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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Livros de Paulo Roberto de Almeida na Amazon.com.br

Tenho vários livros na Amazon, alguns na .com, outros, como abaixo, na com.br, mas eles acabam informando igualmente os da matriz americana, dizendo apenas que não está disponível na minha região. Aliás, essa separação entre .com e .com.br me deixa bastante incomodado, pois tenho de desistir momentaneamente, para começar tudo outra vez.

Livros de Paulo Roberto de Almeida na Amazon.com.br






Ricardo Bergamini sobre Jair Bolsonaro, do passado...

Ricardo Bergamini, sempre crítico das pequenas e grandes hipocrisias da política, relembra fatos, discursos, palavras e tomadas de posição que líderes políticos atuais, provavelmente, não gostariam que fossem relembrados.
O que segue transcrito abaixo é a mensagem enviada nesta data, como documentação histórica.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 23 de janeiro de 2019


190123BolsonaroPetistaRicBergamini

Na defesa dos interesses das corporações todas as ideologias existentes no Brasil são aliadas históricas (Ricardo Bergamini).
Prezados Senhores
O artigo abaixo publicado na Gazeta do Povo de 31/07/17 retrata, de forma cabal e irrefutável, a minha afirmação acima.
Bolsonaro como líder sindical da “CUT MILITAR” se tornou inimigo mortal do presidente FHC por ter acabado com a excrescência das pensões das filhas dos militares, bem como o fim da promoção de uma patente acima, quando da passagem para a reserva. Com isso apoiou Ciro Gomes no primeiro turno das eleições de 2002, e posteriormente Lula no segundo turno. 
Com a reforma da previdência do governo Lula em 2003 também passou a ser seu inimigo por ter, mais uma vez, atingido os direitos dos militares.
Para quem tiver coragem sugiro ouvir o trecho do discurso de Bolsonaro em que diz ter votado em Lula.
Com esse perfil de deputado federal por quase 30 anos, como poderia ter se transformado num “Liberal” em apenas “uma noite de lua cheia”? Eu não acredito!
DE ALIADO A OPOSITOR
Bolsonaro, quem diria, já votou no “companheiro” Lula para presidente
Durante a eleição de 2002, deputado Jair Bolsonaro fez elogios a Lula, sugeriu o nome de José Genoino para o Ministério da Defesa e deu nota 10 para um discurso do líder petista 
Brasília Evandro Éboli  [31/07/2017]   
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A grande volta que a política dá. Hoje ferrenho opositor e adversário número 1 do PT na corrida presidencial, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), quem diria, já teve seu momento petista: ele votou em Lula para presidente da República no segundo turno de 2002 (ouça áudio), deu nota 10 para um discurso do ex-presidente e até sugeriu o nome do então deputado José Genoino (PT-SP) para ser o ministro da Defesa de seu primeiro mandato. O chamou até de “companheiro” e “nosso querido Lula”. Em discursos na Câmara em 2002, antes e após a eleição daquele ano na qual Lula se elegeu, Bolsonaro foi só elogios ao petista. No primeiro turno, ele votou em Ciro Gomes, então no PPS.
Uma de suas confissões de voto em Lula se deu num discurso enfático de 5 de dezembro daquele ano. O deputado, então no seu terceiro mandato, pelo PPB, era um crítico do governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, presidente à época. 
“Confesso publicamente que votei no segundo turno em Lula. Jamais votaria em um candidato de Fernando Henrique Cardoso [José Serra, derrotado por Lula]. Votei e trabalhei para Ciro Gomes no primeiro turno. Perdi. No segundo, escolhi o que considerei ser a melhor opção. Haverá brava crise pela frente, mas mantemos a esperança de dias melhores. Espero que o companheiro Lula, já que está na moda falar assim, consulte os quadros do PT, do PCdoB e de outros partidos para fazer suas escolhas”, disse Bolsonaro à época, preocupado com a notícia de que Lula nomearia o embaixador José Viegas para o Ministério da Defesa, como o fez.
O deputado era um duro crítico do governo tucano e de sua política para os militares. E, nesse discurso, sugeriu até mesmo que Lula, em vez de Viegas, indicasse José Genoino ou o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). E os elogiou. Viegas era muito próximo de FHC no entendimento de Bolsonaro. 
“Não tenho como indicar alguém para o Ministério da Defesa. Não faço parte da equipe do Lula nem tenho poder de veto, mas tenho voz nesta Casa. Sugiro até mesmo o nome de José Genoíno, por quem não tenho grande amizade, mas reconheço sua competência. Não faria oposição à possibilidade dele ir para o Ministério da Defesa. Também não me oporia se o eleito fosse Aldo Rebelo, do PCdoB. Ambos são competentes. Não quero falar sobre a história de ninguém. Temos de pensar apenas no Brasil daqui para a frente... Apelo para os companheiros do PT, do PCdoB, para pessoas de bom senso do futuro governo que digam não a José Viegas”. 
