do imperio.
A coisa anda feia do lado da bolha financeira estudantil. Nao se alegrem os antiamericanos de carteirinha: o Brasil tambem vai ter uma, dentro de mais algins poucos anos...
Paulo Roberto de Almeida
Estudantes podem provocar outra crise financeira nos EUA?
Desemprego entre jovens aumenta consideravelmente a dívida estudantil entre recém-formados
Revista Exame, 3 de fevereiro, 2013
Os Estados Unidos estão preocupados com o crescimento da crise dos empréstimos estudantis, operação que movimenta cerca de um trilhão de dólares no país.
Uma pesquisa realizada pela consultoria FICO mostra que estudantes que pegaram empréstimo representam hoje um risco muito maior de inadimplência do que aqueles que pegaram empréstimo há alguns anos. Além disso, o aumento do montante da dívida que os recém-formandos carregam agrava ainda mais a situação.
De acordo com a pesquisa, a taxa de inadimplência de empréstimos estudantis originados entre 2010 e 2012 aumentou em 22% em relação aos empréstimos originados entre 2005 e 2007. O valor médio da dívida dos empréstimos também vem crescendo rapidamente. Em 2005, o valor médio da dívida era de U$ 17. 233. Em sete anos esse valor subiu para U$ 27.253, um aumento de 58%.
A crise dos empréstimos estudantis já representa quase o dobro da crise dos empréstimos imobiliários.
Desemprego entre jovens aumenta a inadimplência
A taxa de desemprego nos Estados Unidos permanece alta, especialmente entre os jovens.
Uma pesquisa feita pela consultoria TransUnion aponta que mais da metade dos empréstimos estudantis estão sendo prorrogados, permitindo aos estudantes realizar o pagamento posteriormente. O problema é que, após o prazo de prorrogação (geralmente três anos), jovens recém-formados se deparam com um mercado de trabalho desanimador.
“As taxas de desemprego e subemprego entre recém formados – pessoas com menos de 25 anos – estão em cerca de 50%, maior patamar em mais de uma década”, diz Ezra Becker, vice-presidente da TransUnion.
Contudo, Becke não acredita que a crise dos empréstimos estudantis leve o país a uma catástrofe econômica, como fez a crise imobiliária. Segundo Becker, a dívida estudantil representa um segmento muito menor da economia do que a dívida hipotecária.
Fontes: Exame-Estudantes americanos podem gerar uma nova crise financeira?
terça-feira, 18 de setembro de 2012
EUA: confusa situacao economica - Wall Street Journal
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Rien ne va plus, entre a Franca e a Alemanha...
Pois, o famoso "couple franco-allemand" parece precisar de um desses psquiatras de casal, agora que a entente Merkozy já não encontra mais continuidade num "Merkonde", ou num "Hollankel".
Se a França e a Alemanha não se entendem, a Europa corre o risco de ficar paralisada, mas minha impressão, neste caso, é que os perdedores serão os franceses, os gregos, e outros baianos da Europa (com perdão dos baianos, claro, que não têm nada a ver com isso, mas que podem ter servido de inspiração para alguns...).
Enfim, esta matéria do Le Monde, numa sexta-feira de sol, em Paris, conta um pouco desse quiproquó animado...
Paulo Roberto de Almeida
"Médiocrité", "Formules simplistes"... Echanges tendus entre Paris et Berlin
Paris et Berlin se livrent à des échanges tendus à l'approche du sommet européen des 28 et 29 juin à Bruxelles. La chancelière allemande, Angela Merkel, a réagi vivement vendredi 15 juin, lors d'une conférence d'hommes d'affaires à Berlin, aux attaques dont elle est l'objet, notamment en France, pour sa défense à tous crins de la rigueur.
- Merkel affiche sa fermeté
- Ayrault tente de calmer le jeu... mais ne lâche rien sur le fond
- Des échanges tendus la veille entre Paris et Berlin
- Paris affiche son rapprochement avec l'opposition allemande
- Nouvelle sortie de Montebourg contre "l'aveuglement idéologique" de Merkel
- L'UMP accuse l'exécutif français de "mettre en scène l'opposition franco-allemande"
terça-feira, 1 de maio de 2012
Divida Publica dos EUA maior do que o PIB: desafios presentes
A dívida pública total do governo dos EUA tinha acabado de ultrapassar o tamanho do PIB, ou seja, o que os americanos devem, a si mesmos, aos estrangeiros que detém títulos da dívida federal -- feita pelo governo da União, excluindo, portanto, os particulares, que devem ter uma dívida maior do que o seu patrimônio, na média -- ultrapassa, por enquanto de pouco, o que os americanos produzem anualmente como riqueza.
Simplesmente ultrapassar não seria talvez o problema, se ela não crescesse a um ritmo três vezes mais rápido do que a produção de riqueza. Como dito na matéria abaixo, nenhum país, aliás nenhuma família, ou pessoa, pode viver tranquilamente devendo mais do que ela ganha, legalmente, como rendimentos, salários, honorários, royalties, etc.
Claro, se você tem uma "tia rica", que lhe paga o seu cartão de crédito, você ainda pode viver, durante certo tempo, gastando mais do que tem, mas isso um dia acaba: a tia rica pode morrer, ou simplesmente deixar de financiá-lo generosamente.