Ouça trecho do discurso de Bolsonaro em que diz ter votado em Lula
“Honesto, ainda que sem cultura”
Antes mesmo dessa confissão, Bolsonaro já declarava que, num segundo turno entre Serra e Lula, como apontavam as pesquisas, não votaria no candidato tucano, mesmo sendo seu partido integrante da base do governo de FHC. E que votaria em Lula, mesmo ele não tendo “muita cultura”, mas se tratava de uma pessoa honesta. Esse discurso ocorreu em 9 de maio de 2002.
“Embora eu pertença a partido da base de apoio do governo, o PPB, raramente voto favoravelmente às propostas governamentais e jamais apoiaria o candidato oficial. Digo mais: num segundo turno disputado entre José Serra e Lula, não voto em José Serra. Prefiro uma pessoa honesta, ainda que sem muita cultura, como dizem ser o caso de Lula, a uma pessoa muito culta, porém mal-intencionada”. 
Em outro discurso, também em maio, ele alertou que toda a insatisfação militar iria “estourar no colo do PT”, caso vencesse a eleição. E reiterou que seu voto seria no petista. “Então, alerto o pessoal do PT: entre Serra e Lula, no segundo turno, não tenho dúvidas em quem votarei”. 
Discurso nota 10
Bolsonaro e Lula se encontraram em junho daquele ano na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, durante uma audiência pública na qual o petista era o convidado. O deputado e Lula criticaram a nomeação do advogado Geraldo Quintão para o Ministério da Defesa de Fernando Henrique. O discurso de Lula de críticas a Quintão ganhou nota 10 de Bolsonaro, que novamente o chamou de companheiro.
“O fato é que ninguém sabe quem é Geraldo Quintão. Ontem, na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Internacional, Luiz Inácio Lula da Silva também demonstrou insatisfação com o perfil do atual ministro. Disse então ao companheiro que ficasse tranquilo porque ninguém conhecia o dr. Geraldo Quintão a não ser os banqueiros, para quem advogou por 38 anos... Lula merece nota 10 pelo sincero e confiante discurso que fez ontem. Disse apenas o que está acontecendo e que é muito fácil resolver os problemas das Forças Armadas. Basta multiplicar por um o que o atual governo está fazendo”.
No encerramento dessa fala, Bolsonaro anunciou que iria disseminar a posição de Lula sobre Quintão a 20 mil militares. E voltou a pregar o voto em Lula, ainda que de forma indireta.
“Quero louvar a posição do Lula na Comissão de Relações Exteriores. Farei chegar ao conhecimento dos meus 20 mil militares, que forem internautas, da posição do presidenciável naquela Comissão, para que cada um forme um juízo melhor de como votar por ocasião das eleições em 6 de outubro (quando se deu a votação no primeiro turno). Obviamente, nós fechamos: nenhum militar vai votar em Serra”. 
Depois de Lula eleito, mas ainda não empossado, Bolsonaro, em 27 de novembro, chamou Lula de “querido”. Sempre preocupado com a indicação de seu ministro da Defesa. 
“Senhor Presidente, posto ser o momento oportuno, espero que o nosso querido Luiz Inácio Lula da Silva, futuro Presidente da República, tenha o devido carinho para escolher um ministro da Defesa que realmente esteja à altura das tradições do nosso Exército”.
Lua de mel terminou em 2003
Ainda em fevereiro de 2003, com Lula já empossado, Bolsonaro começou a criticar seu governo. Ele condenou a proposta de reforma da Previdência proposta pela gestão petista.
“Estou um tanto quanto apreensivo neste início do governo Lula, principalmente no tocante à previdência militar e à dos servidores públicos. O governo continua com o propósito de cobrar contribuição previdenciária dos inativos”, afirmou Bolsonaro. 
Em maio, voltou a criticar a política previdenciária do petista, em especial a reforma que estava propondo para essa área. “Confesso que, se essa reforma fosse proposta pelo governo Fernando Henrique Cardoso, já seria difícil acreditar, mas apresentada por este governo, massacrando os servidores civis, logo essa classe que, em quase sua totalidade, votou no governo Lula, assim como os militares da União, é ainda pior”.
De lá para cá, Bolsonaro virou um algoz dos políticos petistas, com quem teve embates duríssimos. Ele já chamou Dilma de “ladra”, “guerrilheira”, “assassina”. E já chamou Lula de “ladrão”, “corrupto” e “chefe de quadrilha”. Foram dezenas esses confrontos com petistas.
A Gazeta do Povo fez contato com Bolsonaro na noite desta segunda-feira (31) e até o fechamento dessa reportagem não obteve retorno. "
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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Kindle: Reading Insights, report of a year, 2018