Os europeus, e alguns asiáticos, no pós-guerra, viveram com essa tia rica generosa, que eram os próprios EUA. Depois os EUA encontraram outra "tia rica", espalhada pelo resto do mundo, que eram todos os povos que tinham imensa confiança na economia e no poderio americanos, que viviam à sombra dessa potência -- evitando, assim, de ter de gastar mais com sua própria defesa -- e que não se incomodavam de devolver um pouco dos dólares que ganhavam exportando para os EUA investindo em títulos americanos.
Até hoje, aliás, o esquema funciona assim: os chineses realizam um superávit extraordinário exportando produtos americanos para os EUA, e retribuem com a compra de títulos do Tesouro americano.
A "tia rica" dos EUA ainda é o direito de senhoriagem sobre os dólares que emitem e que espalham abusivamente pelo resto do mundo, empurrando para os outros, portanto, um pouco da sua prodigalidade.
Mas tudo isso um dia acaba.
Americanos, talvez de direita, mas certamente conservadores, no plano fiscal, pretendem um governo limitado, que não construa desastres no futuro, ou seja, para os seus filhos.
Este é o sentido da matéria abaixo...
Paulo Roberto de Almeida
Debt officially larger than the economy
Americans For Limited Government, Feb. 9, 2012.
You can put it in the history books now. That was the day the $15.6 trillion national debt surpassed 100 percent of the $15.4 trillion Gross Domestic Product (GDP).
Based on the latest data by the Bureau of Economic Analysis, the economy just grew by $142.2 billion in the first quarter, or an annual rate of 2.2 percent. That compares to data from the U.S. Treasury showing the national debt grew by $359.6 billion at an annual rate of 9.4 percent.
That’s at a rate of $3.95 billion in new debt every day, compared with just $1.56 billion in economic growth. This year, at that rate, it will expand by $1.4 trillion. $14 trillion over the next ten years.
“No nation can long sustain itself when it takes on debt at nearly 5 times the rate its economy grows,” remarked Americans for Limited Government President Bill Wilson.
Wilson noted the tepid 2.2 percent rate in the first quarter came well below the Obama Administration’s rosy projection of 3 percent growth for the year.
“In 2011, they projected 3.1 percent growth and only got 1.8 percent. As their growth projections prove to be way off once again, revenues will fall short of expectations, and the national debt will continue to grow that much faster,” he explained.
That, coupled with foolish administration and congressional policies underfunding the Social Security program by $95 billion this year, explains why there will have to be another vote in Congress to raise the $16.394 trillion debt ceiling.
Ironically, Republican leaders in Congress reportedly were attempting avoid a controversial showdown on the payroll tax issue in an election year. But by voting for the payroll tax deal, they guaranteed the mother of all controversial issues will likely come up this summer in the midst of the heated election battle.
But, this time, Congress will likely just sweep the issue under the rug and pass another gargantuan debt ceiling increase, not demanding any spending cuts or significant in return. After all, they caved last time. All they got was that stupid committee.
Which is just as well, really. Congress has not been able to reduce the debt at all since 1957, despite numerous claims of having “balanced” the budget since then.
Plus, the only way we can even meet our debt obligations right now is with a printing press. The Federal Reserve holds over $1.66 trillion in U.S. treasuries, with hundreds of billions in more purchases guaranteed for the foreseeable future.
That is because we are spending so much that not even financial institutions with unlimited credit lines from the central bank and sovereigns the world over have enough to lend to us. So we have to print in order to fill the gap.
In that context, it is no wonder the U.S. lost its gold-plated Triple-A credit rating with Standard & Poor’s, despite Treasury Secretary Timothy Geithner’s assurances that we would not.
“Absolutely not,” Geithner had said in an interview with ABC News’s “This Week” about the prospect in Feb. 2010, adding, “That will never happen to this country.”
Except it did. The establishment was wrong. Just like it was wrong about the positive effects of trillions of dollars of fiscal and monetary stimulus. Said ALG’s Wilson, “Unemployment is still above 8 percent, which the Administration said would never happen if the ‘stimulus’ was passed. Growth is still quite sluggish, only coming in at 2.2 percent in the first quarter, despite promises of a V-shaped recovery.”
So much for that.
Wilson said the weak economy would hurt Obama’s reelection chances: “[With] almost $4 a gallon for gasoline, food prices once again increasing, home values continuing to drop into a double-dip recession, 1 in 2 recent college graduates cannot find full-time work to pay off hundreds of billions of student loan debt, the election outlook for Obama must look quite gloomy.”
“This is Jimmy Carter all over again — only worse,” Wilson concluded. That’s actually true. When Jimmy Carter was running for reelection, the gross debt was just $907.7 billion or 32.5 percent of the $2.785 trillion GDP.
All of which gives Obama the unique honor of being the most awful president since Carter was run out of town on a rail. Come to think of it, that may not be a bad idea. Voters should consider that before we reach any more depressing milestones that threaten to bankrupt the entire country.
sábado, 3 de dezembro de 2011
O FMI ajudando a Europa pode espalhar a crise pelo mundo - Washington Post
Paulo Roberto de Almeida