O Kindle me manda um relatório, sobre os livros que li, total ou parcialmente, em 2018:
Resultado de imagem para kindle
Your 2018 Kindle Year in Review: 
The books you read, bought or borrowed last year: 

1) World Order, Henry Kissinger
2) Anti-Intellectualism in American Life, Richard Hofstadter
3) Confronting History: A Memoir, George L. Mosse
4) Shame and Glory of the Intellectuals, Peter Viereck
5) The Outline of History, H. G. Wells
6) Economical Writing, Deirdre McCloskey
7) World War I, John Buchan
8) The True Believer, Eric Hoffer
9) Metapolitics: From Wagner and the German Romantics to Hitler, Peter Viereck
10) Dark Continent: Europe's Twentieth Century, Mark Mazower
11) Reflections of a Veteran Pessimist: Contemplating Modern Europe, Walter Lacqueur
12) The Rise and Fall of Communism, Archie Brown
13) Mr. Wilson's War, John Dos Passos
14) Churchill, Paul Johnson
15) Hitler and Churchill: Secrets of Leadership, Andrew Roberts
16) Churchill: Walking with Destiny, Andrew Roberts
17) Paris 1919: Six Months That Changed the World, Margaret MacMillan
18) The Great Convergence, Richard Baldwin
19) Las Virtudes Burguesas: Etica para la era del comercio, Deirdre McCloskey
20) Bourgeois Dignity: How Economics Can't Explain the Modern World, Deirdre McCloskey
21) Bourgeois Dignity (Cato Unbound), Deirdre McCloskey
22) The Rhetoric of Economics, Deirdre McCloskey
23) American Default: The Untold History of FDR, the Supreme Court and the Battle over Gold, Sebastian Edwards
24) The Road to 1914: The War that Ended Peace, Margaret MacMillan
25) O Pior Emprego do Mundo: 14 ministros da Fazenda..., Thomas Traumann
26) KGB, Charles Rivers Editors
27) How Democracies Die, Steven Levitsky
28) Putin's Kleptocracy, Karen Dawisha
29) 1919 Versailles: The End of the War to End All Wars, Charles L. Mee Jr.
30) What Have You Changed Your Mind About?, John Brockman
31) Coffee: the epic of a commodity, H. E. Jacob
32) The Russian Revolution, Richard Pipes
33) The basic Laws of Human Studpidity, Carl M. Cipolla
34) Postwar: A History of Europe Since 1945, Tony Judt
35) O Homem que Pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos, Paulo Roberto de Almeida (org.)
36) Our Culture: What's Left of It, Theodore Dalrymple
37) The KGB and Stasi, Charles Rivers Editors
38) For the New Intellectual: The Philosophy of Ayn Rand, Ayn Rand
39) The Fate of the West, Bill Emott
40)  A Man Without a Country, Kurt Vonnegut
41) A Short History of World War II, James L. Stokesbury
42) Kant ant the Platypus: Essays on Language and Cognition, Umberto Eco
43) The Decline and Fall of the Roman Empire (Edited and Abridged), Edward Gibbon
44) Brave Genius: A Scientist and a Philosopher..., Sean B. Carroll
45) Churchilll's Trial: Winston Churchill and the salvation of Free Government, Larry P. Arn
46) How Churchill Saved Civilization, John Harte

Ainda me dá a data em que comprei ou emprestei cada um desses livros, e o percentual de leitura de cada um. Um pouco intrusivo sobre a minha privacidade esse Kindle, mas ainda assim, um bom registro de muita coisa que está em meu soft Kindle, livros lidos no próprio aparelho Kindle, no iPhone ou no computador, mas ainda tem muitos outros livros "desprezados" nesse último ano, e nem sei quando comecei a usar o Kindle. Como soft, desde o início, como aparelho, só no último ano, um mini-Kindle.
Não só intrusivo, esse Kindle, mas persuasivo também: para cada livro lido, me oferece de 5 a 10 outras opções de livros similares, em Kindle.

Ainda me dá o relatório completo de quanto tempo li em 2018: 133 days, e ainda me avisa que tenho 22 livros dos quais já passei da metade...
Também avisa que eu bati o meu próprio recorde de leituras seguidas: 25 semanas, de 29 de julho a 19 de janeiro. Mais: 14 dias de leitura em dezembro de 2018, 13 dias em Janeiro.

Por fim um agradecimento: We thank you for being part of Kindle and here's another great year of reading, ou seja, 2019.